A aposentadoria especial por sua vez poderá ser concedida aos 15, 20 ou 25 anos dependendo da penosidade da atividade de cada trabalhador

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INTRODUÇÃO: Este laudo foi feito recentemente para um segurado cliente da Previcalc, trata-se de uma ação de revisão com objetivo de aplicar proporcionalmente o fato previdenciário, conforme explicativos e documentos em anexos. CONCLUSÃO: TEM DIREITO FATO: O segurado XXXXXXXXXXX, requereu o beneficio de aposentadoria por tempo de contribuição INTEGRAL no dia 10/06/2002, e ali o teve concedido. O mesmo contava com 35 anos e 7 meses de contribuição e com 45 anos de idade. Neste caso o cálculo para concessão do benefício foi feito de acordo com a Legislação vigente, ou seja, foi feita a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição, correspondentes a, no mínimo, 80% de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da 9876/99, com a redação dada por esta Lei, e em seguida aplicado o Fator Previdenciário. PEDIDO: Ocorre que na concessão do beneficio, o tempo de contribuição foi formado por 8 anos atividade comum e 27 anos de atividade especial, que com a devida conversão com o fator de 1.4 conforme bem expressa o artigo 70 do Decreto 4827/2003 em seu 2º Para cálculo do Fator foram considerados corretamente os dados referentes à idade do segurado e a expectativa de sobrevida conforme dados do IBGE, não sendo portanto este o objeto da discussão das diferenças aqui apresentadas, também foram considerada corretamente a regra Y, que é a quantidade de meses decorridos desde a publicação da Lei 9.876/99 até a D.E.R, a aplicação destas regra de transição esta diretamente baseada no artigo 5º desta mesma Lei. Atualmente não há base legal para conversão de tempo comum para especial, mas tanto o regulamento como a jurisprudência abriu caminho para a continuidade das conversões de tempo especial para comum, abrindo assim uma série de possibilidades e rediscussões reflexas a este fato. A aposentadoria especial por sua vez poderá ser concedida aos 15, 20 ou 25 anos dependendo da penosidade da atividade de cada trabalhador A concessão antecipada da aposentadoria especial (se comparado a aposentadoria por tempo de contribuição) tem como principal objetivo proteger a integridade física e/ou mental do segurado. Nos benefícios de aposentadoria especial não se aplica o fator previdenciário, conforme Lei 9.876/99 em seu parágrafo 3º 2. De toda sorte devemos relembrar que a intenção do fator previdenciário é incentivar o segurado a permanecer no trabalho vertendo

então contribuições ao sistema, o que seria um verdadeiro contrassenso sua aplicação nas aposentadorias especiais. Ao observarmos o caso em questão notamos que a maior parte das contribuições do segurado são decorrente de atividade especial, sendo assim, no calculo da aposentadoria por tempo de contribuição integral, deve ser aplicado um fator previdenciário proporcional ao tempo de contribuição de atividade comum (8 anos), e o mesmo(fator) não se aplica ao tempo de atividade especial (27 anos). Haja visto que o período básico de calculo, de acordo com lei vigente (9876/99), é constituído por todas as contribuições compreendidas no período de 07/1994 até a data de entrada do requerimento, não é possível aplicação do fator só nos meses de atividade comum, pois o período de atividade comum não esta dentro de seu período básico de calculo, sendo assim a alternativa mais justa seria a adoção de um método diferenciado de calculo, no caso em tela adotamos a aplicação do fator de forma proporcional, ou seja, a 1ª parcela correspondente ao tempo de atividade insalubre que fora convertido (27/35 avos da media dos 80% maiores salários de contribuição sem a incidência do fator previdenciário), e a segunda parcela correspondente ao tempo de atividade comum (8/35 avos da media dos 80% maiores salários de contribuição com a incidência do fator previdenciário). FUNDAMENTAÇAO: O trabalhador tem assegurado constitucionalmente adoção de critérios diferenciados para concessão de benefícios nos casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física nos termos do 1º do ART 201 da CF, contudo o comando constitucional não vem sendo observado, uma vez que o INSS faz justamente o contrario, aplica os mesmos critérios de calculo tanto para aqueles que exerceram atividades em condições especiais, ainda que parcialmente, como para aqueles que nunca exerceram qualquer atividade sob condições especiais.(ester Moreno de Miranda Vieira) 1º é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, reservados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência nos termos definidos em lei complementar E Artigo 70 do Decreto 4827/2003 que diz:

Art. 70. A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela: 1o A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço. 2o As regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período. (NR) E Súmula 49 (TNU) Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/4/1995, a exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma permanente. Precedentes: Pedilef nº 0002950-15.2008.4.04.7158 (julgamento 29/02/2012), Pedilef nº 2007.71.95.022763-7 (julgamento 02/08/2011), Pedilef nº 2007.72.51.008595-8 (julgamento 17/03/2011). Súmula 50 (TNU) É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer período. Precedentes: Pedilef nº 0002950-15.2008.4.04.7158 (julgamento 29/02/2012), Pedilef nº 2005.71.95.020660-1 (julgamento 11/10/2011), Pedilef nº 2006.83.00.508976-3 (julgamento 02/08/2011). RESUMO DO CALCULO RMI Atual:...R$ 1.180,95 RMI Revisada:...R$ 1.437,20 Renda Mensal atual:...r$ 2.306,21 Renda Mensal Revisada:...R$ 2.807,11 Diferença (com Vincendas):...R$ 37.951,75 Marino Gumiero Previcalc Nota: Este Laudo Técnico não garante o sucesso da ação, sua função é servir apenas como base inicial para construção das peças processuais. Havendo a necessidade de maiores detalhes sobre esta tese indicamos a aquisição da Fundamentação Legal pelo site comercial@previcalc.com.

CARTA DE CONCESSÃO DO INSS INICIO DO CÁLCULO DO INSS FIM DO CÁLCULOS DO INSS

REVISÃO DA APOSENTADORIA PREVICALC INICIO CÁLCULO DE REVISÃO FIM CÁLCULO DE REVISÃO

INICIO CÁLCULO DA DIFERENÇA PREVICALC FIM JULGADO PARA MELHOR ENTENDIMENTO VISTOS. FRANCISCO DE SANTANA FRANÇA propôs AÇÃO PREVIDENCIÁRIA contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

INSS sob o fundamento de que se aposentou em dezembro de 2007. O réu deixou de computar o período especial trabalhado durante o período de 5.3.97 a 12.12.07. Assim pleiteia, com exclusão do fator previdenciário nesse lapso temporal. Na contestação o réu historiou sobre a legislação que regulamenta o benefício. Sustentou que a situação do autor não se subsume ao enquadramento da especialidade do tempo de serviço segundo a atividade exercida. Sobreveio a réplica. É O RELATÓRIO D E C I D O. A aposentadoria especial é benefício decorrente do trabalho realizado em condições ou prejudiciais à saúde ou à integridade física do segurado. Encontrava remota disciplina no art. 31 da Lei 3.807/60: Art. 31 A aposentadoria especial será concedida ao segurado que, contando no mínimo 50 (cinqüenta) anos de idade e 15 (quinze) anos de contribuições, tenha trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos pelo menos, conforme a atividade profissional, em serviços que, para esse efeito, forem considerados penosos, insalubres ou perigosos, por Decreto do Poder Executivo. (Redação do caput modificada pela Lei 5.440-A/68) 1º - A aposentadoria especial consistirá numa renda mensal, calculada na forma do 4º do art. 27, aplicando-se-lhe outrossim, o disposto no 1º do art. 30. 2º - Reger-se-á pela respectiva legislação especial a aposentadoria dos aeronautas e as dos jornalistas profissionais. No entanto, a sistemática do art. 31 da Lei 3.807/60 foi revogada pelo art. 34 e substituída pelo art. 9º, todos da lei 5.890/73: Art. 9º - A aposentadoria especial será concedida ao segurado que, contando no mínimo 5 (cinco) anos de contribuição, tenha trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos pelo menos, conforme a atividade profissional, em serviços que, para esse efeito, forem considerados penosos, insalubres ou perigosos, por decreto do Poder Executivo. 1º - A aposentadoria especial consistirá numa renda mensal, calculada na forma do 1º do art. 6º, desta Lei, aplicando-se-lhe ainda o disposto no 3º do art. 10. 2º - Reger-se-á pela respectiva legislação especial a aposentadoria dos aeronautas e as dos jornalistas profissionais. 3º - Os períodos em que os trabalhadores integrantes das categorias profissionais, enquadradas neste artigo, permanecerem licenciados do emprego ou atividade, desde que para exercer cargos de Administração ou de Representação Sindical serão computados para efeito de tempo de serviço, pelo regime de Aposentadoria Especial, na forma da regulamentação expedida pelo Poder Executivo, ( acrescido pelo Lei 6.643/79). 4º - O tempo de serviço exercido alternadamente em atividades comuns e em atividades que, na vigência desta Lei, sejam ou venham a ser consideradas penosas, insalubres ou perigosas, será somado, após a respectiva conversão segundo critérios de equivalência a serem fixados pelo Ministério da Previdência Social, para efeito de aposentadoria de qualquer espécie. ( acrescido pela Lei 6.887/80). Após, a aposentadoria especial passou a ser regulada pela Lei 8.213/91, da seguinte forma: Art. 57 A aposentadoria será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta lei, ao segurado que tiver trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme a atividade profissional, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. 1º - A aposentadoria especial, observado o disposto na Seção III desde Capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 85% (oitenta e cinco por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de-benefício. 2º - A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a data da aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49. 3º - O tempo de serviço exercido alternadamente em atividade comum e em atividade profissional sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão, segundo critérios de equivalência estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e da

Previdência Social, para efeito de qualquer benefício. 4º - O período em que o trabalhador integrante de categoria profissional enquadrada neste artigo permanecer licenciado do emprego, para exercer cargo de administração ou de representação sindical, será contado para aposentadoria especial. Art. 58 A relação de atividades profissionais prejudiciais à saúde ou a integridade física será objeto de lei específica. Atualmente, o art. 57 da Lei 8.213/91 ostenta a seguinte redação: Art. 57 - A aposentadoria será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei ( Redação dada pela Lei 9.032/95). 1º - A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistirá numa renda mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício. (Redação dada pela Lei 9.032/95). 2º - A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49. 3º - A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período,mínimo fixado. (Redação dada pela Lei 9.032/95). 4º - O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos ou biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. ( Redação dada pela lei 9.032/95 ). É dizer, pela antiga sistemática, que cabia ao Executivo ( regime das Leis 3.807/60 e 5.890/73 ) ou ao Legislativo ( redação original da Lei 8.213/91 ) listar as atividades profissionais que, consideradas prejudiciais à saúde ou integridade física, eram contempladas com a aposentadoria especial. Contudo, atualmente vigora sistemática pela qual se faz necessária a prova da efetiva exposição aos agentes nocivos. Confira-se a nova redação do art. 58 da Lei 8.213/91, especialmente seu parágrafo 1º, que estipula como será realizada referida prova: Art. 58 A relação dos agentes nocivos químicos, físicos ou biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física considerados para fins de concessão de aposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo Poder Executivo. ( Redação dada pela Lei 9.528/97 ). 1º - A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma estabelecida pela Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista. ( Redação dada pela Lei 9.732/98). 2º - Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento respectivo. (Redação dada pela Lei 9.732/98). 3º - A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à penalidade prevista no art. 133 desta Lei. ( Parágrafo incluído pela Lei 9.528/97 ). 4º - A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse documento. ( Parágrafo incluído pela Lei 9.528/97 ). Nesse prumo, conforme leciona Sergio Pinto Martins ( Fundamentos de Direito da Seguridade Social, 2ª ed. São Paulo, Atlas, 2002, pg.120 ): Defere-se a aposentadoria

especial quando o segurado tenha laborado em atividades sujeitas a condições especiais que prejudiquem sua saúde e integridade física, como nas atividades penosas, insalubres ou perigosas. A aposentadoria especial é devida ao segurado que tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, em condições descritas pela lei como prejudiciais à saúde ou à integridade física do trabalhador. O segurado deverá fazer prova de trabalho nessas condições. Para concessão da aposentadoria especial, além do requisito da comprovação do caráter permanente, não ocasional e intermitente das atividades especiais. A situação de contato com agentes prejudiciais continuava a ser presumida, não havendo necessidade de referida prova, pelo menos enquanto não revogada a legislação específica de regência. No entanto, o art. 15 da Lei 9.528/97 ( objeto da conversão da MP 1.523 de 11/10/96 ) operou a revogação de diversas leis que instituíam aposentadoria especial a categorias específicas, a saber, Lei 3.259/59 ( jornalistas profissionais ), Lei 5.527/68 (várias categorias listadas pela relação do repristinado Decreto 53.831, de 25/03/64), Lei 6.903/81 ( juizes temporários do Poder Judiciário da União ) e a Lei 7.850/89 ( telefonista ). Mas, mesmo em relação às categorias que tiveram revogado o regime de aposentadoria especial, deve ser preservado o direito adquirido à averbação do tempo de serviço até então prestado, consoante regra especial de conversão vigente na época respectiva. É que mesmo as normas de ordem pública se sujeitam ao princípio do artigo 5º, XXXVI, da CF/88 (STF, RTJ 143/724). Portanto, não apenas tem direito ao período especial, como também a exclusão do fator previdenciário, incidente apenas sobre o tempo comum. Conclui-se, pois, pela análise da documentação, que é o autor faz jus à pretensão. JULGO PROCEDENTE o pedido, EXTINGUINDO o feito nos termos do art. 269, inc. I, do CPC. DECLARO como especial o período trabalhado entre 6.3.1997 a 12.12.2007, CONDENANDO o réu a rever a renda mensal inicial, aplicando-se o fator previdenciário apenas ao período de tempo de serviço comum. CONDENO-O ao pagamento das diferenças com juros de 1% ao mês até a entrada em vigor da Lei nº 11.960/09, a partir de quando aplicar-se-ão as disposições que contém. Por fim, ARCARÁ com honorários advocatícios de 15% sobre o montante apurado até a presente data. Sentença sujeita ao duplo grau de jurisdição. PRI. Diadema, 30 de agosto de 2011 Antonio Luiz Tavares de Almeida Juiz de Direito.