LABORATÓRIO DE SISTEMAS DE POTÊNCIA COMPARAÇÃO DOS DIVERSOS TIPOS DE CURTO-CIRCUITO DEPARTAMENRO DE ENGENHARIA DE ENERGIA E AUTOMAÇÃO ELÉTRICAS

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PE-246 LORTÓRIO DE SISTEMS DE POTÊI OMPRÇÃO DOS DIVERSOS TIPOS DE URTO-IRUITO DEPRTMERO DE EGEHRI DE EERGI E UTOMÇÃO ELÉTRIS ESOL POLITÉI D USP 22

PRTEII PLIÇÃO E VLIDÇÃO EXPERIMETL D TEORI DE URTO-IRUITO EM TRSFORMDORES Objetivo: Uso dos parâmetros e modelos determinados na parte i para verificação do comportamento de transformadores trifásicos quando submetidos a vários tipos de curtocircuito nos seus terminais ou na linha de alimentação. Também é objetivo explícito dos diferentes tipos desta experiência a comparação entre os efeitos dos diferentes tipos de curto sobre a mesma linha e o mesmo transformador. 1- ITRODUÇÃO O método das componentes Simétricas é ferramenta usual para o estudo de curtocircuitos, na sua maioria assimétricos, nos sistemas trifásicos. sua teoria é bastante conhecida e pode ser encontrada nas Referências 1 e 2. Uma coletânea das fórmulas mais freqüentemente usadas é apresentada no item 4 desta apostila, para facilitar o trabalho. Referência 1 Robba, E. J. Introdução a Sistemas Elétricos de Potência, Edotora Edgard lucher Ltda, São Paulo, 1973. Referência 2 Stevenson Jr. W.D. Elementos de nálise de Sistemas de Potência, Editora McGraw Hill Ltda, São Paulo,1986. Esta experiência foi preparada para permitir uma comparação rápida e bastante completa das conseqüências de uma série de condições de curto-circuito freqüentes de sistemas trifásicos. Essa comparação deve ser obtida pela aplicação dos parâmetros determinados na Partei para o calculo dos geradores equivalentes de THévenin que alimentam o curto em cada uma das condições estudadas. eficácia da comparação é potencializada pelo fato do transformador ser único para todas as condições de curto e pelo fato de ser considerado também o curto de transformadores com enrolamento terciário. 2-ROTEITO D PRTE EXPERIMETL 2.1- URTO O SEUDÁRIO DO TRSFORMDOR O problema proposto é a determinação do gerador equivalente de Thévenin correspondente a curto-circuitos fase-terra, fase-fase e trifásico, aplicados ao secundário de transformadores trifásicos, como no monofilar da figura1.

Rede Reator urto s: trifásico Fase-fase fase-terra Figura 1 O modelo para linha real, transposta ou sem transposição, deve incluir a indutância mútua entre as três fases, como indicado na figura 2 e na equação do circuito. p I p p m m m I I n I Figura2 Da teoria de componentes simétricas, temos: V V V 1 2 V V V ' '1 '2 = 11 22 I I I 1 2 com 11 = = P 22 + 2 = P M + 3 M

Para facilitar o trabalho experimental, a indutância mútua será desconsiderada e a indutância das linhas será aproximada por uma indutância pura construída em um reator com perdas desprezíveis, como na figura 3 e na equação do circuito. dotar como impedância série do transformador o valor determinado na experiência anterior ( Parte1). neutro 11 = FSE + = FSE 3 EUTRO Obs.: Para a experiência, utilizar 2 reatores em série para cada fase, sendo um reator grande e outro pequeno. 2.2- PROEDIMETO EXPERIMETL 2,2.1- Levantar a curva característica do reator, aplicando tensão variável de 6Hz de modo a cobrir correntes de zero a 5ª e preencher a Tabela 1 com os valores medidos e os resultados dos cálculos. Embora o valor da impedância varie em função da corrente, pode ser adotado o valor médio dos valores de como valor constante para reator. urva de saturação do reator I() 1 2 3 4 5 V(V) W(W) R(Ω) X(Ω) (Ω) Tabela 1 RETOR =

2.2.2- Ligar o transformador em Estrela terrado/estrela terrado como na figura 4. plicar curto-circuito trifásico no secundário e medir as tensões de fase e correntes de curto no primário e no secundário. notar os resultados na Tabela2. 1 2 1 1 2 2 ne utro 1 Figura 4 2.2.3- Repetir o procedimento para curto dupla-dase no secundário.notar em separado tensão e corrente da fase sã. 2.2.4 Repetir o procedimento para curto fase-terra no secundário.notar em separado tensão e corrente das fases sãs. 2.2.5 olocar um reator como impedância de aterramento no centro-estrela do primário, como na figura5. plicar curto fase-terra no secundário e medir tensões e correntes, identificando a fase sã. 1 2 1 1 2 2 rea tor 1 Figura 5

2.2.6- Ligar o terceiro enrolamento do transformador em fechado e aplicar curto-circuito trifásico no secundário.medir e anotar tensões e correntes, como nos itens anteriores. 2.2.7- Repetir o item 2.2.6 aplicando curto dupla-fase no secundário, indicando qual a fase sã. 2.2.8- Repetir o item 2.2.6 aplicando curto fase-terra no secundário, indicando quais as fases sãs. 2.2.9- Preparar o relatório contendo: a) Os diagramas seqüenciais para todas as situações; b) O gerador equivalente de Thévenin visto pelo ponto de defeito; c) s relações entre as correntes de defeito e as sobretensões verificadas condição 2.2.2 2.2.6 2.2.3 2.2.7 Fase sã 2.2.4 2.2.5 2.2.8 Fase sã Tipo de 3Φ 3Φ c/ ΦΦ ΦΦ c/ ΦT ΦT c/ ΦT c/ curto n V 1' S S V 1' X S V 1' X X I 1 S S I 1 X S I 1 X X I X X V 2' V 2' V 2' I 2 I 2 I 2 I V 33 V 33 V 33 I 33 I 33 33 I Tabela 2

2.3 PROEDIMETO EXPERIMETL 2.3.1- Montar o circuito da figura 6 T TRFO TRIFÁSIO L T L L H I RRO T TRFO 1 Figura 6 2.3.2- Sem o curto fase-terra, medir as correntes de magnetização do banco de transformadores ( enrolamento secundário e terciário em vazio) notar os valores obtidos na Tabela3. Tensão de fase (V) " " orrente de magnetização () Tabela 3 orrente de Magnetização V V " " V " " I " I " I "

2.3.3- om o secundário em vazio, o enrolamento do banco e a linha em curto monofásico, medir as tensões de fase e as correntes de linha em curto monofásico, medir as tensões de fase e as correntes de linha nos pontos, e e, e. notar os resultados na Tabela 4. 2.3.4 Fechar o enrolamento do banco e repetir as medidas do item anterior. Medir também as correntes no enrolamento. Tensões (V) orrentes () ondição aberto fechado condição aberto fechado V '' I ' V '' I ' V '' I ' V "" I " V "" I " V "" I " V "'"' I "' V "'"' I "' V "'"' I "' I I " Tabela 4- entro-estrela flutuante no trafo-fonte (trafo1 ) I ' 2.3.5- terrar o centro-estrela do secundário do trafo 1 e repetir o item 2.3.4- Medir as correntes nos centro-estrelas dos trafos 1 e 2. notar os resultados na Tabela 4. 2.3.6- Repetir o item 2.3.5 com o enrolamento em aberto. Tensões (V) orrentes () ondição aberto fechado condição aberto fechado V '' I ' V '' I ' V '' I ' V "" I " V "" I " V "" I " V "'"' I "' V "'"' I "' V "'"' I "' I " I Tabela5 entro-estrela flutuante no trafo-fonte ( trafo 1 ) I '

2.3.7- Preparar relatório com a justificação de todos os resultados obtidos, por meio de componentes simétricas. 3- EXERÍIO DE PLIÇÃO alcular as correntes em todos os pontos da rede mostrados na figura7. Os resultados devem ser apresentados no relatório desta experiência. T1 88 KV L 5 Km 6,6 KV 5 13,8 KV 345KV 1 1 MV 2 3 5 MV 4 E