Raio luminoso e feixe de raios luminosos

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Lembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data!

Transcrição:

Ótica

FONTES PRIMÁRIA

Fontes Secundárias

Raio luminoso e feixe de raios luminosos A luz é composta por um feixe de partículas, os fotões. O raio luminoso corresponde ao caminho percorrido pelos fotões. Um conjunto de raios luminosos forma um feixe de raios luminosos.

Quanto à disposição dos raios luminosos Feixes: -Convergentes -Divergentes -Paralelos

Propagação da luz A luz ao incidir sobre um determinado meio tende a propagar-se através dele. A velocidade com que a luz se propaga depende do meio A velocidade máxima de propagação da luz ocorre num meio do qual extraímos toda a matéria. Tal meio é o que denominamos de vazio ou vácuo. O primeiro princípio básico na óptica é o de estabelecer que a velocidade da luz no vácuo tem uma característica absoluta, isto é, não depende do observador.

Meios Óticos -Transparentes - Translúcidos - Opacos

Princípio da constância da velocidade da luz A velocidade da luz é a mesma para qualquer observador. Este princípio, proposto por Einstein, estabelece que a velocidade da luz é independente do observador e do referencial de inércia. Se um indivíduo em repouso medir a velocidade da luz e encontrar um valor (designamos por a velocidade da luz), então alguém em movimento em relação a ele encontrará o mesmo valor. Por exemplo, um indivíduo em movimento numa nave realizando uma viagem interplanetária encontrará o mesmo valor para a velocidade da luz. Este princípio é bastante surpreendente. Foge da nossa intuição. Ele lançou as bases para o estabelecimento da Teoria da Relatividade de Einstein. A velocidade da luz é finita. Roemer (em 1676) percebeu que a luz demorava cerca de 11 minutos para viajar do Sol até a Terra. A velocidade da luz no vácuo é de 299.792.458 m/s

A propagação retilínea da luz A luz propaga-se no vazio em linha reta. A propagação retilínea advém do facto da luz ser composta por fotões, que se movem, na ausência de colisões, em movimento retilíneo e uniforme. No vácuo ou em meios rarefeitos como o ar, ou até mesmo na água, a tendência da luz é propagar-se em linha reta. Esta característica foi avaliada por Euclides, cerca de 300 anos antes de Cristo.

SOL

Aplicação H x h y H h = x y

Princípio da independência dos raios luminosos Admitimos que os fotões não interagem entre si. Os fotões, não são influenciados por outros fotões, sendo independentes entre si. Os raios luminosos são independentes.

Princípio da reversibilidade da luz Se a trajectória dos fotões (da luz) for percorrida num certo sentido, o sentido oposto é também possível. Qualquer sentido de trajectória de um raio luminoso é possível.

Reflexão A reflexão ocorre quando a luz incide sobre a superfície de separação entre dois meios com propriedades distintas. A reflexibilidade é a tendência dos raios de voltarem para o mesmo meio de onde são provenientes.

Reflexão Quando a luz incide sobre uma superfície separando dois meios, podem ocorrer dois fenómenos distintos: Reflexão da luz e refracção da luz. Parte da luz volta e propaga-se no mesmo meio no qual a luz incide (a reflexão da luz). A outra parte da luz passa de um meio para o outro propagando-se nesse segundo. A esse último fenómeno (no qual a luz passa de um meio para o outro) damos o nome de refração da luz.

Reflexão Quando a luz incide sobre uma superfície separando dois meios: Os dois fenómenos ocorrem concomitantemente. Pode haver predominância de um fenómeno sobre o outro. O fenómeno predominante vai depender das condições da incidência e da natureza dos dois meios. Se a superfície de separação entre os dois meios for plana (por exemplo, superfície de um metal) e polida (uma superfície regular) então a um feixe incidente de raios luminosos paralelos corresponderá um feixe reflectido de raios luminosos igualmente paralelos. A reflexão nesse caso será denominada de regular. Se a superfície de separação apresentar rugosidades a reflexão será difusa. A luz será espalhada em todas as direcções. Se considerarmos um feixe de raios luminosos incidentes paralelos, os raios reflectidos irão tomar as mais diversas direcções. A grande maioria dos objectos reflecte a luz de uma maneira difusa. Isso nos permite vê-lo de qualquer posição que nos situarmos em relação a ele. Parte da luz é absorvida pelo objecto. Diferentes materiais absorvem luz de forma diferente e por isso vemos objectos das mais variadas cores.

Ponto Objeto: é um ponto formado por raios de luz que incidem no sistema ótico. PONTO OBJETO REAL PONTO OBJETO VIRTUAL PONTO OBJETO IMPROPRIO

Ponto Imagem: Formado por raios de luz que emergem do sistema ótico. PONTO IMAGEM REAL PONTO IMAGEM VIRTUAL PONTO IMAGEM IMPRÓPRIA

Espelhos Quando a superfície de separação entre dois meios permitir que a maior parte da luz seja reflectida e essa reflexão for regular, dizemos que a superfície entre os dois meios se constitui num espelho. Se essa superfície for plana (se ela se constituir num plano) então o espelho é dito plano. Se a superfície for esférica, o espelho é dito esférico.

Reflexão da luz

TIPOS DE REFLEXÃO Regular Difusa

RI normal RR i r

As leis da reflexão O ângulo formado pelo raio (i) incidente e a reta normal (N) é o ângulo de incidência (representado por î ).

As leis da reflexão O plano formado pelo raio incidente (ou a reta que o contém) e a reta normal, é o plano de incidência. Analogamente, o plano de reflexão é o plano que contém o raio refletido r e a recta normal N.

Primeira lei da reflexão O plano de incidência coincide com o plano de reflexão. Ou seja: "O raio de incidência a recta normal e o raio refletido estão emitidos no mesmo plano."

Segunda lei da reflexão O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.

Formação de imagens - espelho plano Consideremos: Um objecto muito pequeno de dimensões desprezíveis que pode ser representado como uma fonte de luz punctiforme. Consideremos esse ponto (P) a uma distância d do espelho.

Formação de imagens espelho plano Consideremos agora o prolongamento de todos os raios luminosos reflectidos. Todos se encontram num ponto P'. Tal ponto está a mesma distância d do espelho. Os pontos P e P' são simétricos em relação ao espelho. O ponto P' é o ponto imagem do ponto P.