Quando as coisas se encaixam, o todo fica maior que a soma das partes 10



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Transcrição:

ÍNDICE sindicato do comércio Trajetória do sistema de inovação em Jundiaí 03 20 motivos para apostar no Centro de Inovação 04 Quando as coisas se encaixam, o todo fica maior que a soma das partes 10 Gestão e Governança 12 Organismos e Atribuições 14 Atual infraestrutura Física Disponível 17 Nova Incubadora Tecnológica de Jundiaí Criar empresas é a melhor maneira de prover a economia sustentável 18 Centro de Inovação A inovação não é espontânea, ela precisa de ambientes adequados 20 O que esperar com a vinda do Parque Tecnológico 24 Perfil do município de Jundiaí 26 Evolução do Sistema 30 As conquistas 32 Os próximos passos 34 Grandes projetos, líderes iluminados 36

sindicato do comércio 03 TRAJETÓRIA DO SISTEMA DE INOVAÇÃO EM JUNDIAÍ. Crédito: Dr. Devanildo Damião. Jundiaí apresenta indicadores econômicos e sociais bastante favoráveis, portanto, uma cidade diferenciada e importante do Estado. A condição logística, tem grande participação aliada a força produtiva empregada nos segmentos agro, industrial, de serviços e comércio. Mas, a dinâmica de uma sociedade competitiva, não permite descansar sobre os resultados de ações e condições passadas, é preciso dispensar posições reativas e construir o futuro com inovações e visão de futuro. Para tal, torna-se fundamental agrupar atores fundamentais da sociedade, a academia, as empresas e o poder público. O alinhamento dos vetores é fundamental para prover soluções que sejam rápidas e respondam à complexidade de forma direta aos anseios da sociedade. O desafio de envolver diferentes segmentos, somente é possível, com bases legitimas alicerçadas em projetos que promovam o bem estar da população, por sua vez, os projetos devem estar e permanecer alinhados em estratégias inteligentes. A opção pelo desenvolvimento de um Sistema de Inovação torna-se uma decisão histórica do Poder Público de Jundiaí que seguramente trará resultados significativos no futuro e projeta a nossa querida cidade como uma das mais promissoras do País com profissionais altamente qualificados e empresas com alta intensidade tecnológica alinhadas com a economia do conhecimento.

04 do comércio 20sindicato motivos para apostar no Centro de Inovação

sindicato do comércio 05

06 sindicato do comércio 1. Município com PIB de R$ 21,8 bilhões (2011), e participação de 0,53% na riqueza do País, é um grande polo de uma aglomeração urbana com mais de 700 mil habitantes. Jundiaí destaca-se pela localização privilegiada, entre as regiões metropolitanas de Campinas e São Paulo, sendo próxima também da aglomeração urbana de Sorocaba. 2. A Aglomeração Urbana de Jundiaí possui uma população de 729.696 habitantes, com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 40,7 Bilhões (SEADE, 2011). O Município de Jundiaí, polo da região, possui população de 382.363 habitantes (SEADE, 2013). 3. O Município de Jundiaí destaca-se por seus indicadores de desenvolvimento social: o IDHM - PNUD do município de Jundiaí passou de 0,602 (35o lugar nacional) no ano de 1991, para 0,822 (11o lugar nacional) no ano de 2010. Jundiaí ocupa a 9a colocação nacional no índice IFDM FIRJAN, integrando o grupo de 4% dos municípios paulistas e 0,5% dos municípios brasileiros que possuem IFDM na faixa entre 0,9 e 1,0. Jundiaí obteve ainda o primeiro lugar, dentre os 100 maiores municípios brasileiros, no ranking de gestão municipal 2013 Macroplan. 5. Analisando-se as matrículas nos cursos de graduação presencial do município de Jundiaí (Fundação SEADE), destaca-se a concentração de matrículas nos cursos das áreas de Ciências Sociais, Negócios e Direito, com 12.251 matrículas em 2011, e Engenharia, Produção e Construção, com 8.513 matrículas em 2011. A área de Ciências, Matemática e Computação aparece com 1.793 matrículas em 2011. 4. O Município de Jundiaí conta com 10 instituições de ensino superior, sendo 08 faculdades, 01 centro universitário e 01 universidade. Jundiaí conta ainda com uma rede de escolas de ensino técnico.

sindicato do comércio 07 ESTRATEGICAMENTE... 6. Com a implantação do Centro de Inovação, a região de Jundiaí contará com um ambiente de inovação para capacitação de empreendedores e desenvolvimento de novas empresas de forma estruturada. 7. Esta é uma iniciativa inovadora no Brasil e servirá para fortalecer a marca de Jundiaí como um município inovador e gerador de oportunidades para as micro e pequenas empresas. 8. O processo resultou da articulação entre instituições de Ensino e tecido empresarial que promoveram movimento de interação bastante expressivo na sociedade, induzindo a necessidade de aceleração do projeto que somado à disponibilidade de um espaço nobre da Prefeitura resultaram na antecipação de fases do projeto propondo a criação do Centro de Inovação. 9. Jundiaí possui um centro de pesquisas público, o Centro APTA (Agência paulista de tecnologia dos agronegócios) de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico de Campinas e diversos centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação privados: Siemens, Mahle, BRF, Dow, Bematech. 10. A área de atuação definido a partir do estudo vocacional para o Centro de Inovação de Jundiaí, envolve as Tecnologias de Informação e Comunicação, visto que se constitui no principal setor de alta intensidade tecnológica do município, com seu setor industrial destacando-se no ranking de empregos e no valor adicionado fiscal de Jundiaí. As principais empresas do polo de TI de Jundiaí possuem experiência em parcerias com universidades.

08 sindicato do comércio 11. A Incubadora Tecnológica de Jundiaí e a futura Incubadora de Comércio de Jundiaí integram um processo articulado de estruturação de habitats de inovação no município, fazendo parte de uma política pública específica para ciência, tecnologia e inovação em Jundiaí, em consonância com o projeto do Centro de Inovação. 12. Na área de software e sistemas, o interesse da CIJUN em instalar- -se como uma das empresas âncora apresenta-se como um fator positivo. A instalação da Incubadora Tecnológica de Jundiaí no mesmo edifício do Centro poderá gerar sinergias e projetos conjuntos. O principal desafio do Centro de Inovação de Jundiaí consiste no adensamento das empresas de software localizadas no município. Jundiaí possui o caso de sucesso da Bematech em software e sistemas. 13. Na área da indústria, apesar da importância do Polo de TI de Jundiaí na geração de empregos, verifica-se a necessidade de aumento na geração de empregos qualificados em TI no município. Por outro lado, empresas de TI locais tem demonstrado prática de relacionamento com universidades como a UNICAMP. Do ponto de vista da oferta de ciência e tecnologia, não existe ainda em Jundiaí uma área de competência técnica desenvolvida pelas instituições de ensino locais para atração de parcerias de projetos de P&D&I com empresa do polo. 14. O polo de TI de Jundiaí tende a ter importância econômica cada vez maior para o município, constituindo-se em seu principal setor industrial de alta intensidade tecnológica. A articulação com as empresas locais para definição das áreas de competência a serem desenvolvidas pelo Centro de Inovação de Jundiaí mostra-se bastante necessária. 15. A proximidade geográfica com UNICAMP e USP pode ser considerada como um fator positivo, pela oferta já consolidada em ciência e tecnologia. O Centro de Inovação de Jundiaí poderá identificar uma área de complementaridade para sua atuação.

sindicato do comércio 09 que Jundiaí tem conseguido atrair, no período recente, centros de pesquisa de empresas de diversos setores, como Siemens, Mahle, BRF, Dow, Bematech. 16Verifica-se 17. Para atração de centros de pesquisa em TI para Jundiaí, existem alternativas, como a implantação de centros de pesquisa cativos de empresas locais beneficiárias da Lei de Informática. Uma outra estratégia consiste na atração de laboratórios conjuntos entre empresas e universidades, estratégia que possui experiências concretas de sucesso, como em São José dos Campos. 18. Existem diversas incubadoras de empresas cadastradas como habilitadas para recebimento de recursos de empresas com base na Lei de Informática. A atração de recursos com esta estratégia pelo Centro de Inovação de Jundiaí depende ainda do desenvolvimento de áreas de competência técnica pelo centro. É importante ainda pesquisar o sucesso que as instituições atualmente cadastradas obtiveram na atração efetiva de recursos. 19. Destaca-se como ponto positivo o papel do poder público local, que vem investindo em políticas específicas em ciência, tecnologia e inovação, com o desenvolvimento de habitats de inovação de forma articulada, bem como com a articulação com entidades da sociedade civil. O esforço para o adensamento das instituições de ensino, com a atração do IFSP Jundiaí, também teve atuação decisiva do poder público local. 20. O projeto do Centro de Inovação de Jundiaí acontece precisamente no momento de uma Janela de Oportunidade para o município. Jundiaí vivencia a atração recente de centros de pesquisa, a oportunidade de articulação durante o planejamento da implantação dos cursos do IFSP Jundiaí, o fortalecimento do polo de TI, a implantação e desenvolvimento das incubadoras de empresas, além da articulação com a sociedade local. O Centro de Inovação de Jundiaí poderá ter papel relevante como facilitador neste processo de formação do Sistema de Inovação de Jundiaí.

SISTEMA DE INFORMAÇÃO Quando as coisas se encaixam, o todo fica maior que a soma das partes O estudo dos sistemas de inovação se constitui numa referência para as políticas públicas, para o desenvolvimento socioeconômico, para a requalificação dos espaços urbanísticos, além de subsidiar o planejamento estratégico dos agentes envolvidos diretamente nessas atividades.

sindicato do comércio 11 Estrutura do Sistema de Inovação. Tese de doutorado: Damião (2009) Nos países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil, a organização dos ambientes inovadores se intensificou a partir do final da década de 90 com as mudanças nas diretrizes de políticas públicas. Entre essas mudanças, é possível destacar o maior envolvimento das autoridades locais nas ações e políticas visando o desenvolvimento econômico; o reconhecimento da importância das ações empreendedoras das pequenas e médias empresas e da inovação para geração de renda e emprego; e o esforço por uma maior interação entre as universidades, institutos de pesquisa e o setor produtivo. Sabe-se que os resultados dos sistemas de inovações são derivados, em parte, em relação ao seu nível de estruturação. Nessa perspectiva, a literatura diferencia os sistemas mais avançado, utilizando como critério o seu nível de formalização representado pela articulação entre o sistema científico e tecnológico e o sistema financeiro e a articulação entre os agentes públicos e privados. Especificamente, o caso brasileiro é caracterizado como integrante do grupo de países de sistema heterogêneo, os quais, dentre outras características, apresentam sistemas não estruturados. Tentar conceituar qualquer tipo de sistema de forma simplificada não é tarefa fácil, trataremos aqui considerando os princípios desenvolvidos por organismos de renomada competência como a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) a qual trata a atividade inovativa como um processo de natureza evolucionário, que ocorre a partir da conjugação de fatores econômicos e institucionais. Nesse sentido, ganham destaque as especificidades locais, como: a natureza e o perfil das organizações, entendidas como atores do processo de inovação; as características das interações entre os elementos que compõe os subsistemas de inovação; e as instituições, que suportam e norteiam as interações inerentes às atividades inovativas. As organizações básicas que compõem os sistemas de inovação são as organizações, as instituições e as interações. i) relacionados as organizações envolvem as empresas, consideradas o local da atividade inovativa; as organizações científicas e tecnológicas, responsáveis pelo desenvolvimento do conhecimento básico e também, pela formação de recursos humanos; as organizações de fomento, em suas mais diversas configurações; e o capital empreendedor (venture capital-capital de risco (ou de oportunidade), seed money capital semente, business angels anjos investidores pessoa física) e o poder público em diferentes esferas de representação. ii) as instituições, por sua vez, representam as normas, diretrizes, regulamentos e os procedimentos formais e informais vigentes no contexto das operações do sistema de inovação. iii) Já as chamadas interações entre os atores, referem-se ao conjunto dos relacionamentos inerentes ao processo inovador, que podem ser de mercado (quando envolvem relações de compra e venda), extra-mercado (quando não envolvem relações diretas de compra e venda) e ainda, entre as organizações de apoio ou instituições, inclusive e substancialmente em relação a atividade de indução do poder público.

12 sindicato do comércio GESTÃO E GOVERNANÇA.

sindicato do comércio 13 Estrutura administrativa básica A Gestão de um ambiente complexo pressupõe o desenvolvimento de estruturas organizadas para tomada de decisões e operações administrativas. Assim, torna-se conveniente abordar os elementos da composição e formatação de seus órgãos diretivos básicos, de acordo com a literatura e as experiências internacionais. A Prefeitura no projeto estará representada pela equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí, a qual desenvolverá a Governança do projeto sendo a interface técnica para relação com as entidades responsáveis pela gestão e os objetivos do projeto. Também será organizado um Conselho Municipal para tratar do tema de Ciência, Tecnologia e Inovação, cuja composição envolverá membros da academia, das empresas e da Sociedade Civil.

14 ORGANISMOS E ATRIBUIÇÕES:

sindicato do comércio 15 Governança - Será da Prefeitura Municipal de Jundiaí, a qual é a entidade proprietária da área para Construção do Centro de Inovação e também responsável pela construção dos equipamentos. A mesma elaborou um convênio com o Sincomércio - Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí e região, para gestão da Incubadora Tecnológica e também do Centro de Inovação, com plano de trabalho com indicadores definidos para cada item. Entidade Gestora - Mecanismo organizado para desenvolver atividades relacionadas à gestão, operação e articulação do Centro de Inovação, a entidade escolhida foi o Sincomércio - Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí e região, que será responsável: Facilitar e promover a cooperação entre universidade e empresas e entre as próprias empresas localizadas no Centro de Inovação, ou associadas a ele, de modo a estimular a transferência de conhecimento e tecnologia; Promover as atividades de animação, com o objetivo de criar uma identidade para o empreendimento; Gerenciar as Áreas de Contratos e Convênios, Proteção à Propriedade Intelectual, Marketing Institucional de produtos e Serviços e Gestão da Inovação Tecnológica; Dinamizar o processo de seleção das empresas que desejam se instalar no Centro de Inovação, preocupando-se em garantir que o perfil destas se coadune à imagem da iniciativa; Gerir os serviços de infraestrutura e serviços contando com serviços de manutenção e melhorias; Constituir um Centro de Serviços e Capacitação Empresarial para abrigar atividades de apoio à relação universidade-empresa, bem como as de apoio ao desenvolvimento da gestão empresarial e à comunidade do Centro de Inovação; Administrar os serviços que serão desenvolvidos no Centro de Inovação, considerando o conjunto de parceiros, fornecedores, sociedade em geral; Assim deve ser estruturado para responder às demandas internas dos parceiros do empreendimento desenvolvendo também competências para articulações e relacionamentos com os representantes de diversas esferas. A estrutura demandará a disponibilização de recursos financeiros, tecnológicos, materiais, estruturais e humanos que deverão estar contemplados nos orçamentos. Gestão da Incubadora - A Gerência da Incubadora também será exercida pelo Sincomércio - Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí e região, para fazer o gerenciamento da Incubadora, a qual indicará um gerente com capacitação específica exigida para o exercício do cargo, A gestora obriga-se a contratação de mais profissionais para compor a equipe administrativa.

16 sindicato do comércio Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia - Conselho Municipal composto de membros voluntários das principais entidades do Município de Jundiaí com funções definidas em estatuto específico, dentre as quais, assessorar o Poder Executivo na definição das políticas e gestão da inovação do município e de apoio ao Centro de Inovação. PEDRO REIS GALINDO, como titular, CELSO LUIZ COLETTI, como suplente, representantes da Secretaria Municipal de Finanças; DANIELA DA CAMARA SUTTI como titular, TELMA BERNARDES PINTO, como Suplente, Representantes da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente; JOSÉ RENATO POLLI, como titular, JOSÉ RONALDO PEREI- RA, como suplente, representantes da Secretaria Municipal de Educação; JOSÉ DIMAS GONÇALVES, como titular, HILDEMAR ANTÔNIO BALDAN, como suplente, representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econônico, Ciência e Tecnologia; MARCELO CERESER, como titular, EDISON SEVERO MALTONI, como suplente, representantes do Gabinete do Prefeito; ISMAR AUGUSTO PROCÓPIO DE OLIVEIRA, como titular, EDUARDO JOSÉ SILVEIRA ALVAREZ, como suplente, representantes das instituições de ensino técnico; CRISTIANE GOMES, como titular, ALE- XANDRO DE FREITAS ZAVARIZI, como suplente, RICARDO SIMÕES DE ABREU, como titular, FÁBIO BAGNARA, como suplente, representantes das empresas de base tecnológica; MAURÍTIUS MATTHIAS REISKY VON DUBNITZ, como titular, ANTONIO CLAUDIO MONTIANI PALMA, como suplente, representantes da sociedade organizada das indústrias; GILBERTO MARCUS PAULIELO DE NOVAES, como titular, FABIANO FERREIRA DE MORAES, como suplente, representantes da sociedade organizada de serviços; DEVANILDO DAMIÃO, como titular, JOSÉ VERDUGO DIAS, como suplente, representantes da sociedade organizada do comércio; CRISTIA- NO MONTEIRO DA SILVA, como titular, AARÃO RUBEN DE OLIVEIRA, como suplente, MARCELO SCHNECK DE PAULA PESSÔA, como titular, ANTONIO GILVERTO DE FREITAS FILHO, como suplente, OSVALDO MASSAMBANI, como titular, VIVIANE REZI DOBARRO, como suplente, representantes das instituições de ensino superior; ELISEU SILVA COSTA, como titular, e EDILSON CARVALHO, como suplente, representantes do sindicato dos trabalhadores sediado no Município de Jundiaí.

sindicato do comércio 17 Atual Infraestrutura Física Disponível A Incubadora Tecnológica de Jundiaí está localizada na avenida Marginal Norte da Rodovia Anhanguera, 480, entre os bairros do Retiro e do Engordadouro, em uma área superior a 1.650 metros quadrados. A incubadora conta com 20 módulos para a instalação de empresas, bem como sanitários, recepção, sala de reuniões, escritório administrativo e sala de treinamentos. O apoio para infraestrutura solicitado no presente projeto visa equipar adequadamente a sala de treinamentos.

18 NOVA INCUBADORA TECNOLÓGICA DE JUNDIAÍ Criar empresas é a melhor maneira Jundiaí contava com uma incubadora de empresas até 2010, ano em que o SEBRAE-SP rompeu seus convênios de gestão com todas as incubadoras de empresas paulistas. A partir daí, o prédio passou a funcionar basicamente como um condomínio, sem equipe de gestão e sem um programa de incubação. Antes do rompimento do convênio pelo SEBRAE-SP, a incubadora de Jundiaí contava com 19 empresas residentes e 15 empresas associadas, com um faturamento geral de R$ 5 milhões e geração de 80 empregos diretos. A nova gestão da Prefeitura de Jundiaí promoveu, em 2013, uma reestruturação de sua infraestrutura de apoio à inovação, tendo efetuado a mudança da Incubadora Tecnológica de Jundiaí para um novo edifício, além de efetuar

sindicato do comércio 19 IMAGEM ILUSTRATIVA de prover a economia sustentável. a gestão da incubadora. Como esta é uma mudança recente, o edifício necessita ainda de sala com infraestrutura para que possa promover cursos, eventos, receber visitas de estudantes e hospedar reuniões de articulação da sociedade civil de Jundiaí e região, tendo em vista a articulação de um Sistema Local de Inovação. A incubadora busca sua requalificação como âncora da inovação em empresas nascentes na região, sobretudo, através das parcerias com as universidades, entidades e empresas. A incubadora pretende contribuir para gerar novas empresas e postos de trabalho na região, proporcionando ainda maiores oportunidades para a fixação local de mão de obra qualificada e de perfil empreendedor.

20 CENTRO DE INOVAÇÃO A inovação não é espontânea, ela Com a implantação do Centro de Inovação, a região de Jundiaí contará com um ambiente de inovação para capacitação de empreendedores e desenvolvimento de novas empresas de forma estruturada. Esta é uma iniciativa inovadora no Brasil e servirá para fortalecer a marca de Jundiaí como um município inovador e gerador de oportunidades para as micros e pequenas empresas. Destaca-se ainda o fato de o projeto não limita sua ação à sua área física, mas sim, atua como um dinamizador do empreendedorismo regional, através de cursos, eventos, recebimento de visitas técnicas e forte articulação com o ambiente empresarial e acadêmico. O projeto deve atender aos requisitos específicos para o creden-

sindicato do comércio 21 IMAGEM ILUSTRATIVA Espaço de convivência do Centro de Inovação de Jundiaí precisa de ambientes adequados. ciamento do Centro de Inovação Tecnológico de Jundiaí no Sistema Paulista, de acordo com o Decreto 60.286, de 25 de março de 2014. Além do aspecto regulamentar, referente ao desenvolvimento do Centro de Inovação Tecnológico de Jundiaí, são ainda necessárias ações e orientação técnica para os profissionais da Prefeitura Municipal de Jundiaí, entidade coordenadora do projeto, no sentido de tornar realidade o processo de planejamento, articulação de partes interessadas e inserção do projeto do Centro de Inovação Tecnológica nos cenários nacional e internacional. O projeto prevê estruturas modulares com perspectiva circular, apresentando espaços no centro para convivência e interação, o Núcleo está estruturado em três pisos, sendo um destinado para a Incubadora, outro para o condomínio empresarial e por fim espaço para eventos coletivos. Será apresentado agora o detalhamento da composição com os ativos e a funcionalidade.

22 sindicato do comércio u CIJUN Companhia de Informática de Jundiaí disponibilização de espaço para abrigar a empresa de Informática do Município, com toda a infraestrutura de TI e que será a âncora do projeto, demandando o surgimento de spins e serviços de empresas menores. Será desenvolvido em escala experimental o centro de tratamento de dados, para ser incrementado e posteriormente o desenvolvimento de espaços para o desenvolvimento de Big Data. Estimativa de Área construída 1000 metros quadrados em dois pisos; u Laboratórios de P&D&I a laboratórios de P&D&I, laboratórios de apoio em Tecnologia Industrial Básica (TIB), salas de capacitação e treinamento. Estrutura modular de 500 metros quadrados; u Incubadoras de Empresas são previstas instalações adequadas às seguintes modalidades de incubação: incubadora de ideias (pré-projeto), de empresas de base tecnológica, incubadora corporativa e tecnológica. É prevista a disponibilização de área com estrutura modular, incluindo as áreas de serviços comuns para os incubados. Estrutura modular de 1.000 metros quadrados; u Sincomércio O Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí e Região (Sincomercio) fará um importante elo entre a área pública, sendo a Prefeitura de Jundiaí e o Governo do Estado, e a iniciativa privada, representada pelas empresas incubadas. A atuação da entidade fará a gestão do espaço, assim como dos recursos alocados por meio do convênio entre Prefeitura e Sincomércio. O papel da instituição também passa pela atuação próxima aos empreendedores na busca de capacitação permanente. u Centro de Informação tem por objetivo atender a comunidade nos setores de ensino e extensão, pesquisa científica, tecnológica e de inovação, cobrindo todas as áreas do conhecimento, com a previsão de que alguns de seus serviços sejam oferecidos, também, à comunidade em geral da região. O Centro de informação vai atuar como participante de redes de cooperação existentes em nível estadual, nacional e mundial, procurando garantir o intercâmbio de dados e documentos. Estrutura modular de 500 metros quadrados;

sindicato do comércio 23 u Condomínio Empresarial I Para empresas de micro, pequeno e médio portes, em regime de pós-incubação ou não. A estrutura será modular com módulo-padrão para empresas de cerca de 200 metros quadrados em dois pisos com total de 1.000 metros quadrados; u Auditório Com capacidade para 150 pessoas, irá abrigar os eventos de animação e exposição. Total 100 metros quadrados; u Centro de convivência abriga uma área de serviços comuns como refeitórios, lazer e para instalações comerciais (bancos, restaurante, lanchonete, cafeteria, papelaria e reprografia, drogaria- -farmácia, comunicação e tecnologia da informação). u Áreas para co- -working e laboratórios compartilhados, dentro da própria estrutura já dimensionada serão disponibilizados espaços para desenvolvimento conjunto.

O que esperar com a vinda do Parque Tecnológico As oportunidades com a instituição de um Parque Tecnológico são suficientes para dotar de competitividade a cidade e todo o seu entorno. 1. Perspectiva de Inteligência Territorial - deve ser entendida como a criação de uma ÁREA PLANIFICADA urbana de desenvolvimento local, a qual envolve o desenvolvimento de diferentes ativos com objetivos específicos e baseados numa visão sistêmica. 2. Perspectiva de Políticas Públicas Utilizada como um instrumento de Políticas Públicas, visando o Desenvolvimento Local e o Planejamento urbano, com impactos não limitados a uma única área, todavia ao entorno, caracterizando o perfil de uma cidade Inovativa. 3. Perspectiva de Cooperação, em particular entre a Universidade, a Municipalidade, o Poder Estatal e as Empresas, que resulta em uma nova organização que abriga atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. 4. Perspectiva de apoio ao Empreendedorismo Apoiando o empreendedor e organizando a atividade empreendedora, com projetos iniciantes, apoio a Incubadora de empresas e idéias, além de estimular a formação de um manancial qualificado nas instituições de Ensino e Pesquisa. 6. Perspectiva de aumentar o po recursos concorrenciais, dotando os dições para concorrer pelos recursos fomento e apoio nas esferas Estadual 5. Perspectiva de adensamento da base de Ciência e Tecnologia, oferecendo incentivos para atrair novas instituições de ensino, fortalecimento da estrutura atual e desenvolvimento de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento e Serviços Técnicos Especializados.

sindicato do comércio 25 7. Perspectiva de receber novas empresas, selecionando o perfil de empresas importantes para o futuro do município e oferecendo meios para que a cidade torne-se um pólo atrativo para essas empresas, além de desenvolver simultaneamente articulações com organismos de financiamentos. 8. Perspectiva de melhorar o perfil de ocupação dos empregos da cidade, privilegiando atividades intensivas em conhecimento, atraindo pessoas com mais qualificação e poder aquisitivo. 9. Perspectiva de Inserção Internacional da Cidade com o desenvolvimento do Parque Tecnológico, a cidade pode oferecer eventos internacionais e conseqüentemente atrair pesquisadores e pessoas com alta qualificação, disseminando o perfil de cidade tecnológica e inovativa. 10. Perspectiva de gerar oportunidades de empregos qualificados para a população, dotando a cidade de um sistema de ensino que incorpore as fases de formação e especialização e, sobretudo direcionada para as atividades com alto poder de incorporação dessa mão-de-obra. tencial de recebimento de organismos locais de conofertados pelos órgãos de e Federal. 11. Perspectiva de criar uma cultura de Inovação, com o desenvolvimento de espaços que atraiam as crianças e jovens a locais dotados de equipamentos escolares, culturais e tecnológicos, capazes de trazer a ciência ao dia a dia dos alunos por meio de um papel atuante da educação.

26 sindicato do comércio PERFIL DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ Jundiaí está posicionada no centro do maior mercado produtor e consumidor da América Latina, que abarca, por um lado, a Grande São Paulo e, por outro, a Região de Campinas, porta de entrada para o interior do Estado mais rico e desenvolvido do País. Trata-se, portanto, de uma localização ideal para empresas cujos principais clientes e fornecedores encontram-se nos dois maiores mercados brasileiros, respectivamente a Região Metropolitana de São Paulo e o interior do Estado, com uma população conjunta de 42,6 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto de cerca de U$$750 bilhões. Segundo estudos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, a região definida com centro no Município de Jundiaí e raio de 100 km representa 12,7% da área do Estado de São Paulo, porém abarca 71,9% da população estadual e 81,1% da geração de riqueza do Estado mais rico do País. É um endereço privilegiado, onde o Brasil está acontecendo. O Município possui 393.920 habitantes (IBGE 2013) e um Produto Interno Bruto (PIB) Municipal de R$ 21,81 bilhões (em 2011), segundo o IBGE, o que o coloca na 9ª posição entre as maiores economias do Estado, entre 645 municípios. Tem o sexto maior parque industrial do Estado de São Paulo, e o oitavo maior parque de Serviços e Comércio do Estado. Além disso, tem uma elevada geração de valor adicionado por habitante, o que se reflete num PIB per capita quase três vezes maior que o PIB per capita brasileiro, e 80% maior que o mesmo indicador para o Estado de São Paulo. No passado imediato, ou recente, o crescimento na geração de riqueza no Município foi proporcionalmente maior que o verificado no Estado e no País. Assim, de 2002 a 2011, o PIB municipal

sindicato do comércio 27 avançou, em termos reais, 5,94% ao ano, contra 3,89% ao ano apurado para o Brasil e contra 3,18% ao ano para o Estado de São Paulo. Como consequência, a participação do PIB municipal no PIB brasileiro passou de 0,44% em 2002 para 0,53% em 2011, enquanto a participação no PIB estadual evoluiu de 1,28% em 2002 para 1,62 em 2011, um avanço de 26,5%. Há no Município amplas e modernas zonas industriais, dotadas de completa infraestrutura e localizadas às margens das principais vias de transporte rodoviário, notadamente as rodovias Anhanguera e Bandeirantes. Na diversidade do parque industrial, onde mais de 30 Divisões de Atividade Econômica se fazem presentes, destacam-se a Fabricação de Produtos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos; Fabricação de Produtos de Borracha e de Material Plástico; Fabricação de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias; Fabricação de Produtos de Metal, Exceto Máquinas e Equipamentos; Fabricação de Produtos Alimentícios; Fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos; Fabricação de Máquinas e Equipamentos; Fabricação de Bebidas; Fabricação de Produtos Químicos, dentre muitos outros. A indústria gera 58.738 empregos formais em Jundiaí, a partir de 2.636 estabelecimentos (Rais 2013). Algumas Divisões e Subdivisões de Atividade Econômica estabelecidas no Município tem enorme representatividade dentro do Estado de São Paulo. Por exemplo, a Subdivisão Fabricação de Equipamentos de Informática e Periféricos em Jundiaí representa 26,2% dos empregos na mesma Subdivisão dentro do Estado, e 22% da massa salarial apurada no Estado, para essa atividade. Da mesma forma, tem grande destaque a Subdivisão Fabricação de Geradores, Transformadores e Motores Elétricos, com a atividade local

28 sindicato do comércio representando 16% dos empregos do Estado, e 22% da massa salarial (Rais 2011). Em termos de contribuição ao PIB municipal, em que pese a força da indústria, sobressaem o Comércio e o setor de Serviços que, conjuntamente, respondem por 63,85% do PIB. Há 8.433 empresas comerciais no Município, que empregam 39.179 trabalhadores formais. No setor de Serviços, são 11.657 empresas, com a oferta de 82.689 empregos formais (Rais 2013). A força do Comércio e Serviços não é de se estranhar: Jundiaí tem a nona maior renda per capita do Estado, entre os 645 municípios de São Paulo (31% maior que a média estadual), e já desempenha influência regional, dada a ampla oferta de estabelecimentos e a presença de grandes marcas de reputação nacional. Como resultado, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda, o Comércio foi a atividade que proporcionalmente mais cresceu no Município entre 2001 e 2011, passando de 1,53% do total do comércio do Estado, em 2001, para 2,53% em 2011, um resultado impressionante. De forma geral, costumamos dizer que o vigor e o dinamismo da economia municipal são alicerçados por uma teia de fatores interligados, que se reforçam mutuamente: localização geográfica privilegiada, amplos mercados consumidores, estrutura logística invejável, educação e qualificação da mão de obra, infraestrutura completa e, aliado a tudo isso, qualidade de vida entre as melhores do Brasil. De fato, o município tem o segundo melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Estado de São Paulo, entre as cidades com mais de 300.000 habitantes, e o quarto lugar no ranking geral entre todos os municípios do Estado. Também é considerada a terceira melhor cidade média brasileira (com mais de 300 mil FOTO: LIDIA MERLUCCI

sindicato do comércio 29 habitantes) em termos de desenvolvimento, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal 2014. Para o futuro próximo, teremos que enfrentar alguns desafios. O primeiro será compatibilizar o crescimento econômico dos próximos anos com a preservação da qualidade de vida, que prezamos. Ao mesmo tempo, encontrar soluções para possibilitar o crescimento da produção e da riqueza locais num quadro de baixo crescimento da economia nacional, que é o quadro que temos no momento, em 2014. O melhor caminho para isso será, provavelmente, estimular investimentos em ciência, tecnologia e inovação, de forma a garantir que o parque empresarial local (indústria, serviços, comércio e agricultura) possa crescer com processos, produtos e serviços inovadores, mas também com ganhos de produtividade e com maior agregação de valor. Investir em educação e em qualificação profissional também terá um papel chave para o nosso futuro. As mudanças demográficas em curso no Brasil e em Jundiaí apontam para um crescimento lento da população economicamente ativa, e vimos nos últimos anos o virtual esgotamento da mão de obra excedente e desempregada. Para crescer, daqui para frente, os empregos deverão ser bons empregos, ocupados por bons profissionais, capazes de produzir valor. Em outras palavras, o desenvolvimento futuro e a distribuição dos benefícios para todos dependerão cada vez mais do aumento da engenhosidade e da produtividade do trabalho, e da competitividade do nosso sistema econômico. Nós podemos fazê-lo em Jundiaí. (José Roberto Pellizzer - Economista da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Prefeitura de Jundiaí).

30 sindicato do comércio EVOLUÇÃO DO SISTEMA. Fizemos muito, vamos fazer mais Para acelerar o processo foi definida a viabilidade de tratar uma Lei de Inovação que instituísse o Sistema de Inovação e servisse como um marco local para as políticas inovativas. O planejamento Estratégico. Políticas Públicas de qualidade são derivadas de funções de planejamento e organização de recursos. O presente projeto foi formatado minuciosamente utilizando informações qualificadas e alta especialização na formatação de ambientes inovativos. A engenharia foi iniciada com base nas demandas reportadas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí por meio de reuniões técnicas que envolveram o especialista em Ambientes inovativos Dr. Devanildo Damião. Por meio de workshops e treinamento técnico com a equipe da Secretaria foi desenvolvida a estratégia, tendo como objetivos principais: 1. A requalificação da Incubadora Tecnológica; 2. O desenvolvimento de um ambiente qualificado para inovação. 3. A instituição de um parque Tecnológico. As discussões foram aprofundadas no âmbito das políticas públicas desenvolvidas pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo e nos conceitos relacionados à implantação de um Sistema de Inovação Local. Para acelerar o processo foi definida a viabilidade de tratar uma Lei de Inovação que instituísse o Sistema de Inovação e servisse como um marco local para as políticas inovativas. Paralelamente, foram elaborados documentos para organizar a gover-

sindicato do comércio 31 nança da gestão da Incubadora Tecnológica de Jundiaí, com reuniões de trabalho que envolveram o Sincomércio, sendo definida a viabilidade de realizar um convênico que permitisse a gestão da Incubadora pelo Sincomércio e no futuro Centro de Inovação. Também forma articuladas reuniões e apresentações com a academia local, apresentando o modelo do Sistema de Inovação e convocando as lideranças a participar do movimento. Os estudos exigidos pela SDECTI/SP foram custeados pela mesma com base na excelência dos documentos e projetos apresentados. O Modelo conceitual, tinha como premissas: 1. A requalificação imediata da Incubadora tecnológica de Jundiai. Inclusive com a contratação de especialistas para suporte aos empreendedores e definição da gestão; 2. A organização de um modelo de Centro de Inovação totalmente inovador, considerando as potencialidades do Município e estrategicamente desenhado para promover a cultura de inovação na cidade. 3. A definição das condições propiciadoras para o desenvolviemnto do parque Tecnológico de Jundiaí, tendo a definição da área como um dos elementos estratégicos. 4. O desenvolvimento de um arcabouço regulatório institucional moderno e eficiente e a instituição de um Comitê altamente representativo da sociedade de Jundiaí para acompanhar e deliberar sobre o projeto.

32 sindicato do comércio AS CONQUISTAS A dinâmica do projeto com envolvimento dos vetores da sociedade: Academia, Poder Público e Setor Produtivo permitiu avançar rapidamente na perspectiva de conseguir um marco legal para o projeto por meio da Lei n. 8.113 a Lei de Inovação de Jundiaí que instituiu o Sistema de Inovação na cidade e estabeleceu as medidas de promoção e incentivo à inovação no Município, além da criação do Fundo de apoio a Ciência, Inovação e Tecnologia. A Prefeitura assinou um convênio com a SDECTI/SP do Estado de São Paulo que envolveu o repasse R$ 200 mil reais para os Estudos de Viabilidade, Modelo de Gestão e Plano de negócios do Centro de Inovação, os estudos foram realizados pela CIJUN Companhia de Informática de Jundiaí com o apoio técnico do Professor Dr. Devanildo Damião. Estes estudos possibilitaram ao projeto da cidade credenciar o projeto no Sistema paulista, fato que possibilita submeter projetos para a construção do Centro de Inovação. A Incubadora Tecnológica de Jundiaí está passando por um processo de qualificação, capitaneado pela gestora (Edison Maltoni) o Sincomércio Jundiaí, o qual estabeleceu novos processos de gestão para a Incubadora, envolvendo melhorias na infraestrutura, consultorias técnicas, atividades de acesso ao mercado e desenvolvimento de documentação para o projeto. A designação do Sincomércio como entidade gestora foi desenvolvido por meio de um convênio com a Prefeitura de Jundiaí, o qual estabelece todo o plano de trabalho a ser desenvolvido nos próximos três anos, permitindo que o Sincomércio (gestor da Incubadora e do Centro de inovação) traga um conjunto de inovações de gestão que permitirá aos incubados condições propícias de inovar. Também fruto de amplo processo de articulação que envolveu as lideranças políticas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia foi definida á area para o desenvolvimento dos ambientes de inovação na cidade. A Fundação Antônio Antonieta Cintra Gordinho efetivou a doação de uma área de 216 mil m² da instituição para a Prefeitura de Jundiaí, na qual será construído a Incubadora de empresas com dimensões de 2 mil metros quadrados, o Centro de Inovação tecnológico com 10.000 metros quadrados e o Parque Tecnológico ocupando a área totalmente. O Prefeito Pedro Bigardi instalou oficialmente o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Jundiaí, os conselheiros elegeram a diretoria, que será formada por: José Dimas Gonçalves, presidente; Devanildo Damião, primeiro vice-presidente; Cristiane Gomes, segunda vice-presidente; Hildemar Baldan, primeiro secretário; Cristiano Monteiro da Silva, segundo secretário; e Tatiane Rego, secretária executiva.

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34 OS PRÓXIMOS PASSOS 1. Intensificação do Sistema de Inovação de Jundiaí com a promoção de eventos tecnológicos como por exemplo, o desenvolviemnto da Semana de Tecnologia, com a participação das principais entidades do Município. 4. O Início da Construção do Centro de Inovação Tecnológica, com os estudos topográficos, altimétricos e urbanísticos que possibilitem iniciar as obras de construção civil com o desenvolvimento de uma Incubadora de empresas, condomínio Empresarial, auditórios e laboratórios. 2. A inclusão do Centro de Inovação Tecnológico de Jundiaí na Rede Paulista de Centros de Inovação Tecnológica RPCITec, o qual tem como entidade gestora o Sincomércio Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí e Região, disciplinados pelo decreto nº 60.286, de 25 de março de 2014, o qual Institui e regulamenta o Sistema Paulista de Ambientes de Inovação SPAI e dá providências correlatas. 5. Assinaturas de acordos de cooperação técnica com entidades nacionais e estrangeiras de ciência e tecnologia. 3. Credenciamento da Incubadora Tecnológica de Jundiaí no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, qualificando-a como propícia para receber recursos de empresas que querem desenvolver projetos de pesquisa e desenvolvimento. 6. Credenciamento da Incubadora Tecnológica na Rede Paulista de Incubadoras Tecnológicos RPITec. 7. Convênio com SEBRAE-SP para auxílio na Incubadora Tecnológica de Jundiaí. 8. Inclusão da CIJUN no espaço da Incubadora Tecnológica e posterior construção de um espaço próprio no Centro de Inovação. 9. Desenvolvimento de projetos e estudos do Parque Tecnológico de Jundiaí.

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36 sindicato do comércio Grandes projetos, líderes ilu É um projeto importante para a cidade e Região, já que trará grande avanço nas questões tecnológicas, assunto fundamental nos dias atuais. Durante o período de tramitação, recebemos a visita da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e sua equipe, debatemos o projeto e percebemos sua importância. Como presidente da Câmara, me sinto extremamente feliz por participar deste momento histórico para a região. A conquista do Centro de Inovação Tecnológica é algo que vamos nos orgulhar pelo resto de nossas vidas e que, com certeza, transformará a vida de inúmeros jundiaienses, especialmente uma nova geração que conviverá cada vez mais com a tecnologia em seu cotidiano. GERSON SARTORI Presidente da Câmara Municipal de Jundiaí O Centro de Inovação Tecnológica tem a ver com planejamento futuro, com o desenvolvimento da indústria, com a tecnologia de ponta, valor agregado e competição direta com outros centros nacionais e estrangeiros. Ele vai devolver à cidade a perspectiva de uma mão de obra ainda mais qualificada, com mais educação por meio do Instituto Federal, aumento de trabalho e, por conseguinte, da renda do trabalhador e maior arrecadação de tributos, que poderão ser revertidos na preservação da Serra do japi, investimentos em segurança pública, ampliação do sistema de videomonitoramento e do efetivo da Guarda Municipal. O Centro representa cuidar das pessoas no sentido de ampliar a qualidade de vida da comunidade. JOSÉ CARLOS PIRES Secretário da Casa Civil O projeto é espetacular, porque coloca Jundiaí entre as cidades que adotam a vanguarda da tecnologia como porta de saída para um Brasil melhor e mais justo. A cidade não podia fugir a essa responsabilidade de transformação e integração social. O Centro será um grande aglutinador, um campo de diálogo entre diversos setores da sociedade, como o poder público, a iniciativa privada com as empresas de base tecnológica e as academias de ensino, todos numa mesma sinergia que trará muitos benefícios não só a Jundiaí, mas a toda região. ISMAR AUGUSTO PROCÓPIO DE OLIVEIRA Presidente da Fundação Antônio Antonieta Cintra Gordinho

sindicato do comércio 37 minados O desafio de unir academia, tecido empresarial e poder público não é trivial, sendo necessários esforços significativos para conformação de um sistema articulado e que possibilite ofertar benefícios para a sociedade. Desta forma, Jundiaí prepara-se para integrar um novo momento, baseado na economia do conhecimento, na qual o ativo físico é subordinado ao ativo intelectual na geração de riquezas, induzindo a necessidade de ciclos contínuos de transformação de conhecimento. Um olhar nas empresas startups, envolve o desenvolvimento de um ambiente propício e diferenciado como as incubadoras de base tecnológicas, o incentivo à pesquisa é legitimado no Centro de Inovação Tecnológica e a agregação qualificada de empresas inovadoras formam o Centro de Inovação Tecnológica. Como reconhecido no mundo todo, estes instrumentos são fundamentais, mas somente serão dinamizadores de desenvolvimento quando revestidos e inseridos num sistema de inovação que envolva toda a estrutura de ensino e o setor produtivo. Trabalhamos bastante até aqui e já conquistamos muito, mas a inovação e a vontade de tornar Jundiaí cada dia mais moderna e inovadora nos motiva a prosseguir neste caminho. A Subsecretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação firmou um convênio, que foi assinado com o Município de Jundiaí em 27/12/2013, para a Elaboração do Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira e do Plano de Negócios do Centro de Inovação Tecnológica a ser implantado no municipio. Na ocasião, não se poderia esperar que o processo fosse encaminhado de forma tão célere e com tanto êxito. O convênio foi executado a contento, restando somente detalhes administrativos para formalizar a inclusão/credenciamento do Centro de Inovação Tecnológica de Jundiaí no Sistema Paulista de Ambientes de Inovação - SPAI. Os estudos técnicos mostraram a viabilidade da implantação do Centro de Inovação Tecnológica. Agora, a região de Jundiaí contará com um ambiente de inovação para capacitação de empreendedores e desenvolvimento de novas empresas de forma estruturada. Esta é uma iniciativa inovadora no Brasil e servirá para fortalecer a marca de Jundiaí, servindo de referência para outros municípios. A cidade constituirá um Sistema Local de Inovação que será gerador de oportunidades para as micro e pequenas empresas. Destaca-se ainda o fato de que o projeto não limita sua ação à sua área física, mas sim, atua como um dinamizador do empreendedorismo regional, através de cursos, eventos, recebimento de visitas técnicas e forte articulação com o ambiente empresarial e acadêmico. Os estudos comprovaram a forte viabilidade de articular a base de tecnologia de informação e comunicação do Município, permitindo integrar num mesmo ambiente pesquisadores, professores, alunos, empresários e representantes do poder público, formando uma atmosfera de inovação e empreendedorismo. DEVANILDO DAMIÃO Pesquisador da USP em Inovação Tecnológica MARCOS CINTRA Subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação

38 sindicato do comércio Em uma longa caminhada, a etapa mais importante é o primeiro passo. O governo Pedro Bigardi deu o primeiro passo em fevereiro de 2013, quando aprovou a lei criando a Diretoria de Ciência e Tecnologia. A partir deste fato, começamos a estruturar o Sistema de Inovação de Jundiaí, buscando adaptação às leis existentes do sistema de Parques Paulistas. Em novembro de 2013, obtivemos apoio da Câmara Municipal de Jundiaí, com aprovação do sistema mencionado. A partir de 2014, começamos o desenvolvimento do plano de negócios do futuro Centro de Inovação de Jundiaí e do Centro de Inovação Tecnológica. Nesta oportunidade, sugerimos a criação da lei 8206/14. O maior desafio de Jundiaí foi buscar um terreno de 200 mil m² para a implantação do Centro de Inovação Tecnológica. Após várias tentativas frustradas, foi nos oferecido a área pela Fundação Antônio e Antonieta Cintra Gordinho, a qual se identificou com os objetivos do nosso projeto pela pessoa de seu presidente, dr. Ismar. Agora, já concluímos todos os levantamentos técnicos, via pesquisadores da Universidade de São Paulo, capitaneados pelo Dr. Devanildo Damião, que hoje possui larga experiência nestes projetos. Estamos no aguardo das áreas técnicas do governo de São Paulo para finalização dos estudos e pré-aprovação do projeto final. Neste período também consolidamos a criação do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Jundiaí. Poderia escrever inúmeras páginas sobre este assunto, o qual me deixa gratificado por ter sido indicado ao cargo. Inovação não é construir um Centro, inovação é mudar uma comunidade inteira. JOSÉ DIMAS GONÇALVES Presidente do Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação de Jundiaí e Diretor de Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Jundiaí O Projeto de Jundiaí mostrou-se extremamente articulado e com o diferencial de promover o Sistema Local de Inovação na cidade. A visão proposta não se limitou a construir um espaço físico, mas buscou permear toda a cidade e região com a cultura inovativa. O envolvimento da academia, das empresas e do poder público foi legítima e aguçada despertando nos atores a necessidade de inovar e integrar um movimento pelo desenvolvimento local. O marco do Sistema de inovação, com a participação de profissionais altamente especializados, e a Lei de Inovação, permitiram a revitalização da Incubadora, a conquista do espaço altamente valorizado e dos estudos técnicos de alto nível que direcionaram a cidade para o futuro. A academia local se envolveu e permitiu formatar uma base sólida para os projetos, aproveitando a vocação econômica da região. A cidade sempre se notabilizou por apresentar indicadores sociais e econômicos pujantes, totalmente alinhados com uma nova sociedade baseada no desenvolvimento sustentável e com a incorporação de tecnologias. Nós da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo sentimo-nos parceiros desta empreitada e fizemos e faremos os esforços necessários para dotar a sociedade de Jundiaí de novos mananciais do conhecimento, que é, sem dúvida, o ativo mais valioso da nova economia. JOSÉ LUIZ GAVINELLI Assessor Especial da Subsecretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação