ESTABELECIMENTO DE LIMITES DE VIBRAÇÃO EM GRUPOS DIESEL-GERADORES



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Transcrição:

ESTABELECIMENTO DE LIMITES DE VIBRAÇÃO EM GRUPOS DIESEL-GERADORES Erb Ferreira Lins Manoe José dos Santos Sena Mauro Guerreiro Veoso José Américo Braga Dutra Universidade Federa do Pará, Centro Tecnoógico, Departamento de Engenharia Mecânica, 66000-000, Beém, PA, Brasi. E-mai: me@amazon.com.br, Erb@ufpa.br Resumo O sistema de geração de energia termeétrica, baseado em unidades diese-geradores, é bastante difundido na Região Amazônica, principamente em áreas de difíci acesso ou ainda não abastecidas pea maha energética proveniente das grandes usinas hidreétricas. O fornecimento ininterrupto de energia é o principa objetivo das termeétricas, principamente quando ta sistema abastece regiões economicamente importantes. Assim, o programa de manutenção das usinas deve ser responsáve por manter os equipamentos em condições operacionais satisfatórias o maior período possíve, evitando fahas inesperadas e aumentando os intervaos de intervenção no sistema. Neste trabaho, será apresentado um esquema para estabeecer imites de vibração em grupos diese-geradores com objetivo de diagnosticar possíveis fahas. O programa é fundamentado na anáise dos vaores gobais de vibração utiizando métodos estatísticos e, posteriormente, dos espectros de vibração das máquinas que apresentaram vaores acima dos vaores imites. Também serão apresentados diversos casos históricos que demonstram o sucesso da técnica apicada. Paavras-chave: Vibração, Manutenção Preditiva, Motores Diese, Geradores Eétricos. 1. INTRODUÇÃO O objetivo deste trabaho foi de impantar um programa de manutenção preditiva nas unidades diese-geradoras que compõe as usinas pertencentes a GUASCOR do Brasi LTDA, estabeecidas no estado do Pará, com o propósito de reduzir a incidência de fahas inesperadas nessas unidades geradoras, e consequentemente aumentar a confiabiidade do sistema e a redução dos custos operacionais. Iniciamente, foram feitas medições em pontos previamente estabeecidos de acordo com a norma ISO 10816-6, recomendações técnicas de outros fabricantes como Caterpiar e GM, assim como soicitações dos engenheiros da GUASCOR. Deste modo, o projeto impantado pretende através de medições periódicas com intervaos definidos e de acordo com a curva de tendência do níve de ampitude goba estabeecido versus tempo (que será traçada no decorrer das medições) auxiiar a manutenção de forma a evitar fahas entre os intervaos de manutenção preventiva, e possibiitar maior conhecimento das máquinas e até propor mudanças, com segurança, nos intervaos de manutenção preventiva.

2. PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO Para assegurar a uniformidade das medições de ta forma que possibiite a comparação das medições reaizadas entre máquinas semehantes, foi estabeecida uma padronização quanto as posições e direções de tomadas de medição. A figura 1 mostra, de forma resumida, o croqui e a ocaização de cada ponto sobre o gerador e motor, os quais são descritos a seguir. Aém disso as medições subsequentes devem ser efetuadas com as máquinas nas mesmas condições operacionais das medições anteriores. Figura 1. Locaização dos pontos de medição no conjunto Diese-Gerador. No gerador: Ponto 1 nas direções horizonta (H), vertica (V) e axia (A), medidas tomadas em veocidade (V) mm/s pico, sendo que no ponto 1 horizonta (H), também foi feita medição em enveope (E) de aceeração G s. No ponto 2 horizonta (H) foi feita somente medição em enveope (E) G s. No acopamento: Foram medidos os pontos P3, P4, P5 e P6 na direção axia (A) defasados 90 º no sentido dos ponteiros do reógio, começando peo ponto 3, ado superior do acopamento, as medições foram feitas em mm/s pico. No motor: pontos P8, P9 e P10 do ado direito do motor e pontos P13, P14 e P15 no ado esquerdo do motor, na inha de centro do virabrequim e próximos aos mancais principais sobre a carcaça do motor. As medições foram feitas em mm/s pico, a referência é ohando do gerador para o motor. As caixas de engrenagem foram denominadas de caixas 1 direita e esquerda (próxima ao gerador), caixa 2 direita e esquerda (próxima a bomba d'água), as medidas foram feitas em enveope de aceeração em G s. Logo os pontos P7 e P11 foram medidos no ado direito do motor e os pontos P12 e P16 foram medidos no ado esquerdo do motor, a referência também é a máquina sendo observada do gerador para o motor Foram ainda monitorados os pontos sobre os cabeçotes dos motores sendo as medições reaizadas em enveope (E) de aceeração G s. 3. DISCUSSÃO E RESULTADOS Como critério de avaiação da condição de operação da máquina, foram comparados os níveis gobais para cada equipamento com os vaores imites avaiados para cada ponto de medição nas diversas máquinas, descartando-se do cácuo do vaor os pontos de medição que apresentaram vaores superior aos observados em outras máquinas

Para os geradores, foram reaizadas medições com o equipamento com e sem carga, tendo o propósito de distinguir os probemas eétricos dos mecânicos. A cassificação do grau de severidade é reaizada evando em consideração níveis gobais de veocidade avaiados para uma faixa de freqüência de 2,0 a 1000 Hz, e o vaor médio cacuado para cada ponto equivaente, não contabiizando para efeito de cácuo os vaores atípicos Anaisando os resutados das medições descritos nas tabeas dos níveis gobais de vibração constatou-se que aguns equipamentos e auxiiares apresentam níveis gobais de veocidade e enveope muito acima dos vaores imites avaiados. Assim, para identificar a origem do probema, nesses equipamentos, foi necessário uma anáise do espectro ampitude x freqüência, no qua podem ser identificadas as freqüências correspondentes às ampitudes mais significativas, as quais estão associadas aos diversos componentes A fim de auxiiar na identificação das fontes de vibração e deste modo reaizar um diagnóstico preciso são apresentados a seguir as freqüências significativas de cada equipamento que compõe a unidade geradora Tabea 1. Freqüência significativas para um grupo Diese-Gerador. Motor Diese Gerador Eétrico Freqüência [Hz] 15 30 45 60 90 Origem Freqüência de queima. A ampitude depende da rigidez do motor, da rigidez torsiona da árvore de maniveas, posição dos ciindros, pressão de compressão. Inércia do motor, desbaanceamento. A ampitude aumenta com a rotação do motor. Todas as freqüências de ordem 1/2 são devidas à freqüência de queima Desbaanceamento rotativo, inércia. As forças de inércia (e consequentemente a ampitude) crescem com a rotação Queima, inércia. A ampitude aumenta com a rotação. Harmônicas [Hz] 30, 45, 60, 75, 90, 105, 120, 135, 150 15, 60, 90, 120, 150 15, 90, 135, 180 15, 30, 120, 180 15, 45, 180 120 Vibrações devido ao torque na árvore de maniveas 15, 30, 60 135 Vibrações devido ao torque na árvore de maniveas 15, 45 150 Inércia e torque 15, 30 Freqüência de rotação do gerador, desbaanceamento 30 mecânico, forças de precessão devido ao 60, 90, 120 desainhamento entre rotor e estator 60 120 Freqüência de aimentação da rede, Forças magnetomotrizes do estator A força magnetomotriz do rotor é um caso especia apresentando-se na freqüência mínima igua ao tripo da freqüência de aimentação 30, 120, 180, 240 180, 240, 300, 360 Os resutados obtidos mostram que as freqüências de excitação mais importantes para os motores de combustão interna estão na faixa de 2 a 300 Hz, todavia, os motores incuem diversos equipamentos auxiiares (bombas d'água, caixa de engrenagens etc.), o que impica em uma faixa de anáise de 2 a 1000 Hz necessária para identificar probemas nesses equipamentos.

Nos espectros de ampitude x veocidade são descritos na egenda o níve de vibração do ponto em anáise, a freqüência e a ordem do mesmo. A ordem fundamenta é a do motor com rotação de 30 Hz (1800 rpm), que é apresentada em todos os espectros mostrados. 4. ANÁLISE ESTATÍSTICA É possíve através da anáise estatística encontrar um vaor para o imite do sintoma vibração através de dados coetados de várias máquinas. Pode-se escrever a expressão de Neuman-Pearson que estabeece o vaor imite do sintoma, sob a forma g s A = P p( s) ds A probabiidade de execução de reparo desnecessário depende do níve da faha ou da probabiidade de condições defeituosas para um dado grupo de máquinas, A = K. Pf = K(1 Pg ) onde K é o coeficiente de segurança ou de reserva, que pode ser tomado entre 1 e 3 para fahas comuns e entre 3 e 10 para fahas com conseqüências graves. Caso se tenha a densidade da probabiidade do sintoma S para máquinas em condições satisfatórias de operação, p (S), pode-se verificar concomitantemente a distribuição dos parâmetros, com o vaor médio do sintoma. (1) (2) S = S. p( S). ds e seu desvio padrão (3) 2 [ ( S S ). p( S). ds] 1/ 2 σ s = Quando o vaor de p(s) não é conhecido pode-se cacuar seus parâmetros a partir de dados obtidos num grupo quaquer de máquinas ou numa popuação arbitrária como, por exempo, através das expressões: (4) S = 1 N N 1 S n (5) σ s N 1 = ( S n S) N 1 2 1/ 2 Conhecendo os vaores acima é possíve avaiar o vaor imite do sintoma vibro-acústico S devendo ser usados apenas os parâmetros que são finitos e representativos da situação rea do grupo de máquinas em consideração. Para isto, tome-se a expressão (1) e cooque-a na forma (6) P g = p( S) ds = Pg. p( S S ) = A S (7)

Ta integra significa a probabiidade do vaor de S exceder S. Esta probabiidade residua pode ser cacuada perfeitamente pea expressão de Chebyshev ou pea sua útima estimativa em consideração, pode-se escrever: p( S S ) S S substituindo este vaor na expressão (2) tem-se (8) S P g S A Pg S S. A Pg = K. P f Considerando a expressão de Chebyschev e supondo que os parâmetros de probabiidade de distribuição não variam quando as variáveis estão centradas, que é semehante a um desocamento da origem, pode-se escrever (9) P( S S S S S S > 0 > 0 ) = P( S S S S ) (10) Substituindo-se a distância S S peo desvio padrão σ s e tomando-se um número arbitrário Z cacua-se, de conformidade com a expressão de Chebyshev 1 P( S S Zσ S ) 2Z 2 Utiizando ta vaor na expressão de Neuman-Pearson, obtém-se S S σ s P g 2. A Para a equação (12) tem-se que S = vaor imite S = vaor médio σ s =desvio padrão P g = níve do desempenho (11) (12) 5. ESTUDO DE CASOS A anáise dos vaores gobais de vibração foi feita através das tabeas, em que podem ser vistos os vaores das medições para os geradores sem carga e com carga e o resutado do vaor imite estabeecido pea equação (12) para cada ponto da unidade geradora. Aguns estudos de caso para os geradores são mostrado a seguir. No primeiro caso, a identificação de um possíve defeito teve início com a anáise dos vaores gobais de vibração de diversos pontos no equipamento, através da comparação com os vaores imites encontrados. Na tabea 2 pode ser visuaizados esses dados.

Tabea 2. Níveis gobais de vibração em um dos geradores MEDIÇÕES SOBRE O GERADOR PONTO G1- S.E. G2- S.E. G3- S.E. G4- S.E. LIMITE S.E. G1 G2 G3 G4 LIMITE P1HV mm/s 17,4 12,4 8,4 8 10,06 17,3 17 16,4 10,6 13,16 P1VV mm/s 13 13,8 5,6 5,9 11,15 19,9 14,1 10,2 9,1 13,60 P1AV mm/s 6,2 8,3 4,9 6,7 6,90 9 12,2 8,9 10,5 10,89 P1HE G's 19,1 19 10,6 14,7 23,11 30,5 23,7 17,9 16,7 30,55 P2HE G's 76,7 52,5 30,9 40,1 59,32 86,2 53,2 75,6 74,4 82,80 Na figura 3 é apresentado o espectro ampitude x freqüência de um segundo gerador que possuía níve goba na direção vertica de 19,2 mm/s, cujo espectro ampitude x freqüência apresenta ampitude significativa na freqüência de 120 Hz, que corresponde a 2 vezes a freqüência de aimentação (60Hz) e harmônicas, que pode ser decorrente de um desequiíbrio na força eetromagnética ou decorrente da infuência do desbaanceamento mecânico sobre as partes eétricas. Observa-se no espectro a dupicação da ampitude de vibração na freqüência igua a 2 vezes a freqüência da rede eétrica quando da apicação da carga. Como pode ser notado na egenda todos os harmônicos também aumentam de maneira significativa. Figura 2. Espectro de um gerador que apresenta probemas de origem eetromagnética Durante a anáise de vibração nos cabeçotes constatou-se que o níve goba de vibração de agumas máquinas estava muito acima dos níve máximo avaiado. O espectrograma desses pontos apresentou atas ampitudes de vibração, quando comparado com máquinas em perfeito estado de funcionamento, principamente na faixa de freqüência de 15 Hz e harmônicos, indicando probemas de combustão. O espectro de duas máquinas que apresentaram essa anormaidade são apresentados a seguir, bem como a tabea de níveis gobais de vibração que indicou ta anomaia.

Tabea 3. Níveis gobais de vibração para os cabeçotes de 3 motores. Nota-se a discrepância observada entre o níveis da máquina 2 e 1. MEDIÇÕES SOBRE O CABEÇOTE Ponto UNID M1 M2 M3 LIMITE C1VE G's 56,3 100,5 97,3 116,70 C2VE G's 65,2 162,2 83,3 139,38 C3VE G's 69,9 107,8 136,2 118,87 C4VE G's 56,4 142,7 143,7 128,86 C5VE G's 66,2 122,9 118,5 126,37 C6VE G's 37,8 78,2 128,5 130,73 C7VE G's 65,7 153 182,7 136,31 C8VE G's 40,2 73,8 103,1 128,05 C9VE G's 54,1 147,9 83,9 117,59 C10VE G's 76,6 103,4 128,4 134,49 Na averiguação desses cabeçotes, constatou-se que apresentavam probemas diversos como bicos descaibrados, vávuas e câmara de combustão carbonizadas e, num caso extremo, a cabeça de uma das vávuas entrou em contato direto com a parte superior do êmboo, marcando-o. Figura 3. Espectro de vibração em um cabeçote que apresenta probemas de combustão, ressatando a presença dos harmônicos da freqüência fundamenta de 15 Hz. Encontraram-se anomaias no vaor goba de vibração no ponto 11 da caixa de engrenagens numa determinada máquina, cujo vaores gobais estão discriminados na tabea abaixo. Tabea 4. Vaores gobais de vibração de quatro pontos sobre a caixa de engrenagens. MEDIÇÕES SOBRE AS CAIXAS DE ENGRENAGEM Ponto UNID M1 M2 M3 M4 M5 M6 P7CX1DE G's 181,3 120,8 174,3 250,3 215,4 155,3 P16CX1EE G's 164,4 168 148,3 174,4 148,1 91,9 P11CX2DE G's 194,6 89,7 104 234,1 162,2 134,5 P12CX2EE G's 174,6 159,6 91,5 247,6 94,3 175,9 LIMITE 212,10 177,11 207,74 191,09

Procedendo-se a anáise do espectro correspondente verificou-se que apresentava ato índice de vibração, com ampitude significativa, na freqüência de 15 Hz, conforme mostrado na figura à seguir. Figura 4. Espectro de uma caixa de engrenagens defeituosa Foi sugerida à equipe de manutenção a abertura da caixa para averiguação da causa da anomaia, na qua foi constatado que havia um probema quanto a fixação da engrenagem intermediária à caixa, visto que os parafusos de fixação estavam fogados e um dees fraturado. Se a operação da máquina tivesse continuado até o desprendimento tota dos parafusos, os danos seriam consideráveis haja vista a veocidade de rotação do conjunto de engrenagens. 6. CONCLUSÃO A anáise de vibração empregada ao conjunto de unidades diese-geradoras da GUASCOR LTDA provou ser de grande vaia, permitindo um mehor conhecimento dos equipamentos utiizados. Os resutados mostrados demonstram que a anáise de vibração, aiada ao conhecimento do comportamento dinâmico dos equipamentos sob avaiação, é uma ferramenta de baixo custo e grande precisão para a avaiação do estado desses equipamentos. Os defeitos encontrados, se não detectados à tempo poderiam ter aceerado a depreciação das máquinas, aumentando de maneira significativa os custos de operação e manutenção. O número de amostras razoáve permitiu o estabeecimento de imites de vibração que agiizou consideravemente o processo de anáise. Apesar dos importantes resutados demonstrados da apicação da técnica, uma estimativa mais exata do estado de conservação das unidades diese-geradoras ainda está para ser executada: quando um conjunto de diversas medições ao ongo do tempo for estabeecido será possíve traçar o gráfico de tendência dos equipamentos, estimando a vida úti ainda restante. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Wowk, V., 1991, Machinery Vibrations, Ed. McGraw Hi, New York, United States, 358p. Bigret R., Féron, J. L., 1995, Diagnostic - Maintenance Disponibiité des Machines Tournantes, Tese de Doutorado, Ed. Masson, Paris, France, 468p. Arquès, P., 1996, Diagnostic Prédictif De L'état Des Machines, Paris, France, 265p. Nepomuceno, L. X., 1985, Manutenção preditiva em instaações industriais, Ed. Edgard Bücher, São Pauo, Brasi, 521p.