A Interdição do Crime do Parricídio e a Constituição da Subjetividade Débora Patrícia Nemer Pinheiro Universidade Positivo

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Transcrição:

1 A Interdição do Crime do Parricídio e a Constituição da Subjetividade Débora Patrícia Nemer Pinheiro Universidade Positivo A psicanálise freudiana fundamenta a constituição da subjetividade humana e da cultura em torno de duas interdições culturais: A Interdição do Incesto e a Interdição do Crime de Parricídio. Este trabalho tem por objetivo apresentar reflexões em torno da temática do parricídio. Passamos por Freud, Klein e Lacan e finalizamos interrogando a função de um Pai na constituição da subjetividade. Iniciamos nosso estudo resgatando a teoria edípica. A estrutura do Édipo evidencia o mérito de duas Leis 1 fundamentais e fundadoras da subjetividade humana: a Interdição do Incesto e a Interdição do Crime de Parricídio. Argumento que essa tragédia grega discute sobre o destino do desejo sexual e parricida que tem moradia no mundo psíquico humano e como a falência da Lei enquanto inscrição psíquica, assim como a ignorância e a ausência de elaboração desses desejos primitivos, pode ser fatal, no sentido estrito. A obra de Sófocles demonstra os sofrimentos advindos da fatalidade diante da falta de compreensão da pessoa sobre quem ela é, e sua cegueira em face do seu desejo. A conhecida obra de Sófocles apresenta em um de seus diálogos a constatação de Édipo sobre sua condição subjetiva: hoje me revelo o filho de quem não devia nascer, o esposo de quem não devia ser, o assassino de quem não devia matar (Sófocles, p. 84). Há um crime pior do que este? (p.101). E suplica; levai-me depressa para longe daqui, o maldito entre os malditos, o homem que entre os homens é o mais abominado (p.93). Revelo-me hoje o que sou de fato: um criminoso, saído de criminosos (p.95). Eis o dramático encontro de Édipo com suas contingências subjetivas - seus desejos incestuosos e parricidas. O homem Édipo, enquanto origem descobre-se determinado em seu destino pelo desejo criminoso de seu pai; enquanto sexuação tornase um homem que escolhe sua mãe como objeto de desejo; e, em seu destino, descobrese assassino de seu pai e, o próprio Édipo será o pai e, ao mesmo tempo, irmão dos seus filhos. Com agudeza, Freud percebe que nessa tragédia está revelada e condensada a importância das duas Leis citadas anteriormente como primordiais para a existência e manutenção da cultura e a constituição da subjetividade humana. Assim, a Lei existe 1 Nessa tese, Lei designa aquilo que se refere às marcas do desejo inconsciente, portanto não se restringe ao conceito jurídico de norma e regra legislativa.

2 para estruturar o desejo 2 e integrá-lo no intercambio social. Para tal efeito, implica em escolhas e vicissitudes para as pulsões agressivas e sexuais, adquirindo uma emblemática civilizatória, fazendo limite ao caos pulsional. O tema do parricídio está presente no raciocínio Freudiano, para ele o crime parricida seria o crime mais antigo da humanidade. Sustenta sua tese na doutrina cristã, explicando que se o filho de Deus teve de sacrificar sua vida para redimir a humanidade do pecado original e esse pecado foi uma ofensa ao Deus-Pai e, segundo a regra de Talião do pagamento com igual moeda, então o pecado foi uma morte, um assassinato do Pai. Podendo-se concluir que a primeira proibição feita pela consciência foi: Não Matarás. No texto Totem e Tabu (1913), Freud argumenta que o pai da horda primeva assassinado tem o estatuto inaugural da civilização engendrando a lei universal e cada sujeito herdaria o supereu como censura inconsciente que ordena o sujeito nos laços sociais. Em outro texto: Dostoievski e o Parricídio (1928b) o autor fará menção às crises histéricas de epilepsia como uma autopunição por um desejo de morte contra um pai odiado. Para Freud esse desejo é a fonte principal do sentimento de culpa, embora talvez não fosse a única. Freud relembra que o relacionamento do menino com o pai é ambivalente. Além do ódio que procura livrar-se do pai como rival, certa medida de ternura por ele também está presente. Essas duas atitudes mentais se combinam para produzir a identificação com o pai; o menino deseja estar no lugar do pai porque o admira e quer ser como ele. O que torna inaceitável o ódio pelo pai seria o medo direto da punição e da castração e, o temor a atitude feminina. Freud conclui com segurança que Dostoievski nunca se libertou dos sentimentos de culpa oriundos de sua intenção de matar seu pai. No artigo sobre o Parecer do Perito no Caso Halsmann (1931), Freud discute diretamente o tema do parricídio. O jovem estudante Phillip Halsmann foi conduzido ao tribunal de Innsbruck, em 1929 acusado de crime parricida. O tribunal solicitou um parecer sobre o estado mental do jovem. Esse parecer introduzia os temas de complexo de Édipo e repressão. O jurista da Universidade de Viena, Joseph Kupka solicitou uma opinião de Freud sobre o assunto. Freud, então, responde que o complexo de Édipo está presente na infância de todos os seres humanos, sofre alterações durante os anos de 2 O desejo está fundamentalmente preso ao movimento dialético de um significante para o próximo significante. Na sua essência o desejo é uma busca constante, sem nunca encontrar o objeto passível de satisfazê-lo.

3 desenvolvimento e em muitos indivíduos é encontrado em graus variáveis de intensidade, mesmo adulto. Contudo, apesar de Freud afirmar a existência universal do Édipo ele alerta para uma cautela no uso para explicar o ato criminoso, especialmente no caso Halsmann visto que os conflitos e desavenças dele com o pai não fundamentavam a presunção de um relacionamento mortífero (no texto não ficam esclarecidas as peculiaridades das relações entre pai e filho). Também encontramos a temática do crime nos textos kleinianos: Sobre a criminalidade (1934), e Tendências criminosas em crianças normais (1927), Klein discute alguns fatores que estariam presentes no desenvolvimento anti-social ou criminoso. Descobri que quanto mais teme a retaliação cruel dos pais como punição pelas fantasias que dirige contra eles, mais a criança apresenta tendências criminosas e anti-sociais, expressando-as repetidas vezes em seus atos (KLEIN, 1934, p.297). Klein atinge uma importante conclusão de que o responsável pelo comportamento criminoso ou anti-social não é a falta de consciência, ou fraqueza e ausência de superego, mas sim a severidade avassaladora do superego. Na seqüencia, buscamos as contribuições psicanalíticas sobre a agressividade. Segundo Birman (2009), há um avanço freudiano sobre o tema quando escreveu o texto sobre o masoquismo, e entendeu que uma parcela da pulsão de morte ficaria a serviço da pulsão de vida e seria então desviada para o exterior, sob a forma de sadismo e agressividade, outra ficaria retida e se articularia à pulsão sexual, de modo a constituir o masoquismo erógeno. Ao lado da agressividade voltada para fora como sadismo, existiria também a que seria voltada para dentro, sob a forma de masoquismo. A agressividade voltada para o exterior se transformaria em violência e destrutividade, ao passo que a que se volta para o interior se transformaria em autodestrutividade. Para Birman (2009), Lacan enfatiza o lugar do Outro na dinâmica da pulsionalidade e da pulsão de morte. Justamente porque essa afirmação da totalização do eu contra a possível fragmentação do corpo é sempre instável e débil é que seria necessária a presença insistente de uma mediação para que ela pudesse ser efetiva. Essa mediação seria exatamente a representação do Outro no psiquismo (BIRMAN, 2009, p. 57)

4 Concordamos com Birman de que a falibilidade da figura do pai conduziria o psiquismo a constituir um supereu severo e rigoroso, para se contrapor à agressividade e à violência diante do outro. O sadismo seria, então, uma modalidade de defesa do psiquismo para que esse não seja tomado pelo masoquismo e pela pulsão de morte. Assim, a agressividade e a violência seriam formas de se proteger da autodestruição, uma vez que a mediação simbólica não operou permanecendo o sujeito numa relação dual, logo agressiva. Articulamos as informações dos parágrafos anteriores com a tese lacaniana número 4 do seu texto sobre a agressividade (1950): A agressividade é a tendência correlativa a um modo de identificação a que chamamos narcísico, e que determina a estrutura formal do eu do homem e do registro de entidades característico de seu mundo (LACAN, 1950, p. 112). Entendemos que Lacan acentua a função do Outro como mediadora na organização pulsional e quando esta função simbólica não opera, a agressividade e violência aparecem como proteção à autodestruição. É nessa perspectiva que a função paterna se torna primordial para a constituição da subjetividade e da cultura. Lacan considera o significante Nome-do-Pai como o quarto elo que une os três elementos do nó borromeu. O Nome-do-Pai rege a dinâmica subjetiva fundando um sujeito desejante através da introdução da lei e da interdição. Faz parte da existência humana o encontro com a impossibilidade de acesso à satisfação total, logo a função do pai possibilitará a forma com a falta será registrada na estrutura.

5 Referências Bibliográficas BIRMAN, J. Cadernos sobre o mal. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. FREUD, S. Totem e Tabu. Obras completas, Rio de janeiro: Imago, 1913, 1987. FREUD, S. (1928). O Parecer do Perito no caso Halsmann. Obras completas. Rio de Janeiro: imago, 1987. FREUD, S. (1928b). Dostoievsky e o Parricídio. Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1987. KLEIN, M. (1927). Tendências Criminosas em crianças normais. In Melaine Klein, Amor, culpa e reparação. Rio de Janeiro: Imago, 1996. KLEIN, M. (1934). Sobre a criminalidade. In Melaine Klein, Amor, culpa e reparação. Rio de Janeiro: Imago, 1996. LACAN, J. (1948). A Agressividade em Psicanálise. Em Jacques Lacan. Escritos. Rio de janeiro: Zahar, 1998. LACAN, J. (1950). Introdução teórica às funções da psicanálise em criminologia. Em Jacques Lacan. Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. SÓFOCLES(495 a.c.). Édipo Rei. São Paulo; L&PM, 1999.