UTILIZAÇÃO DO ML FLOW PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO SUL. UM ESTUDO DE CUSTO-EFETIVIDADE

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Transcrição:

PPG Saúde Coletiva UNISINOS UTILIZAÇÃO DO ML FLOW PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO SUL. UM ESTUDO DE CUSTO-EFETIVIDADE Marlisa Siega Freitas Nêmora Tregnago Barcellos

Introdução A Hanseníase é uma doença sistêmica e infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae que acomete pele e nervos periféricos de membros superiores e inferiores face. 244.796 casos novos da doença em 141 países no mundo, em 2009, segundo OMS. O Brasil é o segundo país no nº de casos. A maioria concentrada nas regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste. Queda da doença de 79.833 casos novos em 2000 para 38.179 em 2009, no Brasil.

Introdução No Rio Grande do Sul, 241 casos novos em 2004 (incidência de 2,3), 248 em 2005 (incidência de 2,2) e 193 em 2006 com incidência de apenas 1,7. Em 1995, o RS foi o primeiro Estado brasileiro a atingir a meta de eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública o que significa, menos de um doente/10.000 habitantes. Em 2009, 44,9% dos diagnósticos foram com grau 1 de incapacidades físicas e 8,2% grau 2.

Justificativa Descentralização da saúde Diagnóstico precoce Precisão na classificação Rastreamento de contatos É necessário desenvolver novas e efetivas intervenções para interromper a transmissão da doença. No RS, apesar de estar controlada, considerando os dados do MS, ainda causa sérios problemas físicos aos indivíduos acometidos, além dos danos sociais frente ao estigma ao longo dos anos.

Objetivos O presente estudo pretende analisar o desempenho do teste ML Flow no diagnóstico precoce e rastreamento da Hanseníase comparando os custos nos resultados da avaliação clínica, baciloscopia e do ML Flow (teste rápido). Orientar os gestores na decisão sobre a implantação do método em serviços de Hanseníase no RS e no Brasil.

Métodos Amostra 32 pacientes novos ou com até a segunda dose supervisionada 62 contatos intradomiciliares Local Ambulatório de Dermatologia Sanitária Diagnóstico Consulta clínica, Baciloscopia e ML Flow Dados demográficos Sistema Nacional de Notificação de Agravos Custos Diagnóstico e Tratamento da Hanseníase Análise dos dados SPSS 19. Significância estatística para as variáveis analisadas p 0,05.

Baciloscopia e teste rápido Características e Procedimentos Baciloscopia Teste rápido Equipamentos Microscópio Nenhum Experiência profissional Elevada Mínima Duração do teste 60 min 20 min Subjetividade do teste Alta Baixa Custo p/teste R$ 1,28 R$ 11,05 Quantificação do índice Sim Sim Classificação morfológica Sim Não Temporalidade Não no dia No dia/consulta Coleta Mais invasivo Menos invasivo

Custo por tempo despendido Profissional Salário (R$)/ 30h semanais Tempo despendido/ paciente Custo(R$) Horas mês/ tempo Dermatologista 6.219,08 40 min 31,41 Enfermeiro 4.841,99 30 min 18,34 Auxiliar de enfermagem 1.635,35 20 min 4,13 Bioquímico 4.841,99 45 min 27,51 Total 81,39

Custos baciloscopia Insumos p/ Baciloscopia Custos (R$) Unitário (R$) Lâminas de vidro 50 un 15,00 0,30 Lâminas bisturi nº 15 100 un 30,00 0,30 Curativos redondos 100 un 2,25 0,0225 Óleo mineral 100 ml 19,60 0,098 Azul de metileno 1000 ml 29,00 0,145 Fucsina fenicada 1000 ml 15,50 0,0775 Álcool ácido 1% 1000 ml 10,00 0,100 Álcool 70º 1000 ml 4,00 0,008 Algodão 500g 14,00 0,028 Luvas p/procedimento 100 un 20,00 0,20 TOTAL 1,279

Insumos para ML Flow Custos ML Flow Custos (R$) Unitário (R$) Kit com 25 testes 250,00 10,00 Tubos p/coleta vácuo siliconizado 100 un 44,00 0,44 Agulhas p/coleta vácuo 100 un 32,00 0,32 Algodão 500g 14,00 0,028 Álcool 70º 1000 ml 4,00 0,008 Micropipeta 5 µl 45,00 0,045 Ponteiras 200 ul 1000 un 6,20 0,0062 Luvas p/procedimento 100 un 20,00 0,20 TOTAL 11,0472

Resultados (N=32) Sexo Feminino 20 62,5% Masculino 12 37,5% Faixa etária < 30 2 6,3% (anos) 31 a 45 10 31,3% 46 a 60 12 37,4% > 60 8 25,0% Município de origem Porto Alegre 4 12,5% Reg Metropolitana 16 50,0% Interior do Estado 12 37,5%

Resultados (N=32) Nº de lesões a 5 4 14,3% + de 5 28 85,7% Classificação operacional Paucibacilar 4 12,5% Multibacilar 28 87,5% Baciloscopia Negativo 17 53,1% Positivo 15 46,9% ML Flow Negativo 13 40,6% Positivo 19 59,4%

Resultados de custos Diagnóstico Multibacilar 12 meses(r$) Diagnóstico Paucibacilar 6 meses(r$) Multi/ Pauci (R$) Tratamento/ Medicamentos 43,92 6,84 37,08 Baciloscopia 2,558 1,279 1,279 ML Flow 22,0944 11,0472 11,0472 Consulta/Tratamento/ Profissionais 504,90 304,14 200,76 Total 573,4724 323,3062 250,1662

Resultados Contatos intradomiciliares (N=62) Sexo Feminino 35 56,5% Masculino 27 43,5% Idade (anos) Média 39 (24 a 54) ML Flow Negativo 54 87,1% Positivo 8 12,9%

Conclusões O ML Flow apresentou uma sensibilidade maior, diagnosticando 12,5% a mais de casos positivos do que a baciloscopia. Observou-se uma economia de R$ 250,16 para o diagnóstico e tratamento individual se os pacientes forem diagnosticados precocemente. Neste sentido o ML Flow apresenta maior efetividade do que a baciloscopia no diagnóstico precoce e categorização de casos.

Conclusões Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento melhor é a perspectiva de cura, menor o grau de incapacidades físicas e maior a chance de eliminar a cadeia de transmissão diminuindo os custos do tratamento. Os contatos intradomiciliares positivos para o ML Flow devem ser acompanhados mais frequentemente.

Referências BÜHRER-SÉKULA, Samira. et al. Simple and fast lateral flow test for classification of leprosy patients and identification of contacts with high risk of developing leprosy. Journal Clinical Microbiology, v. 41, n. 5, p. 1991-5, May 2003. BÜHRER-SÉKULA, Samira et al. The ML flow test as a point of care test for leprosy control programmes: potential effects on classification of leprosy patients. Leprosy Review, v. 78, n. 1, p. 70-9, Mar 2007. CARDONA-CASTRO, N.; BELTRÁN-ALZATE, J. C.; ROMERO-MONTOYA, M.Clinical, bacteriological and immunological follow-up of household contacts of leprosy patients from a postelimination area. Memorial do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104(6) p. 935-936, Sept 2009. RIDLEY, D. S. E e JOPLING W. H. Classification of Leprosy according to immunity: a fivegroup system. International Journal Leprosy Other Mycobacterial Disease v. 34, p. 255-273, 1966. TEIXEIRA, A. C. et al. Evaluation of the agreement between clinical and laboratorial exams in the diagnosis of leprosy. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. n. 41, Suplemento II, p. 48-55, 2008. World Health Organization, v. 85, 35 (pp 337 348), 27 Aug 2010. Disponível em: < http://www.who.int/wer/en/ > Acesso em: 16 de dezembro de 2010.