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Transcrição:

00 DIREITO DO CONSUMIDOR PROF. DAYANA SALES 1

1. METODOLOGIA Olá Futuros Concursados e Futuras Concursadas!!!! Prontos para encarar os estudos para a disciplina de Direito do Consumidor? A minha expectativa é que ao final deste curso você tenha grandes chances de responder positivamente a todas as questões de Direito do Consumidor. Neste curso você irá encontrar a matéria de uma forma leve e objetiva, tendo em vista que seu estudo é para concurso público e eu não tenho a pretensão de formar um jurista. Tive o cuidado de abordar todo o CDC, já que na dúvida: Vamos abordar todo o conteúdo previsto na lei consumerista. E, por fim, questões. É fundamental que você faça todas as questões que irei apresentar no decorrer das aulas, pois é através de exercícios que você consolida seu conhecimento ou que percebe que não entendeu. A nossa metodologia atuará para potenciar sua memória E não falamos isso da boca para fora! Olhem só: Desenvolvida, em 1885, por um psicólogo alemão, Herman Ebbinghaus, a curva do esquecimento (Forgetting Curve) ilustra a capacidade cerebral que temos para armazenar as informações recém-adquiridas. Ebbinghaus conseguiu, através de várias experiências, mensurar o efeito do tempo na memória. Observe o gráfico a seguir: 2

Para você ter uma ideia, 24h após uma aula, esquecemos entre 60%- 80% do que foi ensinado. Em outras palavras, lembramos somente entre 20%- 40%. Após 30 dias, sem revisões programadas, esquecemos 97% do conteúdo daquela aula. Note que, na curva, a recomendação é de que você revise horas depois. Mas, baseado em estudos mais modernos, recomendamos que você revise a matéria antes de passar uma noite de sono. Se vocês gostaram da nossa parte científica de metodologia do aprendizado e quer aprender mais sobre aprender a aprender (vish!!! Mas esses profes são bons em português ) acesse nosso site () e veja mais dicas! Pessoal, fazer questões é fundamental para a sua aprovação. Seja nesse concurso ou em qualquer outro que você for prestar na sua vida. Não deixe de treinar. Além das questões contidas nesse material, busque outras ferramentas para treinar. 3

Hoje, no mercado existem diversos sites (pagos e gratuitos) onde você pode baixar as provas anteriores e se divertir com elas, inclusive aqui no Supremacia também. A internet facilitou muito a vida dos concurseiros. Também há livros de questões específicos para concursos. Preciso que vocês além de estudar pelo nosso material, se comprometam a estudar lendo a letra da lei, ou seja, o nosso Código de Defesa do Consumidor. O CDC tem uma leitura muito simples e intuitiva. O CDC foi criado de forma que todas as pessoas possam ler e imediatamente entender. Tenho certeza que vocês vão se identificar muito com a leitura do CDC. A leitura da letra da lei acompanhada da leitura do nosso material fará a diferença na sua preparação; sem se esquecer do treino das questões. Geralmente, as bancas apresentam questões ora envolvendo um caso concreto ( o examinador conta uma história para você fazer a aplicação do Direito) ou ora pode vir o tradicional copia e cola da letra de lei. Por isso, sempre vou bater na tecla da extrema importância da leitura da lei seca. Isso não apenas para minha disciplina como todas as demais áreas do Direito, ok? O segredo para obter êxito nessa banca é fazer muitas questões e uma dica que eu dou: quando cair questão com letra de lei ( o que é a grande incidência nas provas de nível médio) tome o cuidado o seu código ou anotar na sua legislação que aquele artigo foi alvo de questão de concurso. Sempre estude com a legislação do seu lado para eventuais consultas. Como comentei acima a minha expectativa é que ao final deste curso você tenha plenas condições de fazer uma excelente prova de Direito do Consumidor e possa alcançar o seu tão sonhado objetivo. Conte comigo através das aulas, do fórum de dúvidas ou do e-mail. Estarei a disposição para ajuda-lo da melhor maneira. Coragem! 4

2. APRESENTAÇÃO CURRÍCULO DA PROFESSORA Dayana Sales é servidora do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro TJ/RJ. É graduada em Direito pela Universidade Estácio de Sá Rio de Janeiro, aprovada no Exame da Ordem em 2010. Pós Graduada em Direito do Consumidor pela Universidade Estácio de Sá. Ex-militar, atuou na Força Aérea Brasileira -FAB, formada na Escola de Especialistas de Aeronáutica. Além disto, é professora muito conhecida nas redes sociais por postar dicas de concursos, IG: @corujinha_juridica Meu nome é Dayana Sales, sou formada em Direito pela Universidade Estácio de Sá e especialista em Direito do Consumidor pela UNESA. Fui militar da Aeronáutica e atualmente trabalho no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Também tenho duas aprovações e aguardo convocação para dois concursos federais: TJDFT e MPU, ambos em Brasília. Meu intuito neste curso, atendendo a proposta das aulas em PDF, é que você aprenda a matéria de maneira prática e simples. Evitei o uso da linguagem rebuscada do Direito para que a aula possa ficar mais atrativa e leve. Não tenho a pretensão de formar um jurista, o objetivo deste curso é a sua preparação para a aprovação no concurso. Adotei uma linguagem mais informal, com ênfase naquilo que realmente é cobrado nas provas. Algumas considerações a respeito da aula: Teremos questões no final de cada aula ministrada com seus respectivos comentários para facilitar na consolidação das informações mais relevantes para sua prova. A leitura da letra da lei (Lei nº 8.078/1990) é fundamental. Muito cuidado! Pois muitas vezes a banca cobra o conhecimento da Lei de forma literal. Os grifos aos trechos de legislação serão feitos apenas para identificar os pontos chaves. 5

A aprovação é fruto de muito trabalho, suor, dedicação, estudo, memorização da lei seca, bons materiais e, finalmente, muitas questões de provas anteriores para não cair em pegadinhas dos examinadores de provas. Em concurso público: não passam, necessariamente, aqueles que sabem mais sobre determinado assunto, mas sim aqueles que se prepararam melhor para a prova que irão fazer. Aproveito a oportunidade e convido todos os meus alunos a me seguirem no instagram @corujinha_juridica. Posto dicas para concursos de nível médio e superior, motivacionais e dicas de Direito do Consumidor. 3. CRONOGRAMA DO CURSO Aula Tema Data 0 Aula demonstrativa Introdução, princípios e campo de aplicação Disponível 1 Direitos Básicos e Política Nacional de Relações de Consumo 25/01/2017 2 Qualidade de Produtos e Serviços. Prescrição e Decadência 27/01/2017 3 Infrações Penais. Da Defesa do Consumidor em Juízo. 30/01/2017 7 Simulado 09/02/2017 Preparando-se para estudar Tenha marca-texto amarela em mãos! Desligue o celular e saia da internet. Iluminação adequada (luz branca). Ligue seu cronômetro! 6

Roteiro da Aula - Tópicos 1) Introdução ao Direito do Consumidor 2) Características e Natureza do CDC 3) Princípios Gerais do Direito do Consumidor 4) Integrantes da Relação de Consumo 1) Introdução ao Direito do Consumidor Pessoal, antes de adentrarmos na matéria preciso fazer um breve histórico para que possamos compreender o estudo do Código de Defesa do Consumidor. Prometo que será algo bem sucinto e sem muitas delongas; afinal temos um mundo de matérias para estudar e revisar, não é mesmo? Vamos nessa então: Com a industrialização do país, e o avanço de novas formas de comunicação e o grande desenvolvimento cientifico e tecnológico, o acesso das pessoas, consumidores, a uma infinidade de novos bens e serviços prestados por fornecedores, se tornou cada vez maior. Até o início do século 20, as relações de consumo, ocorriam num ambiente firme de confiança entre contratantes, que se conheciam como pessoas. O comerciante e o cidadão-consumidor habitavam em comunidades menores, nas pequenas cidades, ou nos grandes centros, em bairros em que eram mantidas as relações de proximidade. 7

O novo modelo de sociedade de consumo ganhou força com a Revolução Tecnológica decorrente do período Pós- Segunda Guerra Mundial. Com os avanços tecnológicos daquela época do Pós-Guerra facilitou muito a produção e com isso as relações de consumo começaram a desapontar. Até o ano de 1990, o adquirente de produtos e serviços no mercado de consumo brasileiro, contavam com apenas duas leis para a defesa de seus direitos: a Lei 3.071/1916 antigo Código Civil e a Lei 1.521/1951 Crimes contra a economia popular. A produção em massa era regularizada por um Código Civil de 1916 que fora inspirado no liberalismo econômico do século XIX que era voltado para as relações individualizadas marcadas pelo equilíbrio entre os sujeitos contratantes. Nessa época, as referida legislação não estava adequada para tratar de assuntos atinentes as relações consumeristas. Houve uma grande e real necessidade da revisão desse modelo, com a instituição de uma legislação mais específica. No Brasil, este processo foi desencadeado com o advento da Constituição Federal de 1988, que originou, dentre outros, o Estatuto da Cidade, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso e a Lei 8.078/90, de 11 de setembro de 1990- o Código de Defesa do Consumidor. Assim, o coroamento de toda essa movimentação em favor dos direitos fundamentais e essenciais do consumidor veio com a promulgação da Constituição Federal. Vamos observar alguns trechos da Constituição que faz menção à defesa do consumidor. Observe: 8

Art. 5º da CF/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade, nos seguintes termos: XXXII o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor. Art. 170 da CF/88 A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: V- defesa do consumidor. É fácil notar que a relação jurídica de consumo é uma relação desigual. De um lado, encontramos o consumidor vulnerável, e de outro o fornecedor detentor do monopólio dos meios de produção. Por isso, nada mais justo do que alçar o Direito do Consumidor ao patamar de Direito Fundamental. O amparo constitucional que possui o Direito Consumerista traz uma conotação imperativa no mandamento de ser do Estado a responsabilidade de promover a defesa do vulnerável da relação jurídica de consumo. 2) Características e Natureza do CDC: O Código de Defesa do Consumidor possui três características principais: lei principiológica, normas de ordem pública e interesse social, e microssistema multidisciplinar. Vamos explicar cada um desses termos detalhadamente. Sigamos. De acordo com o que foi debatido até o presente momento, tornar-se evidente a vocação constitucional do CDC, já que nasceu em virtude de disposições consignadas na Constituição Federal de 1988. 9

Diante desse quadro, é relevante atentar para a natureza principiológica do CDC, o que significa dizer que o código apresenta normas que vinculam valores e estabelecem objetivos a serem alcançados. O CDC traz no seu art.1º diz que o código apresenta normas de ordem pública e de interesse social; mas na prática o que isso significa? Vamos entender melhor isso: O juiz pode reconhecer de ofício direitos do consumidor, ou seja, o juiz não precisa ser provocado pela parte para reconhecer um direito do consumidor, ele mesmo pode fazer por conta própria, ok? As decisões decorrentes das relações de consumo não se limitam tão somente às partes envolvidas em litígio. Dessa maneira, as sentenças produzidas em Juízo nas audiências tem um caráter educativo e de alerta. Educativo para toda sociedade e de alerta para os demais fornecedores não continuarem com as práticas ilícitas nas relações de consumo. E por fim, o CDC é conhecido por ser um microssistema multidisciplinar, já que alberga em seu sistema diversas disciplinas jurídicas, como: direito constitucional, direito civil, direito processual civil, direito administrativo, direito penal. Esse fenômeno do CDC se relacionar com as outras áreas do Direito, é conhecido na doutrina como Diálogo das Fontes. 10

3- Princípios Gerais do Direito do Consumidor: Princípios são considerados regras básicas a serem aplicadas a uma determinada categoria ou determinado ramo do conhecimento. O art. 4º do CDC estabelece objetivos da política nacional das relações de consumo e prevê os princípios que devem ser seguidos nas relações consumeristas, dentre outros. Para facilitar, segue abaixo o art. 4º do CDC: Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta; b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; c) pela presença do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; 11

V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; consumo. VIII - estudo constante das modificações do mercado de CAI NA PROVA! O art.4º não cai em provas. Ele despenca!!! Leia e releia esse artigo!!! Você vai notar que as bancas adoram colacionar algo desse artigo. 3.1 Princípio da Vulnerabilidade do Consumidor Toda pessoa, independentemente da situação política, social, econômica ou financeira, que for consumidora será a parte vulnerável da relação. Essa é uma característica intrínseca da relação de consumo. Sabemos que a relação de consumo é extremamente desigual, por isso é importante que se busque instrumentos jurídicos para reequilibrar os negócios firmados entre o consumidor e o fornecedor. Sendo o consumidor, a parte mais fraca dessa relação, é necessário que ele tenha um tratamento diferenciado para que consiga se relacionar com um mínimo de independência. 12

DICA O consumidor sempre é a parte mais fraca/ mais vulnerável da relação de consumo. Por sua própria condição de destinatário final do produto ou serviço, todo consumidor será vulnerável esta presunção é ABSOLUTA, e por conta disso terá direito aos meios protetivos a sua condição. Existem três tipos de vulnerabilidade. Observe o quadro abaixo: Vulnerabilidade Técnica: seria aquela na qual o comprador não possui conhecimentos específicos sobre o produto ou o serviço podendo, portanto, ser mais facilmente iludido no momento da contratação. Vulnerabilidade Jurídica ou Científica: seria a própria falta de conhecimento jurídico, ou de outros elementos pertinentes à relação, como contabilidade, matemática financeira e economia. Vulnerabilidade Econômica ou Fática: vulnerabilidade real diante do parceiro contratual, seja em decorrência do grande poderio econômico deste último, seja pela posição de monopólio, ou em razão da essencialidade do serviço que presta, impondo numa relação contratual, uma posição de superioridade. Recentemente, a professora Cláudia Lima Marques, Mestre em Direito do Consumidor ainda aponta outro tipo de vulnerabilidade: a informacional. A autora dá destaque à necessidade de informação na sociedade atual. Para ela, as informações estão cada vez mais valorizadas e importantes e, em contrapartida, o déficit informacional dos consumidores está cada vez maior. Assim, de modo a compensar este desequilíbrio, deve o fornecedor procurar dar o máximo de informações ao consumidor sobre a relação contratual, bem como os produtos e serviços adquiridos. 13

Vulnerabilidade x Hipossuficiência Atenção, alunos!!!! Muita calma nessa hora!!!! O conceito de erabilidade é diferente do conceito de hipossuficiência. A vulnerabilidade é algo intrínseco a qualquer consumidor. É uma sunção absoluta, ou seja, não precisa ser provada em Juízo. A hipossuficiência trata-se de uma presunção relativa, que precisa ser provada no caso concreto diante do juiz. LEMBRE-SE: Todo consumidor é vulnerável, mas nem todo o consumidor é hipossuficiente. A vulnerabilidade é uma construção jurídica, já a hipossuficiência é uma construção fática. Essa última, funda-se nas desigualdades apresentadas nos casos concretos. Ou seja, deve ser analisada caso a caso. A hipossuficiência consumerista é um conceito mais amplo e vai além das situações de pobreza que são muitas vezes relacionadas a esse termo. Dessa forma, além de diferenças econômicas, financeiras ou políticas, a hipossuficiência do consumidor poderá ainda ser técnica, em razão do desconhecimento sobre o produto ou serviço que foi adquirido. 3.2 Princípio da Harmonia das Relações de Consumo O CDC deseja a harmonia nas relações de consumo. O reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor, e sua consequente proteção, não pode naturalmente, implicar em tratamento hostil ao fornecedor. O essencial é o correto equilíbrio da balança. 14

Segundo o art. 4º do CDC, tal política busca assegurar o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, à saúde e à segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria na qualidade de vida, bem como a transparência e a harmonia nas relações de consumo. A Política Nacional das Relações de Consumo está fundada em vários princípios, referidos em incisos e alíneas do art. 4º, todos reconhecendo a vulnerabilidade do consumidor, e tentando harmonizar os interesses dos participantes das relações de consumo e a compatibilização do consumidor da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica ( art. 170 CF), sempre com base na boa- fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores (art. 4º, III CDC). 3.3- Princípio da Boa- Fé Objetiva A boa fé-objetiva é um dos princípios mais importantes e de grande destaque no direito contratual contemporâneo. Mas, professora o que vem a ser essa boa fé-objetiva? Vamos a explicação. A boa fé- objetiva é o dever imposto a quem quer que tome parte em relação negocial, de agir com lealdade e cooperação, abstendo-se de condutas que possam ferir as legítimas expectativas da outra parte. O princípio da boa-fé objetiva será aplicado, na prática, através de deveres anexos. Esses deveres anexos também são conhecidos como deveres laterais ou secundários são os deveres de informação, cooperação e de proteção. 15

Vou aprofundar um pouquinho em relação a esse ponto, mas acredito que não seja tema de uma prova de nível médio. Apenas a título de conhecimento, vamos lá: O dever de informação será cumprido quando forem oferecidas informações sobre o conteúdo, a qualidade, as características, modo de utilização do produto ou do serviço e principalmente que estas informações sejam efetivamente compreendidas pelo consumidor. O dever de cooperação concretiza a harmonia nas relações jurídicas de consumo, onde o fornecedor coopera com o consumidor, como por exemplo, possibilitando o pagamento do carnê de prestações de compra feita a prazo, em qualquer estabelecimento bancário. O dever de proteção está relacionado aos direitos do consumidor à saúde, segurança e ao estabelecer ao fornecedor o dever de respeitá-los. FIQUE ESPERTO! A boa-fé objetiva é, talvez, o princípio máximo orientador do CDC. Trata-se do dever imposto, a quem quer que tome parte na relação de consumo, de agir com lealdade e cooperação, abstendo-se de condutas que possam esvaziar as legítimas expectativas da outra parte. Daí decorrem os múltiplos deveres anexos, deveres de conduta que impõem às partes, ainda na ausência de previsão legal ou contratual, o dever de agir lealmente. Artigos relacionados: art. 4º, inciso III e art. 51, inciso IV, do CDC. 16

3.4 Princípio da Equivalência Negocial Esse princípio visa assegurar às partes igualdade de condições tanto no momento da contratação do serviço como no momento de seu aperfeiçoamento. Visa também dar ao consumidor o direito de escolher o produto ou o serviço que está contratando, em plena concordância com o conceito de liberdade de escolha e do dever anexo de informação. 3.5 Princípio da Informação A informação é fundamental no sistema de consumo. Informação falha ou defeituosa gera responsabilidade por parte do fornecedor. A omissão de informação pode caracterizar a publicidade enganosa. É dever de o fornecedor fazer chegar ao consumidor, de forma simples e acessível, as informações relevantes relativas ao produto ou serviço. Vamos colacionar abaixo onde podemos encontrar no Código de Defesa do Consumidor os artigos que tratam desse Princípio: - Dever de bem informar sobre a qualidade e a segurança, de acordo com o art.8º do CDC: Art. 8 Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto. 17

- Informação ostensiva e adequada sobre a nocividade ou a periculosidade, de acordo com o art. 9º do CDC: Art. 9 O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. - Vedação para o produto com alto grau de nocividade e periculosidade, de acordo com o art. 10 do CDC: Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. 1 O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários. 2 Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço FIQUE ESPERTO! É dever do fornecedor nas relações de consumo manter o consumidor informado permanentemente e de forma adequada sobre todos os aspectos da relação contratual. O direito à informação visa assegurar ao consumidor uma escolha consciente, permitindo que suas expectativas em relação ao produto ou serviço sejam de fato atingidas, manifestando o que vem sendo denominado de consentimento informado ou vontade qualificada. Artigos relacionados: art. 6º, inciso III; art. 8º; art. 9º e art. 31, do CDC. 18

3.6 Princípio da Transparência O dever de agir com transparência permeia o CDC. A Política Nacional das Relações de Consumo, dentre outros objetivos, visa assegurar a transparência nas relações de consumo. Professora, o que é uma conduta transparente? A conduta transparente é uma conduta não ardilosa, conduta que não esconde, atrás do aparente, propósitos pouco louváveis. O Código de Defesa do Consumidor, prestigiando a boa-fé, exige a transparência dos atores do consumo, impondo às partes o dever de lealdade recíproca, a ser realizada a todo momento dessa relação consumerista. A transparência veda, entre outras condutas, que o fornecedor se valha de cláusulas dúbias ou contraditórias para excluir os direitos do consumidor. ATENÇÃO O CDC exige transparência dos atores do consumo, impondo às partes o dever de lealdade recíproca a ser concretizada antes, durante e depois da relação contratual. Frisa a lei que as cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser regidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão. Artigos relacionados: art. 4º e art. 54, 4º, do CDC. 19

3.7- Princípio do Combate ao Abuso O legislador teve a preocupação de coibir o abuso nas relações de consumo. Podemos observar isso no art. 4º, inciso VI do CDC, que assim diz: Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; Dessa forma, as autoridades irão se empenhar para fiscalizar com o escopo de coibir qualquer abuso no mercado de consumo. A doutrina elenca outros princípios. Procurei abordar aqueles que são objeto de prova e que são os mais comuns na órbita dos concursos públicos, ok? Por meio dos princípios podemos delinear a essência do Código de Defesa do Consumidor. Percebemos que todo o Código é voltado para prestigiar a parte mais fraca dessa relação, que já sabemos que é o consumidor. Agora, vamos falar um pouco dos autores da relação de consumo. Sigamos! 4-Integrantes da Relação de Consumo. Professora, quem compõe a relação de consumo? A relação de consumo tem sempre os mesmos sujeitos: de um lado, temos o fornecedor, e do outro, o consumidor. 20

É muito importante saber o conceito de consumidor e de fornecedor dentro do CDC isso porque são objetos de questões de provas de nível médio e também de nível superior. Art. 2 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Art. 3 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 1 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 2 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Muita atenção nos destaques feitos que já foram objeto de questões de provas anteriores de diversas bancas! Fique ligado! 4.1- Consumidor: O conceito de consumidor é tratado no art. 2º do CDC. O artigo define para nós o que é consumidor. Em seu conceito, veem-se três elementos: A) subjetivo (pessoa física ou jurídica); B) objetivo (que adquire ou utiliza produto ou serviço); C) teleológico (a finalidade pretendida, ou seja, o destino final do produto ou serviço). A doutrina ainda divide o conceito de consumidor em "consumidor stricto sensu", é aquela pessoa que adquire, usufrui do produto ou serviço, é o real consumidor propriamente dito; e "consumidor por equiparação", que são aqueles 21

que não participam da relação de consumo diretamente, mas a lei os equiparou como tal, são aqueles dos artigos 2º, parágrafo único e nos artigos 17 e 29. O principal ponto da definição de consumidor vem no conceito de destinatário final, que causa controvérsia na doutrina e na jurisprudência. Vamos adentrar num ponto um pouquinho mais complexo, mas que não posso deixar de mencionar. Afinal, sabemos que cada vez mais o examinador das provas sempre tenta surpreender os candidatos despreparados. Bem, aprofundando um pouquinho mais: na doutrina, existem duas correntes que se formam a respeito de conceito de consumidor para explicar o que seja destinatário final. Essas duas correntes são denominadas de finalistas e maximalistas. Para a corrente finalista: consumidor seria o não profissional, ou seja, aquele que adquire ou utiliza o produto para o uso próprio e de sua família. Em outras palavras, o destinatário final é o que retira o bem do mercado ao adquirir ou simplesmente utilizá-lo (destinatário final fático), ou seja, ele coloca um fim na cadeia de produção (destinatário final econômico). Ou seja, o consumidor não utiliza o bem para continuar a produzir. Para a corrente Maximalista: para essa corrente, o destinatário final seria somente o destinatário fático, pouco importando a destinação econômica que lhe deve sofrer o bem. Assim, para os maximalistas, a definição de consumidor é puramente objetiva, não importando a finalidade da aquisição ou do uso do produto ou serviço, podendo até mesmo haver intenção de lucro. 22

Você já ouviu falar em consumidor por equiparação? Não! Então, vamos explicar esse conceito. O Código de Defesa do Consumidor elenca outras pessoas que podem ser tuteladas por ser a parte mais fraca da relação. Desse modo, outras pessoas poderão ser enquadradas no perfil de vulnerabilidade e valer-se do manto protetor do CDC. São os chamados consumidores equiparados. O CDC trata dos consumidores equiparados em três momentos. O primeiro momento trata da coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Essa previsão encontra-se no art. 2º, Parágrafo único do CDC. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo Esse dispositivo envolverá além da relação efetiva e concreta, a relação potencial, e tem por finalidade evitar a ocorrência de um dano em face dessa coletividade de consumidores ou de repará-lo. Assim, bastará a mera exposição da coletividade para identificar o alcance da intervenção que consta no mencionado artigo. Para melhor compreensão, vamos exemplificar: suponha que determinado medicamento utilizado pelas pessoas, com uso prolongado, venha a ser nocivo à saúde. Nestes casos, além das pessoas que efetivamente o utilizara, toda a coletividade será protegida tendo em vista a potencialidade do consumo do medicamento. Nesta mesma dimensão, temos o art. 17 que trata das vítimas de eventos danosos: Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. 23

O art. 17 pertence a seção que trata da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço, que teremos a oportunidade de estudar com mais cautela nas próximas aulas. O mencionado dispositivo diz que equipara-se a consumidor a vítima de dano ocasionado pelo fornecimento de produto ou serviço defeituoso. Essa vítima de evento danoso é conhecida como bystanders. Pessoas atingidas por falhas no produto ou na prestação de serviço, independentemente de serem consumidoras diretas, são amparadas pelas normas de defesa do consumidor. A doutrina convencionou chamar de consumidor por equiparação ou bystander, aquele que, embora não esteja na direta relação de consumo, por ser atingido pelo evento danoso, equipara-se à figura de consumidor pelas normas dos arts. 2º, parágrafo único, 17 e 29 do CDC. Por fim, o art. 29 trata dos consumidores expostos às práticas comerciais, que assim diz: Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas. De acordo com o art. 29 todas as pessoas expostas às praticas comerciais e contratuais serão equiparadas a consumidor. Perceba que neste caso também não há necessidade que o consumidor participe efetivamente da relação de consumo. Consumidor será toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final a própria pessoa atuando como destinatário final. São consumidores por equiparação: a coletividade de pessoas, as vítimas de acidente de consumo e as pessoas expostas às práticas comerciais e contratuais abusivas. 24

OBS: As pessoas jurídicas também poderão ser consideradas consumidoras por equiparação desde que presente a vulnerabilidade. 4.2 Fornecedor Quem será o fornecedor? O art. 3 responde a essa indagação: Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Podemos perceber que o fornecedor será aquele que coloca o produto ou presta o serviço no mercado de consumo. O mencionado artigo sempre cai nas provas de concursos. Portanto, muito atenção ao ler esses conceitos, ok? Atente que o artigo acima menciona não só o fornecedor, mas também toda a cadeia de fornecimento da sociedade de consumo, assim todos serão considerados fornecedores, pouco importando se sua relação com o consumidor for direta ou indireta, ou se tenha origem em um contrato ou não. 4.3 Os produtos e os serviços Estabelece o parágrafo 1º, do artigo 3º, do Código de Defesa do Consumidor que: Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Vale anotar que, embora o Código de Defesa do Consumidor vincula a ideia de produto a bem, o certo é que referido diploma legislativo não contém maiores disposições sobre o referido objeto da relação jurídica de consumo, 25

limitando-se a dispor que o produto é qualquer bem, seja ele móvel ou imóvel, material ou imaterial. estabelece que: O Código de Defesa do Consumidor, no parágrafo 2º, do artigo 3º, Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes de relação de caráter trabalhista. Os negócios jurídicos eram classificados como sendo onerosos ou gratuitos. Ao colocar a expressão remunerados o legislador procurou incluir os serviços de consumo que não são remunerados de forma direta pelo consumidor, mas sim de forma indireta, pela coletividade ( como no caso dos idosos que não pagam a passagem em transporte coletivo), ou ainda, quando o consumidor paga indiretamente o benefício gratuito que está recebendo ( como as milhas das passagens aéreas). demonstrativa. Chegamos ao término da nossa aula teórica desta nossa aula Aproveito a oportunidade de chamar a atenção para a importância da resolução de questões de provas anteriores para que possa solidificar o conteúdo ministrado nas aulas. A resolução de questões é o diferencial na sua preparação. Sempre treine por meio de exercícios assim que finalizar um tópico da aula teórica para ver se o conteúdo foi realmente assimilado. 26

RESUMÃO: Antes de passarmos para a fase de resolução de questões aproveito para refrescar a memória de vocês com a síntese dos principais pontos abordados nessa aula. Todos preparados? Vamos lá: O Código de Defesa do Consumidor possui três características principais: lei principiológica, normas de ordem pública e interesse social, e microssistema multidisciplinar. Princípios são considerados regras básicas a serem aplicadas a uma determinada categoria ou determinado ramo do conhecimento. O art. 4º do CDC estabelece objetivos da política nacional das relações de consumo e prevê os princípios que devem ser seguidos nas relações consumeristas, dentre outros. Para facilitar, segue abaixo o art. 4º do CDC: Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta; b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; c) pela presença do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. 27

III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; consumo. VIII - estudo constante das modificações do mercado de Princípios do Código de Defesa do Consumidor: * Principio da Vulnerabilidade do Consumidor * Princípio da Harmonia das Relações de Consumo * Princípio da Boa- Fé Objetiva * Princípio da Equivalência Negocial * Princípio da Informação * Princípio da Transparência *Princípio do Combate ao Abuso O CDC no art. 2º diz quem é consumidor: 1) Pessoa física e jurídica, uma empresa pode ser consumidor. 2) Essa pessoa física ou jurídica tem que ser a destinatária final. Ex: Se eu vou a Ford e compro um carro para meu uso, é pessoa física e destinatária final. Ex: Vou ao mercado e compro molho para fazer macarronada, também é destinatária final. 28

Ex: Se eu comprar o molho para fazer no meu restaurante, não sou destinatária final, pois é para o uso econômico e não para o uso privado. Ex: A costureira vai às casas Bahia e compra uma máquina de costura (Essa máquina é insumo, são as aquisições de bens ou serviços estritamente indispensáveis ao desenvolvimento da atividade econômica explorado pelo empresário.), Consumidor é aquele que consome, compra o produto, contrata o serviço como destinatário final (o que compra o serviço para si mesmo) Destinatário final: interrompe a produção do bem. Quando alguém compra um produto como intermediário, não é destinatário final, ex: restaurante, revendedor. Ex: Quando o supermercado compra do agricultor o queijo de Minas para vender, ele não é consumidor. A pessoa jurídica pode ser tratada como consumidor, desde que seja destinatário final. Ex: A Nestlé compra uma máquina para transformar o tomate em molho, mas a doutrina não a aceita como consumidora, pois a máquina é insumo para a sua atividade econômica. Vítima do acidente do consumo: art. 17 Ex: João utilizou o serviço de uma mecânica para instalar os pneus de seu carro. Na rua, o pneu se solta e atinge Pedro que estava na calçada. Mesmo Pedro não sendo consumidor, como foi vítima do acidente de consumo, o CDC permite que Pedro peça indenização à loja mecânica. Pessoas expostas às práticas comerciais e contratuais: art. 29 Ex.: Publicidade: estou na sala assistindo e vejo uma propaganda sobre geladeira com super promoção, aí eu vou no dia seguinte para comprá-la, mas o cara da loja diz que a propaganda estava errada. Eu posso obrigar a loja a vender a geladeira para mim pelo preço promocional porque eu fui exposto pela prática comercial, de acordo com o art. 29 do CDC. FORNECEDOR: art. 3º / CDC 1) pessoa física e pessoa jurídica; 2) pessoa jurídica de direito privado e público (quando presta serviços públicos) 29

Fornecedor tem que desenvolver atividade com habitualidade e profissionalidade. A pessoa jurídica ou física pode ser fornecedora em uma relação e, na outra, não. PRODUTO -art. 3º, 1º / CDC Produto é qualquer bem móvel ou imóvel, material ou imaterial, são todos os bens que tenham um valor econômico. SERVIÇO: art. 3º, 2º / CDC -Remuneração direta e indireta Serviço é toda a atividade feita mediante remuneração, se o prestador não cobrar pelo serviço, o usuário não pode usar o código do consumidor, pois não houve uma relação de consumo. Se o shopping cobra pelo estacionamento, ele tem que pagar o roubo, mas mesmo gratuito o estacionamento é responsável, ou seja, existe até uma sumula, como a 130/STJ, obrigando a reparação de dano ao veículo. LEITURA PERTINENTE À AULA Lei nº 8.078/1990 TÍTULO I Dos Direitos do Consumidor CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 1 O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Art. 2 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Art. 3 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 1 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 2 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de 30

crédito e securitária, SALVO as decorrentes das relações de caráter trabalhista. CAPÍTULO II Da Política Nacional de Relações de Consumo Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta; b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; c) pela presença do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; 31

VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. Art. 5 Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros: I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente; II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo; IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo; V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor. 1 (Vetado). 2º (Vetado). CAPÍTULO III Dos Direitos Básicos do Consumidor (MEGA IMPORTANTE) Art. 6º São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; 32

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; IX - (Vetado); X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Art. 7 Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade. Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo. (...) CAPÍTULO IV Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação dos Danos SEÇÃO I Da Proteção à Saúde e Segurança Art. 8 Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto. Art. 9 O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito 33

da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. 1 O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários. 2 Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. 3 Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a respeito. Art. 11. (Vetado). Queridos Alunos, segue abaixo uma seleção de questões de provas anteriores de diversas bancas para que você possa consolidar os Princípios do Direito do Consumidor e os novos conceitos aqui tratados. Você vai encontrar questões de nível médio e superior. Não deixe de treinar! A resolução de questões será o diferencial na sua preparação! QUESTÕES DA AULA 00 DE DIREITO DO CONSUMIDOR 1- Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: ANTT Prova: Técnico em Regulação de Serviços de Transportes Terrestres A respeito dos princípios gerais e do campo de abrangência do Código de Defesa do Consumidor (CDC), julgue o item seguinte. Os bancos estão sujeitos aos princípios e às regras constantes do CDC. 34