O Financiamento da Saúde e as Condições de Crescimento do Sector. Oscar Gaspar

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Transcrição:

O Financiamento da Saúde e as Condições de Crescimento do Sector Oscar Gaspar 23.novembro.2016 1

disclaimer Oscar Gaspar é economista, foi assessor económico do Primeiro Ministro entre 2005 e 2009 e Secretário de Estado da Saúde do XVIII Governo Constitucional. De outubro de 2014 a agosto de 2016 foi Director de External Affairs da Merck, Sharp & Dohme. É atualmente Presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) As considerações e análises expressas nesta apresentação correspondem a opinião pessoal do autor e não responsabilizam outrem além do próprio.

Sumário 1 A Saúde no OE 2017 i) A política pública de Saúde ii) O Orçamento do SNS para 2017 2- Ponto de situação financeira SNS i) Histórico Execução ii) Dívidas iii) Comparações internacionais 3 Perspetivas da Despesa em Saúde 4 Problemas do SNS e problemas do sistema de Saúde 5- Como vencer os desafios do futuro i) SNS ii) Operadores Privados da Saúde 3

1 A Saúde no OE2017 Intenção política 4

1 A Saúde no OE2017 Intenção política p. 47 ( ) o défice na ótica da contabilidade pública deverá ser superior ao défice na ótica da contabilidade nacional... Este diferencial é explicado, em grande medida, pelo facto de se proceder à anulação, em contas nacionais, do pagamento de pensões subjacente às transferências de fundos de pensões recebidas em anos anteriores; pelo pagamento de dívidas do SNS de anos anteriores, que contribuirão para a redução dos pagamentos em atraso ( ) Comentário: Pelo quadro da página 47 do Rel. conclui-se que o esforço adicional para redução das dívidas do SNS é de 100 M. Note-se que, pelos dados da execução orçamental de setembro, o aumento dos pagamentos em atraso na saúde este ano é superior a 260M 5

1 A Saúde no OE2017 Intenção política Comentário: No OE2016 já se falava em 230M em poupanças nas políticas do medicamento, compras centralizadas, combate à fraude e aumentos de eficiência. 6

1 A Saúde no OE2017 Intenção política importa ressalvar que os valores constantes do OE2017 preveem para o ano de 2017 um aumento dos encargos de 16 milhões de euros, face às atuais estimativas de fecho do ano de 2016, em virtude de um aumento esperado ao nível da produção hospitalar. Com efeito, face aos valores previstos no Relatório do OE2016, verifica-se um aumento generalizado dos encargos com as PPP da saúde, explicado apenas por uma revisão das projeções de procura, em linha com a tendência que tem sido verificada no sector. 7

1 A Saúde no OE2017 Normas legais Artigo 116.o Contribuição sobre a indústria farmacêutica O regime de contribuicao extraordinaria sobre a industria farmaceutica estabelecido pelo artigo 168.o da Lei n.o 82-B/2014, de 31 de dezembro, e mantido em vigor durante o ano de 2017. Comentário: Esta contribuição foi substituída (sem grandes diferenças em termos de valores envolvidos) por Protocolo entre Governo e Apifarma, tal como previsto na própria lei. Este artigo parece pressupor que o âmbito da contribuição se mantém mas o Relatório do OE referia-se ao alargamento da taxação às empresas de dispositivos médicos sendo que posteriormente MS clarificou que tal não seria para avançar 8

1 A Saúde no OE2017 Normas legais Artigo 117.o Transição de saldos da ADSE, SAD e ADM Os saldos apurados na execucao orcamental de 2016 da ADSE, dos SAD e da ADM transitam automaticamente para os respetivos orcamentos de 2017. Comentário: norma adequada, nomeadamente porque ADSE não tem financiamento do OE. Tendo em conta que o MS já anunciou que deve ser aprovado Decreto Lei para transformar a ADSE num instituto público com participação dos beneficiários, para aplicação a 1 de janeiro de 2017, estranha-se que não haja no OE uma norma a prever esta nova realidade e a autorizar as alterações orçamentais consequentes. Artigo 163.o Consignação da receita ao setor da saúde 1 - A receita obtida com o imposto incidente sobre as bebidas nao alcoolicas previstas no artigo 87.o-A do Codigo dos IEC, com a redacao dada pela presente lei, e consignada a sustentabilidade do SNS. Comentário: trata-se da nova taxação sobre as bebidas açucaradas. A receita prevista é de 80 milhões de euros em 2017 9

1 A Saúde no OE2017 Envelope financeiro SNS 2014 2015 Est 2015 real 2016 (OE) Receitas Correntes 8.570 8.614 8.617 8.691 Transf. SNS 7.796 7.877 7.878 7.943 Outras 774 737 740 748 Receitas Capital 53 52 36 63 Total Receita 8.623 8.666 8.654 8.754 Despesas Correntes 8.766 8.801 8.876 8.823 Pessoal 3.465 3.453 3.468 3.591 Aquisição de Bens 1.486 1.617 1.672 1.577 FSE 3.667 3.640 3.650 3.568 Prod vend farmácias 1.225 1.236 1.239 1.187 MCDT 1.112 1.333 1.154 1.300 PPP 430 438 449 448 Outros 900 633 808 633 Outras 148 91 86 87 Despesas de capital 106 124 149 110 Total Despesa 8.872 8.925 9.025 8.933 Saldo -249-259 -371,8-179 10

1 Contas da Saúde para 2017 11

Relativamente a 2016 haverá +1,1% financiamento em 2017 Quadro novo Fonte: MS em Nota Explicativa enviada ao Parlamento no âmbito OE2017 12

O aumento é de apenas 1,1% face à estimativa de execução de 2016, ou seja +84,5 M. Esta variação não permite compensar o défice do exercício e muito menos o défice acumulado, que se traduz no aumento significativo dos pagamentos em atraso. 13

Relatório OE2017 Evolução orçamental do SNS

Afetação de verbas ao SNS

2- Conta do SNS Fonte: MS em Nota Explicativa enviada ao Parlamento no âmbito OE2017 16

Fonte DGO 2- Ponto de situação financeira SNS Pagamentos em atraso (dívidas por pagar há mais de 90 dias) - Stock em fim de período (consolidado) Subsector 2015 2016 set dez jan jun jul ago set* Administrações Públicas 1.041 920 986 1.142 1.138 1.153 1.117 Admin. Central excl. Subs. Saúde 25 13 14 22 23 18 19 Subsector da Saúde 9 4 10 8 15 11 2 Hospitais EPE 437 451 513 681 675 713 711 17

Fonte ACSS 2- Ponto de situação financeira SNS 18

Financiamento público da Saúde Portugal fica aquém da média da UE 19 Fonte: OCDE, Data Julho 2016 - Valores de 2015 são valores provisórios, UE média de 22 países; OMS

Fonte: OCDE

Evolução do gasto público em Saúde na OCDE (USD) Fonte: OCDE

3 Perspetivas da Despesa em Saúde No Country Report a Comissão Europeia conclui: While in 2013 public healthcare spending came to 6% of GDP (below the EU average of 6.9%), the projected increase by 2060 is, at 2.5% of GDP, the highest in the EU. Further cost pressures might arise from demographic trends and the growing prevalence of chronic disease. 23

3 Perspetivas da Despesa em Saúde 24

Problemas do SNS afetam condições de saúde e arrastam negativamente o cluster da Saúde

O Diamante de Porter O papel do Governo na competitividade 26

5 Como vencer os desafios i) SNS Investimento é necessário (ex: eficiencia energética, equip.) Inovação é necessária (Lichtemberg, HCV, obesidade) Avaliação isenta das tecnologias de Saúde Spending review Lei de Meios do SNS Clarificação das funções de acionista, financiador, regulador e prestador dentro do SNS, terminando com as ambiguidades derivadas de sobreposições de várias funções 27

5 Como vencer os desafios i) SNS Lei de Meios do SNS Uma proposta para a sustentabilidade do SNS Um compromisso com a qualidade e acesso aos cuidados de saúde Uma aposta na competitividade do setor da Saúde em Portugal 28 Conselho Estratégico Nacional da Saúde

A aprovação de Lei de Meios do SNS (ou uma Lei de Bases Financeiras do SNS) permitiria: Perspetivar a sustentabilidade do SNS Prever as receitas suficientes para as despesas necessárias Dar estabilidade ao financiamento do SNS. Acabar com barganha anual e o conceito incrementalista ou a tentação de suborçamentação. Permitir que o SNS tenha uma gestão financeira plurianual; Percecionar que a situação do país não permite a resolução imediata de todas os problemas mas que a prazo temos capacidade de satisfazer as necessidades. Reforçar o vínculo dos cidadãos com o SNS, renovando o Contrato Social através do qual os cidadãos assumem os direitos e sentem a ligação entre a sua contribuição solidária para o Estado. Conselho Estratégico Nacional da Saúde

Lei de Meios do SNS (LMSNS) deve prever financiamento: Prevenção em Saúde (alimentação saudável, promoção da atividade física, tabagismo, prevenção de doenças infecciosas); Despesa Corrente do SNS Programas Verticais e Prioritários da DGS (agregando neste ponto a Oncologia a Diabetes, as doenças Cerebro Cardio-Vasculares, as doenças respiratórias, o HIV-Sida e Hepatites Virais, e a Saúde Mental) Investimento, com uma Lei de Programação específica A estes pontos poder-se-ia acrescentar a linha de financiamento da Emergência Médica e Rede de Cuidados Continuados Integrados Caráter plurianual: prever regras de crescimento de despesa? Criar fundo dos saldos? Conselho Estratégico Nacional da Saúde

5 Como vencer os desafios ii) Operadores privados da Saúde Combater os custos de contexto (atrasos no licenciamento, atraso dos pagamentos ) Garantir o princípio da transparência, exigível a todos os níveis Assumir o digital como ferramenta de eficiência e de competitividade Criar condições para Portugal ser uma referência em termos de Turismo de Saúde e Bem Estar Promover as exportações da área da Saúde 31

5 Como vencer os desafios ii) Operadores privados da Saúde A lição da Porto Business School: O que fazer para ter um setor mais competitivo Para um setor mais competitivo e um sistema de saúde mais sustentável, sugerem-se medidas que ajudam a criar ecossistema para os diferentes agentes gerarem mais valor e emprego. 1 Concentrar os recursos existentes num número reduzido de subclusters 2 - Promover a liberdade de escolha e a concorrência entre prestadores. 3 - Pagamento aos prestadores baseado nos resultados alcançados e remuneração por capitação ajustada pelo risco. 4 - Aposta em sistemas de informação integrados que potenciem melhorias significativas na prestação de cuidados, evitem duplicação e ineficiência 5 Desenvolvimento iniciativas integradas que possibilitem que Portugal seja percecionado no exterior como um país onde as ciências da saúde são uma aposta estratégica e um dos setores mais competitivos a nível internacional, construindo uma marca e notoriedade comuns a todos os agentes do setor, da investigação à prestação. 32

Conclusões (1) O financiamento futuro da saúde deveria ser uma prioridade nacional Portugal precisa de mais investimento na saúde. O setor da saúde tem um peso muito importante em termos da economia nacional (emprego, I, X, I&D) Exemplos internacionais confirmam que o setor da saúde é poderoso motor de recuperação económica (ex: Recovery Act de Obama) 33

Conclusões (2) Uma Lei de Meios do SNS permitiria adequar meios financeiros e ter perspetiva plurianual Portugal pode/deve ter um setor da Saúde competitivo Tal como os outros setores económicos, a economia da Saúde necessita de condições para se desenvolver tais como regras de mercado, regulação, previsibilidade e estabilidade. A sustentabilidade dos sistema português de saúde exige novas soluções e a mobilização de todos os atores Relatório da Gulbenkian para Um Futuro para a Saúde: todos temos um papel a desempenhar 34