HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 22 A CORTE NO BRASIL: A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817 E A POLÍTICA EXTERNA

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Transcrição:

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 22 A CORTE NO BRASIL: A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817 E A POLÍTICA EXTERNA

Como pode cair no enem (PUC) Entre os eventos que antecederam a independência política do Brasil e propuseram ou criaram condições para a autonomia, podem-se mencionar: a) as iniciativas da Coroa portuguesa no Brasil, no início do século XIX, como a permissão ao comércio internacional sem mediação da Metrópole e a criação de sistema bancário oficial; b) as revoltas ocorridas na região das Minas Gerais, no decorrer do século XVIII, com características e projetos, em todos os casos, emancipacionistas e propositores de um Estado brasileiro autônomo; c) as mudanças ocorridas no cenário europeu, entre o final do século XVIII e o início do XIX, com a ascensão de Napoleão ao trono francês e a conquista, por suas tropas, de toda a Europa Ocidental e de suas possessões coloniais; d) as ações de grupos de comerciantes da Colônia, desde o início do século XIX, desejosos de ampliar sua independência comercial e de estabelecer vínculos diretos com países do Ocidente europeu e do Extremo Oriente; e) as vitórias, no século XVIII, das lutas pela independência nas regiões de colonização espanhola, francesa e inglesa das Américas, gerando um conjunto de impérios autônomos, possíveis parceiros comerciais para o Brasil.

Fixação 1) (FUVEST) (...) quando o príncipe regente português, D. João, chegou de malas e bagagens para residir no Brasil, houve um grande alvoroço na cidade do Rio de Janeiro. Afinal era a própria encarnação do rei [...] que aqui desembarcava. D. João não precisou, porém, caminhar muito para alojar-se. Logo em frente ao cais estava localizado o Palácio dos Vice-Reis. (SHWARCZ, Lilia. As Barbas do Imperador.) O significado da chegada de D. João ao Rio de Janeiro pode ser resumido como: a) decorrência da loucura da rainha Dona Maria I, que não conseguia se impor no contexto político europeu; b) fruto das derrotas militares sofridas pelos portugueses ante os exércitos britânicos e de Napoleão Bonaparte; c) inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do império passava do centro para a periferia; d) alteração da relação política entre monarcas e vice--reis, pois estes passaram a controlar o mando a partir das colônias; e) imposição do comércio britânico, que precisava do deslocamento do eixo político para conseguir isenções alfandegárias.

Fixação 2) (UERJ) Entre 1817 e 1820, dois viajantes estrangeiros, Spix e Martius, participaram de uma missão científica que percorreu diversas regiões do Brasil. Ao chegarem ao Rio de Janeiro, anotaram sua opinião sobre a capital do Império: Quem chega convencido de encontrar esta parte do mundo descoberta só desde três séculos, com a natureza inteiramente rude, violenta e invicta, poder--se-ia julgar, ao menos aqui na capital do Brasil, fora dela; tanto fez a influência da civilização e cultura da velha e educada Europa para remover deste ponto da colônia os característicos da selvajaria americana, e dar-lhe cunho de civilização avançada. Língua, costumes, arquitetura e afluxo dos produtos da indústria de todas as partes do mundo dão à praça do Rio de Janeiro aspecto europeu. (SPIX & MARTIUS. Viagem pelo Brasil: 1817-1820. Belo Horizonte/ São Paulo: Itatiaia/EdUSP, 1981.) Indique duas realizações da administração de D. João que tenham contribuído para que o Rio de Janeiro adquirisse as características europeias percebidas pelos autores.

ixação ) (PUC) A imagem a seguir, do pintor Jean Baptiste Debret, intitulada Um funcionário do governo sai passeio com a família, constitui um registro do cotidiano daqueles que habitavam o Rio de aneiro no tempo do governo joanino (1808-21). A partir da observação da gravura e de seus onhecimentos sobre o período: ) Apresente dois elementos que identificam a posição dos diferentes grupos sociais na hierrquia da sociedade da época. Justifique. ) Explique por que durante o governo de D. João VI o Rio de Janeiro passou a ser identifi ado como nova Lisboa.

Fixação 4) (UFF) Nas primeiras décadas do século XIX, ocorreu uma verdadeira redescoberta do Brasil, como identificou Mary Pratt, graças à ação de inúmeros viajantes europeus, bem como às Missões Artísticas e Científicas que percorreram o território, colhendo diversas informações sobre o que aqui existia. Foram registrados os diversos grupos humanos encontrados, legando-nos um retrato de diversos tipos sociais. Rica e fundamental foi a descrição que fizeram da Natureza, revelando ao mundo diferenciadas flora e fauna. Entretanto, até o início dos oitocentos, os estrangeiros foram proibidos de percorrer as terras brasileiras, e eram quase sempre vistos como espiões e agentes de outros países. O grande afluxo de artistas e cientistas estrangeiros ao Brasil está ligado: a) à política joanina, no sentido de modernizar o Rio de Janeiro, inclusive com o projeto de criar uma escola de ciências, artes e ofícios; b) à pressão exercida pela Inglaterra, para que o governo de D. João permitisse a entrada de cientistas e artistas no Brasil; c) à transferência da capital do Império Português de Salvador para o Rio de Janeiro, modificando o eixo econômico da Colônia; d) à reafirmação do pacto colonial, em função das proposições liberais da Revolução do Porto; e) à política de vários países europeus, que buscavam ampliar o conhecimento geral sobre o mundo, na esteira do humanismo platônico.

ixação ) (UERJ) O enriquecimento da vida cultural do Rio de Janeiro, e até mesmo do país, após 1808, decorreu, sobretudo, das necessidades da elite dominante. No ambiente acanhado da sociedade americana, a novidade dos procedimentos característicos do círculo real exerceram extraordinário fascínio, produzindo um poderoso efeito civilizador em relação à cidade. Em contrapartida, a Coroa não deixou de adotar também medidas de controle mais eficientes. Após a tormenta da Revolução Francesa e ainda vivendo o turbilhão do período napoleônico, era o medo dos princípios difundidos pelo Século das Luzes, especialmente as perniciosas ideias francesas, que ditava essas cautelas. (NEVES, Lúcia M. P. das e MACHADO, Humberto F. Adaptado de O império do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.) O texto aborda um duplo movimento provocado pela presença da Corte portuguesa no Brail: o estímulo às atividades culturais na colônia e, ao mesmo tempo, o controle conservador obre essas atividades. ) Indique duas ações da Coroa que enriqueceram a vida cultural da cidade do Rio de Janeiro. ) Explique, ainda, como o Estado português exercia controle sobre as atividades culturais.

Proposto 1) (UERJ) Possa este, para sempre memorável dia, ser celebrado com universal júbilo por toda a América Portuguesa, por uma dilatada série de séculos, como aquele em que começou a raiar a aurora da felicidade, prosperidade e grandeza, a que algum dia o Brasil se há de elevar, sendo governado de perto pelo seu soberano. Sim, nós já começamos a sentir os saudáveis efeitos da paternal presença de tão ótimo príncipe, que [...] nos deu as mais evidentes provas, que muito alentam as nossas esperanças, de que viera ao Brasil a criar um grande Império. (SANTOS, Luís Gonçalves dos. Memórias para servir à História do reino do Brasil. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, São Paulo: EDUSP, 1981.) O texto citado revela o entusiasmo e as esperanças daqueles que assistiram à chegada da família real portuguesa ao Brasil. Indique duas inovações de caráter científico ou cultural decorrentes da política de D. João. Indique também uma mudança política ou econômica observada durante a permanência da Corte e sua respectiva consequência para o Brasil.

Proposto 2) (FGV) A transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, proporcionou: a) a ampliação do controle metropolitano sobre as atividades coloniais e o maior enquadramento do Brasil às estruturas do Antigo Sistema Colonial; b) o estabelecimento de interesses convergentes entre membros da burocracia imperial, proprietários rurais e comerciantes, base sociopolítica decisiva para o processo de emancipação política; c) a mudança da capital do Vice-Reino do Brasil para o Rio de Janeiro e a compensação da perda do poderio político baiano, por meio de uma ampla autonomia econômica autorizada a toda a região nordestina; d) a emergência de uma burguesia mercantil interessada em modernizar o Brasil pelo rompimento dos laços coloniais com Portugal e a abolição imediata da escravidão; e) maior dispersão dos domínios portugueses na América, em função das rivalidades regionais acentuadas e ampliadas com a elevação da cidade do Rio de Janeiro à condição de capital do império colonial.

Proposto 3) (PUC) Com exceção de uma, as alternativas abaixo apresentam de modo correto medidas tomadas pelo governo do Príncipe Regente Dom João no Rio de Janeiro, após a transferência da Corte portuguesa para o Brasil. Assinale-a. a) A Carta Régia de 28 de janeiro de 1808 pôs fim ao monopólio comercial que, durante quase três séculos, se constituiu em um dos pilares da dominação metropolitana sobre sua colônia americana. b) A conclusão dos tratados de Aliança e Amizade e Comércio e Navegação com a Inglaterra, em 1810, assegurava, entre outras vantagens, tarifas preferenciais para os produtos ingleses no mercado brasileiro. c) A criação do primeiro Banco do Brasil visava a fornecer os créditos necessários tanto para a importação de novos escravos africanos para a nascente lavoura cafeeira, quanto para a atividade industrial em franca expansão. d) Expressando também a nova conjuntura política europeia decorrente da derrota de Napoleão Bonaparte, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves em 1815. e) O fim da proibição da atividade gráfica possibilitou o surgimento de jornais e revistas, como a Gazeta do Rio de Janeiro, assim como uma maior circulação de notícias e ideias, muito embora a censura régia continuasse a existir.

Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a disposição francesa de a) estimular a autonomia das colônias inglesas Proposto 4) (UNESP) Artigo 5 o O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa. (...) Artigo 7 o Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum. Artigo 8 o Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa. na América, que passariam a depender mais de seu comércio interno. b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o comércio na Europa e nas áreas coloniais. c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da ocupação militar da Península Ibérica. d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e ampliar a hegemonia francesa nos mares europeus. e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização, limitando seu comércio com o restante da Europa. (Trechos do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea [1789-1963], 1977.)

Proposto 5) (FUVEST) Eis que uma revolução, proclamando um governo absolutamente independente da sujeição à corte do Rio de Janeiro, rebentou em Pernambuco, em março de 1817. É um assunto para o nosso ânimo tão pouco simpático que, se nos fora permitido [colocar] sobre ele um véu, o deixaríamos fora do quadro que nos propusemos tratar. (F. A. Varnhagen. História geral do Brasil, 1854.) O texto trata da Revolução pernambucana de 1817. Com relação a esse acontecimento é possível afirmar que os insurgentes a) pretendiam a separação de Pernambuco do restante do reino, impondo a expulsão dos portugueses desse território. b) contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção da escravidão na região. c) dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos privilégios da Companhia do Grão-Pará e Maranhão. d) propuseram a independência e a república, congregando proprietários, comerciantes e pessoas das camadas populares. e) implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos pequenos proprietários à livre exploração da terra.