UNIVERSIDADE POTIGUAR DIRIGENTES



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Transcrição:

2 UNIVERSIDADE POTIGUAR DIRIGENTES Reitora Profª. MSc. Samêla Soraya Gomes de Oliveira Pró-Reitora Acadêmica Profª. MSc. Sandra Amaral de Araújo ESCOLA DA SAÚDE Diretora Profª Dr a Giselle Gasparino dos Santos Coluchi CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA Coordenadora Prof a. Esp. Danielle Araújo Mafra Supervisora acadêmica administrativa Profª. MSc. Kalina Veruska da Silva Bezerra Masset

3 ELABORAÇÃO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE Professores Danielle Araújo Mafra, Especialista (Coordenação) Ewerton Dantas Cortes Neto Kalina Veruska da Silva Bezerra Masset Maria de Fátima Pedrosa Pinto Barbosa Sávio Jordan Azevedo de Luna NÚCLEO DE PROJETOS EQUIPE TÉCNICA Marcione Cristina Silva (Coordenação) Regina Lúcia Freire de Oliveira Andressa Milena Silva Pacheco Félix Francisca Edna Borja PESSOAL ADMINISTRATIVO Marcel Lima Pinheiro Bruna Félix dos Santos

4 Catalogação na fonte: Biblioteca Unidade Floriano Peixoto U58p Universidade Potiguar. Escola da Saúde. Curso de Licenciatura em Educação Física. Projeto pedagógico de curso / Elaboração de Danielle Araújo Mafra et al. Natal: [s.n.], 2012. 179p. 1. Projeto pedagógico Curso de licenciatura em Educação Física. I. Mafra, Danielle Araújo. II. Cortes Neto, Ewerton Dantas. III. Masset, Kalina Veruska da Silva Bezerra. IV. Barbosa, Maria de Fátima Pedrosa Pinto. V. Luna, Sávio Jordan Azevedo de. VI. Título. RN/UnP/BSFP CDU: 378:613.71 Direitos desta edição reservados à Universidade Potiguar

5 APRESENTAÇÃO O Curso Educação Física, licenciatura, integra a oferta acadêmica da Universidade Potiguar (UnP) a partir do primeiro semestre de 2010, representando o cumprimento de políticas e metas previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2007/2016), especialmente no que se refere à necessidade de superação, ou, pelo menos, de minimização de déficits educacionais verificados no Brasil, particularmente no Nordeste, com ênfase no Rio Grande do Norte (RN). Com foco na docência para a educação básica (infantil, ensino fundamental e ensino médio), o Curso compreende estudos sobre a promoção e prevenção da saúde, na recuperação e na reabilitação do indivíduo, no contexto da educação, promovendo a construção de competências esperadas do futuro professor. É com essa perspectiva, e de acordo com as diretrizes curriculares nacionais para a graduação em educação física e para a formação de professores, que está organizado o presente Projeto Pedagógico (PPC), cuja estrutura abrange 4 (quatro) partes. A primeira trata do contexto interno da Universidade, oferecendo uma visão geral do seu funcionamento em relação ao ensino, à pesquisa e à extensão. Da segunda parte consta a organização didático-pedagógica do Curso, com indicações sobre a sua administração e desenvolvimento e avaliação curriculares, enquanto que a terceira corresponde ao corpo docente, abrangendo informações sobre regime de trabalho e políticas de apoio institucional. Por fim, a última parte diz respeito às instalações gerais da Universidade, incluindo o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIB/UnP) e instalações administrativas, acadêmicas e pedagógicas disponibilizadas para o funcionamento do Curso Por conter os principais referenciais necessários ao desenvolvimento da licenciatura em Educação Física, nos aspectos político, filosófico, legal e didáticopedagógico, este Projeto, construído coletivamente a partir de ações conduzidas pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE), constitui o instrumento por excelência da gestão acadêmica do Curso. Pretende-se, com a sua execução, propiciar aos discentes uma formação ética no campo da intervenção didático-pedagógica, o que envolve, entre outros, conhecimentos sobre o corpo e a motricidade do sujeito que frequenta a educação básica, e competências que expressem o respeito à diversidade étnico-racial, de credo, gênero e cultural e a preservação ambiental.

6 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO PARTE 1 CONTEXTO INTERNO DA UNIVERSIDADE POTIGUAR.. 9 1.1 VISÃO GERAL... 10 1.2 PRINCÍPIOS E FINALIDADES... 11 1.3 MISSÃO E VISÃO... 12 1.4 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E ACADÊMICA... 13 1.5 ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO... 14 1.5.1 Ensino de graduação... 14 1.5.2 Ensino de Pós-graduação... 16 1.5.3 Pesquisa, extensão e ação comunitária... 17 1.6 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL... 18 PARTE 2 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA... 20 2.1 DADOS DO CURSO... 21 2.1.1 Denominação... 21 2.1.2 Ato de criação, n. de vagas e turno de funcionamento... 21 2.1.3 Regime acadêmico... 21 2.1.4 Modalidade de oferta... 21 2.1.5 Carga horária total... 21 2.1.6 Integralização do Curso... 21 2.1.7 Local de funcionamento... 21 2.1.8 Histórico... 21 2.1.9 Coordenação... 22 2.2 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA... 23 2.2.1 Da coordenação de cursos de graduação na UnP... 23 2.2.2 Coordenadoria do Curso de Educação Física, licenciatura... 23 2.2.3 Conselho de curso Licenciatura em Educação Física... 24 2.3 PROJETO PEDAGÓGICO... 25 2.3.1 Necessidade Social... 25

7 2.3.2 Concepção... 29 2.3.3 Objetivos... 32 2.3.4 Perfil Profissional... 33 2.3.5 Organização curricular... 37 2.3.5.1 TRATAMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS... 46 2.3.5.2 ABORDAGEM CURRICULAR DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL... 47 2.3.5.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES... 48 2.3.5.4 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS... 50 2.3.5.5 ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS OBRIGATÓRIOS... 55 2.3.5.6 ESTÁGIO SUPERVISIONADO NÃO OBRIGATÓRIO... 57 2.3.5.7 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO... 58 2.4 METODOLOGIA... 59 2.5 ATIVIDADES DE PESQUISA, EXTENSÃO E AÇÃO COMUNITÁRIA... 61 2.5.1 Atividades de pesquisa... 61 2.5.2 Atividades de extensão... 64 2.6 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM... 71 2.7 AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO... 73 PARTE 3 CORPO DOCENTE, DISCENTE E TÉCNICO- ADMINISTRATIVO... 75 3.1 CORPO DOCENTE... 76 3.1.2 Perfil do corpo docente 2013.1... 77 3.1.3 Políticas institucionais de apoio ao docente... 81 3.2 APOIO AO DISCENTE... 83 3.3 CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO... 85 3.3.1 Equipe de apoio técnico-administrativo para o Curso... 85 3.3.2 Atividades de capacitação... 85... 86

8 PARTE 4 INSTALAÇÕES FÍSICAS... 86 4.1 INSTALAÇÕES GERAIS DA UnP... 87 4.2 BIBLIOTECA... 89 4.3 INSTALAÇÕES PARA O CURSO... 94 4.4 LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA... 95 4.5 AMBIENTES DE PRÁTICAS E ESTÁGIOS... 98 4.5.1 Hospital Simulado... 98 4.5.2 Centro Integrado de Saúde (CIS/UnP)... 103 4.5.3 Laboratórios Área Básica da Saúde... 104 4.5.4 Laboratórios específicos... 109 ANEXOS

PARTE 1 CONTEXTO INTERNO DA UNIVERSIDADE POTIGUAR 9

10 1.1 VISÃO GERAL Com mais de 30 anos de funcionamento, a Universidade Potiguar (UnP), com sede em Natal, capital do Rio Grande do Norte (RN), iniciou suas atividades em 1981 (Parecer CFE n. 170, de 18 de fevereiro de 1981; Decreto n. 85.828/1981, D.O.U. de 20 de março de 1981). Seu credenciamento, como Universidade, data de 1996, por meio de Decreto de 19 de dezembro desse ano (D.O.U. de 20 de dezembro de 1996), e o recredenciamento é formalizado de acordo com a Portaria MEC n. 529, de 10 de maio de 2012 (D.O.U. de 11 de maio de 2012). Mantida pela Sociedade Potiguar de Educação e Cultura S.A. (APEC) - pessoa jurídica de natureza privada, constituída como sociedade anônima e com finalidade lucrativa 1, a UnP passa a integrar a Laureate International Universities em 2007. É a única Universidade particular do RN, atuando ao lado de três outras instituições públicas, da mesma natureza: as Universidades Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), as duas últimas com sede em Mossoró/RN. A Universidade Potiguar tem a sua estrutura organizada em dois campi: o Campus Natal, abrangendo quatro Unidades - Floriano Peixoto, Salgado Filho, Nascimento de Castro e Roberto Freire -, e o Campus Mossoró, fora da sede, autorizado nos termos da Portaria/MEC n. 2.849, de 13 de dezembro de 2001, situado na Região Oeste do Estado. 1 O Estatuto Social original da APEC foi inscrito no Cartório do 2 Ofício de Notas da Comarca de Natal - Registro Civil das Pessoas Jurídicas - no livro próprio A - n. 10, à fl. 109, sob o número 215, data de 14.09.79. O Estatuto atual tem seu registro no dia 26/01/2012, na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Norte (JUCERN) - NIRE 24300004494 e CNPJ/MF n. 08.480.071/0001-40.

11 1.2 PRINCÍPIOS E FINALIDADES Filosófica e politicamente, a administração da Universidade é regida por diretrizes fundamentadas na ética, em valores culturais, sociais e profissionais, expressos nos seus princípios e finalidade. Os princípios, explicitados no Estatuto, art. 3, indicam a necessidade de uma atuação que expresse 2 : I. a defesa dos direitos humanos; II. a excelência acadêmica; III. a formação cidadã; IV. o exercício pleno da cidadania; V. a liberdade no ensino, na pesquisa e na divulgação da cultura, da arte e do saber; VI. a pluralidade de ideias e concepções pedagógicas; VII. a participação e a descentralização na gestão acadêmica e administrativa; VIII. a igualdade de acesso aos bens culturais e serviços prestados à comunidade; IX. a valorização do profissional da educação; X. a participação integrada e solidária no processo de desenvolvimento sustentável e na preservação do meio-ambiente. Esses princípios, por sua vez, são orientadores da finalidade precípua da Universidade, qual seja, a de promover o bem comum pelo desenvolvimento das ciências, das letras e das artes, pela difusão e preservação da cultura e pelo domínio e cultivo do saber humano em suas diversas áreas. 2 UNIVERSIDADE POTIGUAR. Estatuto. 5. ed. Natal: Edunp, 2012. (Documentos Normativos da UnP. Série azul Normas da Organização Universitária, v. 1).

12 1.3 MISSÃO E VISÃO A Universidade Potiguar tem como missão formar cidadãos comprometidos com os valores éticos, culturais, sociais e profissionais, contribuindo - através do ensino, da pesquisa e da extensão de excelência - para o desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte, da Região e do País. No Descritivo Analítico da Declaração de Missão para a Comunidade Interna e Externa 3, ficam claros como principais compromissos da UnP: a excelência dos serviços prestados institucionalmente; a formação para a cidadania, pelo desenvolvimento de processos que propiciem a construção de um determinado perfil profissional e que culminem na inserção do futuro profissional na contemporaneidade; a promoção de condições de integração entre pessoas, cursos, programas, projetos e atividades, na perspectiva da indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão; a sintonia com as necessidades sociais. De acordo com a sua visão, a UnP pretende ser uma Universidade de excelência na formação cidadã, pela prática efetivamente integrada do ensino, da pesquisa e da extensão, por uma gestão ética, ágil e inovadora e pela sua participação constante no desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte, da Região e do País. 3 UNIVERSIDADE POTIGUAR. Declaração de Missão. Declaração de valores. Declaração de Visão de Futuro. Natal, 2006.

13 1.4 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E ACADÊMICA A Universidade está organizada em duas instâncias, conforme o seu Estatuto: a) a Administração Superior, que compreende a Presidência, os órgãos de natureza deliberativa - Conselho Superior Universitário (ConSUni) e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (ConEPE) - e a Reitoria, como órgão executivo, à qual se vincula a Pró-Reitoria Acadêmica (ProAcad), cuja estrutura compreende gerências e núcleos, nas áreas de ensino, pesquisa e extensão; b) a Administração Acadêmica, abrangendo uma estrutura de planejamento (Comitê Acadêmico e Avaliação Institucional); o Conselho de Curso (ConseC), órgão de natureza deliberativa e consultiva; e órgãos executivos (Diretoria de Campus fora de Sede; Diretorias de Escolas; Coordenadorias de Curso de Graduação e Coordenadorias de Curso de Pós-Graduação). Destacam-se, entre os órgãos executivos da Administração Acadêmica, as Diretorias de Escolas, cujo funcionamento objetiva o fortalecimento da integração entre cursos de graduação e destes com os de pós-graduação, reforçando iniciativas interdisciplinares e de indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão, assim como o reforço à gestão participativa, cujas bases encontram-se em uma estrutura de colegiados (com representatividade de docentes, discentes e setores da organização civil), de planejamento e de avaliação institucional já consolidada. Instaladas em 2009, as Escolas, ou Unidades Acadêmicas Especializadas, são assim denominadas: Comunicação e Artes; Direito; Educação; Engenharias e Ciências Exatas; Gestão e Negócios; Hospitalidade; Saúde.

14 1.5 ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO A oferta acadêmica da UnP para 2013.1, em Natal e Mossoró, compreende cursos de graduação e de pós-graduação, nas modalidades presencial e a distância. 1.5.1 Ensino de graduação Na graduação presencial registram-se 60 (sessenta) cursos, sendo 43 (quarenta e três) em Natal e 17 (dezessete) em Mossoró (Quadros 1 e 2). Quadro 1 Cursos de graduação, modalidade presencial Campus Natal, 2013.1 ESCOLA TIPO CURSO CURSO Comunicação e Artes Bacharelado CST Direito Bacharelado Direito Educação Engenharia e Ciências Exatas Gestão e Negócios Hospitalidade Saúde Licenciatura Bacharelado CST Bacharelado CST CST Bacharelado Bacharelado/Licenciatura Bacharelado CST Comunicação Social: Publicidade e Propaganda; Jornalismo; Cinema e Vídeo Design Gráfico; Design de Interiores História Letras: Português e Português/Inglês Pedagogia Arquitetura e Urbanismo; Engenharia Ambiental; Engenharia Civil; Engenharia de Computação; Engenharia de Petróleo e Gás; Sistemas de Informação Petróleo e Gás Segurança no Trabalho Administração; Ciências Contábeis; Relações Internacionais Gestão Ambiental; Gestão Comercial; Gestão de Recursos Humanos; Gestão Financeira; Gestão Pública; Marketing Gastronomia Turismo Ciências Biológicas e Educação Física Biomedicina; Enfermagem; Farmácia; Fisioterapia; Fonoaudiologia; Medicina; Nutrição; Odontologia; Psicologia; Serviço Social; Terapia Ocupacional. Estética e Cosmética

15 Quadro 2 Cursos de graduação, modalidade presencial Campus Mossoró, 2013.1 ESCOLA TIPO DE CURSO CURSO Direito Bacharelado Direito Engenharias e Ciências Exatas Gestão e Negócios Saúde Bacharelado CST Bacharelado CST Bacharelado Arquitetura e Urbanismo Engenharia Civil Engenharia de Produção Petróleo e Gás Segurança no Trabalho Administração Ciências Contábeis Gestão Ambiental Gestão Pública Gestão de Recursos Humanos Processos Gerenciais Marketing Enfermagem Fisioterapia Nutrição Serviço Social Na modalidade a distância, a oferta compreende os bacharelados em Administração, Ciências Contábeis e Serviço Social; a licenciatura em Pedagogia e a graduação tecnológica em Gestão Comercial, iniciados em 2012, e os Cursos Superiores de Tecnologia em Marketing e em Gestão de Recursos Humanos, implantados em 2011, totalizando sete cursos. (Quadro 3). Em 2013.1 deverão entrar em funcionamento três novas graduações tecnológicas: logística, negócios imobiliários e gestão pública, ampliando-se a oferta de sete para onze cursos, conforme quadro 4. Quadro 3 Oferta de graduações a distância por polo 2012 CURSOS Zona Sul (Natal) Mossoró POLOS Caicó Currais Novos 1. Administração X X X X X 2. Ciências Contábeis X X X X X 3. CST em Recursos Humanos X X X X X 4. CST em Marketing X X X X X 5. Pedagogia X X X X X 6. Serviço Social X X X X X 7. CST em Gestão Comercial X X X X X Fonte: UnP/ Núcleo de Educação a Distância. Natal, nov./2012. Zona Norte (Natal)

16 CURSOS Quadro 4 Oferta de graduações a distância por polo - 2013.1 Caicó/ RN Currais Novos /RN Natal/RN (Zona Norte) Natal/RN (Zona Sul) Mossoró /RN POLOS Cuiabá/ MT Recife/ PE Fortaleza/ CE Goiânia/ GO Porto Alegre/ RS 1. Administração X X X X X X X X X - X 2. Ciências Contábeis X X X X X X X X X - - 3. CST em Recursos X X X X X X X X X - - Humanos 4. CST Marketing em X X X X X X X X X X - 5. Pedagogia X X X X X X X X X - - 6. Serviço Social X X X X X X X X X - - 7. CST em Gestão Comercial X X - X X X X X X - X 8. CST em Negócios Imobiliários X X - X X X X X X - - (novo) 9. CST em Logística (novo) X X - X X X X X X - - 10.CST em Gestão Pública (novo) X X - X X X X X X - - 11.CST em Processos Gerenciais - - - - - - - - - X X (novo) Fonte: UnP/ Núcleo de Educação a Distância. Natal, mar/2013. Canoas/ RS 1.5.2 Ensino de Pós-graduação Na pós-graduação presencial registram-se, no nível lato sensu, 73 (setenta e três) cursos, dos quais 62 (sessenta e dois) no Campus Natal e 11 (onze) em Mossoró. Três mestrados integram a oferta stricto sensu: a) Administração; b) Engenharia de Petróleo e Gás, com áreas de concentração em Automação de Processos Industriais (Campus Natal), Engenharia de Poço (Campus Mossoró) e Tecnologias Ambientais (para os dois Campi); c) Biotecnologia, parceria com a Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO). Os cursos a distância, por sua vez, têm oferta apenas em nível lato sensu. (Quadro 5).

17 Quadro 5 Cursos lato sensu a distância 2013.1 CURSOS MBA em Gestão de Pessoas MBA em Gestão Financeira e de Empresas MBA em Gestão Empresarial MBA em Marketing POLOS OFERTADOS ZONA NORTE CAICÓ CURRAIS NOVOS Fonte: UnP/Núcleo de Educação a Distância. Natal, nov./2012. 1.5.3 Pesquisa, extensão e ação comunitária As políticas institucionais relativas à pesquisa e à extensão, expressas no PPI e no PDI 2007/2016, são viabilizadas por uma estrutura específica, cujo funcionamento é da responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica. A pesquisa é implementada, principalmente, com recursos da própria UnP, tais como, o Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP); Programa de Bolsas de Iniciação Científica (ProBIC); Gratificação de Incentivo à Pesquisa (GIP). A extensão e a ação comunitária também contam com o Fundo de Apoio à Extensão (FAEx); Gratificação de Incentivo à Extensão (GIEx) e Programa de Bolsas de Extensão (ProBEx), considerando as demandas sociais e a pertinência das atividades com os processos formativos da UnP. Para a divulgação da sua produção, resultante do ensino, da pesquisa e da extensão, a UnP conta: a) com o seu repositório científico, disponibilizando revistas eletrônicas organizadas por escola; b) com portais biblioteca virtual do Natal (http://natal.rn.gov.br/bvn/) e (http://bdtd.ibict.br) publicação de dissertações e teses; c) o seu congresso científico/mostra de extensão, de realização anual em Natal e Mossoró, com estruturação dos anais correspondentes.

18 1.6 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL As atividades de planejamento são assumidas em sua natureza política, estratégica e de intervenção, viabilizando uma gestão acadêmica e administrativa com foco na qualidade, e na perspectiva do aprimoramento dos diversos processos, considerando os requisitos de: a) flexibilidade; b) apreensão objetiva da realidade social, política, econômica, educacional e cultural, e da própria UnP, identificando-se necessidades a atender; c) avaliação contínua de ações e resultados; d) participação dos vários segmentos acadêmicos. Como um dos fundamentos da organização, sistematização e qualidade das ações institucionais, o planejamento é desenvolvido à luz de três princípios enunciados no PDI 2007/2016: excelência acadêmica, sustentação econômica dos cursos e educação continuada, adotando-se níveis diferenciados, mas intercomplementares, a partir de uma visão ampla da política educacional brasileira para chegar às especificidades da Universidade Potiguar, e, depois, às peculiaridades de unidades acadêmicas especializadas (escolas), cursos, programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão. Essencial ao processo de planejamento, no sentido de imprimir-lhe confiabilidade e factibilidade, está a avaliação institucional, cujas informações são substanciais à tomada de decisões e ao aperfeiçoamento de todos os processos acadêmicos, didático-pedagógicos e gerenciais. Autoavaliação institucional Com vistas ao aperfeiçoamento crescente do modelo de gestão, bem como dos cursos, programas e projetos, o processo autoavaliativo da UnP tem uma dinâmica em que: a) são envolvidos todos os segmentos acadêmicos: aluno, professor, coordenadoria de curso de graduação, coordenadoria de curso de pósgraduação, pessoal técnico-administrativo e dirigentes; b) os instrumentos, revistos continuamente, têm aplicação em meio eletrônico, podendo ser adotadas outros procedimentos de coleta de dados; c) são efetivadas análises comparativas entre os resultados das avaliações externas e internas.

19 As informações obtidas, tratadas estatisticamente pela CPA/UnP, são socializadas por meio de seminários de avaliação e planejamento, e examinados, posteriormente, tanto no âmbito de cada curso (pelos Conselhos de cursos e NDE, com envolvimento de docentes e de representantes de turma), quanto pela Reitoria e setores institucionais. A cada semestre, são liberados relatórios eletrônicos, elaboradas sínteses dos principais dados e estruturados relatórios qualitativos, com a indicação dos limites, potencialidades e avanços de cada curso. Ao final, há registro, em documento próprio, da situação geral da Universidade, cujas análises sinalizam fragilidades a superar e aspectos a fortalecer, alimentando, assim, o processo de planejamento e identificando necessidades de correção de rumos ou de transformação, se necessário (figura 1). Figura 1 Etapas do processo avaliativo

PARTE 2 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 20

21 2.1 DADOS DO CURSO 2.1.1 Denominação Curso de graduação em Educação Física Licenciatura. 2.1.2 Ato de criação, n. de vagas e turno de funcionamento Resolução n 17/97 ConSUni/UnP de 21 de fevereiro de 1997. Atualmente são 80 vagas, oferta nos turnos noturno e matutino, conforme Resolução n 021/2011 ConSuni/UnP de 07 de dezembro de 2011. 2.1.3 Regime acadêmico Seriado semestral. 2.1.4 Modalidade de oferta Presencial. 2.1.5 Carga horária total 3000 horas (3600 horas-aula). 2.1.6 Integralização do Curso Mínimo: 08 (oito) séries. Máximo: 12 (doze) séries. 2.1.7 Local de funcionamento Campus Natal, Unidade Salgado Filho. Av. Salgado Filho, n. 1610 - Lagoa Nova, Natal/RN. 2.1.8 Histórico O Curso de graduação em Educação Física, Licenciatura, criado pela Resolução n 17/97 ConSUni/UnP de 21 de fevereiro de 1997 e implementado em 2005, através da Resolução nº 75/2004 ConSUni/UnP de 03 de agosto de 2004 compõe a Escola da Saúde/UnP. Seu primeiro processo seletivo registra uma oferta de 80 vagas.

22 Instalado no primeiro semestre de 2010, o Curso situa-se em um contexto institucional de oferta de outras licenciaturas, implantadas desde os anos 1990 - Ciências Biológicas, Letras, História e Pedagogia -, e do bacharelado em Educação Física. A licenciatura em Educação Física funciona em conformidade com as diretrizes curriculares nacionais para a graduação em educação física e para a formação de professores; com as diretivas institucionais estabelecidas para as graduações; com necessidades socioeducacionais e ambientais e demandas do mercado de trabalho, particularmente no que se refere à formação de professores para atuar no sistema educacional do RN, especialmente na educação básica. 2.1.9 Coordenação Coordenadora Danielle Araújo Mafra Telefone: (84) 3215 1220/ 1202 Email: danielleamafra@unp.br Supervisão acadêmica administrativa/coordenadora Pro-tempore Kalina Veruska da Silva Bezerra Masset Telefone: (84) 3215 1220/ 1202 Email: kalinamasset@unp.br

23 2.2 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA 2.2.1 Da coordenação de cursos de graduação na UnP A Coordenadoria de Curso, vinculada à Diretoria de Escola, é um órgão executivo da Administração Acadêmica da Universidade, exercida pelo Coordenador de Curso e, quando necessário, auxiliado por Supervisor Acadêmico-Administrativo, designados pelo Reitor, para mandato de dois anos, permitida a recondução. Essa coordenadoria tem sua atuação regida pelo Estatuto e Regimento Geral da Universidade, assim como pelo Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e Plano de Desenvolvimento Institucional 2007/2016, e conta com o Conselho de Curso (ConseC) e Núcleo Docente Estruturante (NDE) para o desenvolvimento das atividades relacionadas ao ensino, à pesquisa e à extensão previstas nos projetos pedagógicos (PPC). As coordenações de graduação têm representatividade nos órgãos colegiados superiores, ConSUni e ConEPE, e presidem os conselhos e NDEs dos seus respectivos cursos. 2.2.2 Coordenadoria do Curso de Educação Física, licenciatura Coordenação A coordenação do curso é exercida pela docente Danielle Araújo Mafra, graduada em Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 2004; Especialista em avaliação e prescrição do exercício, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 2006; Mestranda em Administração, UnP, com conclusão prevista para este ano de 2013. Experiência de 9 (nove) anos em treinamento esportivo, avaliação física e Educação Física escolar, além de coordenação de projetos e núcleo em empresas como a Petrobrás e Unimed. Responsável por disciplinas e núcleo de avaliação física no curso de Educação Física da Universidade Potiguar (bacharelado e licenciatura). Além disso, a Coordenadora atua como professora, preside o Conselho do Curso e o NDE. É contratada pela Universidade Potiguar em regime de tempo integral. Coordenadora afastada em licença maternidade.

24 Supervisão Acadêmico-administrativa/Coordenadora A supervisão acadêmica administrativa é exercida pela docente Kalina Veruska da Silva Bezerra Masset, graduada em Educação Física, UFRN, 1990; Especialista em Ciência da Atividade Física em Academias, UFRN, 1998; Mestre em Fisiologia do Exercício, Universidade de Besançon/França, e com doutorado iniciado na área de Educação, UFRN. Experiência de 19 anos em treinamento esportivo, avaliação física e Educação Física escolar, além de coordenação de projetos e núcleo de pesquisa em empresas como a Sanny e serviços prestados de formação de professores à Secretaria Educação do Estado do Rio Grande do Norte, na Coordenadoria de Desporto (CODESP/RN). Coordena no curso de Educação Física, Licenciatura, projetos de extensão, em integração com os cursos de Odontologia e Nutrição. É Responsável por disciplinas envolvendo os conteúdos voltados à pedagogia, medidas e avaliação física e fisiologia do exercício. Atualmente, coordenadora Pro-tempore. 2.2.3 Conselho de curso Licenciatura em Educação Física Instalado no primeiro semestre de funcionamento do Curso, seguindo as normas institucionais pertinentes, o Conselho do Curso mantém a regularidade de reuniões mensais, havendo reuniões extraordinárias, sempre que necessário. A dinâmica do Conselho vem promovendo a co-participação de professores e alunos no desenvolvimento do Curso, legitimando decisões nos âmbitos didáticopedagógico e administrativo, em função do aperfeiçoamento curricular. A composição do ConseC encontra-se formalizada de acordo com ato específico da Reitoria, conforme se segue. ConseC Licenciatura em Educação Física Titulares Presidente: Danielle Araújo Mafra (Coordenadora) Representantes do corpo docente: Ewerton Dantas Cortês Neto Lawrence Borba Ana Paula Leão Maia Fonseca Representante do corpo discente: Renata Poliane Nacer de Carvalho Dantas Representante do Conselho Regional de Educação Física - Sessão RN: Luiz Marcos Peixoto Suplentes Kalina Veruska da Silva Bezerra Masset (Supervisora acadêmico-administrativa/coordenadora Pro-tempore) Carlos Alberto de Farias Felix Tibério Maribondo do Nascimento Millena Barbosa Câmara Rodrigo Anderson Andriola de Andrade Hênio Ferreira de Miranda

25 2.3 PROJETO PEDAGÓGICO 2.3.1 Necessidade Social A educação escolar, sobretudo nas últimas décadas, tem sido considerada como parâmetro de desenvolvimento econômico e social dos países, na medida em que, qualificando profissionais, está constituindo uma das bases necessárias ao aprofundamento da ciência e da tecnologia, indispensáveis aos processos de produção de bens e serviços em condições de sustentabilidade. Esse fato pode ser melhor compreendido ao se considerar que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), além do PIB per capita, inclui, como um dos seus componentes, a educação (ao lado da longevidade expectativa de vida), avaliada pelo índice de analfabetismo e taxa de matrícula em todos os níveis de ensino 4. De acordo com dados divulgados em novembro de 2010 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil apresenta IDH de 0,699, ocupando o 73 lugar no ranking mundial. O Sul e o Sudeste situam-se entre os melhores índices de desenvolvimento humano do país e o Nordeste apresenta os piores resultados. Santa Catarina e São Paulo, por exemplo, apresentam IDH de 0,84 e 0,833, respectivamente. No Nordeste, os maiores índices ficam com a Bahia e Sergipe (0,742), em sequência o Rio Grande do Norte (0,738), ocupando o 21º lugar. Essas informações, a despeito da visão geral que oferecem, são indicativas de que o contexto de oferta do Curso de Educação Física é de contradições e diversidade regional, o que pode ser melhor compreendido quando se passa a focalizar algumas das principais peculiaridades da sociedade brasileira. Com uma economia posicionada como a 7ª maior do mundo, o Brasil vem apresentando avanços sociais, mas ainda insuficientes para superar as desigualdades. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contidos na Síntese dos Indicadores Sociais 2012 5, indicam que a razão entre o rendimento familiar per capita dos 20% mais ricos em relação aos 20% mais pobres apresentou queda no período 2001/2011. Enquanto, em 2001, os 20% mais ricos percebiam uma renda cerca de 24 vezes superior àquela auferida pelos 20% mais 4 A partir do Relatório de 2010, são contempladas três novas medidas que registram a desigualdade multidimensional, as disparidades de gênero e a privação extrema. 5 BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais. Uma análise das condições de vida da população brasileira 2012. (Estudos e Pesquisas. Informação demográfica e socioeconômica. 29). Rio de Janeiro, 2012.

26 pobres, essa razão, em 2011, atingiu 16,5 vezes. Todavia, essa evolução ainda não altera substancialmente o quadro de desigualdade brasileira na apropriação do rendimento total: os 20% mais ricos ainda detêm 57,7% desse rendimento, em contrapartida ao pouco mais de 11% detido pelos 40% mais pobres. Do ponto de vista da educação aponta a referida Síntese: houve redução de pessoas que não sabiam ler nem escrever: de 12,1% em 2001 para 8,6% em 2011, sendo que a maior incidência de analfabetismo ocorre no Nordeste (16,9% correspondente a 6,8 milhões de pessoas) - maior percentual do Brasil - e nas áreas rurais (21,2%). O Rio Grande do Norte, com 3.168.027 habitantes e uma economia em que se sobressaem a produção de petróleo, do sal marinho e a fruticultura irrigada, ocupa, segundo o Observatório da Educação do RN, com base em dados do IBGE, o 5º lugar em número de analfabetos acima de 15 anos entre os estados do Brasil, apresentando grupamentos percentuais entre 32 e 40% em algumas cidades do interior. Destaca-se, nesse contexto, que as questões educacionais, embora envolvam as de ordem quantitativa, abrangem a dimensão qualitativa. São exemplificativos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), em 2009, para o RN, que sinalizam melhorias 6 para o ensino estadual do Rio Grande do Norte nas três fases avaliadas, superando metas previstas para esse ano. Quando comparados os dados de 2011 com os índices alcançados em 2007, observa-se que o estado cresceu, na primeira fase do ensino fundamental (anos iniciais), de 3.0 para 3.8 superando a média regional, de 3.7, o mesmo ocorrendo com o ensino médio que passou de 2.8 para 3.0. Apesar disso, a média estadual ficou abaixo da nacional: nos anos iniciais do ensino fundamental (4 º a 5 º ) a média nacional foi de 5,0; nos anos finais (8º a 9º), de 4,1. O ensino médio, por sua vez, teve média 3,7. Essas informações devem ser compreendidas em sua articulação com os fatores econômicos, políticos, sociais e culturais, em geral, e com as condições de realização dos processos de ensino e aprendizagem nos ambientes escolares, em particular. É aí que se situa o papel dos egressos das licenciaturas. 6 Disponível em www.agenciarn.rn.gov.br/...ideb...rio-grande-do-norte/5184. Acesso em 5 de julho de 2010.

27 No caso da Licenciatura em Educação Física, dadas as suas especificidades, fica ampliada a sua responsabilidade no processo de construção das aprendizagens humanas. Ou seja, ao ter a sua atuação centrada no movimento humano, o futuro professor de educação física poderá influenciar tanto na construção de aprendizagens, quanto na superação de dificuldades identificadas nesse processo, e que podem estar associadas, entre outros fatores, à psicomotricidade e à socialização de crianças e jovens. A essa lógica, acrescenta-se o entendimento de que é através do movimento corporal que a criança inicia a descoberta do mundo, expressa a sua natureza e concretiza as aprendizagens. Ao mesmo tempo, assinala-se a escola como um importante espaço de difusão de informações sobre a importância das atividades físicas para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida, estimulando o interesse das crianças e jovens pelos esportes e exercícios realizados nas aulas de educação física. Isso se torna especialmente importante quando se sabe que a educação física contribui para o desenvolvimento humano desde a educação infantil, com as experiências lúdicas corporais, até a maior compreensão do corpo, de seu conhecimento e consciência no ensino fundamental, chegando ao desenvolvimento de capacidades físicas na participação no esporte experienciada no ensino médio. É inquestionável o papel preponderante que exerce o professor de Educação Física na formação integral do indivíduo, aliando corpo, movimento e estímulo à reflexão, à disciplina e à vivência de atitudes de respeito à diversidade cultural, étnico-racial e ao meio ambiente; à valorização das diferentes formas de expressão, à superação de qualquer forma de discriminação. A educação brasileira retoma este olhar quando estabelece, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/1996 (LDB/1996), a educação física como componente curricular do ensino básico, garantindo-lhe o lugar de disciplina no mesmo patamar das demais que compõem esse nível de ensino. Em março de 2013, a Comissão de Educação aprovou proposta que exige licenciatura em Educação Física para o professor que ministrar a disciplina na educação básica, apesar de atualmente essa exigência não constar da LDB Lei 9.394/96. Estudo realizado pelo Center for Disease Control and a Prevention (CDC) em 2006, no Estados Unidos, sobre as intervenções da atividade física na América Latina, recomenda, juntamente com o Ministério da Saúde e universidades

28 americana e brasileira, a aula de educação física como estratégia para aumentar a atividade física em crianças e jovens 7. Mesmo reconhecida teórica e legalmente como essencial aos vários processos de construção de aprendizagens e ao desenvolvimento biopsicossocial do aluno, a educação física, ao menos no Rio Grande do Norte, ainda apresenta um número reduzido de professores qualificados para dar conta dessa tarefa (que é ao mesmo tempo política, social e pedagógica). Segundo a CODESP (2012), são 2869 profissionais registrados em toda rede estadual de ensino para atuar na educação física escolar e desporto. Além disso, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar em 2009 sobre a investigação do critério por frequência de aulas de educação física na escola, com foco nos últimos sete dias anteriores à aplicação do questionário, aponta a cidade de Natal com 43,3% dos alunos sem nenhum dia de aula de Educação Física semanal, sendo o maior índice entre as capitais brasileiras, e o Distrito Federal. Natal também foi indicada como a cidade que apresentou em seus escolares o maior percentual de inatividade acumulada na semana precedente à realização da pesquisa com 9%. Entram em jogo ainda questões como a violência, a obesidade entre crianças e jovens, que exigem um trabalho multiprofissional que inclui o professor de educação física. Nesse contexto, e considerando a experiência exitosa com outras licenciaturas e com o Bacharelado em Educação Física, a Universidade Potiguar dá início em 2010 à formação de professores de educação física, implementando políticas e metas previstas no PDI 2007/2016. No cenário nacional, conforme dados do sistema e-mec, registra-se a oferta de 428 cursos de licenciatura em Educação Física em atividade, com maior concentração no Sudeste (158), a que se seguem as regiões Sul (82), Nordeste (77), Centro-Oeste (66) e Norte (45). No Rio Grande do Norte são sete cursos ofertados por seis IES, entre as quais a Universidade Potiguar. Tendo a docência como base da formação, o desenvolvimento curricular da licenciatura em Educação Física articula-se ao contexto mais geral que informa as práticas sociais, entre elas, a educação escolar. Este fato contribui, no plano geral, 7 HOEHNER, C. M. et al. Physical Activity Interventions in Latin America: A Systematic Review.American Journal of Preventive Medicine, San Diego, v. 34, n. 3, p. 224-233. 2008. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/s074937970700709x>.acesso em: mai. 2012.

29 para a superação, ou, pelo menos, para a minimização de déficits educacionais relacionados, principalmente, à qualificação de professores e, em nível particular, para a socialização de alunos por meio do incentivo à participação em projetos esportivos sociais nas escolas, ao engajamento em atividades saudáveis reduzindo a ociosidade e a probabilidade da violência na comunidade. 2.3.2 Concepção As transformações observadas no papel da Educação Física, em sua trajetória como área de conhecimento, possibilitaram a percepção de que não é possível pensá-la somente na área da saúde. Nessa perspectiva, quando a Educação Física se coloca no âmbito educacional, a relação com diferentes saberes se amplia e ganha força para se pensar e agir diante da dinâmica humana, estabelecendo-se um processo de articulações fundamentais à compreensão crítica da realidade. Nesse caminho, a formação necessária ao futuro professor da educação básica, componente Educação Física, pressupõe uma dimensão educacional mais ampla em que se situa uma matriz de natureza ética, política, curricular, didáticopedagógica, técnica e tecnológica, que aponta para a necessidade de um profissional com formação generalista, humanística, crítica e reflexiva, sensível às demandas sociais e às diferenças, e apto a trabalhar interdisciplinarmente, também em outras organizações que não apenas as de natureza escolar. Seguindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a graduação em Educação Física e as definidas para a formação de professores para a educação básica, a Universidade Potiguar desenvolve a licenciatura tendo como objeto de estudo o movimento humano e correspondentes processos de ensino e de aprendizagem. O foco principal se enraíza em torno de estratégias metodológicas relacionadas a cultura corporal do movimento vislumbrada nos blocos de conteúdos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), considerando os aspectos educacionais, culturais, psicológicos, técnicos e pedagógicos envolvidos desde as fases da infância até a idade adulta. Portanto, a formação do professor deve se caracterizar pela criação, planejamento, realização e avaliação de situações didáticas eficazes para a aprendizagem e para o desenvolvimento dos alunos, observando-se o rigor científico

30 e intelectual e os princípios éticos, entre os quais o respeito à diversidade 8, em seus múltiplos aspectos (etnia, credo, gênero, cultura), e ao meio ambiente 9. Nesse sentido, a educação é entendida como prática histórico-social, de natureza ética, porquanto essencialmente humana, que influencia e é influenciada pelas diferentes realidades. Ao futuro professor é indispensável a aquisição de conhecimentos que somente ganham sentido na medida da sua aplicação, de uma interferência pedagógica que respeite as possibilidades do sujeito aprendente, ampliando-as, e considere a necessidade de um olhar inclusivo para os que necessitem desse processo, relacionando os conteúdos didáticos com o mundo real. A licenciatura em Educação Física da UnP adota o conceito de currículo como um processo de formação da competência humana histórica, isto é, como processo de formação do sujeito histórico capaz de inovar, mas sobretudo de humanizar a inovação 10. A proposta curricular do Curso contempla conhecimentos: morfológicos e fisiológicos; mecanismos e processos de desenvolvimento da motricidade, aquisição de habilidades e observação de fatores psicológicos; históricos, filosóficos, antropológicos, sociológicos e educacionais, que enfocam aspectos éticos, estéticos, culturais e epistemológicos; técnicas de estudos e de pesquisa; princípios gerais e específicos da prática pedagógica; teóricos e metodológicos, aplicados ao desempenho humano identificado com as diferentes manifestações da Atividade Motora Humana; diferentes manifestações culturais das atividades físicas nas suas formas de jogos, esportes, ginásticas, danças, lutas, lazer, recreação, consciência corporal, ludicidade, assim como da atividade física e estilo de vida ativo, considerando a influência das culturas africana e indígena. 8 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP n. 003, de 10 de março de 2004. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História de Cultura afro-brasileira e africana (DOU 19/mai/2004); Resolução CNE/CP n. 1, de 17 de junho de 2004. Institui as diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História de Cultura afro-brasileira e africana (DOU 22/jun/2004). 9 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei n. 9795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. (DOU 28/abr/1999).. Decreto n. 4281, de 25 de junho de 2002. Regulamenta a Lei n. 9795/1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências. (DOU 26/jun/2002). 10 DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 6. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. (Coleção Educação Contemporânea).

31 Para o desenvolvimento desses conteúdos são adotados procedimentos que propiciam a articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, mediante, inicialmente, utilização de laboratórios, do Hospital Simulado e do Centro Integrado de Saúde (CIS/UnP), fundamentando a formação do futuro professor em relação à promoção e preservação da saúde no campo da educação física. As atividades têm natureza interdisciplinar, articulando-se os alunos da Educação Física com os de outras graduações da Escola da Saúde, como Nutrição e Odontologia. As questões didático-pedagógicas veem sendo tratadas gradualmente, encontrando nas práticas pedagógicas espaços por excelência de reflexões e vivências, estabelecendo-se um movimento de aproximação teoria-prática-teoria. São executados projetos integrados referenciados pelos diferentes contextos sociais, com atendimento a comunidades, escolas e núcleos de extensão da própria UnP, focalizando crianças e adolescentes das diferentes escolas do estado. Essa perspectiva tem como princípios básicos os definidos no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e retomados no PDI 2007/2016: interdisciplinaridade: pressupõe a adoção de estratégias que propiciem ao aluno o desenvolvimento de conteúdos e atividades articuladas entre si, tendo como referências o perfil profissional do egresso; flexibilidade curricular: pressupõe a diversificação de conteúdos, procedimentos, técnicas e tecnologias possibilitando ao discente o enriquecimento da sua trajetória acadêmica. Destacam-se, nesse sentido, as atividades complementares, os estágios supervisionados e as disciplinas optativas; articulação teoria/prática: compreendida como um processo em que os aspectos conceituais, metodológicos e técnicos são estudados e vivenciados em situações práticas no sistema educacional, por meio das estratégias de ensino-aprendizagem e das práticas pedagógicas e estágios; educação permanente: pressupõe a curiosidade, a atitude investigativa e a autonomia intelectual, sendo o professor em formação estimulado a aprender a aprender, o que inclui aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver em coletividade, possibilitando a capacitação de profissionais com autonomia e discernimento para assegurar a qualidade da atuação pedagógica junto ao sujeito aprendente, à família e às comunidades.

32 Com essa proposta, espera-se que o aluno construa competências de natureza política e didático-pedagógica para atuar na educação básica considerando o período do desenvolvimento humano inerente a cada faixa etária, respeitando a diversidade em seus valores e culturas, e possibilitando a participação ativa dos alunos nas aulas de Educação Física. Ao mesmo tempo, o processo formativo tratará de questões que instiguem o futuro professor a uma atitude inclusiva. Assim, pretende-se que o Curso de Educação Física, licenciatura, atenda às manifestações da cultura corporal, discutindo questões biopsicossociais, culturais, comportamentais e ambientais, com possibilidades de inserção em diferentes campos da Educação Física escolar. 2.3.3 Objetivos GERAL Preparar profissionais para conduzir uma prática pedagógica compromissada com valores educativos de forma inovadora, enfatizando a cultura corporal de movimento como o ponto de partida de compreensão do mundo e da aprendizagem do sujeito, intervindo de forma científica e pedagógica sem distinção de raça, sexo, idade e credo, diante de uma práxis consciente, crítica e reflexiva estabelecida em relação aos processos que englobam o ensino e a aprendizagem humana. ESPECÍFICOS proporcionar ao professor em formação processos de construção de aprendizagens caracterizados pela análise e aplicação de conhecimentos sobre a motricidade humana, envolvendo as dimensões biológicas, sociais, culturais e emocionais; promover estudos de fundamentação que instiguem o aluno a analisar criticamente as diferentes teorias educacionais, com vistas à construção e ampliação do conhecimento necessário à apreensão da atividade educativa, em especial do exercício docente como prática histórico-social; implementar metodologias que estimulem uma reflexão crítica sobre a realidade social, econômica, política, educacional e cultural brasileira, com ênfase no RN e Nordeste e suas influências nos processos de ensino e de aprendizagem;

33 estimular o desenvolvimento de competências como tomada de decisão, comunicação, gerenciamento, liderança e busca por aprendizado contínuo; desenvolver práticas de prestação de serviços à comunidade de forma produtiva, crítica e inovadora; promover atividades de ensino, pesquisa, extensão e ação comunitária na perspectiva da produção e disseminação de conhecimentos, técnicas e tecnologias que possibilitem a adoção de um estilo de vida ativo e saudável; promover o desenvolvimento de atitudes crítico-reflexivas, considerando a cultura corporal de movimento que caracteriza o espaço de intervenção docente, de forma que o aluno possa entender a natureza humana em suas dimensões, expressões e fases evolutivas; estimular posturas didático-pedagógicas que evidenciem um olhar sobre as expressões do corpo na Educação Física escolar inclusiva. 2.3.4 Perfil Profissional A proposta da Licenciatura em Educação Física é habilitar profissionais capazes de interagir com ética e competência nos espaços da educação escolar e em outras organizações educacionais, com visão crítica da realidade social, política e econômica da região, do país e do mundo, reconhecendo as relações existentes entre essa realidade e o sistema educacional. O profissional formado pela Universidade Potiguar deverá demonstrar domínio dos conhecimentos acadêmico-profissionais próprios da área, de modo a compreender, refletir criticamente e atuar frente às demandas culturais e profissionais do campo da Educação Física e da educação básica. Será um profissional motivado a participar e intervir nas discussões de políticas públicas educacionais, que visam conscientizar os indivíduos para a importância e a necessidade de adoção de um estilo de vida ativo e saudável, por meio da prática adequada, sistemática e regular de diferentes expressões e manifestações da cultura do movimento humano. Um profissional que se caracterize pela promoção e adoção de atitudes éticas, bem como pela autonomia intelectual, criatividade e criticidade, podendo intervir e transformar hábitos sociais que levem à prática da

34 atividade física regular da população, com vistas à melhoria da qualidade de vida e obtenção de um estilo saudável de viver, com destaque para o ambiente escolar. O Licenciado em Educação Física deverá sentir-se como parte integrante de um grupo de educadores e assumir com serenidade e de forma crítica o que lhe compete individualmente para o sucesso do trabalho coletivo escolar, considerando a necessidade de valorização e divulgação de conhecimentos relacionados às culturas africana e indígena e à educação ambiental. O egresso do Curso apresentará domínio do conhecimento da área da Educação Física, reconhecendo-a como área interdisciplinar constituída a partir de fundamentos básicos de ciências da Saúde, essenciais à formação do licenciado em Educação Física, uma vez que eles permitem as sistematizações do exercício físico. Ao licenciado em Educação Física também será clara a compreensão das diferenças econômicas, sociais e culturais presentes na sua atividade e a necessidade de considerá-las nas situações didático-pedagógicas na educação básica (educação infantil, ensinos fundamental e médio), trabalhando essas diferenças não como desigualdades, mas como riqueza de possibilidades de trabalho, pesquisa e ensino da e na Educação Física escolar. Ao término da graduação, o profissional egresso do Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Potiguar deverá demonstrar as seguintes competências e habilidades: ser educador por excelência e priorizar a ética e a qualidade pedagógica de sua atuação, associando teoria e prática; assumir uma atitude critica e reflexiva em relação ao seu desempenho como profissional e cidadão, comprometido com a construção de uma sociedade justa, igualitária e que valorize as diferenças, as contribuições de outros povos na constituição da sociedade brasileira, especialmente africanos, índios e europeus, e a necessidade de preservar o meio ambiente; ser criativo e decisivo nas diversas situações de ensino e aprendizagem, promovendo projetos que beneficiem a comunidade escolar e valorizem a cultura, em especial, a afro-brasileira e africana; contribuir para a conscientização do papel da atividade física no contexto da saúde coletiva;