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Transcrição:

Por: Fernanda Faot, Guilherme Brião Camacho, Luciana de Rezende Pinto, Mário Thadeo Rodrigues Cruzeiro e Renato Fabrício de Andrade Waldemarin. Para a realização deste protocolo é necessário que tenham sido confeccionadas: 1 placa base do arco superior (PBS); 1 placa base com rodete de cera do arco superior (placa articular superior (PAS); 1 placa base com rodete de cera do arco inferior (placa articular inferior (PAI). Parte I: Relacionamento da maxila com a base anterior do crânio: 1. Plastificar a godiva e colocá-la sobre a forquilha (garfo de mordida) na ausência de godiva se pode utilizar pasta de ZOE; 2. Adaptar a PBS à godiva/pasta ZOE de forma a prendê-la a esta que pode ser feita de 2 formas: 2.1.1. Alinhando a rafe palatina mediana da PBS com o cabo da forquilha. 2.1.2. Registrando a posição na forquilha diretamente na boca do paciente. 3. Realizar o registro da posição da maxila em relação à base anterior do crânio. 3.1. Adaptar o relator násio ao arco facial; 3.2. Inserir a forquilha+pbs na cavidade oral do paciente e adaptá-la ao rebordo, pedindo ao paciente que a mantenha em posição com os polegares; 3.3. Levar o conjunto arco facial/relator násio ao paciente e adaptar a forquilha à haste horizontal; 3.4. Adaptar ambas as olivas do arco facial no meato auditivo externo do paciente; 3.5. Fixar os parafusos e anotar a distância intercondilar no prontuário do paciente; 3.6. Ajustar o relator násio ao ponto násio do paciente. Fixar o parafuso do relator násio. 3.7. Fixar os parafusos de suporte da forquilha; 3.8. Pedir ao paciente que deixe de apoiar a forquilha/pbs contra o rebordo; 3.9. A PBS ficou em posição? 3.9.1. Sim: Remover o conjunto arco facial/relator násio/forquilha e seguir para o passo 4; 3.9.2. Não: Repetir os passos de 3.1 a 3.9. 4. Montagem do modelo superior em ASA. 4.1. Remover o relator násio do arco facial; 4.2. Ajustar a correta distância intercondilar no ASA; 4.3. Adaptar as olivas do arco facial ao ramo superior do articulador e fixar os parafusos (o ramo superior deve fechar por cima do arco facial); 4.4. Adaptar o conjunto aos côndilos do ramo inferior do ASA; 4.5. Apoiar o arco facial em superfície plana e estável (de preferência apoiar os parafusos de fixação da forquilha à mesa acrílica do ramo inferior do ASA); 4.6. Será usado suporte para o garfo de mordida? 4.6.1. Sim: Ajustar o suporte até que ele toque o garfo em ambos os lados deste, sem pressioná-lo em sentido superior; 4.6.2. Não: Ir para o passo seguinte. 4.7. Confeccionar chaves de posição no modelo de trabalho do arco superior (MTS); 4.8. Isolar com isolante para resina acrílica ou vaselina a base do MTS; 4.9. Adaptar o modelo à PBS presa à forquilha; 1 / 5

4.10. Manipular gesso tipo IV (gesso pedra melhorado ou gesso pedra especial) e colocá-lo sobre a base do MTS de forma a construir uma coluna no centro do mesmo; 4.11. Aplicar uma parte do gesso tipo IV na placa de montagem do ramo superior do ASA; 4.12. Fechar o ramo superior do ASA até que sua parte anterior se apóie sobre o arco facial; observar se o gesso tipo IV da placa de montagem está em contato com o gesso da base do modelo. 4.13. Após a cristalização do gesso tipo IV, completar a fixação do modelo com gesso tipo III. Parte II: Ajuste do rodete de cera superior 5. Ajustar a placa articular na região de freios e bridas. 6. Ajustar o suporte do lábio superior. 7. Determinar a altura da borda do incisivo central superior de acordo com o comprimento do lábio: 7.1. Se o lábio for longo a borda do rodete de cera deve ficar cerca de 1mm abaixo do lábio; 7.2. Se o lábio for médio a borda do rodete de cera ficará cerca de 1 mm abaixo do lábio; 7.3. Se o lábio for curto a borda do rodete de cera ficará de 3 a 6 mm abaixo do lábio; 8. Ajustar a altura do rodete de acordo com a altura da borda do incisivo central selecionada conforme descrito acima. 9. Ajustes dos planos de orientação -Verificar, no plano frontal, o paralelismo entre a porção anterior do plano oclusal superior e a linha bipupilar, também chamada de linha de Fox, com auxílio do plano, régua ou esquadro de Fox. -Verificar, no plano sagital, o paralelismo entre a porção posterior do plano oclusal superior e o plano de Camper (estabelecido em tecido ósseo, pelas linhas que passam bilateralmente pelo pórion (Po) e pela espinha nasal anterior (ENA), e em tecido mole, pelas linhas que passam bilateralmente pela borda superior do trágus e porção inferior da asa do nariz), com auxílio do plano, régua ou esquadro de Fox. 10. Ajustar o plano oclusal superior para determinação da curva de Spee. 11. Ajustar o corredor bucal; Parte III: Ajuste do rodete de cera inferior: 12. Ajustar o suporte do lábio inferior. 13. Ajustar a altura do plano oclusal inferior, a qual deve ser paralela à linha do lábio inferior. 14. Ajustar o corredor bucal inferior seguindo o corredor bucal do plano de orientação superior. 15. Determinar as Relações Maxilo-mandibulares fundamentais para Prótese Total no sentido vertical: Definições segundo Glossário de Termos Protéticos 8ª edição (2005): - Dimensão Vertical de Repouso (DVR) ou Posição Postural: É a relação maxilo-mandibular vertical medida quando a mandíbula está em posição de repouso fisiológico. - Dimensão Vertical de Oclusão (DVO): É a relação vertical da mandíbula com a maxila quando as superfícies oclusais dos dentes estão em contato. - Espaço Funcional Livre (EFL): É o espaço entre os dentes superiores e inferiores quando a mandíbula encontra-se em repouso, apresentando em média 3 mm. 16. Determinar a DVO do paciente por meio da associação de dois dos seguintes métodos: 16.1. Método fisiológico ou Método de Pleasure: Estando a mandíbula em repouso, 2 / 5

determinar a DVR do paciente, utilizando o compasso de Willis, e subtrair dessa medida, 2 a 3mm correspondentes ao EFL, para obtenção de DVO. 16.2. Método métrico ou Método de Willis: Com os planos de orientação superior e inferior posicionados na boca, medir, com auxílio do compasso de Willis a distância da comissura palpebral à comissura labial do paciente. Essa distância deve ser igual a distância entre o ponto subnasal e o gnátio, e corresponde à DVO do paciente. 16.3. Método Estético ou Método da plenitude facial ou Método de Turner e Fox: Consiste na análise dos três terços da face. Os planos de orientação devem ser posicionados na boca e o terço inferior da face deve estar em harmonia e equilíbrio com as demais partes do rosto do paciente. 16.4. Método Fonético ou de Silverman: Determinação da dimensão vertical de repouso (DVR) do paciente quando da pronúncia de sons sibilantes e da pronúncia de fonemas bilabiais ( M, B, P ). A partir do registro deste valor, realiza-se a subtração de 3 mm correspondente ao espaço funcional livre (ELI) para se obter a DVO. DVR EFL = DVO 17. Os dois valores encontrados são iguais ou muito semelhantes? 17.1. Sim: seguir para o passo 18; 17.2. Não: acrescentar outro método de determinação e/ou repetir os passos do item 16; 18. Após a determinação da DVO utilizando a associação dos métodos descritos acima, ajustar a altura do rodete de cera inferior, acrescentando cera, caso a DVO esteja diminuída, ou removendo cera, caso a DVO esteja aumentada. 19. Em seguida, conferir a DVO do paciente repetindo os métodos citados a cima 20. Ajustar o rodete de cera inferior até que, quando em oclusão com o superior, ele fique próximo da DVO; 21. Conferir se existe paralelismo entre a altura do rodete inferior determinada pela DVO do paciente e a altura e posicionamento do lábio inferior do paciente. 22. Remover a cera do centro do rodete inferior, construindo uma canaleta, e plastificar a cera ao redor da canaleta; 23. Determinar as Relações Maxilo-mandibulares fundamentais para Prótese Total no sentido horizontal: Definição segundo Glossário de Termos Protéticos 8ª edição, 2005. Relação Cêntrica (RC): É a relação maxilo-mandibular na qual os côndilos articulam-se com a porção avascular mais fina de seus respectivos discos e esse complexo (côndilo-disco) numa posição ântero-superior contra a vertente posterior da eminência articular. Esta posição independe de contatos dentários. 24. Determinar a posição de RC do paciente por meio da associação dos seguintes métodos: -Métodos de Manipulação: manipulação guiada e não forçada; -Método fisiológico: retrusão/elevação da língua. 25. Com a placa articular na boca do paciente, orientar o mesmo para que ele oclua em RC até atingir a DVO. 26. Conferir a DVO do paciente: 27. Registrar a RC através da associação de um ou mais dos seguintes métodos: 27.1. Uso de grampos de papel; 27.2. Chaves em cera; 27.3. Interposição de material de registro de mordida. 28. Determinar a linha mediana do paciente; 3 / 5

29. Determinar a linha de orientação para seleção da distância intercaninos: 29.1. Linha da pupila (com o paciente olhando para o horizonte) (técnica adotada pelo Núcleo de Prótese da FO UFPel); 29.2. Linha da comissura labial; 29.3. Linha da asa do nariz; 29.4. Bissetriz formada entre o sulco naso-labial e a asa do nariz. 30. Determinar a linha alta do sorriso. 31. Remover o conjunto das duas placas articulares da boca do paciente, sem alterar o registro da RC; 32. Medir a altura do incisivo central (medida que vai da linha alta do sorriso até a borda do rodete de cera) e distância intercaninos (entre as linhas de referência) e registrar os dados no prontuário; 33. Seleção da marca, modelo e cor dos dentes artificiais do paciente e registro no prontuário. 34. Montar o modelo inferior no ASA; 34.1. Ajustar a correta distância intercondilar, o ângulo de Bennett e a guia condilar no ASA; 34.2. Adaptar os ramos superior e inferior do ASA; 34.3. Observar se ambos os côndilos do ramo inferior se encontram simultaneamente adaptados em íntimo contato com a porção posterior, superior e medial da superfície interna da fossa articular do ramo superior do articulador (ASA ARCON). Caso contrário, ajustar o articulador a fim de se obter essa adaptação. 34.4. Ajustar o pino incisal do ASA para a altura desejada (ajustar em zero); 34.5. Apoiar o ramo superior do articulador contra a bancada de montagem; 34.6. Colocar as duas placas articulares com o respectivo registro da RC no articulador, encaixando a placa superior no modelo superior (montado previamente) 34.7. Confeccionar chaves de posição no modelo de trabalho do arco inferior (MTI); 34.8. Isolar com isolante para resina acrílica ou vaslina a base do MTI; 34.9. Manipular gesso tipo IV (gesso pedra melhorado ou gesso pedra especial) e colocá-lo sobre a base do MTS, construindo, com o gesso tipo IV, uma coluna sobre o modelo; 34.10. Adaptar o modelo à placa articular inferior; 34.11. Aplicar uma parte do gesso tipo IV nas bolachas (plaquetas) do ramo inferior do ASA; 34.12. Encaixar os côndilos do ramo inferior do ASA no ramo superior. 34.13. Fechar o ramo inferior do ASA até que sua parte anterior (mesa acrílica) se apóie sobre o pino guia. Observar se ambos os côndilos do ramo inferior se encontram simultaneamente adaptados em íntimo contato com a porção posterior, superior e medial da superfície interna da fossa articular do ramo superior do articulador (ASA ARCON); observar se o gesso tipo IV da plaqueta e sobre o modelo se encontram; 34.14. Após a presa do gesso tipo IV, completar a fixação do modelo com gesso tipo III. Fonte: TELLES, D.; HOLLWEG, H.; CASTELLUCCI, L. Prótese Total: Convencional e Sobre Implantes, Livraria e editora Santos, São Paulo, 2002. TURANO, J.C.; TURANO, L.M. Fundamentos de Prótese Total. Quintessence, Rio de Janeiro, 4 / 5

2000. TAMAKI, T. Dentaduras Completas. 3a ed., São Paulo, Sarvier, 1979. REIS, KR; TELLES, DM; FRIED, E; KAIZER, OB; BONFANTE, G Análise do método de Willis na determinação da dimensão vertical de oclusão /.Rev. bras. odontol;65(1):48-51, jan.-jun. 2008. THE ACADEMY OF PROSTHODONTICS. The glossary of prosthodontic terms. J Prosthet Dent, 2005,94: 10-92. 5 / 5