05 de maio de Papel e Celulose: Aumento do consumo chinês impulsiona as exportações brasileiras

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Transcrição:

: Aumento do consumo chinês impulsiona as exportações brasileiras Os três primeiros meses de 2017 se mostraram positivos pelos reajustes e a implementação de preço de celulose a partir da diminuição da oferta da commodity, devido atraso na inauguração de algumas plantas, além da boa demanda por parte do mercado chinês. Para o segmento de papel, a sinalização da possível melhora da atividade econômica interna e a ratificação disso a partir dos dados de melhora nas vendas de papelão ondulado, têm agradado os produtores. Some-se a isso, o aumento do consumo de papéis sanitário, principalmente por parte da China. Mário R. Mariante, CNPI* mmariante@plannercorretora.com.br +55 11 2172-2561 Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br +55 11 2172-2564 Disclosure e certificação do analista estão localizados na última página deste relatório. Celulose Conforme os dados divulgados pela Ibá a produção brasileira de celulose acumula alta de 3,0% (A/A) nos três primeiros meses do ano. Somente em março a produção aumentou em 9,9% (A/A). Já as exportações apresentaram alta de 10,6% (A/A) em março, impulsionadas pelos bons fundamentos de mercado, que também possibilitou a implementação de reajustes nos preços da celulose. No acumulado do ano as exportações registram alta de 5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Papel A demanda doméstica de papel que ainda registra sinais negativos, com a queda acumulada de 3,0% (A/A) nesse ano, apresenta sinais de reversão a partir dos dados divulgados pela ABPO. De acordo com a entidade as expedições brasileiras de caixas, acessórios e chapas de papelão subiram 7,1% em março (A/A) e acumulam alta de 5,23% nos três primeiros meses de 2017. A associação projeta crescimento entre 1,5% e 2,0% para o ano, após dois anos seguidos de resultados negativos. Perspectivas Para o segundo semestre, no segmento de celulose, observamos que a entrada de novas capacidades como Horizonte 2 da Fibria, voltarão a pressionar os preços da celulose, que se apoiaram nos bons fundamentos de mercado no início deste ano. No segmento de papel, a retomada de fôlego da economia doméstica pode impulsionar as vendas, assim como tem mostrado os dados da ABPO. Outro ponto que tem ganhado relevância é a demanda chinesa por esse tipo de produto. Seguimos mais aderentes as ações da Klabin (KLBN11), majoritariamente voltada para a produção de papéis - também contando com a produção de celulose oriunda da unidade Puma, que são destinados ao mercado interno, LatAm e China. Ibovespa IBOV Fechamento 64.862 Fibria FIBR3 Cotação R$ 28,49 Valor de Mercado R$ milhões 15.761 Dívida Líquida R$ milhões 11.766 Múltiplos P/L (x) (12m) 15,7 VE/EBITDA (x) (12m) 9,6 ROE (%) (12m) 7,2 Div. Liq./EBITDA (12m) (x) (12m) 4,1 Suzano Papel SUZB5 Cotação R$ 12,85 Valor de Mercado R$ milhões 13.985 Dívida Líquida R$ milhões 9.747 Múltiplos P/L (x) (12m) 13,8 VE/EBITDA (x) (12m) 10,4 ROE (%) (12m) 9,6 Div. Liq./EBITDA (x) (12m) 4,3 Klabin S/A KLBN11 Cotação R$ 15,91 Valor de Mercado R$ milhões 16.225 Dívida Líquida R$ milhões 11.379 Múltiplos P/L (x) (12m) 7,2 VE/EBITDA (x) (12m) 8,5 ROE (%) (12m) 26,2 Div. Liq./EBITDA (12m) (x) (12m) 3,5 Fonte: Economatica Página 1

Celulose Produção brasileira de celulose acumula alta no 1T17: Os dados preliminares da Indústria Brasileira de Árvore (Ibá) mostraram que nos três primeiros meses de 2017 a produção brasileira de celulose acumula alta de 3,0% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, somando 4.691 mil toneladas. Em março, comparado ao mesmo período do ano anterior, a produção de celulose apresentou crescimento de 9,9% somando 1.616 mil toneladas, revertendo a queda de 8,4% (A/A) registrada em fevereiro. Desse modo, em base de comparação mensal, houve avanço de 18,0% na produção. Cabe destacar que o resultado só não foi melhor, devido às paradas programadas para manutenção feitas por algumas das principais fábricas brasileiras, como Fibria e Suzano. Em 2016 a produção de celulose atingiu o nível recorde de 18.773 mil toneladas, representando aumento de 8,1% em relação ao ano anterior e uma taxa composta de crescimento de 4,8% ao ano, a partir de 2006. Exportação brasileira volta a crescer: Conforme os dados da Ibá, as exportações brasileiras de celulose, que em fevereiro registraram forte queda, voltaram a crescer apresentando alta de 10,6% (A/A) em março, com 1.002 mil toneladas exportadas. No trimestre, as exportações acumulam alta de 5,5% (A/A) somando 3.330 mil toneladas. Com o resultado acima, o saldo das exportações de celulose acumula US$ 1.409 milhões FOB, representando uma queda de 4,3% (A/A) em 2017. Vale destacar que em relação ao total das exportações do setor de papel e celulose, esta última representou aproximadamente 73% do total exportado. Ao abrir as exportações brasileiras de celulose por destino, notamos que a China segue como principal mercado, somando US$ 620 milhões FOB e representando aproximadamente 44% do total. Em seguida vem a Europa, que acumula queda de 28,0% (A/A) nos três primeiros meses do ano, e somou US$ 413 milhões FOB, representando aproximadamente 29%. Condições favoráveis de mercado sustentaram a implementação de reajustes: Os preços da celulose de fibra curta (BHKP) comercializada nos principais mercados mundiais seguem em ritmo de alta. De acordo com dados do dia 02 de maio, disponibilizados pelo FOEX (divulgados semanalmente), a celulose de fibra curta comercializada na Europa registrou alta de 1,34% na semana, sendo cotada a US$ 761,97 a tonelada. Nesse ano a commodity acumula alta de 16,8%. O resultado tem sido possível a partir dos bons fundamentos do mercado, como o atraso do projeto OKI da Asia Pulp & Paper (APP) e a notícia de que o projeto não venderá celulose ao mercado em 2017, diminuindo a pressão de oferta da matéria prima. A partir desses noticiários, as principais empresas brasileiras exportadoras de celulose passaram a reajustar os seus preços. Como exemplo, a Fibria que é a maior produtora mundial de celulose de eucalipto, e que anunciou no último dia 18/abril seu quinto aumento este ano, de forma que na Europa, o reajuste será de US$ 40, com o preço lista passando a US$ 820/ton., US$ 40 na América do Norte, com a cotação chegando a US$ 1.000/ton. e na Ásia, aumento de US$ 20, levando o preço a US$ 670/ton. Com o reajuste a expectativa é que outros produtores acompanhem esse movimento. Página 2

Europa - Celulose Fibra Curta (BHKP) 850 750 700 650 Europa - USD/ton Estoque mundial sustenta alto de preços: Outro indicador importante é o nível de estoque mundial de celulose, que tem apresentado queda desde o início deste ano, sendo que em março foi de 33 dias, ficando abaixo da média de cinco anos de 35 dias e sinalizando a boa demanda pela commodity, principalmente por parte da China. Dados mais recentes de importação de celulose pela China mostram que em março, quando comparado ao mês anterior, houve um aumento de 2,8%, acumulando crescimento de 13,3% em 2017. No entanto, na comparação anual o crescimento salta para 22,1%. China Importação de Celulose (mil ton) 2400 2200 1 Importação Página 3

Papel Cenário doméstico sinaliza melhora: A deterioração da economia doméstica que se aprofundou em 2016, apresenta sinais de recuperação nesse ano. A política monetária mais atuante e os níveis de inflação cada vez mais ancorados com os objetivos do Banco Central tem sinalizado uma possível melhora do cenário interno, acentuando-se a partir do segundo semestre. Um bom indicador de demanda interna do segmento de papel são as vendas de papelão ondulado, disponibilizadas pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). Em março, as expedições brasileiras de caixas, acessórios e chapas de papelão subiram 7,07% em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 292,15 mil toneladas. Comparada às vendas de fevereiro, a expansão chegou a 15,79%. Desse modo, as vendas de papelão acumulam alta de 5,23% nesse primeiro trimestre e a associação projeta que a expansão em 2017 ficará entre 1,5% e 2,0%. Ibá já mostra recuperação na demanda doméstica: Dados preliminares da Ibá sinalizaram o avanço de 0,7% na produção brasileira de papel em março, em relação ao mesmo período do ano anterior, somando 448 mil toneladas. Em fevereiro, na mesma base de comparação, a demanda interna esteve estável. No acumulado de 2017 as vendas domésticas ainda acumulam queda de 3,0% (A/A), totalizando 1,273 mil toneladas. Para os dados de março, a contribuição positiva partiu do avanço de 2,7% (A/A) das vendas de embalagem, as quais respondem por aproximadamente 34% da produção. No ano essa linha ainda registra queda de 1,4%, somando 431 mil toneladas. Exportações de papel seguem impulsionadas por LatAm e China: As exportações de papel registraram avanço de 5,0% (A/A) em março, somando 209 mil toneladas. Nos três primeiros meses do ano as exportações acumulam alta de 5,6% num total de 544 mil toneladas. Os destaques partiram das exportações de embalagens e imprimir e escrever, que acumulam altas de 4,9% e 7,2% no acumulado do ano, respectivamente. O segmento de papel que representou aproximadamente 24% do total das exportações acumulando queda de 0,2% somando US$ 464 milhões FOB. As exportações brasileiras de papel têm como principal destino a América Latina, que nos três primeiros meses ano somaram US$ 295 milhões FOB, sendo 17,5% superior ao apresentado no mesmo período do ano anterior. No período, a América Latina representou aproximadamente 63,5% do total exportado. No entanto, a China tem sido outro destino que tem ganhado relevância nas exportações brasileiras de papel. De janeiro a março deste ano foram exportados US$ 35 milhões FOB (7,5% do total) para o país, ainda pouco relevante percentualmente, porém segue em ascensão. No mesmo período de comparação houve um aumento de 52,2% das exportações para a China, em comparação aos três primeiros meses de 2016. Página 4

China Importação Papel Cartão (mil ton) 470 420 370 320 270 220 170 120 Perspectivas No segmento de celulose para o segundo semestre, enxergamos que a entrada de novas capacidades como Horizonte 2 da Fibria, voltarão a pressionar os preços da celulose, que se apoiaram nos bons fundamentos de mercado para justificar as implementações de preços. No segmento de papel, a retomada de fôlego da economia doméstica pode impulsionar as vendas, assim como tem mostrado os dados da ABPO. Outro ponto que tem ganhando relevância é a demanda chinesa por esse tipo de produto. Desse modo, seguimos mais aderentes aos papéis da Klabin (KLBN11), que majoritariamente está voltada para a produção de papéis - também contando com a produção de celulose oriunda da unidade Puma -, que são destinados ao mercado interno, LatAm e China. A Klabin possui um valor de mercado de R$ 16,2 bilhões e suas units acumulam queda de 9,1% nesse ano. Cotação Retorno (%) Valor de Merc. EV Dívida Líquida Nome Código (R$) Mês 2017 UDM (R$ mi) (R$ mi) (R$ mi) Fibria FIBR3 28,49-5,79-10,66-4,40 15.761 27.596 11.766 Klabin S/A KLBN11 15,91 4,01-9,06-5,49 16.225 27.604 11.379 Suzano Papel SUZB5 12,85-5,35-7,08-2,41 13.985 23.732 9.747 Ibovespa IBOV 64.862-1,38 7,7 23,42 - - - Fonte: Economatica - Cotação - 04/05/2017 Página 5

Marcados de : Mercado Nacional de Celulose mil/ton Celulose mar/16 fev/17 mar/17 M/M A/A Produção 1.470 1.370 1.616 18,0% 9,9% Exportações 906 915 1.002 9,5% 10,6% Importações 36 22 16-27,3% -55,6% Consumo Aparente 477 630 32,1% 5,0% Fonte: Ibá Mercado Nacional de Papel mil/ton Papel mar/16 fev/17 mar/17 M/M A/A Produção 880 831 891 7,2% 1,3% Vendas Domésticas (a) 445 422 448 6,2% 0,7% Exportações (b) 199 163 209 28,2% 5,0% Total (a+b) 644 585 657 12,3% 2,0% Importações 61 45 62 37,8% 1,6% Consumo Aparente 742 713 744 4,3% 0,3% Fonte: Ibá Mercado Global - Celulose Preços Celulose 02/mai 1Sem. 2Sem. USD/ton 4Sem. 12Sem. PIX Pulp NBSK Europa 845 0,62% 0,33% 1,60% 2,47% PIX Pulp BHKP Europa 762 1,34% 1,89% 4,18% 9,68% PIX Pulp BHKP China 621 1,67% 1,63% 2,40% 6,55% Mercado Global - Papel Preços Papel 02/mai 1Sem. 2Sem. EUR/ton 4Sem. 12Sem. PIX Paper Newsprint 430-0,11% 0,26% 0,27% 0,37% PIX Paper Coated Woodfree 630-0,05% 0,23% 0,33% -1,75% PIX Paper A4 B 806-0,33% 0,29% 0,27% -0,36% PIX Packaging Kraftliner 0,22% 0,62% 4,45% 3,92% PIX Packaging Testliner 494 0,49% 1,12% 2,99% 8,96% Página 6

China - Celulose Fibra Curta (BHKP) Europa - Celulose Fibra Longa (NBSK) 2 2 2400 2200 1 900 850 750 700 650 550 500 450 400 1 900 850 750 700 650 550 500 450 400 China - BRL/ton China - USD/ton Europa - USD/ton Europa - EUR/ton Estoque Mundial de Celulose (em dias) 45 40 35 35 30 25 20 2 2 2400 2200 1 China - Celulose Fibra Curta (BHKP) 900 850 750 700 650 550 500 450 400 China - BRL/ton China - USD/ton Dias Média Histórica China Importação de Celulose (mil ton) 2400 2200 200 150 100 Spread - Fibra Curta x Longa - Europa 1 50 0-50 -100-150 Europa - Spread Fibra Curta e Longa Importação Página 7

Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Karolina Sartin Borges kborges@plannercorretora.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas às mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião (ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 8