AO MAPA. Ministério da Agricultura Pecuária e abastecimento Dossiê com objetivo de redução do nível de proteína bruta do subproduto, Quirera de arroz.

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Transcrição:

2014 AO MAPA Ministério da Agricultura Pecuária e abastecimento Dossiê com objetivo de redução do nível de proteína bruta do subproduto, Quirera de arroz. Estudo dirigido por: Engenheiro Agrônomo Leonardo Bonifácio Cardoso e por Vicente de Paula Lopes Sindicato dos beneficiadores de Arroz do Estado do Tocantins. 12/02/2014

1) Apresentação: O presente trabalho vem para demostrar que para a realidade das regiões produtoras do Estado do Tocantins, existem variáveis nos teores de proteína bruta entre matérias-primas (grãos de arroz), valores estes que podem variar conforme análises feitas em laboratórios do subproduto quirera de arroz. Estes valores podem ser levados em consideração, visto que, para chegar até este subproduto o grão de arroz sofre apenas a quebra natural, sem interferência ou manipulação do ser humano, uma vez que somente o maquinário age sobre a matéria prima. 2) Objetivo: Este Dossiê tem o objetivo de demonstrar, através de análises laboratoriais, realizadas por alguns laboratórios, e em especial a ENCAL Empresa Nacional de Classificação e Análise Ltda - credenciada no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, que, parâmetros hoje em vigor e cobrados de proteína bruta durante as visitas de rotina do MAPA nas indústrias beneficiadoras de arroz do Estado do Tocantins, padrão (80 g/kg) não condizem com a realidade, sendo que, em amostras coletadas em algumas beneficiadoras, esse valor deu desvio de até 18,86% a menos, gerando notificações e multas paras empresas em alguns casos por não conseguirem atender a este parâmetro. 3) Introdução: Na estrutura deste documento serão relatados as fiscalizações realizadas, com seus respectivos termos e multas, os níveis de garantia atualmente aplicados, argumentações relativas à redução no valor, a pretensão a se chegar a valores de proteína bruta, os valores obtidos em análises laboratoriais de 8 Indústrias Beneficiadoras de Arroz, cuja amostras foram coletadas no mês de Janeiro de 2014, e os seus resultados (em anexo) como efeito de comprovação do presente estudo. 4) Desenvolvimento: 4.1)Empresas envolvidas, termos de notificação e seus desvios: - Elizabete Gross Hendgs ME, CNPJ: 02.501.726/0001-99, com endereço à Rua 12 B, N 1089, Setor Planalto, Guaraí To, Termo de notificação N - 20036-21252-2/2013, apontando desvio para menos de 18,13% no teor de Proteína Bruta Página 1

- Ferreira e Cunha Ltda, CNPJ: 36.840.809/0001-79, com endereço à Al 08, S/n, Lt 17 A, Qd 412 Norte, Plano Diretor Norte, Palmas -To, Termo de notificação de N 20036-21259-2/2013, desvio para menos de 17,75% no teor de Proteína Bruta. - Cerealista Santa Fé Ltda, CNPJ: 35.597.457/0001-35, com endereço à Qd 912 Sul, Al 15, S/N, QI. G, Lt 11, Setor Industrial, município de Palmas - To, julgamento e Termo de notificação N - 20036-21255-2/2013, desvio para menos de 18,86% no teor de Proteína Bruta. 4.2) Níveis de garantia atualmente aplicados para Quirera de arroz: Discriminação Valor por kg de produto Unidade Aflotoxinas (max) 20 PPB Fibra bruta (max) 10 g/kg Material mineral (max) 15 g/kg Proteína bruta (min) 80 g/kg Umidade (máx) 120 g/kg 4.3) Argumentos: a) O produto em questão, Quirera de arroz, não sofre nenhum tipo de manipulação/contato, por parte do ser humano. É um subproduto oriundo da quebra natural do grão inteiro de arroz, proveniente do beneficiamento do mesmo, não havendo a menor possibilidade de alterações nos seus níveis de garantia, mantendo-se os níveis originais dos grãos colhidos. b) Seguindo o raciocínio anterior, o Farelo de arroz, também é um subproduto que não sofre nenhum tipo de manipulação, e sim é originário do beneficiamento do grão inteiro do arroz, assim como a Quirera de arroz., Então por que não se rever o conceito inicial da garantia Proteína bruta desse subproduto também, visto que para o farelo, ocorreu a redução dessa garantia de 130 g/kg para 110 g/kg, ficando mais dentro da realidade da região, e evitando consequentemente a repetição continuada de futuros desvios nos níveis de garantia, gerando desconformidades entre análises de amostras coletadas na indústria e o registrado no MAPA. c) As condições climáticas do estado do Tocantins são diferentes de outras regiões do país, sendo que, o teor de Proteína bruta, objeto de avaliação, está intimamente ligado à temperatura e umidade da região, sendo clara a diferença nos níveis de garantia entre o arroz irrigado, de várzeas e de sequeiro, cujos exemplares, durante o beneficiamento não fogem a uma possível mistura residual no sistema de recepção de matéria prima, podendo, assim, alterar a sua composição original. Além das ponderações acima descritas, segue em anexo um LAUDO TÉCNICO SOBRE O CONTEÚDO PROTEICO DE QUIRERA DE ARROZ, para que contribua no discernimento sobre o deferimento do referido tema. Página 2

4.4) Pretensão de redução no teor de Proteína Bruta da Quirera de Arroz: Com base nos certificados emitidos pelos laboratórios constantes no item 6, solicitamos revisão no teor de proteína bruta da Quirera de Arroz, de 8,0%, atualmente em vigor, para no mínimo 6,0%, correspondendo a 60 g/kg nos níveis de garantia registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. 5) Conclusão: Conclui-se que, para evitar injustiças futuras, temos sim que reavaliar o teor, tema desse documento, pois, não é justo exigir do empresário que ele venda um produto garantindo níveis proteico, que não sejam a realidade da sua região, visto que, o produto em questão, como já mencionado anteriormente, não sofre nenhum tipo de contato e/ou manipulação por parte do ser humano, caracterizando portanto a confirmação que o teor de proteína bruta está implícito na natureza da matéria prima. 6) Laboratórios parceiros: - Encal Empresa Nacional de Classificação e Análise Ltda. - UFT Universidade Federal do Tocantins. - EMBRAPA Arroz e Feijão. - Fundação Universidade do Tocantins -Universidade Federal de Pelotas, Laboratório de Pós-colheita, Industrialização e Qualidade de grãos. 7) Anexos: - Termos de fiscalização - Defesas e recursos - Laudos laboratoriais - Laudo técnico sobre o conteúdo proteico de quirera de arroz Palmas, 14 de fevereiro de 2014.. Leonardo Bonifácio Cardoso Eng Agrônomo CREA: 008968-9/D-TO Vicente de Paula Lopes Assessor Técnico - FIETO. Página 3

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