DIÁRIO DE AFECÇÕES VER-SUS PRINCESA DO SUL VANIA DA SILVA VIDAL ENFERMAGEM UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CSHNB

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Transcrição:

DIÁRIO DE AFECÇÕES VER-SUS PRINCESA DO SUL 2016.1 VANIA DA SILVA VIDAL ENFERMAGEM UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CSHNB PIAUÍ 2016

PRIMEIRO DIA DE VIVÊNCIA 18.01.2016 Aberta a novas descobertas, me propus a vivenciar mais uma experiência em minha vida, a participar como vivente no Ver-SUS Princesa do Sul, em Floriano-PI. Ate então eu não sabia direito o que era o Ver-SUS, sabia apenas que era um estagio de vivencia, em que alguns colegas que já participaram de versões anteriores, relatavam que depois desse estagio a gente saia de lá transformados, mas não sabia explicar bem qual era essa transformação. Pois bem, instigado por respostas, principalmente, passei por todo o processo seletivo que o projeto dispunha e fui selecionada para viver essa vivência. Saí de Picos-PI para a cidade de Floriano-PI, para um encontro que fora marcado às 14h do dia 18 de janeiro de 2016, na UFPI Campus Amílcar Ferreira Sobral, na mesma cidade. Chegando lá, me deparei com pessoas que nunca tinha visto pessoas de outras cidades, mas foi muito natural, fui recebida por todos, como se já nos conhecemos. Então partimos para o local onde ficaríamos imersos durante os 12 dias do projeto. Local esse que ate então era secreto, ninguém sabia. A ida foi com bastante emoção, literalmente falando, todo mundo alegre, entrosados... até que chegamos no lugar mais esperado HOTEL RIO PARNAÍBA ficamos lisonjeados e surpresos com o local em que ficaríamos hospedados. Fomos recebidos pela comissão organizadora do Ver-SUS e pelos facilitadores. Após a chegada, nos reunimos para realizar diversas dinâmicas visando um maior entrosamento do coletivo. A primeira foi à dinâmica dos nós, os participantes formam um círculo de mãos dadas, um facilitador disse para corrermos próximos enquanto fosse cantada uma música infantil com o intuito de misturar os participantes ao parar a música todos pararam e em seguida tínhamos que pegar nas mãos dos mesmos que estávamos segurando no círculo. Inicialmente achávamos que seria complicado, mas desfasemos o nó em menos de 5 minutos. Posteriormente fomos indagados as nossas expectativas e ansiedades, muita tensão no momento, pois ninguém sabia o que iriamos fazer. Após esse momento, houve a divisão dos companheiros de quarto, onde tive a enorme satisfação de ter como companheiras de quarto a Eláine e a Nesse momento, tive a certeza que durante toda a vivência estaria com pessoas maravilhosas... e tive a certeza disso no decorrer.

Sergiane, pessoas que dividiram comigo muito mais que apenas o espaço no quarto, mas também dividiram momentos de alegrias, tristezas e angústias, durante todos esses dozes dias de vivência. À noite, após o jantar, seguimos para o salão, onde demos continuidade com mais dinâmicas. Iniciando pela teia de apresentações que foi formado um círculo e passado uma teia (sendo atirada de um participante para o outro mais longe) o que recebia o rolo de cordão se apresentava com nome, curso, bloco e alguns conceito; após todos interligado e a teia formada ocorreu o processo reverso que era de desmanchar a teia e o participante fala o nome da pessoa que lhe atirou o rolo de cordão. Seguindo a programação nos foi explicado que o ser humano precisa de 4 abraços por dia para sobreviver, 8 para se manter e 12 para crescer. Foi pedido que todos os participantes se abrasassem quantas vezes quisessem com poucas regras que eram no mínimo de 15 segundos e que sentisse o coração do amigo (a). Após esse momento os facilitadores pediram para confeccionarmos um desenho e uma frase ao qual representavam o momento em que estávamos vivendo, depois cada um apesentou seu respectivo desenho e então confeccionamos um Mandala. Logo após fizemos um acordo de convivência estabelecidos de acordo com as opiniões de todos, para que realmente funcione e sejam dias bastante produtivos, ficou abordado que tal acordo não seria fixo, ou seja, poderia ser modificado mediante as necessidades. E assim terminou o primeiro dia, e já pude perceber que o projeto Ver-SUS é muito mais que um estágio de vivência! Mexe muito com os nossos sentimentos... Eu fui AFECTADA!!!!!

DESCONSTRUINDO CONCEITOS... 19.01.2016 O segundo dia de vivência começou com a divisão dos viventes em núcleos de base, em que os grupos teriam que criar nomes e desenhar um logotipo como forma de identificar suas novas famílias. Posteriormente houve uma troca de ideias entre os participantes do grupo, visando uma aproximação entre os participantes, assim iniciando a primeira atividade Mamy s SUS: Edirlane ( Lanny) em grupo. Irmãos: Gracelina, Sergio e Lucas Em um segundo momento, pela manhã, nos foi apresentado um filme que mostra como foi o início do projeto VER-SUS. Logo após a conclusão do filme foi realizada uma roda de conversa para demonstrar nossas expectativas. A tarde realizamos a dinâmica das profissões, que tem por objetivo esclarecer a função de cada profissão inserida entre nós e como elas se completam em suas atividades, além de conscientizar os viventes que todas as profissões têm seu valor e seu reconhecimento e que nenhuma é melhor que a outra e juntas são transformadoras. Viventes e facilitadores foram subdivididos em grupos de acordo com o curso o qual representavam. Foi realizado um sorteio das profissões, onde cada grupo teria que expressar suas expectativas, suas dúvidas e sua visão acerca de cada profissão a qual fora sorteado, essa apresentação poderia ser realizada através de parodias, encenação, danças, etc. Que ao final foi esclarecida por cada integrante do curso representante. As profissões contempladas foram: Enfermagem, Medicina, Psicologia, Fisioterapia, Educação Física, Odontologia. O meu grupo ficou de apresentar o curso da odontologia e para tal façanha, elaboramos uma paródia em cima da letra da musica Bang (Anitta): Em seguida, para finalizar as atividades da tarde realizamos a ciranda dos vínculos. Cantando a música: Que o círculo se abra, mas que não se rompa, o amor da terra em nossos corações. Feliz encontro, feliz despedida. Feliz encontro irmão. Vem restaurar o dente agora aqui Arrancar porque eu quero você bonitinho Hãn! Hãn! Hãn! Hãn! Hãn! Hãn! Hãn! Hãn! Hãn! Hãn! Vem! Deixa o dentista te atender Deixa o seu sorriso aparecer Tem que ser assim pra não estragar Nem arrancar! Então vem! Deixa-me fazer uma avaliação. Você vai ficar sem nenhum tostão Se você quiser ter com que mastigar Se alimentar Então vem!!! A noite às 18:30 jantamos e logo após fomos ao auditório, onde houve a primeira palestra sobre saúde coletiva e educação permanente em saúde com o professor Ângelo Brito, um incentivador à ideologia do VER-SUS. Primeiramente o professor fez um breve histórico sobre a

construção e idealização do programa VER-SUS, o mesmo iniciou em 2003, no entanto não houve uma grande disseminação entre os acadêmicos em comparação aos últimos dois anos que o programa foi expandido. O debate abrangeu diversas vertentes e esclarecimentos de programas que incentivam a busca pela qualificação dos acadêmicos como futuros profissionais e o que para ser uma palestra transformou-se em um grande dialogo com interação entre viventes e facilitadores. A partir de então pude compreender com grandioso é esse projeto Ver-SUS, e o quanto ele se faz necessário na formação acadêmica de qualquer profissional que atue no SUS. Foi aí que comecei a desconstruir todos os conceitos que até então eu tinha em relação à saúde, ao SUS. E fiquei mais animada ainda em conhecer a realidade de cada município que foi proposto no projeto. O Ver-SUS estava sendo para mim o início de uma linda historia de amor com o SUS!!!

Vivendo a realidade de Floriano-PI 20.01.2016 Pela manhã visitamos a 10 º coordenação regional de saúde do município de Floriano. O prédio pertencia a antiga FUNASA Fundação nacional de saúde, mais que hoje existem funcionários trabalhando. De início todos os viventes foram deslocados para o auditório para assistir uma reunião, onde secretários de saúde de cidades pertencentes a regional se reuniram para discutir e reelaborar um plano de ação para o combate ao mosquito Aedes aegypti nos seus respectivos municípios. Visitamos algumas instalações da Regional de Saúde, uma delas foi o departamento de gestão de pessoas, onde são realizadas as frequências dos servidores, as licenças de férias, licenças médicas, solicitação de mão de obra, remanejamento de pessoas de acordo com a necessidade. Esse departamento é responsável por Floriano e mais 28 municípios. Outro departamento foi à sala de rede de frios onde é armazenado o estoque regional de vacinas e imunobiologicos, que necessitam de um cuidado com temperatura da sala, das geladeiras e dos fizer, algumas vacinas podem ser congeladas e são mantidas abaixo de 0 C já outras entre +2 e + 8 C para proporcionar uma maior vida útil a esse medicamento. A sala também é responsável pela distribuição dos insumos nas diversas cidades circunvizinhas. Podemos observar que o funcionamento da Regional funciona esporadicamente vários setores e que há necessidade de mais infraestrutura no prédio, e de mais demanda qualificada, por ser de grande porte e ser responsável pela demanda de mais 28 municípios. Alguns recursos são necessários para que o funcionamento melhore. O que se nota também é que a maioria dos profissionais não tem a capacitação que deveria ter, muitos agem da mesma forma desde o começo do trabalho.

No turno da tarde, houve a apresentação com a Prof.ª. Me. Rose Carvalho Batista (Psicóloga), que abordou a temática sobre O NEPS (Núcleo de Educação Permanente em Saúde). Destacando as principais diferenças entre Educação Formal, Não-Formal, Educação em Serviço e Educação Permanente Continuada, explanando bem que Educação Permanente é uma educação transformadora que requer autocrítica e reflexão, reflexão na perspectiva de mudança (Mudar e refletir sobre a prática). Foi uma conversa bastante animada, descontraída, desde os relatos vividos por ela, em outras versões do Ver-SUS, como o anseio dela pela versão Princesa do Sul, pois ela pode fazer um comparativo do antes e depois do Ver-SUS, ao passo em que nos incentivou a ter afecções, a sentir de verdade, a sermos transformadores! Por fim, contribuiu com sua experiência enquanto versusiana, relatando sobre a vivência que teve no ano de 2004 na cidade de Campina Grande-PB e como esse projeto mudou sua vida pessoal e profissional. No momento trouxe fotos de recordações e um relato de experiência vivenciado por uma versusiana, e nos instigou a multiplicar nossos conhecimentos quanto viventes, publicar, sermos militantes do SUS e fazer a diferença. Nossas atividades da tarde foram encerradas com a Dinâmica do travesseiro que teve como proposta cada participante transmitir os seus sentimentos, do momento, ao travesseiro (objeto) e em seguida reproduzir esse sentimento à pessoa que se encontrava ao seu lado esquerdo (pessoa).

Durante a noite tivemos uma palestra com o professor Marttem Costa Santana sobre Tecnologias Leves e do Eu, são práticas transformadoras do eu com finalidade de alcançar a felicidade, pureza, sabedoria e materialidade transformando o profissional para melhor atender aos usuários do sistema de saúde, podendo ser Tecnologias Leves, Tecnologias Leve Dura e Tecnologias Duras. As tecnologias leves trabalham com o vínculo, acolhimento, gestão, já as tecnologias leves duras abordam os saberes estruturados, normas, protocolos e conhecimentos, em contrapartida as tecnologias duras focam os equipamentos, máquinas, normas e estruturas organizacionais. A palestra foi bastante esclarecedora, uma vez que nos fez refletir o quão importante é o acolhimento (Tecnologia leve), seja em qual for a situação, e quanto faz diferença no cotidiano das pessoas... E assim terminou o nosso terceiro dia de vivencia! Agora vamos aos relatórios nosso de cada dia...

deeee Construindo novos conceitos! 21.01.2016 Logo após o café da manhã nos foi apresentado o documentário Controle Social que explanava a inquietação e não aceitação que a sociedade tem perante erros sociais como, por exemplo, corrupção, poluição, mentiras, suborno entre outros pecados sociais. Mesmo demonstrando tamanha insatisfação o personagem não apresentou propostas e nem perspectiva de melhora. Restando-nos perguntas e incômodos, pois fomos instigados a várias temáticas que necessitam de uma intervenção. Durante a discussão foi citada a alienação da população que mesmo sabendo os erros e imperfeições dos sistemas públicos apenas reclamam, mas não agem para uma mudança/melhoria. Essa discursão serviu para nos instigar como estamos agindo socialmente?! Em um segundo momento do turno da manhã, realizamos a elaboração da logomarca do grupo UniVer-SUS, foi um momento de criatividade e coletividade do grupo, pois neste momento passamos a nossa ideia para um cartaz em que será exposto e explicado o motivo da escolha do nome para o restante do coletivo. A logomarca foi escolhida baseada no símbolo do Ver-SUS englobando as cores da bandeira do Piauí e a coroa representando a Princesa do Sul, o nome foi escolhido baseado no principio da Universalidade, também agir com união em todos os sentidos e nas universidade. (Família formada, por mim, meu irmão: Lucas, Gracelina e Sergio e nossa Mamys Lanny) Nessemomento também foi definido o nosso grito de guerra, que ficou assim: Um por todos, todos por um UniVer-SUS.

Abordando a temática sobre Controle Social no SUS, o Presidente do CMS Júlio Araújo Silva, iniciou a palestra do turno da tarde ressaltando a importância da participação da comunidade no controle das Políticas de Saúde. No momento ele explanou sobre as experiências que já teve com o controle social, também ressaltou bem sobre o que seriam o controle social em diversas áreas, sobre os instrumentos utilizados, a origem do SUS, conselhos de saúde que atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos financeiros, organizações e resoluções. Para entendermos melhor essa parte de Controle Social tivemos que voltar na história do SUS, em especial a Lei nº 8142/90 que traz a participação social na construção das políticas através das conferências e conselhos de saúde. Ao final da palestra realizou-se uma pergunta: E você está exercendo seu papel de controle social? À qual ficou subconsciente. A parir dessa roda de conversa, muitas dúvidas e omissões nos foram esclarecidas e eu particularmente percebi que eu não estava exercendo meu papel como controladora social no meu município, umas das coisas que com toda certeza mudou em mim, a partir dessa palestra.

No período da noite tivemos uma palestra com a Professora enf mestre Angelina Monteiro, sobre Cuidado Integral e Coletivo no Cenário da Dialise, onde foi intrigado aos viventes o questionamento sobre processo de funcionamento do SUS baseados em três fatores, são eles: Subsidio para atuação, Agentes em Atuação e Cenário de atuação, sendo estes atrelados para um melhor desenvolvimento em saúde. Destacam-se dentro do subsidio para atuação um modo de ação pautado na integralidade e interação entre os profissionais ampliando o olhar não só ao usuário, mas também para o cuidador, que é um agente importante no cuidado, enfatizando a necessidade de escutar o usuário. Mais uma vez dando ênfase ao quanto é importante utilizar-se das tecnologia leves em qualquer que seja a profissão ou nível de compexidade.

Com força e determinação se consegue tudo 22.01.2016 Pela manhã, realizamos uma visita técnica ao Centro de Controle de Zoonoses Dr. Ariosto Martins, onde fomos bem recebidos pelo Médico Veterinário Eduardo Leão Especialista em biotecnologia, responsável pelo controle de zoonoses que afetam os animais da cidade. No momento ele relatou os principais desafios enfrentados pelo centro (tratamento e a falta de medicação) e como funciona a rotina diária. Conhecemos o local onde os animais ficam alojados, onde percebemos que apesar de a estrutura ser de sede própria necessita de reformas e adequações para o melhor funcionamento. Acompanhamos uma consulta, e podemos observar o quanto ele é humanista na realização do seu trabalho, com o quanto se preocupa para que apesar das dificuldades, seu trabalho seja executado da melhor forma possível. O veterinário nos mostrou o quanto é enorme a sua vontade de mudar a realidade do centro, nos mostrou muitas dificuldades, desafios que enfrenta diariamente, mas também deixou transparecer suas potencialidades, que apesar de tudo, faz muito além do que só o seu trabalho. Em um segundo momento houve uma conversa com o coordenador de endemias que relatou sobre a rotina de trabalho do agente de endemias no município de Floriano. Ressaltou um pouco sobre o uso de larvicidas e o trabalho realizado de controle e combate ao Aedes Aegypti com abordagem a microcefalia, nos mostrou gráficos dos casos de endemias na cidade e como é realizado o bloqueio das endemias. Também relatou sobre os relatórios diários que tem que ser notificados diariamente no SINE - Sistema de Informação e Notificação de Endemias percebemos que os desafios e dificuldades são muitos, mas que apesar disso, a equipe procura meios para contornar as dificuldades.

Durante à tarde tivemos um momento terapêutico proporcionado por um representante da cidade cenográfica, em que nos expressamos corporalmente através de uma atividade de relaxamento, alguns relataram ter se desligado por um momento de todos os acontecimentos e conseguiram chegar ao objetivo maior que era a descontração. Durante o momento foi utilizado incenso de rosas mais óleo de lavanda e com o intuito de facilitar o relaxamento e estimular os sentidos. Após o relaxamento foi realizado o labirinto humano com o intuito de mostrar que nada é tão complicado que não tenha solução. Essa dinâmica também foi realizada no primeiro dia de vivencia, só que com outro nome. E mais uma vez provamos quão grande é a sintonia em nosso coletivo. Durante a noite houve uma roda de diálogo com o professor mestre Ighor Leonardo que conduziu o tema de saúde coletiva, foi discutido o sistema de conselho do SUS, modelos políticos que presidem os poderes públicos, grades curriculares de cursos de saúde que não suprem a necessidade de conteúdos a respeito de saúde coletiva, exposição de vivencias PRE-VERSUSIANAS e VERSUSIANAS, por fim foi cantando o cordel COLETIVA É A CONTRUÇÃO de Camila Tenorio e Iyalê Moura Após a roda de conversa com o professor Ighor Leonardo, realizamos Ciranda dos Vínculos, onde pudemos demonstrar a ele o afeto entre os colegas de vivência. Em seguida houve o momento de reflexões realizado em círculo ao balanço do corpo e a dinâmica do beijo Porque tudo que vai, volta!

Uma mente que se abre ao novo, jamais voltará ao seu tamanho normal... 23.01.2016 Seguindo a programação para o dia de hoje, iniciamos as atividades do turno da manhã com uma visita à UFPI Campus Amílcar Ferreira Sobral, onde conhecemos a estrutura física do campus através do Matheus Costa, representando o CA de Enfermagem da referida instituição, infelizmente não pudemos conhecer os laboratórios e alguns departamentos da instituição, pois o funcionamento ao sábado é apenas para alguns cursos e só meio turno. Em seguida fomos direcionados a uma sala para participar de uma roda de conversa sobre participação popular nos movimentos sociais e estudantis, para aprofundar nossos conhecimentos sobre essa temática contamos com a colaboração do Matheus Soares (Comissão Organizadora do Ver-SUS Princesa do Sul/Secretário do Conselho Municipal de Saúde de Picos-PI), Matheus Silva Costa (Representante do CA Enfermagem UFPI-Floriano) e o Hector (Representante do DCE da UFPI-Teresina). No momento eles relataram experiências, vivencias e desafios enfrentados em movimentos estudantis do qual já participaram e esclareceram dúvidas sobre a temática. A Roda de conversa foi bastante proveitosa, pois conseguimos inteirar-se dos anseios, compreendemos melhor os direitos conquistados e que a necessidade do envolvimento da população nos movimentos sociais na luta por mudanças nas condições de existência, o que é fundamental para conquistar seu espaço de luta e seus direitos. Nesse momento também foi realizado a apresentação da logomarca de cada grupo! Cada grupo expos sua logomarca e explicou o motivo da escolha, a do meu grupo já foi explicado em um dia aí, acima. rsrsrs

Ao término das atividades da manhã realizamos a ciranda dos vínculos na Universidade. Cantando a música: Que o círculo se abra, mas que não se rompa, o amor da terra em nossos corações. Feliz encontro, feliz despedida. Feliz encontro irmão. Várias pessoas que ali estavam, ficaram sem entender o que estava acontecendo. Mas Ver-SUS é isso: não é entender, é sentir! Foto registrada em frente ao bloco da UFPI/CAFS Durante a tarde realizamos uma visita que para mim foi encantadora. Conhecemos a cidade cenográfica da cidade de Floriano onde é realizado o espetáculo paixão de Cristo. O espetáculo é realizado pelo Grupo Escandalo Legalizado de Teatro (ESCALET), contando a mais bela história da humanidade, desde o batismo até a ressurreição de Jesus. Conhecemos um pouco da estrutura do prédio que possui um Cine Teatro; onde são realizados os ensaios e reuniões do grupo, tivemos oportunidade de assistir o ensaio

de algumas cenas; ainda possui um acervo histórico contando um pouco da história das apresentações realizadas pelo grupo desde sua criação. Também foi apresentado os seus cenários com uma aparência que lembra a semelhante Judéia. Piauí, quanto mais conheço mais me orgulho! 24.01.2016 Na manhã deste belo domingo, realizamos um passeio artístico-cultural pelo Rio Parnaíba, que divide a cidade de Floriano-PI e Barão de Grajaú-MA. Quantas riquezas estão ao longo do percurso do rio, um infinito. Águas tranquilas, outrora eufóricas em certos meios. O contato com a natureza é simplesmente perfeito. Como é tão bom desfrutar do que a mesma nos oferta. Procuramos relacionar o passeio com a proposta do VER-SUS Princesa do Sul. E de fato, uma angustia nos atormenta. Ficamos sabendo que todo o esgoto sanitário de Floriano desemboca no mesmo Rio, que serve para a manutenção de vida de muitos pescadores da região ribeirinha. O descaso ainda é gritante. Saber que um Rio bonito, cheio de vida e também de sujeiras está nessa situação. O presente rio, também é responsável na facilitação do transporte de pessoas de Barão que veem em muitas vezes fazer consultas, procuram atendimento médico e etc até a cidade de

Floriano. Aproveitamos ainda a paisagem para poder entrar em contato com a natureza e renovar as energias. Para mim, foi algo totalmente novo, nunca tinha realizado um passeio de lancha, nem muito menos sabia tantas informações sobre os locais em que andamos. Fomos do Caís em Floriano-PI a uma comunidade chamada Caldeirão do Piauí, foi muito bom. Uma experiência maravilhosa! Ao chegar ao Hotel Rio Parnaíba, fomos jantar e em seguida fomos agraciados com a visita do coletivo Picos (Centro Sul Piauiense). Os mesmos realizaram dinâmicas, brincadeiras e nos mostraram o vídeo da devolutiva realizada no Ver-SUS Centro Sul Piauiense, também colocaram em pauta algumas dificuldades que de fato são inevitáveis durante a vivencia e nos trouxe um momento bem acolhedor com músicas gospel cantadas e embaladas a som de voz e violão.

Vivendo a realidade de Floriano-PI 25.01.2016 Na manha desta segunda-feira, realizamos uma visita técnica na Unidade Básica de Saúde (UBS) Paulo Kalume, onde meu grupo (Univer-SUS) foi bem recepcionados pela Silvia enfermeira responsável pela ESF, a UBS abrange uma grande área com 4 bairros, atendendo umas 6.000 pessoas dentre elas 70 gestantes. A equipe é composta por: 1 enfermeira (atende de segunda a sexta) 1 médico (atende 3 turnos por semana) 2 Técnicos de enfermagem, 2 dentistas, 1 auxiliar técnico da saúde bucal, 9 ACS, 2 atendentes, 2 pessoas do serviços gerais e 1 vigilante. Foram relatadas diversas dificuldades, dentre elas à falta de um médico durante toda a semana e quando tem o profissional na unidade são atendidas apenas 10 pessoas por turno, um número muito pequeno em relação à extensa população, outra queixa foi à ausência do médico nas visitas domiciliares e pôr fim a falta de alguns medicamentos. No entanto apesar de toda a dificuldade a equipe se esforça para dá assistência à população dentro de suas limitações. Foi um momento em que percebemos que ainda falta muita estrutura, física e organizacional para que haja o funcionamento como tem que ser. As potencialidades encontradas foram muitas, é percebível quando o profissional desempenha seu papel de forma humanizada e quando se faz somente por obrigação.

Durante a tarde a visita foi na UBS UBS DIRCEU ARCOVERDE localizada no bairro São Cristóvão e atende também o bairro Irapuá I e algumas das BR s que ficam localizadas próximo à unidade. Enfermeira da ESF há 3 anos, Maryna, atua na comunidade desenvolvendo ações de promoção, prevenção, recuperação e manutenção da saúde de acordo com os preceitos do SUS, com o objetivo de proporcionar uma melhor e maior assistência aos seus usuários, assim realiza ações de forma integrada a todos os componentes da família. Como toda ESF passa por dificuldades, a equipe da Enfermeira, não foge a essa regra. A UBS por ser localizada em um bairro considerado de classe média-alta, é acometida pela pouca procura nos serviços de saúde. Além de existir deficiência quanto aos insumos e falta de assistência por parte da prefeitura. A questão da resistência do médico quanto a realizar visitas domiciliarias e ao atendimento escasso que realiza na unidade, o que desencadeia o aumento da insatisfação do paciente quanto ao atendimento, implicando na redução da solicitação de exames. A estrutura física da unidade encontra-se em entraves como a desativação da sala de vacina, em virtude de um ar condicionado que está quebrado. Contemplando as potencialidades observadas percebe-se que apesar de todas as dificuldades encontradas a enfermeira procura realiza seu trabalho de acordo com a realidade vivenciada e também que o tempo de serviço e o comprometimento da enfermeira nessa ESF provocou confiança e respeito por parte dos moradores para com ela, o que facilita o trabalho na comunidade. Nas atividades da noite tivemos uma roda de conversa com o professor Angelo Brito e a Diretora de saúde Danusa Felinto sobre as afetações, dificuldades pontos positivos que encontramos durante as visitas realizadas.

Vivenciando a realidade no município de Floriano-PI 26.01.2016 Pela manhã iniciamos nossas visitas pela casa de recuperação Peniel, que utiliza a laborterapia como tratamento, que proporciona ocupação em tempo integral ao interno, não sobrando tempo ocioso para sentir falta/necessidade de substâncias psicoativas. Não há utilização de medicamentos para suprir a falta das drogas, os únicos utilizados são remédios para dor, febre e em casos que o interno precise de tranquilizante. Logo em seguida fomos reunidos no SAMU para entender o funcionamento e estrutura do órgão. Possuem 4 ambulâncias sendo duas avançadas e duas básica. Nos foi explanado que é realizada uma campanha educativa para a população não passar trote que isso diminui a eficiência do sistema, a regulação é realizada em Teresina que provoca uma demora para haver uma liberação das ambulâncias ao socorro. Posteriormente nos reunimos com uma parcela da equipe do NASF, um educador físico, uma nutricionista e uma fisioterapeuta, que foi abordado as atividades realizadas por eles. Anderson (ed. Físico) é um excelente profissional, ele realiza atividades com grupos de idosos duas vezes por semana onde também foram incluídos usuários do CAPS, pessoas em tratamento com hanseníase e tuberculose, e quem quiser aderir as atividades. A equipe em conjunto realiza palestra com grupos de fumantes, gestantes e idosos.

Durante a tarde visitamos a UBS José Paraguassu, localizado no bairro Sambaiba, no município de Floriano-PI. Conversamos com a Enfermeira Nadiely que trabalha na unidade há três anos. Primeiramente ela nos explicou como funciona como funciona a unidade. Ela relatou que faz seus atendimentos todos os dias. Além de elaborar o planejamento das atividades educativas que serão realizadas em torno da comunidade, gerenciamento da UBS, assim dando conta de todo trabalho da unidade, sobrecarregando e até mesmo comprometendo o seu serviço jogando tais responsabilidades ao profissional de enfermagem. Já o Médico atende doze pacientes por dia em três dias da semana, não acompanha a equipe nas visitas domiciliares e nem senta com a equipe para fazer o planejamento das atividades mensais para ser desenvolvidas na unidade. Já o profissional de odontologia não cumpre a carga horaria exigida, pois o mesmo se encontra na unidade uma ou duas vezes na semana, além disso, atende presidiários no primeiro dia da semana e a comunidade nos outros dias. Como toda unidade passa por dificuldades, a equipe de Nadiely, não está fora da realidade. A unidade se encontra com a sala de vacina parada há três meses devido a problemas no ar acondicionado, demanda muito grande de família, fora ainda às áreas que ainda estão descobertas necessitando de mais uma equipe na unidade.

Vivendo a realidade de Floriano-PI 27.01.2016 Hoje pela manhã realizamos uma visita no Hospital Regional Tibério Nunes (HRTN), onde fomos recebidos pelas enfermeiras Moema e Conceição elas nos apresentaram a estrutura física com suas novas e velhas instalações, a criação do prédio para instalação do tomógrafo e mamógrafo em um ambiente que possa atender as demandas da cidade de Floriano e munícipios circunvizinhos, o hospital conta com a um pronto socorro, UTI adulto, centro cirúrgico, quatros alas com suas respectivas enfermarias e estão construindo a UTI neonatal para melhorar o serviço. A superlotação do hospital é evidente, pois há pacientes com leitos dentro do auditório e nos corredores do pronto socorro caracterizando-se como um dos principais desafios da equipe. Com todas as dificuldades é evidente que houve melhorias no serviço como a implantação de um local para os assistentes sociais atuarem de forma efetiva, o registro dos recémnascidos que já está sendo realizada dentro do hospital sem nenhum custo, outra melhoria é a instalação da rede cegonha que melhorou a assistência da gestante e parturiente bem como, o funcionamento da Casa da Gestante Bebê e Puérpera, que fica próximo ao hospital, sempre com acompanhamento de um profissional da saúde. Posteriormente fomos a UFPI apreciar uma reunião dos representantes de saúde do município, estava presente o prefeito da cidade, o secretário de saúde, o médico referência de hanseníase na cidade a diretora de saúde entre outros profissionais. Na referida reunião foi realizado o lançamento do boletim de vigilância epidemiológico sobre hanseníase no município de Floriano/PI, boletim este, que foi realizado através de

do projeto INTEGRAHANS, é um projeto desenvolvido por acadêmicos e profissionais da saúde, financiado por ONGs internacionais juntamente com órgãos públicos. No período da tarde, visitamos o CAPS AD III 24hs (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) que é um serviço comunitário de atenção diária destinado ao acolhimento as pessoas com uso, abuso e dependência de substancias psicoativas e psicotrópicas como: álcool, tabaco, maconha, cocaína, crack, entre outras drogas. O serviço funciona 24h ressaltando que no turno da noite só ficam os que necessitam de maiores cuidados (internação) por no máximo 14 dias e após esse período é feito uma avaliação para ver os dias da semana em que poderá ficar, de acordo com a necessidade. Fomos recebidos pela enfermeira que explicou sobre o funcionamento, dificuldades e as atividades desenvolvidas no dispositivo. A mesma disse que atende desde transtornos leves até graves (casos de transtornos, que podem ser causados por drogas) e conta com uma equipe de dois médicos (1 psiquiatra e 1 clinico geral especialista em psiquiatria), dois Técnicos em enfermagem, uma Enfermeira, uma pedagoga que desenvolvem oficinas de

alfabetização e grupos terapêuticos que instigam a vontade dos usuários a voltar a estudar. Relatou ainda que uma das maiores dificuldades é atender usuários de menores, por conta da falta de apoio familiar, ressaltando ainda a falta de um psicólogo e um Terapeuta ocupacional na unidade, quando precisam, recorrem ao NASF. Outro desafio enfrentado é a demanda de 973 usuários cadastrados, com o fluxo diário de 30 a 40 usuários em um prédio que não é adaptado adequadamente às necessidades dos pacientes. Em contrapartida, relata como potencialidade o PTS Projeto Terapêutico Singular que é realizado de forma individual; também o comprometimento e o trabalho em equipe que é perceptível, realizam atividades, cronogramas, reuniões de planejamento onde todos participam de forma ativa. Algo importante e um ponto positivo no serviço que é realização o matriciamento dos casos. Percebe-se que apesar de todas as dificuldades e desafios, todos os profissionais desempenham seu papel da melhor forma possível afim de promover uma saúde de qualidade para todos os usuários. No período da noite conhecemos um projeto de JIU-JITSU chamado David Oka onde um dos nossos viventes é professor. Ele primeiramente nos agradeceu pela nossa presença e apresentou o projeto e os alunos que estavam lhe substituindo enquanto estava ausente da academia. Logo em seguida solicitou que cada um dos seus alunos segurasse na mão de um dos viventes e o levasse para tatame. Inicialmente nos alongamos e depois tivemos a oportunidade de assistimos a uma pequena aula onde o professor nos ensinava alguns golpes para que logo mais cada um colocasse em pratica juntamente com a sua dupla. Ao final correu a dinâmica da ciranda. Vivendo a realidade de Amarante-PI e Guadalupe-PI 28.01.2016 Logo pela manhã, fomos inicialmente visitar a comunidade quilombola do Mimbó, que fica localizado em Amarante-PI, com o intuito de conhecer a realidade sobre os serviços da Atenção Básica e Saúde Pública no município de, Fomos recepcionados pela moradora Idelzuita (que prefere ser chamada por Delzuita), ela relatou como se deu o surgimento da comunidade Mimbó, segundo ela, a comunidade foi fundada em 1818, com o casamento de quatro irmãos fugitivos de fazendas, onde eram escravos, nos estados de Pernambuco e Bahia, com quatro irmãs que já viviam na região próxima ao rio Canindé, os últimos vieram em 1984. Delzuita é a representante da comunidade em encontros da raça Negra em todo o Brasil. Simpática, comunicativa, muito educada, sempre recebe a todos que visitam a

comunidade. Ela foi uma das grandes responsáveis pelas mudanças que já ocorreram ao longo do tempo, relata ainda que foi a primeira professora do quilombo, tendo sido responsável pela educação da comunidade fundada em 1971. Segundo ela, as dificuldades foram imensas no início e não existia apoio. Atualmente na comunidade residem 128 famílias e a principal fonte de renda das famílias, é da agricultura de subsistência, da pesca e da ajuda de programas sociais do governo (como Bolsa Família, Seguro Safra e Salario Maternidade). Ela relata que: "Aqui a gente sempre viveu da roça e as coisas eram difíceis, mas hoje a situação mudou muito, Aqui nós temos sinal de celular e um posto de saúde. Quando alguém adoece mais gravemente, ligamos para o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Amarante, Em relação à saúde da comunidade percebe-se que ainda há uma falta de profissionais atuantes diariamente, "Um médico cubano atende na unidade uma vez por semana", e na percepção dela, a Saúde é algo muito importante. Sem saúde, não somos nada. Antigamente havia muito sofrimento, hoje em dia diz que a saúde tem melhorado muito. Sobre as potencialidades, cita que a comunidade é bem tranquila, não existe violência, a comunidade é unida (fraternidade) e que sempre tem festas, como apresentações afros, especialmente no mês de novembro em que ocorre o movimento negro (Dia da Consciência Negra) onde há toda uma preparação e vestimentas afros, É uma festa linda de se ver....

Em seguida visitamos a Secretaria Municipal de Saúde de Amarante-PI uma cidade com 17.395 mil habitantes, a cidade possui uma equipe do NASF 1 Unidade Básica de Saúde (UBS), 15 Postos de Saúde mais 4 em construção, 1 Centro de Atenção Psíquico Social I (CAPS), 1 SAMU e 1 CRAS, fomos recepcionados pelo secretário municipal de saúde Ítalo Queiros, ele ocupa o cargo desde 2013 e declara-se defensor do SUS. O sistema de saúde da cidade realmente funciona uma prova disso são as UBS s terem notas acima da média no PMAQ. Eles contam com o programa mais médicos sendo 1 brasileiro e 2 cubanos, 7 dentistas 4 fisioterapeutas, 2 psicólogos, artesão, assistente social educador físico além do enfermeiro e técnico de enfermagem. As consultas são agendadas e possuem um sistema de transporte dos pacientes para outros locais quando necessário. Aos sábados em um intervalo de 15 em 15 dias é realizado o Projeto Saúde na Feira: Educação em Saúde para Melhor Qualidade de Vida, onde os profissionais vão prevenir e promove saúde a população através de ações como, aferição de pressão arterial, verificação de glicemia, orientações sobre saúde. Uma fala do secretário de saúde chamou bastante atenção: Quero deixar um legado, conseguir as coisas para o município, estou satisfeito com a satisfação da população e tenho uma equipe muito boa. A satisfação foi imensa em conhecer a cidade, percebemos que o sistema de saúde é excelente em termos de estruturas e atendimento eles conseguem atender as necessidades básicas e encaminhar as de médio e ou alta complexidade para referência em outros municípios.

No turno da tarde fomos todos ao município de Guadalupe no Piauí, um município próximo a Floriano cerca de 110 km de distância, ao chegarmos em uma cidade de pequeno porte, pouco mais de 10 mil habitantes, ficamos impactados com as diferenças entre os sistemas (Floriano, Amarante e Guadalupe), em Guadalupe encontramos um sistema organizado e bem dividido. Fomos visita duas UBS na cidade onde fomos recepcionados pelo secretário de saúde e a coordenadora da atenção básica que nos mostraram as estruturas físicas de duas UBS. A primeira apresenta toda a estrutura necessária para um bom atendimento, na segunda UBS além de toda estrutura já vista na primeira acrescentava ainda uma sala de NASF e uma sala de produção de próteses dentaria (laboratório regional de prótese dentária) que atende toda a demanda da população. O serviço de referência para eles é a cidade de Floriano e caso seja necessário o paciente é remanejado para Teresina. Após o termino das atividades fomos visitar o complexo turístico Belém Brasília que é cartão postal da cidade. Lá também temos a usina hidrelétrica de Guadalupe, que abastece toda a região, atraindo assim muitos turistas. À noite tivemos a devolutiva das visitas que realizamos pela manhã na cidade de Amarante, na comunidade quilombola Mimbó localizada na zona rural do mesmo município e da cidade de Guadalupe que fizemos durante o período da tarde. Percebemos que foi uma atividade de grande importância onde observamos que não existe tanta diferença entre os municípios visitados em relação ao funcionamento do SUS e sua gestão. Ficamos bastante surpresos e felizes em saber que existem profissionais que lutam e trabalham em

prol de um único objetivo, melhorar cada dia mais o nosso SUS e assim fazer com que os usuários não apenas usem do sistema, mas entrem na guerra junto com os profissionais. Logo em seguida foi realizada a dinâmica entre os grupos de facilitação onde foi distribuída uma folha de papel e foram lançadas três perguntas: Que bom; que tal e que pena; O objetivo da dinâmica era que os viventes em grupo pudessem expressar suas opiniões e sugestões para demais edições do projeto que venha ocorrer. Como última atividade ouve a dinâmica da tenda dos contos onde cada vivente trouxe um objeto que se tornou especial e contar a partir dele as suas afecções. Ninguém irá embora de sua vida, até te ensinar tudo aquilo que você precisa Ultimo dia de vivencia. aprender (Pequeno Príncipe) 29.01.2016 Preparamos uma devolutiva para a população, que foi realizada da praça da matriz em Floriano-PI, muitos foram os aprendizados, as emoções... eu prefiro mostrar minhas afecções através de fotos, elas valem mais que mil palavras!