Deliberação Conjunta dos Comitês PCJ n o 048/06, de 28/09/2006



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Transcrição:

Deliberação Conjunta dos Comitês PCJ n o 048/06, de 28/09/2006 Aprova a proposta para implementação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo, nas bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e dá outras providências. Os, criados e instalados segundo a Lei Estadual (SP) n 7.663/91 (CBH-PCJ) e a Lei Federal n 9.433/97 (PCJ FEDERAL), no uso de suas atribuições legais, em sua 4ª Reunião Extraordinária Conjunta, e Considerando a existência do Convênio de Integração nº 003/2004, publicado no DOU de 31 de agosto de 2004, que tem como signatários a ANA, os Governos dos Estados de Minas Gerais e São Paulo e os Comitês PCJ, cujo objeto é a implementação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos, dentre eles a cobrança pelo uso de recursos hídricos; Considerando que, por meio das Deliberações Conjuntas dos Comitês PCJ nº 025/05, de 21/10/05, e nº 027/05, de 30/11/05, com amparo da Resolução nº 52/05, de 28/11/05, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos CNRH, foi implantada a cobrança pelo uso dos recursos hídricos de domínio da União nas bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ), cujo início deu-se em 1 o de janeiro de 2006; Considerando que a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou e, em 29/12/2005, foi promulgada a Lei nº 12.183, que estabeleceu as diretrizes para a implantação da cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo ( rios estaduais e águas subterrâneas) e que a mencionada lei foi, posteriormente, regulamentada por meio do Decreto nº 50.667, de 30/03/2006; Considerando que os Comitês PCJ, reunidos em 5 de maio de 2006, na cidade de Bragança Paulista-SP, em sua 5ª Reunião Ordinária Conjunta, aprovaram e encaminharam MOÇÃO aos Excelentíssimos senhores Mauro Guilherme Jardim Arce, Secretário de Estado de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento e Presidente do Conselho Estadual de Recursos Hídricos de São Paulo CRH; José Goldemberg, Secretário de Estado do Meio Ambiente; Ricardo Daruiz Borsari, Superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica DAEE, e Otávio Okano, Presidente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CETESB, SOLICITANDO que fossem adotadas as medidas cabíveis para a implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo nos corpos hídricos situados nas bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, a partir de janeiro de 2007 e com valores de cobrança equivalentes àqueles cobrados dos usuários dos corpos hídricos de domínio da União; Considerando que o Grupo Técnico para a implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (GT-Cobrança), dos Comitês PCJ, realizou 9 reuniões, no período de janeiro a agosto deste ano, para a formulação da proposta de implementação da cobrança nos corpos d água de domínio do Estado de São Paulo, a partir de 1 o de Janeiro de 2007; Considerando que as propostas elaboradas pelo GT-Cobrança foram apreciadas e aprovadas pelas Câmaras Técnicas do Plano de Bacias (CT-PB) e de Planejamento (CT-PL), em 12/09/2006; Considerando que o Departamento de Águas e Energia Elétrica DAEE possui, para as Bacias PCJ, cadastro com 6750 usos passíveis de outorga e de cobrança, inferior apenas ao da Bacia do Alto Tietê, com 6981 usos, segundo dados apresentados no Seminário sobre os procedimentos para a implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos no Estado de São Paulo, realizado pelo CORHI, em 28 de junho de 2006, nas dependências da PUC Campinas, Pontifícia Universidade Católica, na cidade de Campinas; Considerando que o Consórcio Intermunicipal das bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí Consórcio PCJ, com recursos do FEHIDRO, indicado pelos Comitês PCJ, contratou empresa de consultoria para proceder, até o mês de novembro de 2006, a revisão e consolidação dos dados cadastrais do DAEE e da CETESB, visando auxiliar na constituição de banco de dados específico para a cobrança nas Bacias PCJ; Considerando que os Comitês PCJ aprovaram, por meio da Deliberação Conjunta nº 028/05, de 30/11/2005, o Plano de Recursos Hídricos para as Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Plano das Bacias PCJ) período 2004/2007, que contempla Programa de Investimentos e que os Comitês PCJ possuem metodologia para a hierarquização anual de ações voltadas à gestão, planejamento e obras de recuperação dos seus recursos hídricos;

Considerando os limites e condicionantes para a implantação da cobrança pelo uso de recursos hídricos, no Estado de São Paulo, estabelecidos por meio da Deliberação nº 63, de 04/09/2006, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos CRH, Deliberam: Art. 1 o - Fica aprovada a proposta constante desta Deliberação para ser apresentada ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos CRH visando à implantação da cobrança pelo uso de recursos hídricos nos corpos de água de domínio do Estado de São Paulo existentes nas Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí Bacias PCJ, a partir de 1 o de janeiro de 2007. Art. 2º - Os Preços Unitários Básicos PUBs, definidos no art. 10 e no item 9 do Anexo do Decreto nº 50.667/06, serão os seguintes: I para captação, extração e derivação: PUB cap = R$ 0,01 por m 3 de água captado, extraído ou derivado; II - para consumo: PUB cons = R$ 0,02 por m 3 de água consumido; III - para lançamento de carga de DBO 5,20 : PUB DBO = R$ 0,10 por kg de carga de Demanda Bioquímica de Oxigênio (de 5 dias a 20 C) - DBO 5,20. Parágrafo único - Os PUBs descritos no caput deste artigo serão devidos pelos usuários de recursos hídricos, a partir da implementação da cobrança nas Bacias PCJ, da seguinte forma: I - 60% dos PUBs, nos primeiros 12 meses; II - 75% dos PUBs, do 13º ao 24º mês; III - 100% dos PUBs, a partir do 25º mês, inclusive. Art. 3º - Os termos constantes desta Deliberação deverão ser revistos pelos Comitês PCJ a partir do 13 o mês do início da cobrança nas Bacias PCJ, sendo que, nos aspectos da cobrança relativos ao lançamento com o fim de diluição, transporte e assimilação de efluentes, deverá ser acrescida a consideração de cargas inorgânicas, observado o prazo disposto no art. 15 do Decreto 50.667/06. Art. 4º - O Valor Total da Cobrança - Valor Total que cada usuário de recursos hídricos deverá pagar será calculado com base nos usos de recursos hídricos a serem efetuados no ano do pagamento, no período compreendido entre 1 o de janeiro, ou a data do início da utilização de recursos hídricos para usos implantados durante o ano, até 31 de dezembro. 1 o O pagamento referido no caput deste artigo poderá ser efetuado em parcela única ou em até 12 (doze) parcelas mensais de igual valor com vencimento no último dia útil de cada mês, sendo que o número de parcelas não poderá ultrapassar o correspondente número de meses apurado no cálculo do Valor Total. 2 o Fica estabelecido valor mínimo de cobrança no montante de R$ 20,00 (vinte reais), devendo-se obedecer às seguintes formas de cobrança: I - Quando o Valor Total for inferior a 2 (duas) vezes o valor mínimo de cobrança, o montante devido será cobrado do usuário de uma única vez; II - Quando o Valor Total for inferior a 12 (doze) vezes o valor mínimo de cobrança, será efetuada a cobrança com número de parcelas inferior a 12 (doze), de tal modo que o valor de cada parcela não seja inferior ao valor mínimo de cobrança. Art. 5º - A cobrança pela captação, extração ou derivação de água será feita de acordo com o previsto no Decreto nº 50.667, de 30 de março de 2006, destacadamente o previsto no 3 o do art. 12 e nos itens 2 e 3 do seu Anexo, adotando-se para o cálculo os pesos K OUT = 0,2 (dois décimos) e K MED = 0,8 (oito décimos).

Parágrafo único - Quando V CAP MED / V CAP OUT for maior que 1 (um), será adotado K OUT = 0 e K MED = 1 e o usuário deverá solicitar retificação da outorga de direito de uso de recursos hídricos e estará sujeito às penalidades previstas na legislação vigente. Art. 6 o Os Coeficientes Ponderadores - CP, definidos no art. 12 do Decreto nº 50.667, de 30 de março de 2006, com as classificações, valores e condicionantes descritos na Resolução CRH nº 63, de 04 de setembro de 2006, serão empregados conforme segue: I Para captação, extração e derivação: a) natureza do corpo d'água. superficial 1,0 1 subterrâneo 1,15 b) classe de uso preponderante em que classe 1 1,0 estiver enquadrado o corpo d'água no local classe 2 0,9 do uso ou da derivação Decreto Estadual 2 classe 3 0,9 10.755/77. classe 4 0,7 c) disponibilidade hídrica local (Vazão Total de Demanda / Vazão de Referência). Vazão de Ref = Vazão Q 7,10 + 3 muito Crítica (acima de 0,8) 1,0 Vazão Potencial dos Aqüíferos (confinados e semi). Local= UGRHI 05 d) volume captado, extraído ou derivado e sem medição 1,0 seu regime de variação. 5 com medição Conforme art. 7 o e) Consumo efetivo ou volume consumido 6 1,0 f)- finalidade do uso. 7 Solução Alternativa 1,0 g)- transposição de bacia Existente 1,0 13 Não existente 1,0 II Para consumo: a) natureza do corpo d'água. superficial 1,0 1 subterrâneo 1,0 b) classe de uso preponderante em que classe 1 1,0 estiver enquadrado o corpo d'água no local classe 2 1,0 do uso ou da derivação Decreto Estadual 2 classe 3 1,0 10.755/77. classe 4 1,0 c) disponibilidade hídrica local (Vazão Total de Demanda / Vazão de Referência). Vazão de Ref = Vazão Q 7,10 + 3 muito Crítica (acima de 0,8) 1,0 Vazão Potencial dos Aqüíferos (confinados e semi). Local= UGRHI 05 d) volume captado, extraído ou derivado e sem medição 1,0 seu regime de variação. 5 com medição 1,0 e) Consumo efetivo ou volume consumido 6 1,0 f)- finalidade do uso. Solução Alternativa 1,0 7 g)- transposição de bacia. Existente 0,25 13 Não existente 1,0

III Para diluição, transporte e assimilação de efluentes: a) classe de uso preponderante do corpo classe 2 1,0 d'água receptor. Y 1 classe 3 1,0 classe 4 1,0 b) carga lançada e seu regime de variação; Padrão de Emissão ( 2º artigo 12 do decreto 50.667/06). Obs. Remoção de carga orgânica. c) natureza da atividade. Y 3 >95 % de remoção >90 a 95 % de remoção >85 a 90% de remoção >80 a 85% de remoção = 80% de remoção Conforme art. 8 o Y 4 Solução Alternativa 1,0 IV - Quando o coeficiente ponderador não for aplicável deverá ser adotado o valor unitário. Art. 7 o O Coeficiente Ponderador 5, definido no inciso I do art. 12 do Decreto nº 50.667, de 30 de março de 2006, será calculado conforme segue: I quando V CAP MED / V CAP OUT 0,7: 5 = 1 II quando V CAP MED / V CAP OUT < 0,7: 5 = 1 + 0,7xV 0,2xV CAP OUT CAP OUT V + 0,8xV CAP MED CAP MED Art. 8 o O Coeficiente Ponderador Y 3, definido na alínea c do inciso II, do art. 12 do Decreto nº 50.667, de 30 de março de 2006, será calculado em função da percentagem de remoção (PR) de carga orgânica (DBO 5,20 ), na Estação de Tratamento de Efluentes Líquidos - ETEL (industriais e domésticos), a ser apurada por meio de amostragem representativa dos efluentes bruto e tratado (final), em cada ponto de lançamento, conforme segue: I Para PR = 80%: Y 3 = 1; II Para 80% < PR < 95%: Y 3 = (31 0,2xPR)/15; III Para PR 95%: Y 3 = 16 0,16xPR. 1 o Para a aplicação do disposto no caput deste artigo, o efluente da ETEL do usuário, no ponto de lançamento em consideração, deve atender aos padrões legalmente definidos de emissão e qualidade do corpo d água receptor respeitando as seguintes condições: 1. Para os corpos d água receptores cuja condição atual para o parâmetro DBO 5,20 esteja conforme o enquadramento, a comprovação para o atendimento dos padrões de qualidade deverá ser realizada por meio de amostragem representativa, realizadas a montante e a jusante do lançamento dos efluentes no corpo d água receptor ou por meio de modelos matemáticos; 2. Para os corpos d água receptores já desconformes com o enquadramento para o parâmetro DBO 5,20, deverá ser comprovado, por meio de amostragem representativa, que a concentração deste parâmetro no efluente final da fonte poluidora, não supera a do corpo d água receptor a montante do seu lançamento; 3. As amostragens para avaliação das cargas orgânicas afluentes e efluentes à ETEL, assim como dos corpos d água receptores, referidas neste art., deverão ser realizadas simultaneamente obedecendo à Nota Técnica a ser estabelecida por Resolução Conjunta das Secretarias de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento SERHS e de Meio Ambiente - SMA, prevista no inciso V do art. 3 o da Deliberação CRH nº 63/2006, de 04 de setembro de 2006.

2º - Para os usuários de recursos hídricos que captam água, para uso em resfriamento, por meio de sistema aberto e independente do processo de produção, será adotado PR = 100% para o lançamento correspondente, desde que não haja acréscimo de carga de DBO 5,20 entre a captação e o lançamento no corpo d água. Art. 9 o Os recursos a serem arrecadados com a cobrança prevista nesta Deliberação serão aplicados nos Programas de Duração Continuada PDCs constantes do Plano das Bacias PCJ, período 2004/2007, aprovado pela Deliberação Conjunta dos Comitês PCJ nº 028, de 30/11/2005, conforme segue: I PDC 1 (BASE DE DADOS, CADASTROS, ESTUDOS E LEVANTAMENTOS), aplicação de até 14,1% do arrecadado, correspondendo a aproximadamente 27% do investimento anual previsto no Plano das Bacias PCJ 2004/2007, para este PDC; II PDC 3 (RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DOS CORPOS D'ÁGUA), aplicação de, no mínimo, 67,6% do arrecadado, correspondendo a aproximadamente 4,0% do investimento anual previsto no Plano das Bacias PCJ 2004/2007, para este PDC; III PDC 5 (PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS), aplicação de até 18,3% do arrecadado, correspondendo a aproximadamente 20,0% do investimento anual previsto no Plano das Bacias PCJ 2004/2007, para este PDC. Parágrafo único Tendo em vista a elaboração do Plano das Bacias PCJ período 2008/2011, com aprovação do Programa de Ações de Curto Prazo prevista para o final do ano de 2007, a aplicação de recursos da cobrança nas Bacias PCJ, a partir de 2008, poderá ser revista, com apresentação de nova proposta ao CRH. Art. 10 Segue como anexo a esta Deliberação relatório elaborado pela Secretaria Executiva dos Comitês PCJ, com apoio do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba Capivari e Jundiaí enquanto entidade delegatária de funções da Agência de Água PCJ, contendo a fundamentação da proposta ora aprovada, com os estudos financeiros e técnicos que foram desenvolvidos. Art. 11 - Visando à implementação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos em corpos d água de domínio do Estado de São Paulo, nas Bacias PCJ, esta Deliberação deverá ser encaminhada ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos, para análise e manifestação, até o dia 10 de outubro de 2006. Art. 12 - Esta deliberação entra em vigor a partir da data de sua aprovação. LUIZ ROBERTO MORETTI Secretário-executivo CBH-PCJ e PCJ FEDERAL JOSÉ ROBERTO TRICOLI Presidente CBH-PCJ e PCJ FEDERAL SEBASTIÃO ANTONIO CAMARGO ROSSI 2 o Vice-presidente do PCJ FEDERAL EDUARDO LOVO PASCHOALOTTI Vice-presidente do CBH-PCJ e 1 o Vice-presidente do PCJ FEDERAL SÉRGIO ANTÔNIO GONÇALVES 3º Vice-presidente do PCJ FEDERAL Publicada no Diário Oficial do Estado em 30/09/06