PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Paula Freire 2012
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO Prerrogativas e instrumentos. Finalidade: interesse público primário. Se manifestam nos atos administrativos. São: Poder de Polícia; Poder regulamentar (normativo {MS}); Poder Hierárquico; Poder Disciplinar e Poder Discricionário e Vinculado. Os 2 últimos não são propriamente um poder. O ato é discricionário ou vinculado e sim o ato. Poder vinculado: se manifesta nos atos vinculados. Poder discricionário: se manifesta nos atos discricionários.
PODERES... ATOS ADMINISTRATIVOS... Ato vinculado: à adm se atém à verificação do preenchimento de requisitos legais. Não cabe juízo de conveniência e oportunidade. Ex: alvará de licença para construir. Manifestação do poder vinculado. Ato discricionário: a adm pública tem margem para julgar o mérito administrativo. A lei confere ao administrador a possibilidade de apreciar o juízo de oportunidade e conveniência, para a prática do ato. Mérito administrativo: juízo de oportunidade e conveniência para tomar a decisão de praticar ou não o ato administrativo.
DISCRICIONARIEDADE Lei 8.429/92 (improbidade), art. 12 estabelece um rol de penalidades ao agente improbo e prevê a aplicação de tantas penalidades quantas forem necessárias para sancionar a conduta, de acordo com sua gravidade. Então, a lei confere ao administrador a escolha dessas penalidades. Conceitos vagos ou indeterminados, como falta grave ou conduta escandalosa. Cabível o julgamento do mérito administrativo.
PODER HIERÁRQUICO E DISCIPLINAR: Poder do hierarca (BM). Poder hierárquico: Identifica os entes da administração competentes para exercer determinados atos que subordinam outros entes. Poder disciplinar: poder de aplicar sanções a agentes subordinados que cometeram infração, desrespeitando o poder hierárquico. Decorre do poder hierárquico. É discricionário, pois o administrador escolhe o tipo de punição. É um poder-dever, irrenunciável. Princípio da verdade sabida. Não é mais cabível por ausência de contraditório e ampla defesa.
PODER REGULAMENTAR: Poder da administração de regulamentar, balizar determinadas leis, para dar-lhes efetividade. Ex: normas penais em branco que são complementadas por regulamentos administrativos, como a lei de drogas, decretos executivos. As leis podem ser balizadas não apenas por regulamentos, mas também por outros atos que também regulamentam, como decretos, circulares, portarias, editais, instruções, etc. Seria então mais apropriado chamar-lhes PODER NORMATIVO (MS).
PODER DE POLÍCIA: É o poder que a administração tem de restringir e limitar direitos e liberdades dos particulares. Freia a atuação do particular, em nome do IP. Ex: normas de trânsito: limite de velocidade, ultrapassagem, locais de estacionamento, etc. dissolução de passeatas tumultuosas, apreensão de mercadorias (alimentos e medicamentos) com prazo de validade expirados, proibição de pesca em determinados locais ou épocas do ano, limitação administrativa. Genérica, abstrata. Não há uma relação jurídica constituída.
PODER DE POLÍCIA: Supremacia geral. É genérica. Sujeitos indeterminados. Não é supremacia especial. BM e MS: o poder de polícia fundamenta todas as formas de intervenção na propriedade. Exceto na desapropriação. HL: o poder de polícia somente fundamenta a limitação administrativa. É mais restrito. Conceito negativo, abstenção. Compatibilização de interesses privado e público: Busca o bem-estar social.
PODERES E SUAS RESTRIÇÕES: Subordinam-se ao princípio da legalidade. Deve ser exercido nos limites da competência. Juízo de razoabilidade e proporcionalidade. Essas restrições existem para evitar abuso desses poderes e desvio de finalidade. O motivo do ato tem que ser o interesse público e não motivação pessoal.