Fortalecimento da Educação Ambiental em Angola



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Transcrição:

Ministério das Relações Exteriores Ministério do Meio Ambiente Agência Brasileira de Cooperação Diretoria de Educação Ambiental Relatório de missão Fortalecimento da Educação Ambiental em Angola Luanda Angola Outubro de 2006 1

Índice 1. Introdução... pg. 03 2. Memória das atividades realizadas... pg. 06 3. Um convite aos educadores e educadoras ambientais do Brasil e de Angola... pg. 23 4. Conclusões... pg. 29 5. Bibliografia... pg. 29 Anexos 6. Programa Nacional de Educação Ambiental de Angola (ProNEA Angola) (versão inicial)... pg. 32 7. Lista de contatos... pg. 63 8. Acordo de cooperação Brasil Angola... pg. 66 9. Programa Nacional de Educação Ambiental (MINUA)... pg. 10. Programa de Educação e Conscientização Ambiental (PECA)... pg. 10.1. Apêndice... pg. 11. Proposta do Ante-Projeto para Educação Ambiental nas comunidades (MINUA)... pg 12. Lei de Bases do Ambiente e Convenções... pg. 13. Proposta de Seminário de Formação de Formadores em Educação Ambiental Curso de Formação de Formadores em Educação Ambiental (MINUA)... pg. 14. Projecto de Fortalecimento da Educação Ambiental em Angola (INIDE)... pg. 15. Projecto de Fortalecimento da Educação Ambiental em Angola (M. SAÚDE)... pg. 16. Missão Brasil Angola busca parcerias em Portugal... pg. 17. Fotos... pg. 2

1. Introdução Este relatório é resultado da missão realizada pela equipe do Ministério do Meio Ambiente (MMA) Brasil, em Luanda Angola, no período de 10 a 19 de outubro de 2006 no âmbito do Acordo Básico do Cooperação Econômica, Científica e Técnica, entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Popular de Angola, assinado em 11 de junho de 1980 e promulgado em 05 de outubro de 1990, através do Ajuste Complementar firmado em 26 de maio de 2006, para implantação do Projeto "Fortalecimento da Educação Ambiental em Angola" que objetiva a formação de técnicos angolanos e apoio para a construção do Programa Nacional de Educação Ambiental de Angola (ProNEA Angola), através do Ministério do Meio Ambiente pelo Brasil e do Ministério do Urbanismo e Ambiente por Angola. A delegação brasileira esteve sob a coordenação do diretor da Diretoria de Educação Ambiental (DEA) do Ministério do Meio Ambiente, professor Marcos Sorrentino, contanto também com a participação dos técnicos Irineu Tamaio e Heitor Medeiros, e da jornalista Marisol Kadiegi, colaboradora a partir da parceria da DEA/MMA com a União Planetária, ONG que atua no Brasil e em Angola. Trata-se portando de apresentar as atividades desenvolvidas no âmbito da missão, estando as mesmas conectadas com os resultados previstas no Acordo de Cooperação no resultado 2, que trata da realização de um workshop/oficina de formação de técnicos angolanos e da elaboração da versão preliminar do Programa Nacional de Educação Ambiental de Angola (ProNEA-Angola) para debate junto a sociedade. Em Angola a Educação Ambiental tem sua institucionalização no escopo da Lei de Bases do Ambiente, Lei n. 5/98 de 19 junho de 1998, que traz em seu artigo 20 o tratamento específico sobre educação ambiental, proposto como "medida de proteção ambiental que dever acelerar e facilitar a implantação do Programa Nacional de Gestão Ambiental, através do aumento progressivo de conhecimento da população sobre os fundamentos ecológicos, sociais e econômicos que regem a sociedade humana.", tendo em 2001 o Ministério das Pescas e Ambiente, através da Comissão Multisctorial para o Ambiente, elaborado o Programa de Educação e Conscientização Ambiental (PECA) com definições para princípios, finalidades, objetivos e a implementação do rograma na educação ambiental formal e não formal. 3

Segundo o diagnóstico da situação da Educação Ambiental em Angola, expresso no acordo de cooperação: A Educação Ambiental em Angola começou com a concepção de um programa de longo prazo que prevê ações direcionadas para a educação formal e para a educação nãoformal. Esse programa produziu um primeiro projeto, dirigido a coordenadores de disciplinas dos Institutos Médios de Educação, cujos objetivos gerais são os de sensibilizar os professores face aos problemas ambientais; fazê-los adquirir conceitos básicos da Ciência Ecológica; fazêlos adquirir competências indispensáveis para a utilização de métodos e recursos específicos que permitam o desenvolvimento da Educação Ambiental nas Escolas; e favorecer o desenvolvimento de uma consciência ecológica nos alunos. Posteriormente, sob a égide do então Ministério das Pescas e Ambiente, foram aprovadas as bases que visam à elaboração de um Programa de Educação e Conscientização Ambiental, para um período de cinco anos. O referido Programa tem como objetivos promover ações de educação e conscientização das populações e promover a revisão dos currículos dos diferentes subsistemas de ensino. Nas províncias, tem-se trabalhado com os institutos de formação de professores no treinamento de futuros docentes em matéria de ambiente, bem como incentivado o surgimento de associações locais de defesa do ambiente. Em algumas províncias, foram criados centros de estudos ambientais, conhecidos como escolinhas do ambiente, uma iniciativa que tem por fim a elevação do nível de consciência ambiental das populações. As ONGs e agências privadas têm desempenhado um papel importante na Educação Ambiental. A contribuição por elas prestadas tem ocorrido por meio da realização de encontros, seminários, workshops, palestras e atividade com mobilização passiva. Essas ações resultam na tomada de consciência como promessa de mudança de mentalidades e de atitudes com relação ao ambiente. O quadro atual mostra uma forte tendência das associações, das escolas privadas e de grupos profissionais em incluírem nas suas agendas a Educação Ambiental, embora ainda de forma não coordenada, o que muitas vezes resulta em duplicidade de esforços. Como a Educação Ambiental contribui para o desenvolvimento de uma compreensão integrada do ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos, 4

encontrando-se perante um clima propício para a concepção de uma estratégia nacional de educação ambiental baseada na participação ativa de todos os setores. As estratégias de enfrentamento da problemática ambiental mundial, para surtirem o efeito desejável na construção de sociedades sustentáveis, requerem uma articulação coordenada entre todos os países. Cabe a cada sociedade, sobretudo às dos países do hemisfério Sul, dada a similitude de suas conjunturas ecológica, social e econômica, fortalecer o intercâmbio regional que vise elaborar medidas e ações de educação ambiental, que possam ser articuladas em redes de relações Sul-Sul, voltadas à proteção, recuperação e melhoria socioambiental. Este processo vai dar sustentação para o exercício de experiências em Educação Ambiental no país através de diversas atividades em parceria entre o poder público e a sociedade, com ações desenvolvidas principalmente por ONGs ambientalistas como o Juventuda Ecológica Angolana (JEA), e a Rede Mayombe, formada por significativo numero de ONGs ambientalistas atuante na maioria das províncias de Angola. O acordo de cooperação entre os dois países é fruto do reconhecimento pelo Governo de Angola da experiência brasileira na estruturação e implementação de seu Sistema Nacional de Educação Ambiental e de seu Programa de Nacional de Educação Ambiental, tendo o Brasil se proposto a aceitar o desafio e caminhar junto com o poder público, liderado pelo Ministério do Urbanismo e Ambiente (MINUA) e com a sociedade civil na construção de uma educação ambiental voltada a construção de uma sociedade angolana ecologicamente sustentável e socialmente justa. O relatório é estruturado com a síntese das atividades desenvolvidas bem como por dois documentos elaborados ao final das atividades em Angola e enviados para diversos coletivos de educadoras e educadores ambientais, no Brasil, em Angola e Portugal e demais países de língua portuguesa, através da Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA) e da Rede Lusófona de Educação Ambiental. 5

2. Memória das atividades realizadas 10/10/2006 (terça-feira) Chegada a Luanda e recepção pela Embaixada do Brasil, através do funcionário Clóvis Bacelar. Durante todo o período da missão, em Luanda e também em Lisboa Portugal, foram feitas entrevistas em VT pela jornalista Marisol Kadiegida da ONG União Planetária, sendo gravadas as reuniões com autoridades e com as equipes de técnicos de governo e de ONGs, além de entrevistas com autoridades e participantes de atividades de Educação Ambiental no país. Reunião com o Sr. Embaixador do Brasil em Angola Local: Embaixada Brasileira Reunião com o Embaixador Marcelo Vasconcelos para apresentação dos objetivos da Missão e diálogo sobre procedimentos e experiências em Angola. Recomendou: O MINUA deve direcionar as ações (são os protagonistas); Estar atento à realidade do país; Apoio da Embaixada à proposta e disponibilidade de agendar as reuniões com as empresas brasileiras que atuam em Angola; Reconheceu a importância da proposta da Rede de Salas Verdes que encaminhamos a CPLP e iremos encaminhar a Biblioteca Nacional de Angola. Reunião com a Dra. Joaquina Bras Caetano Local: Hotel Tivoli Análise e revisão da Agenda; Algumas recomendações e procedimentos de trabalho; Debate sobre o processo de mobilização para a execução do trabalho da missão; Discussão da agenda dos dias seguintes; 6

Apresentação do documento elaborado pelo MINUA (anexo) para o ProNEA-Angola, (elaborado por Abias Hongo; 11/10/2006 (quarta-feria) Reunião inicial para apresentação e uma breve discussão dos objetivos com a equipe do Ministério do Urbanismo e Ambiente (MINUA) / Departamento Nacional do Ambiente (DNA) - Local: MINUA- as 10 h. Presentes: 10 pessoas (sendo 6 da Qualidade Ambiental e 1 do Protocolo de Montreal); Surgiram aproximadamente 50 Organizações não Governamentais na década de 90, mas no momento há entre 6 e 10 ONG s que atuam com EA em Angola; Com caráter nacional existe uma que é denominada de Juventude Ecológica Angolana (JEA); O maior número de ONGs atuam em Luanda; Existe um processo inicial de sensibilização em EA com o PECA Programa Educação e Conscientização Ambiental; Preocupação com a Formação de Educadores Ambientais; Existe parceria com o ensino formal educação formal; Citaram a Lei de Bases Ambientais EIA/RIMA; Houve um relato sobre as ações de Licenciamento e do Protocolo de Montreal; Existe uma atividade de sensibilização pública sobre a proteção da camada de ozônio; Foi anunciado o uso de material brasileiro como referência para atividades de sensibilização de proteção da camada de ozônio; Ficou sugerido o envio de publicações com a temática ambiental para Angola (por intermédio dos vôos da FAB com apoio da embaixada). 15 h Reunião no INIDE Instituto Nacional Investigação e Desenvolvimento Educacional Fomos recebidos pelo Sr. Cabral Chefe da Divisão de Ensino Geral do INEME; Exposição pelas três gestoras sobre a elaboração de conteúdos metodológicos dos temas de Estudo do Meio/Biologia e Ciências da Natureza; Promovem workshop sobre a formação de professores com as províncias; Atuam na formação de formadores providenciais; 7

Apresentação de documento com as propostas de Educação para o ProNEA Angola (anexo); Debateu-se o processo de aceleração do desflorestamento e do deserto ao sul; Desenvolvem programas de formação de formadores nas 18 províncias; Rápida presença do representante do Ministério da Saúde, que apresentou comento (anexo) com propostas para o ProNEA Angola e justificou a sua saída da reunião em função de uma Campanha Nacional de Saúde, que o levaria para as províncias. 12/10/2006 (Quinta-feira) Reunião com a equipe técnica focal (Ministério da Educação e da Saúde) Local: MINUA as 9:00 h. O ponto focal do Ministério da saúde não participou, estava pelo interior em campanha de combate a cólera; Estavam presentes os três representantes do INIDE Ministério da Educação. 1. Leitura do Acordo de Cooperação Técnica Foi realizada uma releitura dos objetivos e resultados esperados no acordo de cooperação técnica; Debateu-se o período de ida da missão angolana ao Brasil, e definiu-se que o período será a segunda quinzena de Janeiro/07, com dezesseis dias de atividade; A missão angolana irá ao Brasil no período de 21/01 a 05/02/07. Visita do Diretor João Vintém, Diretor Nacional do Ambiente, que fez um relato sobre a importância do acordo e os desafios como mobilizar através da construção de uma nova conduta social dos cidadãos em programas radiofônicos de língua nacional; Marcos expôs a proposta de recuperação das encostas da zona verde do Miramar, com a parceria da embaixada e das empresas brasileira que atuam em Angola; Relatou a existência de um viveiro de mudas no centro da cidade. João Vintém informou que Cuneme, Huila e Namibe são as três províncias situadas ao sul do país, enfrentam uma situação de desertificação - problemas do uso da água, existe um processo simples de armazenamento da água; 8

A proposta aprovada para a realização do Workshop: será a partir de 07/maio/2007 com a participação de 30 gestores e representantes do movimento das 18 províncias duração de 19 dias, sendo 15 dias corridos de curso; Foi sugerido alteração de datas do cronograma físico na atividade A4.3 a A4.5, da seguinte forma: A4.3 a A4.4 estavam previstas para o mês de abr/2007, para maio de 2007; A4.4 iniciaria em junho/2007. 2. Leitura/análise do documento-draft apresentado sobre o Programa Nacional de Educação Ambiental - Não foi realizado 15:00 h. Reunião com as ONG s Local: MINUA Estavam presentes representantes de 4 ONG s: Agência de Desenvolvimento Rural e Ambiental (ADRA), Juventude Ecológica Angolana (JEA), Bloco Verde e a Futuro Verde); Existe uma Rede Ambiental Mayombe que se constitui em um Fórum com 23 ON s O representante da Futuro Verde é o secretário geral da Rede Mayombe; O Sr. Dinho Major é Assistente de Direção da ADRA - Atua no apoio ao camponeses na comercialização e desenvolvimento Sustentável; Não atua de forma direta com meio ambiente; Relatou que a atividade no campo não avançou, por causa de outras necessidades básicas, como a alimentação; Agora na nova situação histórica, é possível debater o tema de meio ambiente, O apoio para o desenvolvimento da agricultura, saúde e saneamento básico e reflorestamento é a meta central da instituição; Manifestou interesse em desenvolver projetos de gestão ambiental; A JEA Juventude Ecológica Angolana foi parceira em algumas ações; Técnicas de produção agrícola, gênero e saúde são temas que foram desenvolvidas e acredita que estes temas são necessários a educação ambiental; A execução das atividades ocorrem com parceria das administrações municipais, Relatou as dificuldades nas parcerias com as prefeituras; A ADRA possui aproximadamente 250 funcionários com 40 projetos em execução em 6 províncias; Os temas são segurança alimentar, credito, desenvolvimento do campo, educação para a cidadania 9

ONG Futuro Verde Secretario Geral Atua em ações com crianças e adolescentes não formal; Mobilização e capacitação institucional; Projeto de mobilização com a proteção das Palancas Negras; ONG Bloco Verde (Beto Dido) Carnaval / poluição; Visitas as empresas pertencem ao CONEMA parceria com a educação; JEA - Juventude Ecológica Angolana (José Silva) - presente em 7 provincias e com 15 anos de experiência, A base da atividade é EA, Educação e Conscientização ambiental; Visita a museus, zonas de conservação, palestras, gincana com alunos de vários institutos; Atividade de campo com interação com a natureza parceria com o governo, ADRA e MINUA; O projeto tem uma parceria com Portugal (Benguela e Huila) Olimpíada do Ambiente concurso; Esse projeto é com as escolas; Há um outro projeto com a rádio, denominado telefone verde uma rádio angolana, interação e dinâmica de intercâmbio; Também tem o canal verde que é na rádio nacional de Angola, com o mesmo objetivo de entrevistas; Produção de material; Formar ativistas nas escolas projetos de formação de gestores públicos e professores; Formação do Programa de EA da África Austral; Presidem a rede ambiental Mayombe; Ciclo de cinema ambiental; Preocupação em aprofundar a pesquisa cientifica, Associada a EEASA Environmental Education Associaton Southern Africa; As dificuldades se constituem em falta de apoio, de voluntários; 13/10/2006 (sexta-feira) 10 h. - Reunião com a Vice-Ministra de Urbanismo (ministra em exercício) Ministério do Urbanismo e Ambiente (MINUA), Dra. Carla Souza. 10

A ministra desejou de forma protocolar boas vindas, falou sobre a importância do programa para a sustentabilidade para as novas gerações de Angola; Diálogo e interlocução no processo,; João Vintém citou a proposta da criação de uma disciplina de Gestão Ambiental na Escola Nacional dos Autarcas; 14h Reunião com a Dra. Joaquina Bras Caetano Local: MINUA Objetivo: Discussão sobre o processo de elaboração, atribuições e cronograma do ProNEA. Sugestão de pauta (Marcos) para os dias 16 e 17/10/2006 1. Processo de produção (estratégia de ação); 2. Estrutura do ProNEA Angola; 3. Conteúdos do ProNEA Angola; 4. Programas, Projetos e Políticas Publicas de Educação Ambiental; 1. Processo de produção participativa da elaboração do ProNEA Temos de out. a jan/07 para realizar a primeira versão do ProNEA No workshop no Brasil jan/fev encerrar e terminar a primeira versão Coleta de expectativas da sociedade angolana sobre o programa, que pode começar com o documento do termo de referencia aos 30 gestores, Contato para que as delegações provinciais apresentem propostas, Finalizar o vídeo do processo e a cartilha Fev. a maio processo de consulta nacional O Workshop terá o papel de sistematizar as experiências vindas das províncias Educomunicaçao, Educação Formal e Cronograma: Fevereiro a maio/2007 é a fase que antecede o Workshop com os 30 gestores 11

Workshop de maio/2007 os representantes internalizam a proposta e promovem a discussão Junho a Setembro/2007 nova consulta publica Out. a Dez. processo de monitoramento e avaliação lançamento do programa 2. Estrutura do Programa Apresentação, (Grupo A) Justificativa, (Grupo A) Antecedentes, (Grupo A) Princípios, (grupo B) Diretrizes, (grupo B) Missão, (grupo B) Objetivos, (grupo B) Públicos, (grupo C) Linha de ação, (grupo C) Linha de reação, (grupo C) Estrutura organizacional, (grupo C) Anexos como o PECA, Lei de Meio Ambiente, Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, Programa EESA, Bibliografia, (grupo D) Endereços úteis. (grupo D) 3. Conteúdo do Programa Debates a partir do ProNEA Brasil e dos documentos (anexos) produzidos pelos Ministérios de Angola. 4. A Oficina do dia 16 e 17/10/2006 Discutir a hierarquia entre os 3 Ps e outros temas; Começaria por uma apresentação do Programa nacional brasileiro e como ele funciona, Em seguida, discutir o documento base e a sistemática da consulta; Depois o Workshop dos 30 gestores; O workshop de trabalho será dia 16 e 17, no dia 18 reuniões com a Embaixada e o Sr. Ministro do MINUA; Discutir a hierarquia entre os 3 Ps; 12

Dias 14 e 15/10/2006 (sábado e domingo) Visita ao Parque Nacional de Kissama; Visita a Ilha de Mussulo; Preparação da Oficina/workshop de formação; AGENDA PARA OS DIAS 16 e 17/10/2006 16/10 1. Acordos 17/10 e 1. Preparação e critérios apresentação da do Curso de Capacitação (Irineu) de Acordo 3. A distinção educadores gestores de 7/maio a de 22/maio (sendo 10 dias úteis de curso e 4 dias entre antes e 3 dias depois Política, Programa e para Projeto (Irineu) -Heitor, 4. Apresentação do o relatório) 2. Estratégias programa, da política metodológicas e do conteúdo do formação ProNEA-Brasil implementação (Marcos) ProNEA-Angola 5. Estrutura e Funcionamento e do Cooperação - Heitor (8:30-12:00) participação agenda dos dois dias 2. Apresentação MANHÃ de de e do - Marcos do SISNEA (Marcos) 1. Proposta de processo da estratégia de ações verdes, e programas radiofônicos cronograma (Marcos) TARDE (14.00-17:00) 3. Ações concretas (áreas 2. Proposta de estrutura livros, entre outros)- Marcos; 4. Plano de ações, para a elaboração do avaliação e ProNEA-Angola encaminhamento (Irineu) Irineu e Marcos; 13

3. Constituição das 5. CPLP - Marcos comissões (Irineu) 4. Conteúdos e novas inserções (Heitor) 16/10/2206 (segunda-feira) Apresentação e debate: Acordos e apresentação da agenda dos dois dias (Irineu) Apresentação do Acordo de Cooperação - Heitor A distinção entre Política, Programa e Projeto (Irineu) Apresentação do programa, da política e do conteúdo do ProNEA-Brasil (Marcos) Comissões: Comissão I - Introdução: Apresentação, antecedentes, justificativa/documentos úteis, endereços de referencia, bibliografia (Coordenadora: Dra. Joaquina) Comissão II Missão, Princípios, Objetivos (Coordenadora: Maria Antônia) Comissão III População alvo, linhas de ação e listagem das ações, estrutura organizacional (Coordenadora: Rede Mayombe) Comissão IV Marketing e Comunicação Social (Coordenação: Antonio Menezes) PROPOSTA DE PROCESSO /ESTRATEGIA PARTICIPATIVA NA ELABORAÇAO DO PRONEA-ANGOLA 1. Outubro/2006 a Janeiro/2007 Mapeamento de demandas, reivindicações e propostas para as comissões elaborarem a primeira versão do programa. Projetos para captação de recursos e parcerias. Deslocamento para províncias. Encontros 2. Workshop no Brasil final de janeiro/2007 Término da primeira versão do ProNEA-Angola Visitas técnicas, 14

Workshop de trabalho 3. Fevereiro a maio/2007 Consulta pública nas províncias e setores, Sistematização pelas comissões, 4. Curso de maio em Angola Workshop paralelo sobre os sub-programas e projetos específicos (rádio, TV, agricultura, cisterna, áreas verdes, formação de professores, juventude, legislação, saneamento ambiental, resíduos sólidos ) 5. Junho a Setembro/2007 Consulta pública sobre a 2 versão Sistematização das contribuições 6. Encontro Nacional Outubro/2007 Lançamento do programa 7. Outubro a Dezembro/2007 Monitoramento Avaliação Planejamento 2008 17/10/2006 (terça-feira) PREPARAÇÃO E CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO NO CURSO COM OS 30 GESTORES E EDUCADORES (Sugestão da Dra. Joaquina) 2 Seminários 35 a 40 participantes 2 etapas: Primeira fase - 30 participantes Segunda fase - 30 participantes. 15

2 representantes de cada província (sendo um de cada área, não só governamental) 2x18=36 participantes oriundos das províncias, incluindo dois de Luanda. E as demais pessoas de Luanda? Como incluir os demais de Luanda que são dos ministérios, gestores e ONGs; O orçamento está previsto para 40 participantes, esta em debate a presença de mais 20 participantes... É preciso elaborar projeto para captação de recursos complementares para a participação dos demais; As 20 pessoas de Luanda não dormiriam lá, retornariam diariamente... buscar recursos para a alimentação dos 20 mais, bem como de deslocamento; Total de participantes: 60 Participantes (sendo que existem recursos para 40 pessoas, já para os outros 20 teremos que buscar recursos) Critérios definidos para participação dos técnicos na Oficina/workshop em março/2007 em Angola: Como garantir que esses 36 que virão das províncias tenham compromisso com o Programa Nacional de Educação Ambiental? O Sr. Ministro envia uma carta oficial ao Sr. Governador solicitando a indicação de dois nomes, sendo dois educadores, um da educação e o outro de uma ONG ambiental local, e os gestores do MINUA acompanham e monitoram a seleção destes dois representantes. O Técnico indicado pelo Governo da Província, fará parte do grupo de técnicos que será a contraparte Angolana no referido processo; O Técnico a ser integrado no grupo de trabalho deverá ter os seguintes requisitos e performances: Prática de educador, pedagogia no sentido de ser professor, fácil comunicador, articulado, competências no saber fazer, capacidade de liderança, profissionalismo; Ser fluente e bom comunicador com o público alvo (ONGs, Parceiros Sociais do Governo, Forças Armadas e Polícia, Estudantes nos mais variados Níveis de Ensino); Exige-se deste técnico um amplo profissionalismo nas tarefas ingentes a este processo, bem assim como capacidade e competências no saber-fazer; Este técnico deverá estar sempre disponível para as tarefas ligadas ao projeto dentro e fora do País; Capacidade de liderança é uma das exigências preferenciais do técnico; 16

Serão responsabilidades do técnico, entre outras as seguintes: Assinar Termo de compromisso que assuma a responsabilidade pela formação, implementação e mobilização na província; Elaboração do perfil da Província em matéria de Educação Ambiental (com ênfase para as componentes Formal e Não Formal, número de Formadores, Associações de defesa do ambiental existente, programa de reforma curricular, etc...); Promover, Participar e Coordenar os Cursos de Formação de novos Educadores e Gestores Ambientais no âmbito deste projecto e processo; Promover, participar e Coordenar as actividades de monitoramento do Projeto; O importante é que os 60 participantes entendam que esse processo deve ser internalizado e dar continuidade e permanência Data para envio da primeira versão do ProNEA - Angola = 10 de Janeiro 2006 Finalização e envio do projeto para captação de recursos = Final de outubro? Passagens e diárias para + 5 pessoas angolanas em viagem ao Brasil no final de Janeiro 2007 Passagens e diárias para + 5 pessoas brasileira em viagem a Angola para o curso em Maio 2007 Durante o curso: Alimentação para + 20 pessoas Passagens para + 8 pessoas das províncias Alojamento para + 8 pessoas das províncias 6 mini-cursos paralelos concomitantes durante o curso (Rádio, Cisternas, Áreas Verde, Viveiro, Agenda 21 Local e Com Vidas nas Escolas, Salas Verde e Ponto de Cultura) Cada uma será executada por um técnico brasileiro e um técnico angolano (Comunidade interpretativa, de aprendizagem, cardápios...) Custos = $ 10.000 17

Mostra do Festival Internacional de Cinema Ambiental (FICA) em parceria com o JEA Custos com o JEA ENCAMINHAMENTOS: Garantir a possibilidade de viabilizar viagens dos técnicos do MINUA para as 18 províncias angolanas com o objetivo de promover o programa e mobilizar os educadores regionais, Promove um encontro de Educação Ambiental de Angola, em novembro de 2007, Estruturar a implementação de 18 Salas Verde e Ponto de Cultura (1 em cada província) em uma parceria com os Ministérios da Cultura do Brasil e de Angola 18/10/2006 PLANO DE AÇÃO Atividades Responsável 1. Envio da primeira versão do ProNEA Joaquina Prazo 20/12/2006 Angola 2. Finalização e envio do projeto para Antonio Menezes 15/11/2006 captação de recursos 3. Elaborar a primeira versão do Curso e Delegação brasileira mini-cursos 4. Seleção dos participantes (60) 5. Mapeamento socioambiental de Angola 6. Finalizar 1ª versão Cartilha DNA DNA DNA/EA - Luisa, Maria, 20/01/2007 28/11/2006 28/02/2007 Ana 15/01/2007 Pedro João/INID/Comunicação 7. Programas Radiofônicos Social/JEA JEA/Comunicação 8. Elaboração e Finalização do Vídeo Social/DNA/Futuro Verde Comunicação Social/União 15/01/2007 15/01/2007 18

Planetária -Brasil /DEA/Rede Mayombe 9. Preparar a visita delegação Angolana ao DEA/MMA 30/11/2006 Brasil 10. Infra-estrutura e logística p/ o Curso c/ DNA 31/03/2007 os 60 participantes 11. Envio de materiais pedagógicos à DEA/MMA 10/04/2007 Angola 12. Elaboração 07 de material gráfico a (informativo sobre o ProNEA, camisetas e DEA/MMA e MINUA 18/03/2007 toda a identidade visual do programa) Durante curso 13. Articular a relação com os Ministérios DEA/MMA e MINUA o em Angola 30/11/06 da Cultura de Angola e Brasil 6 mini-cursos paralelos concomitantes durante o curso Passagens e diárias para + 5 pessoas brasileira em viagem a Angola para o curso em Maio 2007 MINUA, INIDE e Ministério da Saúde versão da cartilha Vídeo União Planetária Programa Radiofônico Primeira versão do Pronea Enviar materiais de EA necessários para o 10/Janeiro 10/Janeiro 10/Janeiro 28/fevereiro Programa em Angola AVALIAÇÃO Representantes angolanos A visita foi positiva, conseguimos trabalhar dentro do acordo, foi importante, pois tivemos possibilidade de trocamos experiências. Esse workshop foi útil e nos forneceu bases para trabalharmos de forma organizada. Tivemos três pontos importantes: A possibilidade de elaborar o ProNEA, planejamento para o curso com os 60 técnicos e lançamento do kit 19

Montamos as bases para a formação do ProNEA construído pelos educadores angolanos em parceria com os brasileiros. A EA é para todos os angolanos. Desta forma podemos construir uma EA segundo os nossos objetivos, e desenvolver uma multiplicação de outros educadores. A comunicação social é muito importante nesse processo. Oportunidade de encontro a oportunidade serve para melhorar os trabalhos em execução, percepção que o que se faz no Brasil também se faz em Angola. O grupo constituído precisa abraçar, pegar isso e cumprir o que foi acordado. O trabalho nestes dias serviu para visualizar e definir o que é preciso para trabalhar E um grande desafio realizar e cumprir a construção desse programa, foi uma boa experiência, e fundamental o apoio financeiro para ampliara as atividades e executá-las. Foi um intercâmbio de aprendizado. Adquirimos a base para elaborar o ProNEA. Podemos trabalhar com uma EA mais organizada, Esse contato trouxe-nos experiências e o inicio para termos sucesso em nosso desafio. E vantajoso trabalhar com colegas de outros países, pois temos contato com outras experiências. Poder dar minha contribuição para a construção do Pronea angolano. O contato é bom como uma troca e aprendizado. A cooperação vale a pena. É um instrumento necessário. Que essa coordenação tenha um programa de ação. Estamos dispostos a dar a aqui. Simpatia, sensibilidade pela condução do processo de trocas. A questão da língua ajuda muito. A experiência brasileira é ampla. Angola e Brasil são ricos em biodiversidade e temos a responsabilidade pela preservação destes espaços de vida no planeta. Espero que consigamos financiamentos. Precisamos de mais informações, ou seja, essa troca dever ser aperfeiçoada. Quais são os pontos de vista da EA no Brasil. Educação Ambiental rural e urbana como isso ocorre no Brasil. Como tem sido feita essa EA no Brasil. Ciclo de cinema, Teatro, música temos que beber em ambas as fontes. Grato pelas informações. Sem EA será difícil pensarmos a sustentabilidade. Acredito que estamos avançando em Angola sobre esse tema, mas temos que melhorar, pois seremos cobrados pelas novas gerações. 20

Delegação brasileira Grato pelo aprendizado e pela oportunidade. É gratificante poder notar o envolvimento do governo angolano e possibilitar o diálogo com vários setores da sociedade (jovens, ONGs, governo, movimento ) Estamos fazendo um diálogo com os nossos colegas, e feliz ao ver o processo ir dando saltos de qualidade. É visível a demonstração de vontade de enfrentar o desafio. Sinto como estar em Angola, quando estou nessa terra. O nosso trabalho é um processo longo e desafiante. Importante é ter a consciência de que temos atuar de forma amorosa. Angola é o nosso filho, mãe, pai e terra. Grato mais uma vez, é importante essa interação entre dois povos, também pelo fato de estarmos atuando em Angola e aprender e aprimorar as nossas ações no Brasil. É nessa diversidade que iremos construir um mundo mais humano. Devemos agradecer aos nossos compatriotas que permitem essa possibilidade. Isso abre um novo campo de possibilidades. 18/10/2006 10 h. Reunião com o Embaixador Brasileiro Sr. Marcelo Vasconcelos. Foi relatado pelo Marcos todo o agradecimento protocolar, a importância da participação da Embaixada na viabilização de ações concretas como a viabilização do projeto e a recuperação da área de encosta do Miramar com plantio, viveiros educadores... O embaixador citou as 84 bibliotecas públicas e considerou importante a proposta das 18 salas verde e pontos de cultura pelas províncias. Recomendou contatar as empresas brasileiras em Angola, e que a embaixada podia apoiar dentro das suas possibilidades a iniciativa de recuperação da encosta do Miramar. 11:30 h Visita a Camargo Corrêa Diretor Geral Rodrigo Cará Monteiro A empresa venceu uma concorrência para empreender uma obra viária na encosta do Miramar e reconheceu a importância de inserir a temática de EA no plano da obra. A obra ainda não iniciou, segundo o Diretor Rodrigo, no entanto, a temática de EA pode ser inserida no projeto e mostrou interesse na parceria. Ficou definido que a DEA enviaria uma proposta 21

15:30 h Ministro do MINUA Sr. Diekumpuna Sita N sadisi José Após os procedimentos protocolares, descrevemos os resultados alcançados, o plano de ação, as iniciativas para a mobilização do debate para a construção do ProNEA-Angola. O ministro enunciou a liderança de EA do Brasil no âmbito da CPLP, e reiterou o convite a ministra de meio ambiente do Brasil a visitar Angola. Reiterou o apoio a EA no MINUA, e a importância do ProNEA para a reconstrução angolana. 16:30 h Vice-ministro do Ambiente Sr. Graciano Domingos. Descreveu a importância da EA e assumiu declaradamente o apoio ao projeto. 22

3. Um convite aos educadores e educadoras ambientais do Brasil e de Angola Para além do momento político e eleitoral que vivemos no Brasil, permanece a necessidade de continuarmos a construir esta rica história de aprendizagens compartilhadas na formulação de um Sistema Nacional de Educação Ambiental. Hoje temos uma Política e um Programa Nacional de EA, um Órgão Gestor (composto pelo MEC e MMA) e um Comitê Assessor (composto por ampla e diversificada representação da sociedade brasileira), implantados e funcionando de forma integrada desde julho de 2003. Já são mais de 40 Redes Autônomas de articulação de educadoras e educadores ambientais por todo o país e setores da sociedade, testemunhando que o esforço realizado a inúmeras mãos desde pelo menos 1988 (sem contar as inúmeras iniciativas isoladas que ocorriam desde o início da década de 70 já com o nome de EA ou anteriormente com outros nomes) com a criação da rede paulista, da rede brasileira e da rede capixaba de EA, não foi em vão e que os esforços que ainda hoje são feitos no delineamento deste visionário modo de organização estão dando frutos por todo o País. São 24 Unidades Federativas com as suas Comissões Interinstitucionais de EA instaladas e funcionando e em três existem Comissões Pró-CIEA, articuladoras de todos os atores do campo da EA e já formulando as suas política e programa estadual de EA. Estamos nos aproximando de duzentos Coletivos Educadores, em funcionamento ou como projeto formalizado, tendo como foco a capilarização nas escolas e em cada comunidade através da formação de Com-Vidas (Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida e Comunidades de Aprendizagem, Meio Ambiente e Qualidade de Vida) voltadas à formação de educadores ambientais populares por todo tecido social brasileiro. A Rede de Fundos Socioambientais, financiando pequenos projetos de EA começa a se materializar mas ainda precisamos avançar na legislação que obrigue a destinação de recursos para a EA. As Conferências Nacionais de Meio Ambiente (em suas duas versões) e os Fóruns Brasileiros de EA, organizados pela REBEA (Rede Brasileira de Educação Ambiental), têm o firme compromisso do governo brasileiro com a sua realização. O SIBEA (Sistema Brasileiro de Informações em EA), o EA.Net o canal virtual da EA, uma possível fusão do CID (Centro de Informação e Documentação Ambiental do MMA) e o 23

CNIA (Centro Nacional de Informação Ambiental do IBAMA) constituindo o CUIDA (Centro Unificado de Informação Documental sobre Ambiente) vão delineando um Sistema Nacional de Informações sobre EA, coordenado de forma compartilhada pelo estado brasileiro e pela sociedade através da REBEA. Iniciam-se os debates sobre a criação de uma Fundação Nacional de EA e sobre a necessidade de aprimorar-se a lei da PNEA e outros textos legais prevendo a EA no licenciamento de empreendimentos, na fiscalização e em outras dimensões dos processos de produção e consumo. No entanto sabemos que muito resta a ser feito e que não atingiremos nossos objetivos se nos iludirmos com a possibilidade de atingi-los somente pela via educacional e apenas em nosso país. É neste último campo que desejamos relatar as experiências vivenciadas nos últimos dias por uma Missão do Governo Brasileiro com o objetivo de cooperar na construção do Programa Angola de Educação Ambiental. O primeiro desafio colocado na construção do ProNEA Angola é semelhante ao que vivenciase no Brasil: valorizar toda a diversidade cultural, lingüística, política e biológica, contribuindo ao mesmo tempo na construção de um estado nação moderno e democrático. Forjar uma unidade nacional capaz de expandir-se para uma unidade planetária, um sentimento de pertença à humanidade, que se materializa no Saber Cuidar de cada pessoa, de cada sistema natural e das suas inúmeras espécies, solidariamente a todas as pessoas, energias e biomas do Universo. Fortalecer a auto-estima e o orgulho de ser angolano (ou brasileiro), superando as mazelas de um longo período de guerra e as dificuldades na re-construção de um país em paz há apenas quatro anos, mas ainda assolado pela violência cotidiana de um trânsito caótico, das submoradias, da ausência de transportes públicos e da precariedade no saneamento básico e no fornecimento de água e energia elétrica. Não deixar de indignar-se com todo e qualquer tipo de corrupção, tráfico de poder e injustiça social, mas não perder a esperança e capacidade de mobilizar-se na construção de um futuro melhor, com recuperação e conservação ambiental e com melhoria da qualidade de vida para todos e para cada um dos habitantes da Terra. 24

Paises irmãos na língua portuguesa, na miscigenação de reinos, raças e povos, na biodiversidade e nos desafios socioambientais para construir-se uma democracia radical, marcada pela inclusão na diversidade, pelo diálogo e pela ampliação dos espaços de expressão dos que hoje ainda permanecem silenciados, fortalecendo a auto-gestão e a emergência de sociedades libertárias e indivíduos emancipados. Os dez dias da primeira missão brasileira em Angola, após a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica Brasil-Angola, para o fortalecimento da educação ambiental em Angola, em 27/05/06, foram marcados por um intenso trabalho de reconhecimento das especificidades do país. Como exemplos podem citar: a precariedade dos serviços de internet; a popularização dos celulares; um Correio Nacional que ainda não chega a quase totalidade dos domicílios, tendo os governos locais e provinciais como referência para o encaminhamento das correspondências; as lideranças tradicionais (os Sobas de cada comunidade) como importantes interlocutoras no processo de legitimação do ProNEA-Angola; a campanha de erradicação da pólio, realizada pelos Ministérios da Saúde e da Educação, com atuação casa a casa, como um exemplo para o processo de formação do educador e da educadora ambiental popular; as TVs Record e Globo muito apreciadas e citadas várias vezes como referência de programação de meio ambiente e para a paz; a importante presença das ONGs no cenário nacional e da educação ambiental a Rede Mayombe, articulando 23 entidades, dentre as quais uma atuante Juventude Ecológica de Angola e diversas outras associações humanitárias, religiosas, de desminagem e de desenvolvimento rural; uma marcante presença de empresas brasileiras; uma embaixada brasileira atuante e solidária;... Construiu-se o primeiro desenho da estrutura do ProNEA-Angola e quatro equipes de trabalho foram formadas para elaborar a primeira versão do texto a ser finalizada em janeiro no Brasil, com a presença da missão angolana, que além de vir conhecer atividades de EA que são realizadas no país irá se reunir com a ONG União Planetária (nossa parceira nesta viagem) para finalizar o vídeo cujas imagens foram gravadas nestes 10 dias e que terá por finalidade motivar a população angolana a participar dos processos de elaboração do ProNEA. Este vídeo e a primeira versão do pronea, junto com uma cartilha e um conjunto de programas radiofônicos comporão um Kit a ser utilizado pelos educadores em cada província e em cada setor social. 25

Até fevereiro devem ser selecionados os 60 participantes iniciais deste processo. De fevereiro a maio eles promoverão o mapeamento da realidade socioambiental de suas regiões ou áreas de atuação e promoverão reuniões para debater a primeira versão do ProNEA. O passo seguinte é o da sistematização das sugestões para debatê-las no Curso/Oficina de maio, a ser organizado e coordenado pela segunda missão brasileira para Angola, com as parcerias locais. Serão 20 dias de intensos trabalhos, com três objetivos principais: - Contribuir para a formação dos 60 educadores e educadoras ambientais envolvidos, ampliando a capacidade de atuação dos mesmos na formação de outros educadores e educadoras ambientais; - Elaborar a segunda versão do ProNEA para um novo ciclo de consultas no período de junho a setembro; - Exercitar a formação de uma comunidade interpretativa e de aprendizagem que faça opções diante de um cardápio de possibilidades de aprendizagem pautadas pela pedagogia da práxis. Em outubro deve realizar-se um Encontro Nacional de EA, onde será feito o lançamento oficial do ProNEA e a apresentação dos primeiros resultados de alguns projetos modelares, exemplificando a conexão esperada ente o Programa e as ações concretas de melhoria da qualidade de vida e do ambiente. Dois destes projetos já começaram a ser desenhados: - a recuperação de uma área central da cidade de Luanda, completamente degradada, para abrigar uma área verde, um Centro de EA e um Viveiro Educador; - a constituição de uma Rede de Salas verdes englobando as 18 Províncias do País. Os dois últimos meses de 2007 serão dedicados ao monitoramento e avaliação dos primeiros passos do ProNeA e ao planejamento dos próximos anos. Um dos quatro grupos de trabalho irá dedicar-se a comunicação social, marketing e elaboração de um projeto para captação de recursos para as atividades previstas para 2007, pois os U$D 242.000 previstos inicialmente pelos governos brasileiro e angolano não serão suficientes para a ampliação do escopo das atividades definidos ao final da primeira missão. 26

Neste sentido realizamos uma reunião com a empresa Camargo Corrêa Angola, responsável por uma obra viária ligando o Miramar com o norte da cidade de Luanda e obtivemos o apoio e simpatia deles para o primeiro projeto (de área verde), mencionado anteriormente. Reunimos-nos também com o Ministro de Urbanismo e Ambiente (MINUA), com o ViceMinistro do Ambiente, com dirigentes do segundo e terceiro escalão do MINUA e com o embaixador do Brasil. De todos obtivemos sugestões e apoio que se agregam ao objetivo de tornar realidade tal proposta. O mesmo ocorreu em relação ao projeto de salas verdes em Angola. O embaixador brasileiro sugeriu a nossa participação na I Bienal do Livro de Angola, para uma maior exposição e debate do tema. Sugeriu e já começamos implementar uma campanha de arrecadação de livros para serem distribuídos às 84 bibliotecas do país com as quais as salas verdes deverão sinergizar. Já estamos trabalhando para obter o apoio do correio aéreo nacional para o transporte de livros e arrecadação de publicações a serem encaminhadas à Bienal em dezembro. Por fim, vale mencionar a intenção de deflagar-se o processo de construção da PNEA Angola (Política Nacional de Educação Ambiental) que será objeto de debate nas próximas reuniões Nos próximos dois dias estaremos reunidos com a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) em Lisboa, com representantes do Ministério do Ambiente de Portugal,com as ASPEA Associação Portuguesa de EA, com representantes do NEREA, e com representantes da sociedade portuguesa para o desenvolvimento da educação e turismo ambiental. A todos proporemos parceria para contribuir na realização do ProNEA-Angola e um programa CPLP de Educação Ambiental. No Brasil, devermos buscar o apoio de empresas que atuma em Angola e governo, Ong s, sociedade civil organizada e de cada pessoa disposta a cooperar. Acreditamos que esta ação para fora nos fortaleça para dentro - de nossos corações e nossas formas e modalidades de organização - permitindo-nos aprimorar o ProNEA-Brasil e atuarmos na imprescindível articulação internacional ambientalista para fazer frente a desafios como o aquecimento global a perda de biodiversidade a desertificação, a fome e a insegurança alimentar, a violência e outros. A determinação do governo brasileiro de investir na relação sul-sul, especialmente nos paises africanos de língua portuguesa nos deixa esperançosos com os resultados desta missão. 27

Convidamos todos educadores e educadores a dialogarem com o órgão gestor de EA no Brasil, para trazerem suas sugestões e contribuições a este processo. Marcos Sorrentino DEA/MMA Heitor Medeiros DEA/MMA Irineu Tamaio DEA/MMA Marisol Kadiegi União Planetária 28

4. Conclusões A missão cumpriu os resultados esperados para essa atividade, conforme planejado inclusive superando as expectativas iniciais da missão, tendo sido de fundamental importância para o sucesso da mesma o apoio e envolvimento da Embaixada do Brasil em Angola, através de seu embaixador bem como do apoio logístico da estrutura da embaixada em Luanda. A oficina de formação de técnicos do Ministério do Urbanismo e Ambiente (MINUA), Ministério da Educação através do Instituto Nacional de Investimento e Desenvolvimento Educacional (INIDE), Ministério da Saúde e representantes de ONGs Ambientalistas possibilitou o nivelamente sobre as experiências em Educação Ambiental em Angola e no Brasil, com aprodundamento sobre o Sistema Nacional de Educação Ambiental (SISNEA), com sua política e programa de Educação Ambiental. Foi possível apresentar e discutir a estrutura do Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) do Brasil, com grupos de trabalho já iniciando os primeiros esforços na construção de uma versão inicial do Programa Nacional de Educação Ambiental de Angola ProNEA Angola, que faz parte desse relatório. As reuniões institucionais com o ministro do Urbanismo e Ambiente, com os vice ministros desta pasta (Ambiente e do Urbanismo), com técnicos da área de meio ambiente, educação e saúde, bem como com empresas brasileiras que atuam em Angola, possibilitou um processo de articulação inicial que aponta para um virtuoso processo de construção e implantação de uma política e programa de Educação Ambiental em Angola envolvendo todas as províncias, inclusive com a participação de lideranças locais como os sobas, que são lideranças de aldeias ou comunidades tradicionais reconhecidas pela comunidade. Essa missão possibilitou a instauração de uma diálogo de intercâmbio de experiências entre os dois países, que possuem similaridades históricas e sociais. Nesse sentido, a educação ambiental brasileira e angolana saem fortalecidas, para problematizar e propor alternativas de enfrentamento da crise ambiental planetária. 5. Bibliografia ANGOLA. Ministério das Pescas e Ambiente. Centro de Documentação e Informação. Lei de Bases do Ambiente e Convenções. Luanda, 1999 29

ANGOLA. Ministério das Pescas e Ambiente. Comissão Multisectorial para o Ambiente. Programa de Educação e Conscientização Ambiental (PECA). Luanda, 2001 ANGOLA. Ministério do Urbanismo e Ambiente. Decreto sobre a Avaliação de Impacto Ambiental. (Decreto n. 51/04 de 23 de julho, publicano na Ia Série do Diário da República, n. 59) Brocura sobre Legislação Ambiental. Luanda, 2006 ANGOLA. Ministério do Urbanismo e Ambiente. Lei de Terras (Lei n. 9/04 de 9 de Novembro, publicado na Ia Série do Diário da República, n. 90). Brocura sobre Legislação Ambiental. Luanda, 2006 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Diretoria de Educação Ambiental / Ministério da Educação, Coordenação Geral de Educação Ambiental. Programa Nacional de Educação Ambiental ProNEA. 3. edição. Brasília : Ministério do Meio Ambiente, 2005 BRASIL. Câmara Federal. Lei n. 9.795, de 27 de Abril de 1999 Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Brasília, 1999 BRASIL. Presidência da República. Decreto n. 4.281, de 25 de junho de 2002. Regulamenta a Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Brasília, 2002 LA ROVÈRE, A.L. & VIEIRA, L. (Orgs.) Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. In.: Tratado das ONGs aprovados no Fórum Internacional de ONGs e Movimentos Sociais no âmbito do Fórum Global. Rio de Janeiro: Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento. 1992. 30

ANEXOS 31

6. Programa Nacional de educação Ambiental de Angola / ProNEA - Angola PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE ANGOLA ProNEA Angola VERSÃO INICIAL PARA DISCUSSÃO1 Luanda Angola Outubro 2006 1 Versão inicial definida durante o Workshop de formação de técnicos anagolanos e de elaboração de versão preliminar do Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA Angola) para debate junto a sociedade angolana, estruturada a partir do Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA). 32

República Popular de Angola Presidente: José Eduardo dos Santos Ministério do Urbanismo e do Ambiente Ministro: Diekumpuna Sita N'sadisi José Vice-ministro do Ambiente: Graciano Domingos Diretor do Ambiente: João Vintém Departamento de Educação Ambiental: Joaquina Bras Cagland Ministério da Educação Ministro: Instituto Nacional de Investigação e Desenvolimento da Educação Diretor: Ministério da Saúde Ministro: Direção Nacional de Saúde Pública Diretor: 33

SUMÁRIO Glossário de Siglas... Apresentação... Justificativa... Antecedentes... Diretrizes... Princípios... Missão... Objetivos... Públicos... Linhas de ação... Estrutura Organizacional... 34

Apresentação Este documento, sintonizado com o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, apresenta as diretrizes, os princípios e a missão que orientam as ações do Programa Nacional de Educação Ambiental de Angola ProNEA Angola, a delimitação de seus objetivos, suas linhas de ação e sua estrutura organizacional. A presente versão é resultado da oficina de formação de técnicos angolanos e de elaboração de versão preliminar do Programa Nacional de Educação Ambiental de Angola (ProNEA Angola) previsto no Ajuste Complementar ao Acordo Básico do Cooperação Econômica, Científica e Técnica para implantação do Projeto "Fortalecimento da Educação Ambiental em Angola", firmado em 26 de maio de 2006, entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Popular de Angola, assinado em 11 de junho de 1980 e promulgado em 05 de outubro de 1990. Importante ressaltar que o ProNEA Angola é um programa de âmbito nacional, o que não significa que sua implementação seja de competência exclusiva do poder público federal, ao contrário, todos os segmentos sociais e esferas de governo são co-responsáveis pela sua aplicação, execução, monitoramento e avaliação. Reconhecendo seu estado de permanente construção, em consonância com o delineamento das bases teóricas e metodológicas da educação ambiental entendem ser necessário prever uma estratégia de planejamento incremental e articulada, que permita revisitar com freqüência os seus objetivos e estratégias, para seu constante aprimoramento, por meio dos aprendizados sistematizados e dos redirecionamentos democraticamente pactuados entre todos os parceiros envolvidos. Mas sem renunciar à formulação e à enunciação de seus objetivos e sem abandonar as diretrizes e os princípios que balizam as ações em educação ambiental no governo federal. Nesse sentido, a expectativa é estabelecer uma periodicidade para revisões futuras do ProNEA Angola objetivando seu aperfeiçoamento constante - em espaços que possibilitem o debate democrático e a construção participativa. Justificativa Os últimos 40 anos foram pródigos em encontros, conferências, seminários, tratados e convenções voltados à temática ambiental e, no entanto, nunca se comprometeu tanto a 35