Princípios Básicos para Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes em Citricultura



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Transcrição:

37 a SEMANA DA CITRICULTURA Princípios Básicos para Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes em Citricultura Dr. Luís Ignácio Prochnow Diretor do Programa do IPNI no Brasil

INTERNATIONAL PLANT NUTRITION INSTITUTE (IPNI)

IPNI: INFORMAÇÕES GERAIS E MISSÃO O International Plant Nutrition Institute (IPNI) é uma organização sem fins lucrativos dedicada a desenvolver e promover informações científicas sobre o manejo responsável dos nutrientes das plantas N, P, K, nutrientes secundários, e micronutrientes para o benefício da família humana.

IPNI: EQUIPE CIENTÍFICA Nos treinamos os que treinam e influenciamos os que influenciam Dr. Terry Roberts - President IPNI

SIMPÓSIOS BPUFs Araguaína, TO Próximos Simpósios BPUFs: Sorriso, MT Regional em Vilhena, RO Temático em Campinas, SP (Fertirrigação) Rio Verde, GO Dourados, MS Foz do Iguaçú, PR Piracicaba, SP Bebedouro, SP Luís Eduardo Magalhães, BA IPNI Piracicaba, SP Maringá, PR Santa Maria, RS

PUBLICAÇÕES DO IPNI BRASIL

2. INTRODUÇÃO

IMPRESSIONANTE A fim de alimentar 9 bilhões de pessoas o mundo necessitará produzir nos próximos 40 anos quantidade de alimento similar ao que se produziu nos últimos 8.000 anos (Clay, J.; artigo website (http://thebqb.com/experts-claim-that-earth-could-be- %E2%80%9Cunrecognizable%E2%80%9D-by-2050/225852/)

Fonte: Murrell, 2009

Como nunca antes estamos sob a mira/lupa da sociedade em geral Preços e fornecimento Utilização de áreas naturais Nitratos na água Zonas de hipoxia Emissão GEE Qualidade do ar Tremendo incentivo/pressão para se utilizar insumos de forma adequada Extraído de Fixen, 2008

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SOLOS BRASILEIROS

MO SB (V%) CTC Classes de restrição dos solos brasileiros em relação à fertilidade do solo Fonte: Sparovek et al.

SOLOS DA REGIÃO TROPICAL/BRASIL Acidez (superfície e subsuperfície). Elevada Fixação de Fósforo (P). Baixa Fertilidade.

4. FERTILIZANTES NO BRASIL

Relative increase (1995 = 100) Comparação relativa na evolução do consumo de fertilizantes entre o Brasil e o restante do mundo (1994 2012) 300 Brazil World 250 200 150 100 50 0 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Year Consumo total em 1995 foi considerado como 100. Source: IFA.

USO DE FERTILIZANTES POR CULTURA NO BRASIL (2012) LARANJA; 1,2 Pastagens; 1,4 Feijão; 1,9 Fumo; 1,4 Trigo; 2,0 Arroz; 2,4 Reflorestamento; 2,8 Algodão Herbáceo; 3,8 Banana; 0,6 Batata; 1,3 Sorgo; 0,5 Tomate; 0,4 Outras; 5,3 Soja; 36,4 Café; 6,3 Cana-de-açúcar; 14,3 Milho; 17,9 Fonte: David Roquetti Filho; ANDA.

Fonte: ANDA. Projeções: MB Agro, 2007 Desafio: Importação de Fertilizantes

O QUE FAZER? Na vontade de minimizar a dependência surgem alternativas inviáveis. É necessário analisar a situação com conhecimento e tomar atitudes corretas sob o ponto de vista técnico. Acima de tudo:

5. BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES

Intensificação: mais do que o aumento de produtividade Manejo de nutrientes 4C Perda de nutrientes Biodiversidade Utilização eficiente dos recursos: Balanço de nutrientes Energia Trabalho Nutriente Água Durabilidade Metas do Sist. Prod. Sustentabilidade Erosão do solo Qualidade do ar e da água Serviços dos ecossistemas Produtividade Alimentos acessíveis Qualidade Rentabilidade Produtividade Condições de trabalho Lucro Retorno do investimento Sistema de cultivo Produtividade do solo Receitas da propriedade Estabilidade da produção Adoção Aplicação das fontes corretas de nutrientes nas doses, hora e local corretos

5.1.1. FONTE

Ciclo do nitrogênio simplificado Óxido nitroso (N 2 O) Colheita Dinitrogênio (N 2 ) Precipitação Fertilizantes amônio e nitrato Amônia (NH 3 ) Fertilizantes ureia Volatilização de amônia Pecuária Esterco animal Fixação biológica de nitrogênio Nitrate oxide (N 2 O) Óxido nítrico (NO) Enxurrada, erosão Solo orgânico (Nitrogênio orgânico) e biomassa microbiana Resíduos das raízes Absorção pelas plantas Desnitrificação Óxido nitroso (N 2 O) Imobilização Mineralização Absorção pelas plantas Nitrificação Lixiviação Amônio (NH 4+ ) Fonte: Roy et al. (2003).

(% do N aplicado) (% do N aplicado) INIBIDORES DE UREASE Volatilização acumulada de NH 3 Volatilização acumulada de NH 3 Dias após a aplicação dos fertilizantes Uréia Uréia + NBPT O NBPT não elimina Uréia mas reduz as perdas de NH 3 permitindo o aumento da eficiência de uso da uréia; Eficiência depende de condições ambientais; Uréia + NBPT Quanto maior o risco de perdas de NH 3, maior pode ser o benefício do uso do inibidor. Dias após a aplicação dos fertilizantes Extraído: Heitor Cantarella; IAC. Fonte: Soares, 2011

5.1.2. DOSE

Cultivo de uma área agrícola implica uma dúvida: CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DO SOLO EXIGÊNCIAS DA PLANTA ph, P, K, Ca, Mg, S, micro, CTC, V% N, P, K, Ca, Mg, S, Fe, Zn, Mn, Cu, B, Mo, Cl,.. SÃO AS CARACTERISTÍCAS QUÍMICAS DO SOLO ADEQUADAS PARA A MANUTENÇÃO DAS EXIGÊNCIAS DA PLANTA DE FORMA A SE OBTEREM PRODUTIVIDADES ECONOMICAMENTE VIÁVEIS DIANTE DOS INVESTIMENTOS REALIZADOS?

AJUSTES NECESSÁRIOS PARA A AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO ATRAVÉS DE MÉTODOS ANALÍTICOS Estudos de correlação (Qual metodologia?) Estudos de calibração (Como interpretar?) Curvas de resposta (Quanto adicionar?)

Produção Relativa, % Produção Relativa, % CALIBRAÇÃO DE ANÁLISES DE SOLO PARA FÓSFORO E POTÁSSIO PARA CITROS Y = 118.3 34.7/X (r=0.93*) Y = 110.1 227.9/X (r=0.92*) Potássio Trocável, mmol c dm -3 P-Resina, mg/dm -3 Fonte: Quaggio et al. (2001)

RESPOSTA DE CITROS À CALAGEM CURVAS DE RESPOSTA DOS CITROS À POTÁSSIO Muito baixo Produção, t ha -1 70% Aumento de produção, t ha -1 Baixo Médio Alto Saturação por bases, % K 2 O, kg ha -1 Fonte: Quaggio et al. (1998)

Recomendações de adubação para laranjas produzidas visando utilização in natura, em função das análises de solo e folhas, e classes de produção. Classes de produção (t ha -1 ) Nitrogênio foliar (g kg -1 ) P-resina (mg dm -3 ) K-trocável (mmo lc dm -3 ) <23 23-27 >27 <5 6-12 13-30 >30 <0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 N - P 2 O 5 K 2 O (kg ha -1 ) <20 100 80 60 80 60 40 0 140 120 100 40 21-30 120 100 80 120 100 60 0 160 140 120 80 31-40 160 140 100 140 120 80 0 200 180 160 100 >40 180 160 120 160 140 100 0 220 200 180 120 Fonte: Quaggio, Mattos Junior e Cantarella (2005).

5.1.3. ÉPOCA 5.1.4. LOCAL

Crescimento e eficiência da absorção de fósforo de árvores jovens de citros em função de doses e formas de aplicação de fósforo no solo. Tratamento 1 Massa seca Folhas Parte aérea Raiz Eficiência de absorção de fósforo (g planta -1 ) (mg g -1 ) P 0 /P 0 73,0 165,3 104,0 0,61 P 1 /P 0 79,4 178,8 118,7 0,64 P 0.5 /P 0.5 88,1 188,7 121,7 0,77 P 2 /P 0 92,1 192,2 125,7 0,82 P 1 /P 1 98,0 211,4 126,5 0,94 1 Legenda: o primeiro e o segundo P indicam as camadas de 0-0,30m e 0,31-0,60m do solo, respectivamente. P0 /P 0 = sem aplicação de P no solo; P 1 /P 0 = 8g de P por planta concentrados na primeira camada; P 0,05 /P 0,05 = 8g de P por planta dividido em duas camadas; P 2 /P 0 = 16g de P por planta concentrados na primeira camada; P 1 /P 1 = 16g de P por planta divididos em duas camadas. Comparação dos tratamentos por meio de contrastes ortogonais. Fonte: Adaptada de Zambrosi et al. (201_).

5.2. Considerações e Práticas Complementares

5.2.1. CALAGEM

Resposta da laranjeira Valência à calagem, com calcário calcítico e dolomítico, nas fases de formação (1986-1989) e produção (1990-1994) Calcário calcítico Produção de frutos (t ha -1 ) Calcário dolomítico (t ha -1 ) (t ha -1 ) 0 3 6 9 Média 1 1986-1989 0 14,2 21,6 23,4 22,1 20,3 3 18,2 22,3 21,3 23,0 21,5 6 22,1 20,6 25,7 23,5 23,0 9 23,4 22,8 25,0 23,4 23,4 Média 2 19,7 21,8 23,9 23,1 22,1 0 3 6 9 Média 2 1990-1994 0 29,3 38,7 46,9 45,3 40,1 3 38,0 45,7 44,7 47,4 44,0 6 36,6 41,0 47,9 44,0 42,4 9 38,8 44,2 44,8 43,6 42,8 Média 3 35,7 42,4 46,1 45,0 42,3 1 Resposta linear significativa por regressão polinomial. 2 Diferenças não significativas nas médias da coluna. 3 Resposta quadrática significativa por regressão polinominal. Fonte: Quaggio (1991).

5.2.2. GESSAGEM

A EFICÁCIA DA FERTILIZAÇÃO É INFLUENCIADA PELA DENSIDADE E DISTRIBUIÇÃO DAS RAÍZES Aproveitamento limitado Alto aproveitamento Fonte: Ondino Cleante Bataglia; Conplant.

APLICAÇÃO DE GESSO NEOSSOLO QUARTZARÊNICO 500 kg/ha de gesso 5000 kg/ha de gesso Fonte: Ronaldo Cabera; Consultor.

5.2.3. ROTAÇÃO DE CULTURAS / SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Fonte: Fernando Alves de Azevedo; IAC. Utilizar vegetação intercalar (natural ou introduzida) do pomar como aliada

5.2.4. FERTIRRIGAÇÃO

Fonte: Roberto L. V. Boas; UNESP Botucatu. FERTIRRIGAÇÃO

PORQUE A FERTIRRIGAÇÃO TENDE A SER MAIS EFICIENTE? Controle da profundidade de aplicação do fertilizante; Possibilidade de injeção de outros produtos químicos; Diminuição na contaminação de águas subterráneas com nutrientes contidos nos fertilizantes; O sistema possui ferramentas para rápida correção da dose de fertilizante aplicado. Fonte: Roberto L. V. Boas; UNESP Botucatu.

ONDE PODE HAVER PROBLEMAS? Maiores cuidados com as características das fontes de fertilizantes em função da aplicação nos bulbos (ph, CE); Uso de fertilizantes de qualidade com alto grau de pureza e solúveis; Misturas de produtos que gerem subproduto de baixa solubilidade; Entupimento por algas e filamentos de fungos; Fertirrigação em períodos chuvosos; Envolve novos conhecimentos capacitação técnica. Fonte: Roberto L. V. Boas; UNESP Botucatu.

Eficiência, kg frutos/kg N EFICIÊNCIA FERTILIZANTE COM IRRIGAÇÃO E FERTIRRIGAÇÃO EM CITROS: MÉDIA DE 5 ANOS 125 112 100 Sequeiro Irrigado Fertirrigado Extraído: Heitor Cantarella; IAC. Fonte: Quaggio et al., 2006

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Exatidão e Precisão Baixa exatidão Alta precisão Alta exatidão Baixa precisão Alta exatidão Alta precisão Fala-se em agricultura de precisão, mas o que mais falta é precisão na agricultura Leandro Zancanaro, Fundação MT

Nem só de técnica vive o homem (Comentário Político)

VALOR DO SERVIÇO: COMO AVALIAR? Um técnico é chamado por uma empresa para avaliar o problema em um computador extremamente valioso. Após estudo detalhado do caso o técnico desliga o computador, abre um compartimento específico e dá uma volta e meio em um parafuso. Religa então a máquina que passa a funcionar perfeitamente. O dono da empresa lhe dá os parabéns e pergunta quanto é o serviço. Fica furioso ao ter conhecimento que o valor cobrado é de R$ 10.000. Diz que não vai pagar a menos que o técnico envie uma fatura especificando tudo o que foi feito. O técnico balança a cabeça e vai embora satisfeito. No outro dia a fatura é enviada e após leitura o dono da empresa pessoa de bom senso - decide pagar de imediato os R$ 10.000. A fatura especificava: Apertar um parafuso... R$ 20,00 Saber qual parafuso apertar... R$ 9.980,00

SUCESSO A TODOS, SUCESSO À ATIVIDADE AGRÍCOLA, E MUITO GRATO PELA ATENÇÃO! @IPNIBrasil IPNIBrasil http://brasil.ipni.net/news.rss Website: http://brasil.ipni.net Telefone/fax: 55 (19) 3433-3254