MONITORAMENTO DE DOENÇAS NA CULTURA DA MANGUEIRA



Documentos relacionados
MONITORAMENTO DE PRAGAS NA CULTURA DA UVA

MONITORAMENTO DE PRAGAS NA CULTURA DA MANGUEIRA

DOENÇAS DO CUPUAÇUZEIRO (Theobroma grandiflorum Willd. Spend.) Schum.

MONITORAMENTO DE DOENÇAS NA CULTURA DA VIDEIRA

Diretores - Executivos. Elza Angela Battaggia Brito da Cunha Dante Daniel Giacomelli Scolari

Comunicado Técnico 94

(+ de 80) PRINCIPAIS DOENÇAS NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO. XII MICA, 23 de agosto de BRUSONE Agente Causal: Pyricularia grisea

9.5 PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÇAS DO FEIJOEIRO

Sanidade das Sementes

ISSN CADEIA PRODUTIVA DA MANDIOCA NO AMAZONAS. Patrocínio

Relatório de Viagem - Avaliação dos Planos de Recuperação de Ricinocultura...

EXPECTATIVA E UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS NA CULTURA DA MANGA

Fruticultura. Bananeira : Mal do Panamá. Nome Bananeira : Mal do Panamá Produto Informação Tecnológica Data 1985 Preço - Linha Fruticultura Resenha

Recomendações para o Controle Químico da Mancha Branca do Milho

Conselho de Administração José Amauri Dimárzio Presidente. Diretoria Executiva da Embrapa Clayton Campanhola Diretor-Presidente

Restos Vegetais da Mangueira e Sua Importância como Fonte de Inóculo em Diferentes Sistemas de Manejo

SEQUÊNCIA LISTA NOMINAL DOS CANDIDATOS APROVADOS 1 MAURO ROBERTO P. DUARTE 2 PAULO RENATO PEDRONI DE ALMEIDA 3 ALEX LOPES LYRIO 4 MARCOS ANDRE MURTA

Padrão de Dispersão de Fungos em Mangueira Irrigada

Política Agrícola e Comércio Internacional. Acadêmicos: Aline Clarice Celmar Marcos Micheli Virginia

PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO SEMANAL DE 27 DE JANEIRO A 03 DE FEVEREIRO DE 2014

Indução Floral da Mangueira

PRODUÇÃO INTEGRADA DE UVA NO VALE DO SÃO FRANCISCO

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas

INTRODUÇÃO. Colóquio Fileira da Pêra Rocha, Alcobaça, 12 fevereiro 2014

n. 9 - setembro

FOLDER PRODUÇÃO INTEGRADA DE ARROZ IRRIGADO. Produção Integrada de Arroz Irrigado

Ordenamento Territorial para Expansão da Cana-de-açúcar no Brasil Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar

Manga Espada. Implantação do pomar

CLIPPING De 05 de maio de 2015

1 Apresentação

Florescimento e Isoporização: Pagar Para Ver ou Prevenir?

O AGENTE DA MOBILIDADE URBANA NO SISTEMA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL

MÉTODOS DE PROTEÇÃO CONTRA GEADAS EM CAFEZAIS EM FORMAÇÃO

1º EXAMINADOR 2º EXAMINADOR 3º EXAMINADOR MÉDIA ESC. X3 MED PON DID. X4 TIT. X2 P.A. X Desclassificado

SEMINÁRIO. Agricultura Familiar no Amazonas: Desafios para Inovação e Sustentabilidade. 25 a 27 de novembro de Felipe Santos da Rosa

MAMÃOZINHO-DE-VEADO (Jacaratia corumbensis O. kuntze): CULTIVO ALTERNATIVO PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL NA REGIÃO SEMI-ÁRIDA DO NORDESTE

BINACIONAL ALCÂNTARA CYCLONE SPACE

Promover o desenvolvimento rural sustentável no Estado de São Paulo, ampliando as oportunidades de emprego e renda, a inclusão social, a preservação

Diagnose de doenças não parasitárias em trigo

Diagnóstico, Monitoramento de Desastres Naturais com foco na Seca no Semiárido Nordestino

Atendimento no sábado 06/11/2010. Grupo I 8h00 às 10h30. Local: Campus Samambaia. José Osvaldino da Silva Francisco Santos Sousa João Batista Quirino

CONTROLE BIOLÓGICO NA TEORIA E NA PRÁTICA: A REALIDADE DOS PEQUENOS AGRICULTORES DA REGIÃO DE CASCAVEL-PR

RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS S1 DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) À MANCHA-PARDA, QUEIMA DAS FOLHAS E MANCHA-BRANCA

Guilherme Leite da Silva Dias, FEA/USP

Estabelecimento de Unidades de Referência Tecnológica e Econômica no Estado de Mato Grosso: Proposta de Avaliação Econômica - O Projeto URTE (Fase 1)

CURSO: GESTÃO FINANCEIRA

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO DA ESTAÇÃO DA EMBRAPA SEMIARIDO, PROJETO BEBEDOURO PRETOLINA/PE, ATRAVÉS DA TÉCNICA DE QUANTIS

MANEJO E TRATOS CULTURAIS. Voltaire Diaz Medina Engº. Agrº, M.Sc., Fruitfort Agrícola e Exportação Ltda. Voltaire@fruitfort.com.br

Implantação de unidades de observação para avaliação técnica de culturas de clima temperado e tropical no estado do Ceará Resumo

CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA

Projetos Nova Alvorada do Sul - MS

Boletim Novembro 2014

Circular. Técnica PROCEDIMENTO DE OPERAÇÃO, MANUTENÇÃO E VERIFICAÇÃO DA ESTUFA ELETROLAB MODELO 112FC. Brasília, DF Dezembro 2007.

Mobilização - construir parcerias e articulações integradas às dimensões ambientais: social, cultural e econômica.

TURMA 10 H. CURSO PROFISSIONAL DE: Técnico de Multimédia RELAÇÃO DE ALUNOS

Utilização de jato de água e ar no controle de cochonilhas farinhentas em videira

Escolas Agrotécnicas Federais

Doenças e Pragas da Videira. Eng. Agr. M. Sc. Gilson José Marcinichen Gallotti

Termo de Referência para Elaboração do Plano de Manejo Florestal Sustentável

Cultura da Mangueira. Novembro 2007

INSTITUTO AGRONÔMICO DE PERNAMBUCO ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO CLIPPING ELETRÔNICO

Sistema de Monitoramento de Cultivos AgroDetecta

SOLUÇÕES FINANCEIRAS FRENTE AO ESTADO DE EMERGÊNCIA CLIMA 2013/2014

Laboratório de Análise de Sementes Florestais (LASF) Universidade Federal de Viçosa Departamento de Engenharia Florestal

DOENÇAS DO PESSEGUEIRO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO. Sumário I) OBJETIVO 02. 1) Público alvo 02. 2) Metodologia 02. 3) Monografia / Trabalho final 02

FICHA PROJETO - nº383-mapp

Etapas para a Certificação do Café: Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil) Norma Técnica Específica da Produção Integrada do Café

PROGNÓSTICO TRIMESTRAL Agosto-Setembro-Outubro de Prognóstico Trimestral (Agosto-Setembro-Outubro de 2003).

EQUIPAMENTO PARA REGISTRO DO PERÍODO DE MOLHAMENTO FOLIAR

Dia 28 de maio de 2015 Apresentação Pôster do SINAPI Hall do Centro de Convenções do Cariri 8:00H às 09:45H

Curso Técnico em Agropecuária - Integral

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA BOVINOS LEITEIROS

CONCURSO PÚBLICO PARA ADMISSÃO AO CURSO DE ADAPTAÇÃO DE OFICIAIS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DO PARÁ CADO/PM/2012

Importância dos critérios de amostragem de folhas

ADENSAMENTO DE PLANTIO: ESTRATÉGIA PARA A PRODUTIVIDADE E LUCRATIVIDADE NA CITRICULTURA.

O IBGE divulgou a pouco o primeiro prognóstico para a safra de 2011: Em 2011, IBGE prevê safra de grãos 2,8% menor que a de 2010

PRODUÇÃO DO ALGODÃO COLORIDO EM FUNÇÃO DA APLICAÇÃO FOLIAR DE N E B

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE USOS DO SOLO E CONTROLE DE PROCESSOS EROSIVOS E ESTABILIZAÇÃO DAS ENCOSTAS UHE FOZ DO RIO CLARO

Análise da Época de Semeadura do Algodoeiro em Mato Grosso com Base na Precipitação Provável

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE APOIO RURAL E COOPERATIVISMO SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES ANEXO VIII

HCE EM ATOS... HOTEL DE TRÂNSITO- CENTRO GENERAL ERNANI AYROSA

CUIDADOS PALIATIVOS 34 PRATICA DE INVESTIGACAO CIENTIFICA VI 40 BASES PSICOSSOCIAIS DA PRATICA MEDICA V 38

Uso Sustentável de Produtos Fitofarmacêuticos. Formação de Agricultores na Região centro

PROCESSO DE INGRESSO REMANEJAMENTO EXTRA. SSA 3ª Fase

Reunião Câmara Setorial Cadeia Produtiva do Arroz - 10/09/10

EXPLORAÇÃO DO CERRADO BRASILEIRO

Francis Lacerda MUDANÇAS CLIMÁTICAS E IMPACTOS NO ARARIPE

Comunicado 35 Técnico

FACULDADES DE VITÓRIA FDV DEPOIMENTOS

Embrapa elabora estudo sobre gestão ambiental de estabelecimentos rurais na APA da Barra do Rio Mamanguape (PB)

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Presidente da República Dilma Vana Rousseff. Vice-Presidencia da República Michel Miguel Elias Temer Lulia

CAMPO DE PROVA DA FUNDAÇÃO CHAPADÃO

Monitoramento da Cultura de Cana-de-Açúcar no Estado de São Paulo


Disciplina: Administração de Departamento de TI. Professor: Aldo Rocha. Aula III - 25/08/2011

Transcrição:

Semi-Árido Meio Ambiente CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Documentos da Embrapa Semi-Árido ISSN 1516-1633 Nº 158 MONITORAMENTO DE DOENÇAS NA CULTURA DA MANGUEIRA Copyright Ó Embrapa - 2001 Exemplares desta publicação poderão ser solicitados à: Embrapa Semi-Árido BR 428 km 152 Zona Rural CEP 56302-970 Caixa Postal 23 Fax: (Oxx87) 3862-1744 PABX: (Oxx87) 3862-1711 e-mail: sac@cpatsa.embrapa.br Petrolina - PE Revisão: Eduardo Assis Menezes e Edineide Machado Maia. Composição Gráfica: José Cletis Bezerra - Embrapa Semi-Árido Fotos Embrapa: Carlos Alberto da Silva Cicero Barbosa Filho 2ª edição COLABORADORES Andréa Nunes Moreira - CNPq/Embrapa Semi-Árido Ana Cláudia Gurgel de Souza - Upa Agrícola Eliud Monteiro Leite - CNPq/Embrapa Semi-Árido Elisaldo da Luz Pires Junior - Copa Fruit Francisca Nemaura Pedrosa Haji - Embrapa Semi-Árido Fábio Monteiro Leite - Timbaúba Agrícola Gilberto J. Nogueira e Silva - Valeagro Luiz Alves - Nova Fronteira Luiz Eduardo C. de S. Ferraz - Aguisa Manoel Alexandre Souza - Consultor Voltaire A. Diaz Medina - FruitFort Tiragem: 500 Exemplares 3

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Semi-Árido Monitoramento de Doenças na Cultura da Mangueira Autores Selma Cavalcanti Cruz de Holanda Tavares Valéria Sandra de Oliveira Costa Cynthia Amorim Palmeira Santos Wellington Antonio Moreira Mirtes Freitas Lima Daniela Biaggioni Lopes Petrolina - PE 2001 2 República Federativa do Brasil Presidente Fernando Henrique Cardoso Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Ministro Marcus Vinicius Pratini de Moraes Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Diretor - Presidente Alberto Duque Portugal Diretores - Executivos Bonifácio Hydeyuki Nakasu Dante Daniel Giacomelli Scolari José Roberto Rodrigues Peres Embrapa Semi-Árido Chefe Geral Paulo Roberto Coelho Lopes Chefe Adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento Clovis Guimarães Filho Chefe Adjunto de Comunicação e Negócios Luiz Maurício Cavalcante Salviano Chefe Adjunto Administrativo Paulo Cesar Fernandes Lima 4

INTRODUÇÃO O monitoramento de doenças é uma prática de fundamental importância dentro do contexto de Produção Integrada de Frutas - PIF, que tem como objetivo a melhoria do processo de produção e da preservação ambiental, minimizando a poluição das águas, do ar e do solo, garantindo a qualidade do produto final e qualidade de vida dos consumidores. No monitoramento, a realização das inspeções periódicas é essencial para a detecção de doenças e prevenção de sua disseminação pela adoção de medidas de manejo e de controle. Além de possibilitar a redução de prejuízos provocados por patógenos e por propiciar a detecção de doenças em sua fase inicial de desenvolvimento, aumenta também, as chances de sucesso das medidas de controle. A implantação do monitoramento de doenças na cultura da manga no Submédio do Vale do São Francisco visa a racionalização do uso de agrotóxicos, pela redução do número de sua aplicação, uma vez que, as pulverizações das plantas serão realizadas segundo determinado nível de ação de patógenos, indicado como o momento da proteção, obtido da amostragem a ser realizada para cada doença. O programa tem como metas prioritárias a redução dos custos de produção e do impacto ambiental e a elevação da qualidade e do rendimento do pomar, visando a competividade da produção no mercado interno e externo dentro de critérios de qualidade ambiental, assegurando, assim, a estabilidade fitossanitária da região e uma produção sustentável. Este documento tem como objetivo apresentar uma proposta para o monitoramento das principais doenças da mangueira nas condições do Submédio do Vale do São Francisco. 5 Entrada do amostrador 1ª semana 4ª semana 1 2 Entrada do amostrador 1ª semana 3 1 4 2 ESQUEMA DO CAMINHAMENTO PARA AMOSTRAGEM DE DOENÇAS EM UMA ÁREA DE MANGA 5ha 5 6 7 3 8 3ª semana 4 9 6 10 2ª semana Saída do amostrador 7 8 Entrada do amostrador 1ª semana 4ª semana 9 15ha 10 1 11 2 13 3 4 14 5 6 15 16 10ha 7 8 17 9 10 11 12 2ª semana 13 14 3ª semana 2ª semana Saída do amostrador 4ª semana 5 12 3ª semana 18 Saída do amostrador 7

6 Poda Formação de fluxos Amadurecimento vegetativo Indução floral Plena flor Crescimento do fruto Maturação Colheita 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Meses CRESCIMENTO VEGETATIVO FLORAÇÃO FORMAÇÃO DO FRUTO 8 Início do ciclo produtivo Início da floração Chumbinho VISTA DE FRENTE PLANTA AMOSTRADA VISTA DE CIMA PLANTA AMOSTRADA Q1 Q2 Q4 Q3 Q1 Q2 Ramo 1 Panícula 1 Ramo 2 Panícula 2 Fruto 2 Folhas do último fluxo apical do ramo 2 Q = Quadrante Fruto 1 Folhas do último fluxo apical do ramo 1 FENOLOGIA DA MANGUEIRA

DEFINIÇÕES GERAIS PARA AMOSTRAGEM DE DOENÇAS EM MANGUEIRA 3 A amostragem para avaliação de doenças na área de manga deverá ser feita semanalmente com exceção de oídio e antracnose, durante todo o ciclo fenológico da cultura; 3 Para áreas até 5 ha, a amostragem será de dez plantas; para as áreas acima de 5 e até 10 ha a amostragem será de 14 plantas; e para as áreas com extensão maior que 10 e até 15 ha a amostragem será com 18 plantas; 3 As plantas amostradas serão casualizadas no percurso em ziguezague dentro de toda área monitorada; 3 A entrada do técnico no pomar a ser avaliado ou monitorado, deverá ocorrer em pontos da área nas diferentes semanas de avaliação, segundo exemplo do esquema de caminhamento; 3 Será avaliada apenas a incidência da doença, ou seja, presença dos sintomas. 9 Método de Amostragem Amostrar: 10 plantas em áreas até 5 ha ; 14 plantas em áreas > 05 a 10 ha e 18 plantas em áreas >10 a 15 ha. Freqüência: semanal (durante todo o ciclo fenológico da cultura). Folhas: avaliar as cinco primeiras folhas do último fluxo de oito ramos de cada planta, sendo dois por quadrante, considerando a presença dos sintomas (crescimento pulverulento de cor esbranquiçada no pecíolo e invadindo para a superfície da folha). Inflorescências: oito panículas por planta, sendo duas por quadrante, considerando a presença de sintomas (crescimento pulverulento de cor esbranquiçada sobre as flores, provocando sua queima). Avaliação: cálculo da % de ocorrência em folhas e inflorescências. Nível de ação Medidas preventivas: Inspeções de 2 a 3 vezes por semana em toda a área, quando no 2º semestre do ano o pomar estiver com flores; Tratamento quando o período de floração e brotação coincidir com condições climáticas favoráveis: temperaturas em torno de 25 C, baixa umidade relativa <60%, com molhamento foliar ou orvalho associado a período sem chuva. Medidas reparadoras: Quando > 10% de folhas com sintomas, estando a planta sem flores ou > 5% estando a planta com flores ou frutos; será > 5% quando inflorescências com sintomas. 11

Oídio (Oidium mangiferae) Sintomas Oídio nas folhas Foto: Cunha et al, 1993 Oídio em inflorescência 12 Mancha angular (Xanthomonas campestris pv. mangiferae indica) Sintomas Mancha angular na folha Lesões no pedúnculo Lesões no fruto 10 Foto: Cunha et al, 1993 Foto: Cunha et al, 1993

Método de Amostragem Amostrar: 10 plantas em áreas até 5 ha ; 14 plantas em áreas >05 a 10 ha e 18 plantas em áreas >10 a 15 ha. Freqüência: semanal (durante todo o ciclo fenológico da cultura). Folhas: avaliar as cinco primeiras folhas do último fluxo de oito ramos de cada planta, sendo dois por quadrante, considerando presença de sintomas (lesões necróticas circulares a angulares com halo clorótico visível nas duas faces foliares, medindo em torno de 2 a 3 mm de diâmetro). Frutos: avaliar oito frutos por planta, sendo dois por quadrante e em panículas distintas, considerando presença de sintomas (lesões necróticas circulares e concêntricas na superfície, e progredindo para a polpa). Avaliação: cálculo da % de ocorrência em folhas e frutos Nível de ação Medidas preventivas: Nos períodos favoráveis a doença, ou seja, condições climáticas com temperaturas menores que 25 C aliadas as épocas de chuvas e ventos fortes, deve-se intensificar amostragem. Medidas reparadoras: > 10% de folhas com sintomas e/ou > 5% de frutos com sintomas. 13 Método de Amostragem Amostrar: 10 plantas em áreas até 5 ha ; 14 plantas em áreas >05 a 10 ha e 18 plantas em áreas >10 a 15 ha. Freqüência: semanal (durante todo o ciclo fenológico da cultura). Brotações: avaliar a presença de sintomas (superbrotamento) considerando a presença destes em brotações ou gemas de oito ramos por planta, sendo dois por quadrante, fazendo observação em uma brotaçãono último fluxo de um ramo e em uma brotação no penúltimo fluxo do outro ramo. Inflorescências: avaliar a presença de sintomas (embonecamento floral) considerando a presença destes, em oito inflorescências por planta, sendo duas por quadrante. Avaliação: cálculo da % de ocorrência em folhas, inflorescências e frutos Nível de ação Medidas preventivas: Recomenda-se o tratamento em pomares que apresentaram na safra anterior sintomas de malformação. Este tratamento deve ser realizado no período da indução fazendo uma pulverização com fungicida/acaricida, principalmente no momento da última aplicação de nitrato. Medidas reparadoras: > 5% de brotações e/ou gemas com malformação vegetativa; > 10% de inflorescências com malformação floral. 15

Antracnose (Glomerella cingulata / Colletotrichum gloeosporioides) Sintomas Manchas em folhas Lesões em inflorescência Manchas em frutos Malformação vegetativa e floral - Embonecamento (Fusarium subglutinans) Sintomas Malflormação vegetativa Malformação floral Fotos: Embrapa 14 Foto: Cunha et al., 1993 Foto: FruitFort 16

Método de Amostragem Amostrar: 10 plantas em áreas até 5 ha ; 14 plantas em áreas >05 a 10 ha e 18 plantas em áreas >10 a 15 ha. Freqüência: semanal (durante todo o ciclo fenológico da cultura). Folhas: avaliar a presença de sintomas (manchas necróticas irregulares ou circulares de tamanho variado) considerando sua presença em folhas de oito ramos por planta, sendo dois por quadrante, fazendo uma observação de cinco folhas do último fluxo de um ramo e de cinco folhas do penúltimo fluxo do outro ramo. Inflorescências: avaliar a presença de sintomas (necroses nas flores e engaço ou raque, de coloração escura e salteadas) considerando a presença desta em oito inflorescências por planta, sendo duas por quadrante. Fruto: avaliar a presença de sintomas (manchas necróticas com depressão na superfície do fruto, progredindo para a polpa) oito frutos por planta, sendo dois por quadrante em panículas distintas. Avaliação: cálculo da % de ocorrência em folhas, inflorescências e frutos. Nível de ação Medidas preventivas: Inspeções de 2 a 3 vezes por semana em toda a área quando no 1º semestre do ano o pomar estiver com flores. O tratamento é permitido quando a umidade relativa for >70% e temperaturas amenas (20 a 25 C) por período contínuo superior a 48 horas. Medidas reparadoras: Quando > 10% de folhas com sintomas, estando a planta sem flores ou > 05% estando a planta com flores ou frutos. Também será > 5% de inflorescências ou de frutos com sintomas. 17 Método de Amostragem Amostrar: 10 plantas em áreas até 5 ha ; 14 plantas em áreas >05 a 10 ha e 18 plantas em áreas >10 a 15 ha. Freqüência: semanal (durante todo o ciclo fenológico da cultura). Folhas: avaliar a presença de sintomas (secamento de toda a folha iniciando, por infecção no pecíolo, ou secamento na folha iniciando nas bordas ) considerando a presença destes em folhas de oito ramos por planta, sendo dois por quadrante, fazendo uma observação de cinco folhas do último fluxo de um ramo e de cinco folhas do penúltimo fluxo do outro ramo. Ramos: avaliar a presença de sintomas (escurecimento com ou sem exsudações em gemas ou em rachaduras do ramo) considerando sua presença em oito ramos por planta, sendo dois por quadrante, fazendo observações de todas as gemas ao longo deste. Inflorescências: avaliar a presença de sintomas (panículas com flores totalmente secas e/ou panículas com alguma queda de flores e com secamento apical de sua raque) considerando a presença deste em oito inflorescências, sendo duas por quadrante. Frutos: avaliar a presença de sintomas (escurecimento peduncular e/ou basal de aparência seca ou com amolecimento) considerando a presença destes em oito frutos por planta, sendo dois por quadrante e em panículas distintas. Avaliação: cálculo da % de ocorrência em folhas, ramos, inflorescências e frutos. Nível de ação Medidas preventivas: Recomenda-se o tratamento periódico (anual) de troncos e bifurcações; realizar o pincelamento dos ferimentos da planta, quando na poda de formação e após o toalete, nas podas de indução como proteção fitossanitária dos ferimentos, além de uma pulverização no estresse de indução. Medidas reparadoras: Quando > 10% de folhas com sintomas ou > 5% de ramos, ou inflorescências e frutos com sintomas. 19

Morte descendente (Botryodiplodia theobromae = Lasiodiplodia theobromae) Sintomas Sintomas em folhas Inflorescência Lesões em fruto Manchas de alternaria (Alternaria alternata e Alternaria solani) Manchas em frutos 18 Fotos: Perley, 1993 Foto:Embrapa 20 Sintomas Manchas em folhas

Método de Amostragem Amostrar: 10 plantas em áreas até 5 ha ; 14 plantas em áreas > 05 a 10 ha e 18 plantas em áreas > 10 a 15 ha. Freqüência: semanal (durante todo o ciclo fenológico da cultura). Folhas: avaliar a presença de sintomas (bordas com secamento contornado por uma linha enegrecida evoluindo para o interior da folha) considerando sua presença em folhas de oito ramos por planta, sendo dois por quadrante, fazendo uma observação em cinco folhas do último fluxo de um ramo e em cinco folhas do penúltimo fluxo do outro ramo. Frutos: avaliar a presença de sintomas (manchas concêntricas pequenas ou coalescidas, de forma mais ou menos circular, na lateral da superfície de frutos) considerando sua presença em oito frutos por planta, sendo dois por quadrante e em panículas distintas. Avaliação: cálculo da % de ocorrência em folhas e frutos. Nível de ação Medidas preventivas: é permitido o tratamento quando a umidade relativa for alta e temperaturas amenas (< 25 C) associada a ventos fortes. Medidas reparadoras: >10% de folhas com sintomas ou > 5% de frutos com sintomas. 21

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO GOVERNO FEDERAL Trabalhando em todo o Brasil 22 REFERÊNCIAS CUNHA, M. M.; COUTINHO, C. de C.; JUNQUEIRA, N. T. V.; FERREIRA, F. R. Manga para exportação: aspectos fitossanitários. Brasília: EMBRAPA-SPI/FRUPEX, 1993 il. (FRUPEX. Publicações Técnicas, 13). PRESLEY, D. M. Handbook or plant diseases in color: diseases or fruit crops. Queesland: Departament of Primary Industries, v. 1, 1993. 45p.