RELATÓRIO QMSSRS PROJETO VIVEIRO FLORESTAL UHE BELO MONTE PROJETO DO VIVEIRO FLORESTAL UHE BELO MONTE



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Transcrição:

DC-S-1/2011 1/27 PROJETO DO VIVEIRO FLORESTAL UHE BELO REV. DATA HISTÓRICO ELABORADO VERIFICADO APROVADO 18/12/2012 Emissão inicial Coordenador de Meio Ambiente - PRAD Gerência de Meio Ambiente Gerência da Unidade

DC-S-1/2011 2/27 INDÍCE 1. APRESENTAÇÃO... 4 2. JUSTIFICATIVA... 4 3. LOCALIZAÇÃO E INFRAESTRUTURA... 4 3.1 Localização... 4 3.2 Escolha do Local... 5 3.2.1 Suprimento de Água... 5 3.2.2 Área livre de ervas daninhas... 5 3.2.3 Declividade da Área... 5 3.2.4 Drenagem... 6 3.2.5 Extensão da Área... 6 3.2.6 Iluminação Solar... 6 3.3 Área do Viveiro... 7 3.3.1 Canteiro... 7 3.3.2 Estradas e Passeios... 7 3.3.3 Casas de Germinação e Crescimento... 7 3.3.4 Área Aberta a Pleno Sol... 8 3.3.5 Depósito de Substrato... 8 3.3.6 Depósito de Equipamentos e Ferramentas... 8 3.3.7 Depósito para Produtos Químicos... 8 3.3.8 Escritório... 8 4. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS... 10 4.1 Obtenção de Sementes... 10 4.2 Recipientes... 10 4.2.1 Tipo... 11 4.2.2 Dimensão... 12 4.2.3 Preparo do Substrato para Recipientes... 12 4.4 Beneficiamento... 14 4.5 Semeadura... 14

DC-S-1/2011 3/27 4.5.1 Profundidade... 14 4.5.2 Cuidados... 15 4.5.3 Manejo do Sombreamento... 16 5. DADOS GERAIS... 20 5.3 Projetos... 26 5.4 Produtividade de mudas... 26 6. ANEXOS... 26

DC-S-1/2011 4/27 1. APRESENTAÇÃO Entende-se por viveiro florestal um determinado local onde são concentradas todas as atividades de produção de mudas florestais, que representa o inicio de uma cadeia de operações que visam o estabelecimento de florestas e povoamentos. O sucesso da implantação e da produção florestal está diretamente relacionado à qualidade das operações de viveiro e do seu produto. Sendo assim alguns procedimentos administrativos devem ser adotados, dentre os mais importantes: Planejamento da produção visando cobrir todas as fases do processo, em que deve ser considerado o número de mudas a ser produzidas, as espécies e as épocas mais adequadas para a produção. Estoque de insumos e demais materiais necessários para a produção, tais como embalagens, ferramentas e outros. Disponibilidade de sementes. Supervisão dos trabalhos distribuindo atribuições e obrigações ao pessoal, acompanhamentos periódicos através de relatórios em que figurem informações sobre as espécies produzidas, dentre outros. 2. JUSTIFICATIVA Para atendimento ao Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, contido no Plano Básico Ambiental, das áreas abrangidas pelas obras de infra-estrutura e principais da UHE Belo Monte faz-se a necessidade da implantação do Viveiro Florestal para fornecimento de mudas ao referido programa. 3. LOCALIZAÇÃO E INFRAESTRUTURA 3.1 Localização De acordo com a necessidade de mudas em virtude das áreas degradadas para recuperação, foi determinada a construção de dois viveiros florestais, sendo um locado no Sítio Canais e Diques e outro no Sítio Belo Monte. Além da necessidade de mudas também

DC-S-1/2011 5/27 foi levado em consideração a logística entre as unidades, ficando também definido a implantação de uma unidade de rustificação de mudas no Sítio Pimental. 3.2 Escolha do Local Visto que a escolha do local constitui-se no primeiro cuidado para a instalação de um viveiro, alguns aspectos foram envolvidos para determinar o local, sendo estes: Suprimento de água; Área livre de ervas daninhas; Declividade da área; Drenagem; Extensão da área; Iluminação solar; 3.2.1 Suprimento de Água Durante todo o período, notadamente após a semeadura, há necessidade de abundancia de água para irrigação. Um projeto de irrigação dentre as conformidades legais será realizado. 3.2.2 Área livre de ervas daninhas O local deve ser livre da ocorrência de ervas, principalmente das que sejam daninhas. Será realizada a limpeza de toda área antes da instalação do viveiro, que poderá ser feita manualmente ou através de controle químico, dependendo do grau de infestação. Após instalado será dado uma continua vigilância e erradicação dos mesmos. 3.2.3 Declividade da Área A declividade da área serão de no máximo 2%, para não ocorrer danos por erosão com água de chuvas fortes. Os canteiros serão instalados, independentemente do grau da declividade, no sentido perpendicular à movimentação da água, ou seja, devem ser instalados em nível.

DC-S-1/2011 6/27 3.2.4 Drenagem As drenagens serão construídas em toda área no intuito de se evitar áreas encharcadas e processos erosivos. Em toda área de produção do viveiro o terreno também será coberto por pedra britada e/ou cascalhada. 3.2.5 Extensão da Área O viveiro possui dois tipos de áreas: Áreas produtivas, que é a soma das áreas de canteiros e sementeiras, em que se desenvolvem as atividades de produção e as Áreas não produtivas, que se constitui dos caminhos, estradas e áreas construídas. Para calculo da área necessária para implantação do viveiro, foi levado em consideração a demanda de mudas/ano para cada Sítio e o tempo de permanência destas no local desde a o plantio nas casas de vegetação, passando pela germinação, plantio e rustificação à expedição das mudas. Mais alguns fatores foram levados em consideração para calcular toda extensão necessária à produção sendo estes: a) Densidade de mudas/m 2 (em função da espécie) b) Espécie e seu período de rotação c) Dimensões dos canteiros, dos passeios (caminhos) e das estradas d) Dimensões dos passeios (ou caminhos) e) Dimensão das estradas (ou ruas) f) Dimensão das instalações 3.2.6 Iluminação Solar O viveiro será instalado em local totalmente ensolarado, não podendo admitir sombreamento nos canteiros. Nos locais ou espécies que necessitam de sombra serão utilizados sombrites para proteção das plantas.

DC-S-1/2011 7/27 Os canteiros serão construídos sempre no sentido leste-oeste, para melhor aproveitamento da radiação solar pelas mudas. Os raios solares tornam as mudas mais robustas e resistentes, sendo que no canteiro estas serão dispostas de tal forma que o espaçamento permita a insolação entre as mudas. 3.3 Área do Viveiro A área do viveiro contempla toda a infra-estrutura necessária para produção das mudas desde as casas de vegetação, galpões para armazenamento do substrato e equipamentos, estrada e vias de acessos, dentre outros especificados nos itens a seguir (Figura 1). 3.3.1 Canteiro Os canteiros terão 1,2m de largura, para facilitar o manuseio das mudas, o cumprimento poderá ser variável (em geral mais de 10m e menos de 30m), e locados de forma a cortar as águas (perpendicular à linha do declive). A distância entre os canteiros será da ordem de 2,0m com os caminhos internos de 5m de largura, cruzando o viveiro e acessos externos de 9,0m de forma a permitir o trânsito de veículos. 3.3.2 Estradas e Passeios As estradas deverão possuir boa qualidade tanto as que dão acesso ao viveiro quanto às ruas internas, para tornar fácil a movimentação interna principalmente em períodos chuvosos. 3.3.3 Casas de Germinação e Crescimento Para produção das mudas se utilizará o sistema com duas casas de vegetação e uma área externa para rustificação, denominado este de módulo de crescimento. Nestas duas casas de vegetação uma será destinada a germinação das sementes e a outra ao crescimento das espécie que necessitam de sombreamento nesta etapa. Nas casas de germinação e crescimento irá se utilizar de um sombrite cobrindo toda a casa de forma a manter sombra e umidade necessária para desenvolvimento das mudas. A utilização do sombreamento no viveiro será feita observando-se as características ecofisiológicas das espécies. Por exemplo, as espécies heliófilas devem receber

DC-S-1/2011 8/27 sombreamento somente na fase de germinação, quando necessário. Já as espécies umbrófilas podem permanecer sob sombreamento durante toda a fase de viveiro. 3.3.4 Área Aberta a Pleno Sol Nesta área são semeadas as espécies do chamado grupo das pioneiras, que não suportam o sombreamento, ou do grupo das secundarias já formadas, com altura acima de 30 cm. 3.3.5 Depósito de Substrato É uma área onde irá se armazenar a terra, o esterco e também preparar o substrato e o enchimento das embalagens. Um volume razoável de substrato pronto e seco ficará armazenado ao abrigo da chuva, visto a dificuldade de trabalhar com material molhado. Para o enchimento das embalagens individuais será utilizado estruturas como as moegas que facilita o trabalho em relação tempo X ergonomia. Para seu perfeito funcionamento o substrato será peneirado, homogêneo e seco. 3.3.6 Depósito de Equipamentos e Ferramentas Para uma boa conservação e manutenção das máquinas e equipamentos será construída uma área de depósito com esta finalidade. 3.3.7 Depósito para Produtos Químicos O depósito será construído em local com ventilação própria e protegido de umidade para armazenar principalmente os defensivos químicos. Este local deverá ser trancado e o acesso controlado. 3.3.8 Escritório Um escritório será construído para apoio administrativo do campo e planejamento das atividades. As dimensões podem ser visualizadas nas plantas em anexo.

DC-S-1/2011 9/27 Figura 1:Planta do arranjo geral das estruturas

DC-S-1/2011 10/27 4. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS 4.1 Obtenção de Sementes A obtenção das sementes poderá se dar por duas formas, uma através da colheita destas por meio de uma equipe técnica especializada e a outra através da aquisição das sementes de produtores e/ou empresas idôneas que realizam este comércio, sempre priorizando germoplasmas da região para manutenção genotípica das populações das espécies locais. Para a coleta os métodos adotados serão os seguintes: Catação - usado quando as sementes já estão caídas no chão. Balanço - realizado através do balanço das árvores quando os frutos estão maduros, com auxílio de corda e lona disposta embaixo das árvores. Manual - utilizado quando as sementes estiverem à altura do coletor, com auxilio de uma tesoura de poda. Coleta com podão - utilizado quando as sementes não estão a altura do coletor, sendo feito através de um equipamento composto por tesoura de alta-poda ou foice acoplada a um cabo de alumínio. Escalada em árvores - utilizado em árvores de grande porte, através do auxílio de equipamentos de escaladas. Na prática, os métodos citados podem ser usados de forma conjunta ou separados, de acordo com a situação encontrada. Nesta etapa alguns cuidados serão tomados para evitar que se colete sementes de má qualidade fisiológica e genética, e se obter sementes de árvores sadias e vigorosas, que apresentam boa formação do tronco, altura, distribuição de copa. As sementes serão beneficiadas e armazenadas, considerando as características específicas de cada espécie, mantendo as condições adequadas para que não percam seu poder germinativo. Toda semente coletada deverá ser minimamente identificada em lotes com: nome da espécie, tipo de coleta, coordenadas, data da coleta e peso bruto. Um lote poderá ser composto por uma coleta de um único indivíduo ou de mais de uma árvore da mesma espécie, próximas entre si, formando uma população. 4.2 Recipientes

DC-S-1/2011 11/27 São vários os tipos de recipientes que se pode utilizar na produção de mudas, estando esta característica atrelada às espécies requeridas, das condições disponíveis do produtor e da produção esperada. Para escolha do recipiente que se vai utilizar, alguns aspectos físicos foram observados para a qualidade das mudas produzidas: a) Forma: a forma do recipiente deve evitar o crescimento das raízes em forma espiral, estrangulada, ou de qualquer outro problema. Indícios de recipientes inadequados podem ser visualizados com a curvatura na base do fuste da muda e a inclinação da árvore adulta, decorrentes de problemas no sistema radicular. b) Material: o material não deve desintegrar-se durante a fase de produção de mudas, o que dificulta a manipulação e o transporte dos recipientes. c) Dimensões: é a combinação entre a altura e o diâmetro. É deste aspecto que resulta o volume de cada recipiente, onde, quando forem maiores que o indicado, provocam gastos desnecessários, aumentam a área do viveiro e os custos de transporte, manutenção e distribuição das mudas em campo. Por outro lado, como a disponibilidade de água e nutrientes é diretamente proporcional ao volume de substrato, dimensões pequenas resultam em volume reduzido, afetando o desenvolvimento da muda. Outro problema é o sistema radicial que é variável de espécie para espécie. d) Rotação da espécie no viveiro: o período de produção da muda deve ser compatível com a duração dos recipientes e deve atender a qualidade do substrato pela perda dos nutrientes com a lixiviação. As mudas deverão permanecer, dependendo das características sucessionais de cada espécie, no máximo dois anos no viveiro, até atingir o porte adequado para plantio em campo. 4.2.1 Tipo Considerando os itens anteriores optou-se inicialmente por adotar o saco plástico de polietileno como recipiente de cultivo. Com este tipo de recipiente, a semeadura não poderá ser mecanizada, devido à necessidade das embalagens estarem em perfeito alinhamento

DC-S-1/2011 12/27 nos canteiros. Os sacos serão providos de furos na sua parte inferior, com a função de escoar o excesso de umidade e permitir o arejamento. Para enchimento poderá utilizar uma moega metálica que é um equipamento em formato de uma pirâmide invertida, tendo um bico em sua parte inferior, onde é inserida a boca do saco plástico. O substrato, ao passar pelo bico, força a abertura do restante do saco plástico. Uma lingüeta de metal controlada por um pedal é que regula a abertura e o fechamento do bico da moega. Seu rendimento gira em torno de 90 sacos/ homem/ dia. 4.2.2 Dimensão Usualmente podem ser encontrados diversos tamanhos de sacos plásticos, e o tamanho ideal vai depender da espécie e do objetivo para o qual a muda será produzida. Para espécies nativas o mais indicado é o 7 x 19,4 cm; Para mudas de lento crescimento o tamanho pode ser 10 x 20 25cm; Quando se trata de dimensões em embalagens, sempre a primeira medida refere-se ao diâmetro, e a segunda à altura. 4.2.3 Preparo do Substrato para Recipientes Sua principal função é sustentar a planta e fornecer-lhe nutrientes, água e oxigênio. É composto por três fases, sendo elas: Sólida: constituído de partículas minerais e orgânicas; Líquida: formada pela água, na qual encontram-se os nutrientes, sendo chamada de solução do solo; Gasosa: constituída pelo ar, a atmosfera do substrato. Para o preparo do substrato, alguns pontos devem ser observados: não deve ser muito compacto, para não prejudicar a aeração e o desenvolvimento das raízes; apresentar substâncias orgânicas, para melhorar a agregação e aumentar a capacidade de troca catiônica e a retenção de água; e deve estar isento de sementes de plantas indesejáveis, de pragas e de microrganismos patogênicos.

DC-S-1/2011 13/27 4.3 Quebra de Dormência das Sementes A dormência de sementes é um processo caracterizado pelo atraso da germinação, quando as sementes mesmo em condições favoráveis (umidade, temperatura, luz e oxigênio) não germinam. Cerca de dois terços das espécies arbóreas, possuem algum tipo de dormência, cujo fenômeno é comum tanto em espécies de clima temperado (regiões frias), quanto em plantas de clima tropical e subtropical (regiões quentes). O fenômeno de dormência em sementes advém de uma adaptação da espécie às condições ambientais que ela se reproduz, podendo ser de muita ou pouca umidade, incidência direta de luz, baixa temperatura etc. É portanto um recurso utilizado pelas plantas para germinarem na estação mais propícia ao seu desenvolvimento, buscando através disto a perpetuação da espécie (garantia de que alguns indivíduos se estabeleçam) ou colonização de novas áreas. Existem dois tipos básicos de dormência: a primária e a secundária. A primária entende-se aquela já existente na semente por ocasião de sua coleta e secundária, a que a semente adquire ao ser submetida a ambientes desfavoráveis à germinação. Para realizar o processo de quebra de dormência serão utilizados os principais métodos descritos abaixo: Escarificação química: é um método químico, feito geralmente com ácidos (sulfúrico, clorídrico etc.), que possibilita as sementes executar trocas com o meio, água e/ou gases. Escarificação mecânica: é a abrasão das sementes sobre uma superfície áspera (lixa, piso áspero etc.). É utilizado para facilitar a absorção de água pela semente. Estratificação: consiste num tratamento úmido à baixa temperatura, auxiliando as sementes na maturação do embrião, trocas gasosas e embebição por água. Choque de temperatura: é feito com alternância de temperaturas variando em aproximadamente 20ºC, em períodos de 8 a 12 horas. Água quente: é utilizado em sementes que apresentam impermeabilidade do tegumento e consiste em imersão das sementes em água na temperatura de 76 a 1ºC, com um tempo de tratamento específico para cada espécie.

DC-S-1/2011 14/27 4.4 Beneficiamento O beneficiamento é um conjunto de técnicas que tem por finalidade a retirada de materiais indesejáveis, como sementes vazias, imaturas e quebradas, pedaços de frutos, alas, folhas, entre outros. Assim, o lote de sementes vai apresentar maior pureza física e, conseqüentemente, melhor qualidade. Alguns métodos poderão ser utilizados entre eles o manual por meio de peneiras de diversos tamanhos e formas de malhas. Elas podem separar as impurezas das sementes e também possibilitam a classificação das sementes por tamanho. Pode-se utilizar também da mesa de gravidade que funciona com base nas diferenças entre os componentes do lote de sementes no peso específico. 4.5 Semeadura Consiste na distribuição das sementes, enterrando-as no solo, de acordo com suas próprias exigências e nas melhores condições possíveis. Foi determinada a utilização do método da semeadura direta por oferecer certas vantagens como: simplificação das operações, evitando danos à raiz e traumas na repicagem, além de apressar o processo de produção de mudas. Sua execução é mais fácil com sementes de tamanho médio, de fácil manipulação e de porcentagem de germinação conhecida. Neste caso, o número de sementes empregado em geral é maior, uma vez que são utilizadas mais de uma semente por recipiente, de forma a assegurar o aproveitamento de pelo menos uma planta (as outras são repicadas ou cortadas com tesoura). É comum o uso de 3 a 5 sementes por recipiente. 4.5.1 Profundidade A semeadura, não deve ser muito superficial, tampouco muito profundas. Isto porque, se forem muito superficiais as sementes recebem intenso calor do sol, não absorvendo quantidades adequadas de umidade que proporcionem sua germinação. Já sementes muito

DC-S-1/2011 15/27 profundas apresentam o inconveniente do próprio peso do substrato constituir um fator físico inibidor da emergência das plântulas. De modo geral, as sementes serão colocadas a uma profundidade correspondente a até duas vezes o seu diâmetro maior. Porém, as sementes pequenas serão distribuídas na superfície do substrato nos recipientes ou na sementeira, sendo irrigados previamente, e cobertas com uma fina camada de substrato. 4.5.2 Cuidados Antes, durante e após a semeadura, alguns cuidados serão tomados para não ocorrer problemas na produção de mudas. Antes: Ao manusear as sementes, nunca deixá-las expostas ao tempo; Armazená-las em ambiente adequado a espécie; Irrigar bem os canteiros antes da semeadura, para que a umidade atinja todo o recipiente; Durante: Sementes maiores devem ser semeadas manualmente; Ao usar seringas, regulá-las para cada lote de semente, de modo que os recipientes recebam um número adequado e uniforme de sementes; As sementes devem ser depositadas no centro do recipiente. Após: Cobri-las com uma fina camada de areia lavada ou substrato usado para preenchimento dos recipientes; Acrescentar uma cobertura morta, como casca de arroz ou capim picado; Otimizar o uso de sementes por recipiente;

DC-S-1/2011 16/27 Não mexer no recipiente desde a semeadura até a germinação da plântula; Colocar plaquetas padronizadas em cada canteiro com a identificação da espécie, origem do lote de sementes e data de semeadura. 4.5.3 Manejo do Sombreamento Sua principal função é controlar a temperatura, a umidade e a luminosidade. Isto porque, nas primeiras semanas após a semeadura, o abrigo tende a estimular a emergência, atenuando os efeitos de baixas temperaturas, no inverno, e também protege contra a forte insolação e intempéries como granizo e chuvas fortes, no verão. 4.6 Seleção de Mudas Sua função é obter a uniformidade de tamanhos nos canteiros, separando-se as mudas por classes de diâmetro. 1º Seleção: realizada quando as mudas maiores atingem altura média de 10 cm, separando as mudas em três categorias: pequenas, médias e grandes, encanteirando-as pelo tamanho de seleção; 2º Seleção: realizada quando as mudas maiores atingem altura média de 20 cm, separando-as nas mesmas três categorias. Uma terceira seleção é realizada no momento da expedição, sendo que nesta os critérios adotados são: Crescimento em altura; Diâmetro do colo; Conformação das mudas; Ausência de bifurcação; Ausência de tortuosidade. 4.7 Rustificação das Mudas

DC-S-1/2011 17/27 Para obter um alto índice de sobrevivência das mudas após o plantio em campo, as mudas devem apresentar duas características importantes: Sanidade; Alto grau de resistência. A resistência pode ser conseguida através da rustificação. Existem diversos procedimentos que poderão ser adotados para se obter a rustificação: Aplicar NaCl na água de irrigação, na dosagem de 1 ml / planta / dia; Poda da parte aérea, com a redução de 1/3 da porção superior; Redução de folhas dos 2/3 inferiores das mudas; Movimentar freqüentemente as mudas nos canteiros, através das danças, das remoções, das seleções e das classificações; Retirada do sombrite gradativamente até a exposição a pleno sol; Aplicação de anti-transpirantes na época do plantio (solução diluída, como Mobília, na concentração de 1:7 em água); Realizar cortes graduais da irrigação, aproximadamente 20 dias antes da expedição das mudas para o plantio; Fazer uma aplicação com KCl durante a fase de rustificação. A movimentação das mudas no viveiro e o corte gradual da irrigação no período que antecede o plantio são os procedimentos mais usados para se conseguir a rustificação das mudas, devido aos seus custos e praticidade. 4.8 Mondas ou Capinas Manuais São operações de eliminação das plantas indesejáveis que crescem nos recipientes junto com as mudas. Trata-se de uma capina, feita manualmente, que deverá ser realizada sempre que necessário, com as plantas indesejáveis na fase inicial de desenvolvimento. Esta operação deverá ser precedida de farta irrigação, pois facilitará a remoção dessas plantas, ocasionando menor dano ao sistema radicular das mudas. 4.9 Irrigação

DC-S-1/2011 18/27 Para cada módulo de 1.0 mudas por ano, necessitará aproximadamente de 10.0 litros de água por dia. A irrigação será executada por aspersão, micro-aspersão e mangueiras quando necessário. O sistema por micro-aspersão em geral é o mais indicado, em função da economia da mãode-obra e do maior controle sobre a distribuição da água. Na irrigação dos canteiros de semeadura e das mudas em estágio inicial de desenvolvimento, as regas devem ser mais freqüentes do que para as mudas já desenvolvidas. Em geral, a irrigação deve ser executada no início da manhã e no fim da tarde, evitando os horários mais quentes do dia. O substrato deve ser mantido úmido, mas não encharcado. O excesso de rega costuma ser mais prejudicial do que a falta. O excesso de rega dificulta a circulação de ar no solo, impedindo o crescimento das raízes, lixivia os nutrientes e propicia o aparecimento de doenças. A rega eficiente é obtida quando o terreno fica suficientemente umidificado, sem apresentar sinais de encharcamento (poças ou água escorrendo). No momento que as mudas irão para o canteiro de rustificação, deve-se reduzir a irrigação, adaptando assim as condições ambientais que as mesmas venham a encontrar em campo. 4.10 Movimentação ou Dança A movimentação ou dança tem como finalidade efetuar a poda de raízes, que porventura, tiveram extravasando das embalagens. Além disso, essa operação promove a rustificação das mudas, reduzindo a mortalidade quando se dá o plantio no campo. 4.11 Controle Fitossanitário O viveiro, devido às suas características, reúne uma série de condições ambientais associadas à fisiologia do hospedeiro que favorecem a instalação e o desenvolvimento de pragas e doenças. A água em abundância, além de condições de umidade relativa do ar, temperatura, o substrato esterilizado, o tecido vegetal tenro, a proximidade das mudas e o cultivo contínuo da mesma espécie são fatores que predispõem o aparecimento e favorecem

DC-S-1/2011 19/27 o desenvolvimento de doenças fúngicas neste ambiente. O manejo correto destes fatores é fundamental para a prevenção e controle das doenças. Para que se tenha sucesso na produção das mudas, será dada uma atenção especial aos fatores responsáveis pelo desenvolvimento de doenças. As práticas culturais que serão utilizadas no controle de doenças visam modificar, alterar as condições micro e mesoclimáticas que irão atuar sobre o patógeno e também reduzir o inóculo a níveis aceitáveis. Melhorar as condições de cultivo das mudas fortalecerá o sistema de defesa, tornando as menos suscetíveis às doenças. Abaixo são citadas algumas destas práticas que serão realizadas de vital importância para que não se desenvolva doenças e pragas: Local: Ventilado e ensolarado. Separação das mudas no viveiro: Além de separá-las por espécie é importante que haja a separação por condição fitossanitária para se evitar transmissão de doenças. Substrato: Desinfestação do substrato sempre que necessário. Irrigação: Cuidados na quantidade e qualidade da água. Sombreamento: O sombreamento excessivo pode vir a causar doenças fúngicas. Monitoramento: A inspeção sistemática das mudas no viveiro será realizada para que se possa detectar precocemente qualquer sintoma e tomar as devidas medidas de controle. As causas destes problemas poderão ser de origem. 4.12 Controle de pragas e doenças O monitoramento de pragas e doenças será feito contínuo desde o início do plantio até a expedição da muda durante todo o período de permanência do viveiro. Algumas pragas e doenças são mais comuns e de fácil controle desde que sejam tomadas a medidas preventivas e feito todo monitoramento. Alguns exemplos das principais pragas e doenças são citadas abaixo: Tombamento de mudas: também conhecido como dumping off, normalmente ocorre no primeiro mês de vida da muda do viveiro, em situações de umidade e temperatura elevados.

DC-S-1/2011 20/27 A doença é facilmente reconhecida no viveiro devido a presença de mudas tombadas em reboleiras. Ferrugem: Mancha causada por Cylindrocladium spp. A ferrugem ataca tecidos jovens causando lesões nas folhas e hastes, nos locais das lesões são formadas pústulas de coloração amarelada que pode chagar a causar a morte da planta. As manchas causadas por Cylindrocladium spp. São circulares de coloração avermelhada, quando o fungo não esta mais em atividade estas manchas tornam-se secas. Lagartas-rosca: se alimentam do coleto das mudas, cortando-as após a germinação e até certo crescimento em altura (entre 5 e 10cm), ocasião em que passam a se alimentar das folhas. É praga de hábito noturno, mas são facilmente identificadas quando enterradas no substrato, devido a formação de terra solta na superfície. Auxilia muito o controle não deixar espaços entre os recipientes (sacos plásticos). Grilos: cortam as mudas à altura do coleto e também possuem hábito noturno. São identificados devido à coloração escura de seu corpo, seu controle como da lagarta é facilitado não deixando espaços vazios entre os recipientes. 5. DADOS GERAIS 5.1 Espécies Destinadas à Produção A escolha das espécies destinadas a produção foram indicadas no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, do Projeto Básico Ambiental, sendo esta baseada no diagnóstico da flora do EIA/RIMA da UHE Belo Monte. De acordo com o PBA a seleção das espécies a serem empregadas está pautada em critérios de adaptabilidade edafoclimática, rusticidade, capacidade de reprodução e perfilamento, velocidade de crescimento, condições ecológicas (estágio sucessional específico e atratividade para a fauna) e facilidade de obtenção de sementes e mudas. Abaixo estão apresentadas as espécies alvo para serem utilizadas na recuperação das áreas degradadas, porém a produção de todas estas espécies dependerá da disponibilidade de sementes na região e manejo destas no viveiro. Ainda serão tomados os devidos cuidados para que sempre haja diversidade de espécies suficiente para lote de mudas a serem

DC-S-1/2011 21/27 liberadas para plantio em campo, possibilitando o início da recuperação das áreas e consequente colonização destas áreas por outras espécies existentes no entorno das áreas em recuperação. A lista com as espécies mais indicadas para serem utilizadas neste Programa encontra-se no Quadro 1. Quadro 1: Quadro das espécie indicadas a produção no viveiro SUCESSÃO ECOLÓGICA Arbustivas Pioneiras Arbóreas Pioneiras FAMÍLIA ESPÉCIE NOME VULGAR Anacardiaceae Tapiriria guianensis Tapiririca Bignoniaceae Jacaranda copaia Pará-pará Boraginaceae Cordia scabrifolia Maria-preta Clusiaceae Vismia guianensis Lacre Vismia cayennensis Lacre Euphorbiaceae Croton matourensis Muiravuvuia Burra-leiteira Sapium lanceolatum Salicaceae Casearia arborea Mata-calado Casearia javitensis Mata-calado Solanaceae Solanum juripeba Jurubebas Solanum stramonifolium Jurubebas Ulmaceae Trema mircantha Chumbinho Cecropia concolor Embaúba Urticaceae Cecropia latiloba Embaúba Cecropia palmata Embaúba Anacardiaceae Astronium gracile Muiracatiara Spondias mombin - Annonaceae Guatteria poeppigiana Envira preta Arecaceae Euterpe oleracea Açai Araliaceae Schefflera morototoni Morototó Protium apiculatum Breu gde./sem cheiro Burseraceae Protium opacum Breu Protium subserratum Breu serrote Trattinnick ia rhoifolia Breu sucuruba Dipterix odorata Cumaru Inga rubiginosa Ingá vermelha Fabaceae Senegalia multipinnata Rabo-de-arara Tachigali paniculata Taxi vara/verm Inga paraensis Ingá

DC-S-1/2011 22/27 SUCESSÃO ECOLÓGICA Espécies Secundárias Espécies Clímax FAMÍLIA ESPÉCIE NOME VULGAR Ulmaceae Trema micrantha Chumbinho Anacardiaceae Anacardium Cajuaçu Cajuaçu Anacardium lecointei Aroeira Annonaceae Rollinia exsucca Envira cana Apocynaceae Aspidosperma araracanga Araracanga Astrocaryum ginacanthum Mumbaca Arecacea Astrocaryum vulgare Tucumã-do-Pará Syagrus cocoides Pupunharana Bignoniaceae Tabebuia serratifolia Ipê Amarelo Couepia bracteosa Pajurá Chrysobalanaceae Licania heteromorpha - Licania egleri Cariperana Clusiaceae Calophyllum brasiliense Guanandi Abarema jupunba Saboeiro Alexa grandiflora Melancieira Dialium guianense Jutaí pororoca Hymenaea courbaril Jatobá Fabaceae Hymenolobium excelsum Angelim rajado da mata Inga alba Ingá-pereba Inga edulis Ingá cipó Schyzolobium amazonicum Paricá Vouacapoua americana Acapu Zollernia paraensis Pau Ferro Lauraceae Mezilaurus itauba Itaúba Sapotaceae Pouteria lasiocarpa Abiurana Fabaceae Hymenaea courbaril Jatobá Lauraceae Aniba canelilla Casca preciosa Dicypellium caryophyllatum Pau-cravo Lecythidaceae Lecythis lurida Sapucaia Bertholletia excelsa Castanheira-do-Pará Malvaceae Theobroma grandiflorum Cupuaçu Carapa guianensis Andiroba Meliaceae Cedrela odorata Cedro Swietenia macrophylla Mogno Myristicaceae Virola melinonii - Virola surinamensis Ucuúba branca Sapotaceae Manilk ara huberi Maçaranduba

DC-S-1/2011 23/27 5.2 Cronograma de Implantação e Produção No Quadro 2, pode-se visualizar o cronograma de implantação do viveiro florestal que se inicia no mês de janeiro/2013 com término em dezembro/2020 de acordo com o Projeto Básico de Construção. Pelo fato do viveiro suprir o PRAD em mudas, o termino da atividade se dará no momento de concretização de toda obra, onde irá desmobilizar todas estruturas de apoio de infraestrutura dos canteiros.

DC-S-1/2011 24/27 Quadro 2: Cronograma de implantação do Viveiro Florestal UHE Belo Monte Item Atividade PACOTE DE TRABALHO: 3.2 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DO VIVEIRO FLORESTAL 2013 2014 2015 2016 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D CRONOGRAMA DO PACOTE DE TRABALHO VIVEIRO FLORESTAL 1 Conclusão do projeto 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Implantação do viveiro e instalações 2 iniciais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 Implantação das obras civis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 Coleta e obtenção de sementes 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 5 Plantio 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 6 Controle de pragas e doenças 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 7 Expedição das mudas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 8 Monitoramento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9 Avaliação dos resultados 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1

DC-S-1/2011 25/27 continua... Item Atividade PACOTE DE TRABALHO: 3.2 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DO VIVEIRO FLORESTAL 2017 2018 2019 2020 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D CRONOGRAMA DO PACOTE DE TRABALHO VIVEIRO FLORESTAL 1 Conclusão do projeto 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 Implantação do viveiro e instalações iniciais 3 Implantação das obras civis 4 Coleta e obtenção de sementes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 Plantio 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 6 Controle de pragas e doenças 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 7 Expedição das mudas 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 Monitoramento 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9 Avaliação dos resultados 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1

DC-S-1/2011 26/27 5.3 Projetos O projeto desenvolvido do viveiro de mudas da UHE Belo Monte, contempla todas as estruturas discutidas anteriormente no referido documento, possuindo área de escritório, casas de vegetação, áreas para rustificação, armazém de estocagem incluindo um centro de visitação para educação ambiental. As plantas dos projetos se encontram no Anexo 1. 5.4 Produtividade de mudas De acordo com o quantitativo de áreas a serem recuperadas e o espaçamento determinado no PBA, estimou-se uma produção de 4 milhões de mudas para todo empreendimento. A produtividade anual do viveiro foi calculada levando em consideração a liberação de áreas para plantio e desmobilização das áreas de infra-estrutura. O viveiro será formado por módulos de produção com capacidade de produção de 1.0 mudas/ano que serão ampliados considerando a demanda de mudas para recuperação das áreas já desmobilizadas. Estima-se que o viveiro poderá alcançar a produção de aproximadamente 8.0 mudas/ano no pico das atividades de recuperação. 5.5 Acompanhamento e apresentação dos resultados Serão realizados monitoramentos através do desempenho de indicadores que serão enviados por meio de relatório mensais de atividades. Dentre os indicadores a serem levantados serão calculados: Taxa de sucesso na germinação; Taxa de sobrevivência das mudas produzidas; Taxa de utilização (plantio) e destinação das mudas produzidas para as áreas de recuperação e enriquecimento; 6. ANEXOS 6.1 Arranjo das estruturas;

DC-S-1/2011 27/27 6.2 Armazém de estocagem 6.3 Escritório e áreas de visitação 6.4 Casas de vegetação 6.5 Detalhamento do auditório