COMPARAÇÃO DA FLEXIBILIDADE ENTRE IDOSAS FISICAMENTE ATIVAS E SEDENTÁRIAS

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Transcrição:

COMPARAÇÃO DA FLEXIBILIDADE ENTRE IDOSAS FISICAMENTE ATIVAS E SEDENTÁRIAS Solange Gouvêa dos Reis Pós Graduada em Treinamento Desportivo pela Faculdade de Minas (FAMINAS) Graduada em Licenciatura em Educ. Física pela Faculdade de Minas (FAMINAS) magalyreis@oi.com.br Emerson Filipino Coelho Mestre em Psicofisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho (UGF) Docente e Coordenador do Curso de Educação Física da Faculdade de Minas (FAMINAS) emersoncoelho@faminas.edu.br Guilherme Tucher Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo Branco (UCB) Docente do Curso de Educação Física da Faculdade de Minas (FAMINAS) guitucher@yahoo.com.br RESUMO A presente pesquisa objetivou comparar a flexibilidade de idosas fisicamente ativas e sedentárias. Foram avaliadas 30 idosas fisicamente ativas (G ati ), com idade média de 65,80 ± 2,02 anos e 30 sedentária (G sed ), com idade média de 66,07 ± 1,98 anos. Utilizou-se o Questionário Internacional de Atividade Física para a classificação do nível de atividade física dos indivíduos. Avaliou-se a flexibilidade do quadril através do teste de Sentar e Alcançar. Os dados foram apresentados através da média, desvio padrão, mínimo, máximo e coeficiente de variação (CV). O Teste T de Student foi realizado buscando diferença entre as variáveis analisadas. Encontrouse média de 28,40 ± 6,63 cm para G ati e 20,40 ± 6,97 cm para G sed no teste de Sentar e Alcançar. Os mínimos foram de 16 cm e 10 cm e máximos de 41 cm e 34 cm, respectivamente para G ati e G sed. O coeficiente de variação foi 23% para os valores de flexibilidade de G ati e 34% para G sed. Os resultados para o teste de flexibilidade assumiram uma distribuição normal (p=0,24). Encontrou-se diferença significativa (p<0,001) na flexibilidade dos dois grupos. Um programa orientado mesmo que não privilegie sessões específicas de treinamento da flexibilidade pode trazer benefícios aos idosos. Entretanto, resultados mais expressivos parecem exigir um treinamento específico na melhora dessa qualidade física. Palavras-chave: Envelhecimento. Flexibilidade. Atividade Física. ABSTRACT The present study aimed compares the flexibility of physically active and sedentary aged women. Had been evaluated 30 elderly physically active (G ati ), with a mean age of 65.80 ± 2.02 years and 30 sedentary (G sed ), with a mean age of 66.07 ± 1.98 years. We used the International Physical Activity Questionnaire for classification of 1

physical activity level of individuals. The hip flexibility was evaluated through Seat and Reach Test. The data had been presented through the mean, standard deviation, minimum, maximum and coefficient of variation (CV). The Test T of Student was carried through searching difference between the analyzed variable. Was found 28,40 ± 6,63 cm for physically active group and 20,40 ± 6,97 cm for the sedentary ones. The minimums had been 16 cm and 10 cm and maximum of 41 cm and 34 cm, respectively for active physically and sedentary. The coefficient of variation was 23% in the physically active women and 34% for the sedentary ones. The results for the flexibility test had assumed a normal distribution (p=0,24). Was found significant difference (p<0,001) in the flexibility of the groups. A program not even dedicated to specific training sessions of flexibility may benefit the elderly. However, more significant results appeared to require a specific training in the improvement of the flexibility. Key words: Aging, flexibility, Physical Activity INTRODUÇÃO O aumento progressivo da população idosa é um fenômeno observado pelo mundo todo. Este processo de envelhecimento sempre foi motivo de preocupação para o homem (MEIRELLES, 1999). Vários são os processos degenerativos que acontecem com o envelhecimento. Entre 50 e 55 anos, a estatura diminui, sendo que dos 70 aos 85 anos a evolução desta degeneração é mais rápida, devido a uma compressão das vértebras e achatamento dos discos intervertebrais. Encontramos também uma atrofia muscular, provocando uma grande mudança na mobilidade e elasticidade, afetando vários locais do corpo, como a coluna cervical e lombar (MORAES, 2006). Todas essas complicações tornam muitas vezes o idoso dependente devido à dificuldade para a realização de suas atividades diárias (GUADAGNINE; OLIVOTO, 2004). Com o avançar da idade, o idoso também se torna mais propenso a desenvolver doenças crônicas. Além de representar um risco de vida, é uma ameaça à autonomia e independência do indivíduo (ALVES et al., 2003). Os problemas de saúde dos idosos, além de serem de longa duração, necessitam de pessoal qualificado, equipamentos e exames complementares de custo elevado. Assim, por muitas vezes, os idosos acometidos apresentam grande gasto com hospitalização, o que reforça a necessidade de promoção da saúde e atividades de prevenção para a redução de doenças (SILVA; BESSA, 2008). Entretanto, todo processo de envelhecimento apresenta considerável variação de um indivíduo para outro, sendo grandemente influenciado pelo estilo de vida e pelas características genéticas (CORAZZA, 2001). Atualmente, está comprovado que quanto mais ativa uma pessoa é, menos limitada fisicamente ela será (FRANCHI et al., 2005). A prática de atividades ou exercícios físicos promove vários benefícios a um indivíduo (WEINECK, 2000). No idoso esta manifestação está representada pela melhor capacidade funcional, entendida como seu desempenho na realização de suas atividades da vida diária (AVDs) (WEINECK, 2000). Um idoso com um estilo de vida inativo tem comprometido a realização de algumas destas AVDs. Desta forma, a prática de atividade física, em suas mais variadas formas e expressões de manifestação, é um 2

importante pilar na melhora de sua qualidade de vida, tornando-se mais independentes na realização de suas tarefas (FRANCHI et al., 2005). A flexibilidade, definida como a capacidade de movimento da articulação com a maior amplitude possível, é uma qualidade física afetada com o envelhecimento (OKUMA, 2002). A falta de elasticidade, em especial nas articulações da coluna, quadril e dos joelhos, podem ser a principal causa de desconforto e incapacidade do idoso (OKUMA, 2002). Dantas (1999) enfatiza que exercícios de alongamento trazem benefícios significativos em relação à flexibilidade de idosos. Isso pode ser percebido na melhora do desempenho motor, aumento da confiança na realização de movimentos corporais e, conseqüentemente, proporcionando uma elevação da auto-estima (DANTAS, 1999). Estudos realizados encontraram efeitos positivos do treinamento na amplitude de movimento do idoso, seja através de programas específicos de alongamentos, ou na realização de outros tipos de programas (OKUMA, 2002). O objetivo deste estudo foi comparar os níveis de flexibilidade de idosas fisicamente ativas e sedentárias. METODOLOGIA Participaram do estudo 60 idosas voluntárias escolhidas aleatoriamente no programa de atendimento Grupo da Maior Idade, da cidade Muriaé-MG. A amostra foi dividida em dois grupos de acordo com o resultado do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) (PARDINI et al., 2001). O grupo de idosas fisicamente ativas (G ati ; n = 30) apresentou idade média de 65,80 ± 2,02 anos e realizavam atividades físicas orientadas há pelo menos 4 anos com uma freqüência de 3 vezes por semana. Como parte de suas atividades, são realizados exercícios aeróbicos, localizados e alongamentos. O grupo de idosas sedentárias (G sed ; n= 30) apresentou idade média de 66,07 ± 1,98 anos. Em G sed os indivíduos realizam atividades de pinturas, passeios turísticos e de convívio social. A flexibilidade do quadril foi avaliada através do teste de Sentar e Alcançar (JOHN; NELSON, 1979 apud MARINS; GIANNICHI, 2003) usando o Banco de Wells. Os indivíduos assentaram-se sobre um colchonete, com os pés encostados embaixo do Banco de Wells e as pernas estendidas. As mãos permaneciam sobrepostas e deslizavam sobre a régua acima da caixa o máximo de distância possível, utilizando a ponta dos dedos das mãos. Foi computada a melhor tentativa executada pelo avaliado. O registro foi executado em centímetros (cm) (MARINS; GIANNICHI, 2003). Os dados foram apresentados através da média, desvio padrão, mínimo, máximo e coeficiente de variação (CV). Realizou-se o teste de Shapiro Wilk avaliando a normalidade da amostra. Encontrando-se a normalidade, realizou-se o Test-t de Student buscando diferenças entre os resultados alcançados. Assumiu- se nível de significância de p < 0,05. Foi utilizado o programa SPSS 16.0. Todos os participantes foram informados sobre os procedimentos experimentais e concordaram por meio de consentimento esclarecido por escrito. O estudo obedeceu às normas da Declaração de Helsinki de 1975, revisado em 1996, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Minas. 3

RESULTADOS Encontrou-se média de flexibilidade de 28,40 ± 6,63 cm para as idosas fisicamente ativas (G ati ) e 20,40 ± 6,97 cm para as sedentárias (G sed ), como apresentado no gráfico 1. Esses resultados conferem a classificação de regular para G ati e de muito fraco para G sed (ACMS, 2000 apud PITANGA, 2004). Os valores mínimos foram de 16 cm e 10 cm e máximos de 41 cm e 34 cm, respectivamente para G ati e G sed. O CV foi 23% para os valores de flexibilidade das idosas em G ati e de 34% para G sed. O teste de normalidade de Shapiro-Wilk para a flexibilidade apresentou uma distribuição normal (p = 0,24). Encontrou-se diferença significativa (p < 0,001) no nível de flexibilidade alcançado pelas idosas fisicamente ativas e sedentárias. GRÁFICO 1 Resultado médio da distância alcançada (cm) pelas idosas fisicamente ativas (G ati ) e sedentárias (G sed ) no Teste de Sentar e Alcançar (JOHN; NELSON, 1979 apud Marins; Giannichi, 2003). * Diferença significativa (p < 0,05) entre G ati e G sed. DISCUSÃO Em uma amostra de 48 mulheres idosas (21 não praticantes de atividades físicas e 27 participantes do programa Atividade em Movimento), Silva e Rabelo (2006) encontraram média de 22,71 cm para as idosas sedentárias e 30,00 cm para as ativas no teste de Sentar e Alcançar. Nos resultados obtidos por ele em sua pesquisa, pode-se constatar diferença altamente significativa (p = 0,002) nos níveis de flexibilidade das idosas. Logo, comparando estes resultados com o da presente pesquisa, estima-se que a média de 28,40 cm para as idosas fisicamente ativas seja um resultado bem próximo dos encontrados por Silva e Rabelo (2006). Observando o CV dos grupos G ati e G sed, encontramos uma menor variação (23%) em relação a média do grupo G ati, enquanto que em G sed a variação foi maior (34%), mostrando menor homogeneidade. Além disso, os valores máximos e mínimos obtidos em G ati evidenciam que os melhores índices de flexibilidade estão no grupo de idosas que praticam atividades físicas regulares. Essa variação da flexibilidade em G ati e G sed evidencia o fato de apesar de a atividade física ser um fator importante para a melhora da flexibilidade na idade adulta, a prática esportiva na juventude, aliado a características biológicas individuais, pode contribuir no seu quadro atual (WEINECK, 2000). 4

Outro ponto que vale ser destacado é a não realização de exercícios específicos para a melhora da flexibilidade em G ati, apesar da diferença significativa nos resultados do teste. Todos os exercícios realizados durante seu programa de condicionamento físico parecem ter desenvolvido de forma secundária essa qualidade física, o que é um ponto positivo. Podemos levantar a hipótese de que se estivessem sedentárias, enquadrando-se em G sed, apresentariam menores valores no teste de Sentar e Alcançar. Entretanto, Passos et al. (2008) não encontraram melhora significativa na flexibilidade avaliada em idosas após a realização de 12 semanas de aula de hidroginástica. Os autores atribuem esse resultado a ausência de exercícios específicos para esse propósito. Mesmo assim, segundo a proposta de classificação do teste, os resultados alcançados enquadram-se apenas como regular para G ati (ACMS, 2000 apud PITANGA, 2004). Uma classificação como alta ou muito alta exigiriam escores a cima de 31 cm e 34 cm, respectivamente (ACMS, 2000 apud PITANGA, 2004). Pelo tempo de prática que G ati tem no projeto, espera-se que valores dessa natureza sejam alcançados apenas com atividades específicas para a flexibilidade. Notou-se que a prática esportiva e de atividade física na infância e adolescência pode ser uma variável interveniente na realização desta pesquisa. Da mesma forma, o estilo de vida e o tipo de profissão podem interferir na flexibilidade (SHIROMOTO et al., 2002) Segundo Weineck (2000), a flexibilidade de esportistas ativos e ex-atletas é, em qualquer faixa etária, melhor que a de não-esportistas. Desta forma, seria oportuna a realização de um estudo semelhante que também avaliasse o passado de prática esportiva das idosas antes da aplicação de testes de avaliação da flexibilidade. CONCLUSÃO Exercícios de caráter e desenvolvimento geral, utilizados como práticas de atividade física em idosos são suficientes na melhora dos níveis de flexibilidade na região do quadril. Desta forma, um programa orientado mesmo que não privilegie sessões específicas de treinamento da flexibilidade pode trazer benefícios aos praticantes. Mesmo assim, resultados mais expressivos parecem exigir um treinamento específico na melhora dessa qualidade física. Destaca-se ainda que o histórico esportivo e de atividade física do idoso deve ser levando em consideração na hora da avaliação e interpretação dos benefícios adquiridos na flexibilidade como resultado dos programas desenvolvidos. REFERÊNCIAS ALVES, Luciana C.; LEITE, Iuri da C.; MACHADO, Carla J. Perfis de saúde dos idosos no Brasil: análise da pesquisa nacional por amostra de domicílios de 2003 utilizando o método grade of membership. Cadernos de Saúde Pública. V. 24, n. 1, 2003. Disponível em internet: http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n3/07.pdf. Acesso em 22 ago. 2008. CORAZZA, Maria A. Terceira idade & atividade Física. São Paulo: Phorte, 2001. DANTAS, Estélio H. M. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. Rio de Janeiro: Shape,1999. 5

FRANCHI, Kristiane M. B.; JUNIOR, Renan M. M. Atividade física: uma necessidade para a boa saúde na terceira idade. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. V. 18, n. 3, 2005. Disponível em internet: http://www.unifor.br/notitia/file/609.pdf. Acesso em 22 ago. 2008. GUADAGNINE, Pércio; OLIVOTO, Robson. Comparativo de flexibilidade em idosos praticantes e não praticantes de atividades físicas. Revista Digital EFDeportes, Buenos Aires, V. 10, n. 69, 2004. Disponível em internet: http://www.efdeportes.com/efd69/flexib.htm. Acesso em 22 ago. 2008. MARINS, João C. B.; GIANNICHI, Ronaldo S. Avaliação e prescrição de atividade física: guia prático. Rio de Janeiro: Shape, 2003. MEIRELLES, Morgana A. E. Atividade física na 3ª idade. Rio de Janeiro: Sprint, 1999. OKUMA, Silene S. O idoso e a atividade física. Campinas: Papirus, 2002. PARDINI, R.; MATSUDO, S.; ARAÚJO, T.; MATSUDO, V.; ANDRADE, E.; BRAGGION, G.; ANDRADE, D.; OLIVEIRA, L.; FIGUEIRA JR., A.; RASO, V. Validação do questionário internacional de nível de atividade física (IPAQ versão 6): estudo piloto em adultos jovens brasileiros. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. V. 9, n. 3, p. 45-51, 2001. Disponível em internet: http://www.ucb.br/mestradoef/rbcm/9/9%20-%203/completo/c_9_3_6.pdf. Acesso em 22 ago. 2008. PASSOS, Betânia, M. A.; SOUZA, Luiz H. R.; Silva, F. M.; LIMA, Ricardo M.; OLIVEIRA, Ricardo J. Contribuições da hidroginástica nas atividades da vida diária e na flexibilidade de mulheres idosas. Revista da Educação Física. V. 19, n. 1, p. 71-76, 2008. Disponível em internet: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/reveducfis/article/view/4316/2918. Acesso em 11 abr. 2009. PITANGA, Francisco J. G. Testes, medidas e avaliação em educação física e esportes. São Paulo: Phorte Editora, 2004. SHIROMOTO, Cristiane E.; FILHO, Albertino, O.; Bertolini, Sonia, M. M. Implicações da prática de exercícios resistidos sobre a flexibilidade. Revista da Educação Física. V. 13, n. 1, p. 55-62, 2002. Disponível em internet: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/reveducfis/article/view/3724/2563. Acesso em 11 abr. 2009. SILVA, Margarete da; RABELO, Heloisa T. Estudo comparativo dos níveis de flexibilidade entre mulheres idosas praticantes de atividade física e não praticantes. Movimentum Revista Digital de Educação Física. V. 1, n.1, 2006. Disponível em:http://www.unilestemg.br/movimentum/index_arquivos/movimentum_silva_marga reth.pdf. Acesso em 22 ago. 2008. SILVA, Maria J.; BESSA, Maria E. P. Conceito de saúde e doença segundo a óptica dos idosos de baixa renda. Ciencia y Enfermeria. Vol. 14, n 1, 2008. Disponível em internet: http://www.scielo.cl/pdf/cienf/v14n1/art04.pdf. Acesso em 22 ago. 2008. WEINECK, Jurgen. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 2000. 6