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Transcrição:

ESTUDOS PRELIMINARES DE CORRELAÇÃO E PREVISIBILIDADE DE EVENTOS METEOROLÓGICOS EXTREMOS DEFLAGRADORES DE ACIDENTES DE MOVIMENTOS DE MASSA NA SERRA DO MAR Geól. Agostinho Tadashi Ogura Laboratório de Riscos Ambientais LARA Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas CETAE AGOSTO 2006

Objetivos do Estudo rever alguns acidentes de movimentos de massa de grande repercussão sob a ótica temporal e espacial do evento meteorológico deflagrador; avaliar a previsibilidade, recorrência e condição de excepcionalidade desses eventos meteorológicos; buscar parâmetros de monitoramento desses eventos para fins de alerta e tomada de decisões de caráter de defesa civil.

Casos mais estudados até o momento Caraguatatuba, 1967 Petrópolis, 1988 Refinaria de Cubatão, 1994 Anchieta, 2000

Caraguatatuba, 1967 Tipologia de processos: escorregamentos generalizados corridas de lama (mud and debris flow) enchentes e inundações Dimensão espacial do acidente: regional (120 pessoas mortas/400 casas destruídas) Evento meteorológico deflagrador: verão 1966-67 de contínuas perturbações atmosféricas no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro chuvas da ordem de 900 mm de total mensal, 420 mm de total máximo diário e 535 mm de total do evento deflagrador

Petrópolis, 1988 Tipologia de processos: escorregamentos generalizados corrida de blocos (debris flow) enchentes e inundações Dimensão espacial do acidente: regional (171 mortes na cidade, 1100 moradias interditadas, 5000 desabrigados) Evento meteorológico deflagrador: chuvas não excepcionais da ordem de 145 mm (3 a 4 anos de tempo de recorrência) acumuladas de 2, 3 e 4 dias o tempo de recorrência aumenta (13 a 20 anos)

Refinaria de Cubatão, 1994 Tipologia de processos: escorregamentos generalizados corrida de blocos enchentes e inundações com alta carga de material Dimensão espacial do acidente: local: bacia do rio das Pedras (prejuízos econômicos) Evento meteorológico deflagrador: verão 1994-95 normal chuvas da ordem de 248 mm de total do evento deflagrador sendo 60 mm em 1 hora

Rodovia Anchieta - KM 42, 1999-2000 Tipologia de processos: escorregamento remontante de grande porte avalanche de detritos (blocos de rocha e restos vegetais) Dimensão espacial do acidente: local: bacia do rio Pilões (prejuízos econômicos) Evento meteorológico deflagrador: verão 1999-00 normal evento chuvoso de 3 a 4 dias com total de 230 mm

Caraguatatuba, 1967 Tipologia de processos: escorregamentos generalizados corrida de lama e de blocos de rocha enchentes e inundações

Caraguatatuba, Serra do Mar (SP) - 1967 um dos mais expressivos movimentos de massa registrados no mundo: escorregamentos generalizados nas encostas e processos de corridas de massa nas linhas de drenagem; rio Santo Antônio teve seu leito alargado de 10-20m p/ 60-80 formando depósitos com 4-5m de altura, blocos de 30-100t mobilizados. Chuvas: 586 mm / 48h 945,6 mm / 30 dias (março) (evento de recorrência geológica milenar)

Depósitos de material grosseiro mostrando nítida inversão granulométrica dos materiais Vastas áreas cobertas por deposição de material fino. Pequeno impacto da massa

Caraguatatuba, 1967 Dimensão espacial do acidente: regional Evento meteorológico deflagrador: verão 1966-67 de contínuas perturbações atmosféricas chuvas da ordem de 900 mm de total mensal, 420 mm de total máximo diário e 535 mm de total do evento deflagrador

Caraguatatuba, 1967 Evento meteorológico deflagrador verão 1966-67 de contínuas perturbações atmosféricas: acidente na Serra das Araras (RJ), noite de 22 para 23 de janeiro: escorregamentos e corridas após 4 h de chuvas fortes (225 mm), com ventos violentos, relâmpagos, formação de cumulus nimbus em chaminé, cuja base inferior desembocava sobre a usina da Light;

Caraguatatuba, 1967 Evento meteorológico deflagrador verão 1966-67 de contínuas perturbações atmosféricas: corrida de lama de Caraguatatuba: dia 17 de março a FPA achava-se em dissolução. Jet-stream intensificado (>120km/h ) causa aumento das chuvas. Convecção mecânica do jet, frente inicia ondulação na área. Grande atividade convectiva. Dia 18, 12 h, oclusão com ondulação da frente e baixas pressões. Instabilizações em todos os níveis formando densas camadas de nuvens pesadas e instáveis até grandes altitudes.

Caraguatatuba, 1967 Evento meteorológico deflagrador verão 1966-67 de contínuas perturbações atmosféricas: sistemas variados relacionados às passagens das frentes polares: 7 passagens de FPA em novembro, 7 em dezembro, 6 em janeiro, 5 em fevereiro e 6 em março. Frentes barradas pelas massas tropicais (Ta e Tc) exatamente na altura do litoral São Paulo-Rio. Os festões e reentrâncias das áreas escarpadas acentuam o caráter semi-estacionário das frentes, barrando o seu deslocamento e aumentando as instabilidades.

Etapa b

Petrópolis, SM (RJ) - 1988 Local: Morin - simples escorregamento gerou um debris flow 171 mortes (escorregamentos e corridas), 600 pessoas afetadas e mais de 4000 casas atingidas Causas: fortes chuvas + interferência local

Petrópolis, SM (RJ) - 2001 Acidente ocorreu às 7:00 horas da manhã 3 dias antes havia escorregado área ao lado desta linha principal 7 mortes

Ao longo da estrada Rio - Petrópolis

Refinaria de Cubatão, 1994 Tipologia de processos: escorregamentos generalizados corrida de blocos enchentes e inundações com alta carga de material

Cubatão, SM (SP) - 1985/1994/1996 Área afetada desde a década de 70 A partir de 1985 se intensificaram os estudos para proteção das instalações industriais, ano de intensa movimentação de massa na serra R.P.B.C. Rio Cachoeira (1976) Braço Norte (1976) Córrego das Pedras (1994) Afluente Principal (1996)

Cubatão - 1985

Refinaria de Cubatão, 1994 Dimensão espacial do acidente: local: bacia do rio das Pedras (prejuízos econômicos)

Antes do Evento (1992) Após o Evento (1994)

Refinaria de Cubatão Instalações Atingidas

Refinaria de Cubatão Área de Deposição de Detritos

Refinaria de Cubatão Depósito de Detritos

Refinaria de Cubatão, 1994 Evento meteorológico deflagrador: verão 1994-95 normal chuvas da ordem de mm de total mensal, mm de total máximo diário e 248 mm de total do evento deflagrador sendo 60 mm em 1 hora

PP ~ 248 mm / 24h 60 mm / 1h Intensa erosão das margens Córrego das Pedras Afluente Principal Volume aproximado: 300 000m 3 Material: lama / areia / pedregulhos / blocos de rocha / troncos de árvores Água Velocidade aproximada: 10 m/s

Rodovia Anchieta - KM 42, 1999-2000 Tipologia de processos: escorregamento remontante de grande porte avalanche de detritos a jusante (blocos de rocha e restos vegetais) Dimensão espacial do acidente: local: bacia do rio Pilões (prejuízos econômicos) Evento meteorológico deflagrador: verão 1999-00 normal evento chuvoso deflagrador de 3 a 4 dias com total de cerca de 230 mm e picos de intensidade horária

Via Anchieta, SM (SP) - km 42 slide-debris flow dez/1999 Início do processo ecovias.uol.com.br ecovias.uol.com.br Evolução do escorregamento com intensa mobilização e erosão da encosta ecovias.uol.com.br Dimensões do debris flow acionado por intensas chuvas em dezembro de 1999

Etapa b Evolução remontante do processos de instabilização Escorregamento ocorrido entre os dias 11 e 12 de dezembro de 1999, nas proximidades do km 41 + 700 m da Via Anchieta pista Sul. Notar a distância de cerca de 100 m entre a rodovia e o topo do escorregamento (Fonte: Ecovias). Desenvolvimento do escorregamento ocorrido no dia 23 de dezembro de 1999, em direção ao km 41 + 700 m da Via Anchieta, afetando a pista Sul (Fonte: Ecovias).

PREVISIBILIDADE E RECORRÊNCIA NA SERRA DO MAR HÁ DIFERENTES CENÁRIOS E ELEMENTOS SOB RISCO E DIFERENTES MANIFESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS SOB A ÓTICA TEMPORAL E ESPACIAL. É POSSÍVEL PREVER COM ANTECEDÊNCIA EVENTOS EXTREMOS DE VALORES EXCEPCIONAIS DE CHUVA DE CARÁTER REGIONAL COM TEMPO DE RECORRÊNCIA ALTO COMO O DO VERÃO DE 1966-67? É POSSÍVEL PREVER EVENTOS EXTREMOS LOCALIZADOS COM ALTOS VALORES DE PRECIPITAÇÃO DE CURTA DURAÇÃO E TEMPO DE RECORRÊNCIA BAIXO COMO O DO KM 42 DA VIA ANCHIETA E REFINARIA.

CONSIDERAÇÃO FINAL A evolução e a seqüência dos acontecimentos têm um desenvolvimento que pode apresentar analogias em certos momentos, mas que não se reproduz jamais exatamente nas mesmas condições, ainda que obedeça a uma lógica interna. Esta seqüência é comandada pelo jogo de grupos de forças antagônicas, variáveis no tempo e no espaço, que obrigam a superfície terrestre, a readaptações incessantes, tanto num sentido como no outro. (Tricart, 1965, apud Cruz (1974)).