Governança Corporativa. A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial.



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Transcrição:

Governança Corporativa A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial.

A virtualização dos negócios tem impactado diretamente a condição de fazer negócio, conferindo uma maior complexidade para o ambiente corporativo. Os desafios do novo ambiente de negócios Como sabemos a alta administração de qualquer instituição tem como principal tarefa a criação de valores para as partes relacionadas, isto é, através da missão da organização, criar valor para todos aqueles que de alguma forma se relacionam com a empresa, como acionistas, clientes, funcionários, fornecedores, comunidade. Tão importante quanto criar valor, é proteger o valor criado, e isto nos dias de hoje, está cada vez mais complexo. É muito importante que a empresa promova, de forma sincronizada, ações para que exista aderência às melhores práticas de gestão, as quais devam ser observadas em todos os níveis organizacionais. A virtualização dos negócios tem impactado diretamente a condição da empresa em fazer negócios, conferindo uma maior complexidade para o ambiente corporativo. Novos riscos, pertinentes a esta nova condição, devem ser identificados, entendidos e tratados, e é neste ponto o gerenciamento dos recursos e aplicações da Tecnologia da Informação de forma estruturada, assume um papel de destaque para a vantagem competitiva da empresa. Como na governança corporativa, este atributo também é de responsabilidade direta da alta administração e deve fazer parte constante das discussões no Conselho e Comitês. Os desafios para a empresa moderna É notório que as empresas modernas têm suas operações e seu relacionamento com os fornecedores, clientes, bancos, governo e parceiros através da internet, de forma virtual. Também, as operações são realizadas de uma forma cada vez mais remota, onde, fronteiras é coisa do passado. Escritórios físicos centralizados e empregados convencionais não definem mais uma organização. A complexidade para a gestão cresce com este novo formato de relacionamento, descentralizado e mais virtual. Além disto, o dinamismo dos negócios mantém a organização sempre em mudança, pois, tem que constantemente rever sua estratégia para ser manter competitiva. Tem que investir em tecnologia para tratar um volume maior de informações e dados, e também tem que se manter atenta com a alteração dos riscos de negócio e mudanças regulatórios ao redor do mundo. As organizações, também, devem estar preparadas para gerenciar e processar uma variedade e um volume maior de dados através de múltiplos sistemas, integrados, estruturados ou não. A velocidade de processamento também é um requisito importante para a competitividade da organização. Desta forma, existe uma necessidade maior em tratar e proteger um grande volume de informações, além do que, é de extrema importância à manutenção da disponibilidade dos sistemas para a que a empresa não tenha nenhuma interrupção em sua dinâmica de negócios.

Isto somente é possível se a empresa contar com um efetivo programa de governança de TI. O que entendemos por Governança de TI Governança de TI foi definida como sendo: "a estrutura de decisão e responsabilidade para encorajar um comportamento desejável do uso dos recursos de TI. Desta forma, a governança de TI tem a ver com o direcionamento estratégico, com a tomada de decisão e prestação de contas sobre a gestão dos recursos aplicados em TI. Ela requer uma estrutura definida que garanta a responsabilidade, e deve ser orientada sempre para o resultado. Ela tem como objetivo, incentivar comportamentos compatíveis com as melhores práticas de gestão e ética aplicada nos negócios, e por consequência, desestimular outros comportamentos que não sejam compatíveis com a estratégia da organização. Salientamos que governança de TI não é apenas fazer o certo, mas sim, atuar sobre o processo de tomada de decisão e na condução dos temas relacionados com TI, de forma a fornecer o adequado suporte para a estratégia corporativa de maneira competitiva. Governança de TI é a estrutura de decisão e responsabilidade para encorajar um comportamento desejável do uso dos recursos de TI. A evolução dos processos de TI Há alguns anos, a área de TI tinha seu foco como provedor de infraestrutura tecnológica para o processamento das atividades da organização. Neste momento, ela era vista como uma área de apoio tipicamente técnica, onde somente produzia gastos. Com o passar dos anos e com o amadurecimento dos processos de gestão através do processamento eletrônico, as organizações verificaram que os processos de TI tinham um papel importante na obtenção da eficiência operacional, de forma que a área de TI passa a ser um provedor de serviços especializados para a obtenção e manutenção da eficiência operacional. Com a virtualização dos negócios e com a evolução dos sistemas de informação, as organizações passaram a entender que os investimentos em TI estão intimamente relacionados com a obtenção da vantagem competitiva, tornando, desta forma, a área de TI um parceiro estratégico. Vejam o quadro abaixo:

implantação, controle e monitoramento das atividades e dos programas e projetos de governança.. É muito importante compreender, que a atividade de TI não tem mais somente uma função técnica, e sim um papel estratégico na obtenção e manutenção da competitividade nos negócios. A organização moderna depende da tecnologia, de forma que nenhum negócio consegue sustentabilidade sem a presença de bons sistemas integrados de gestão, e isto requer altos investimentos em tecnologia, comunicação e também, para a proteção dos dados. Devido a magnitude destes investimentos, eles devem ser discutidos estrategicamente pela alta administração. A importância de definir um paradigma para a implantação da governança de TI A ideia de se ter uma governança de TI é que ela seja mais do que do que um conjunto de normas e padrões determinados para garantir o bom andamento do gerenciamento dos recursos de TI. É muito importante que exista um conjunto estruturado de competências e habilidades na área de TI, de maneira a apoiar os gestores, responsáveis pelo planejamento, É muito importante que a organização defina uma estrutura ou um conjunto de boas práticas (CobiT, ITIL, ISO/IEC 20000, principais modelos do PMI na gestão de projetos, as ISO 27001 e 27002, CMMI, BPM e outros modelos) que serão base para o alinhamento da governança de TI no atendimento das necessidades da organização. Estas ferramentas auxiliam no direcionamento dos esforços durante o processo de implementação do programa de governança de TI. Apoiam a tomada de decisão pelos diversos gestores, sempre com foco em resultados, facilitando sua inclusão na cultura corporativa. Os objetivos macros da governança de TI Existem dois grandes objetivos que devem fazer parte do programa de implementação da governança de TI, e são de extrema importância para a o sucesso da organização, são eles: Manter a disponibilidade do sistema, Assegurar a proteção dos dados e informações. Conceitualmente as informações e os sistemas devem estar disponíveis sempre que for necessário para a operacionalização dos processos de negócio da empresa, e a governança deve tratar deste tema de forma que todos os cuidados e ações sejam tomados para que isto ocorra. O sistema ou a informação indisponível, independentemente do tempo, causa perda da eficiência, podendo causar danos consideráveis nos negócios da empresa.

Em novo ambiente, à segurança dos dados e informações existentes se torna cada vez mais importante. Com a integração dos processos de negócios via internet, as transações são cada vez mais virtual, não existindo documentação física suporte, o que pode gerar uma perda definitiva da informação ou do dado. Além disto, as empresas estão cada vez mais vulneráveis aos acessos maliciosos em seus sistemas, o que pode resultar em perdas de dados e informações. Dentro do programa de governança deve haver um capitulo especialmente direcionado para a segurança dos dados e informações, compreendendo controles de acesso, conversão, comunicação, processamento, rastreamento e utilização das informações. É importante também observar que os processos integrados de gestão ao mesmo tempo em que trouxeram efetivos ganhos de eficiência para as operações, também trouxe uma nova gama de riscos corporativos, que devem ser identificados, avaliados e tratados dentro do apetite a risco da corporação. A segregação de responsabilidades no processo operacional também ficou prejudicada, de forma que, como controle compensatório, a área de TI deve contar uma forte segregação de funções dentro de sua estrutura organizacional. Em resumo, as organizações não sobrevivem sem a tecnologia da informação apoiando todos os ciclos de negócios, e cada vez mais as empresas necessitam processar em maior velocidade, um maior volume de informações. Os acessos estão cada vez mais remotos e descentralizados, o processamento mais virtual, implicando com isto em nova gama de riscos para serem gerenciados. Neste ambiente, contar com uma efetiva governança de TI é respaldo importante para o sucesso e perenidade da organização. Para finalizar, citamos os pontos mais importantes que devem compor um programa de governança de TI: Um claro alinhamento de TI com a estratégia da organização, Maior visibilidade para toda corporação, Contar com um paradigma para melhores práticas, Discussão dos investimentos e melhorias através de um comitê especialista, e decisão pela alta administração, Forte segregação de responsabilidades dos ambientes de desenvolvimento, manutenção e produção, Comprometimento com a competência e com a ética, Ações robustas para a manutenção da disponibilidade dos sistemas e informações, Manutenção de um efetivo programa de contingencia para recuperação de desastres. Um processo coordenado de governança, incluindo governança de TI, é base fundamental para que a empresa obtenha sucesso no cumprimento de sua missão. O tema Governança deve fazer parte da agenda da alta administração, sem exceção. A CrossOver Consulting & Auditing conta com profissionais capacitados para apoiar sua empresa na condução e na implantação das atividades de governança, riscos e compliance.