OURO (OZ1D) Investidores em busca de proteção. Inegavelmente o ano de 2017 começou com uma parcela de incertezas considerável. Os possíveis desdobramentos da saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit, somados às incertezas relacionadas à linha de política econômica a ser adotada pelo Governo Trump, que assume a presidência dos Estados Unidos na próxima sexta-feira (20/01/2017), elevaram a procura por ativos tidos como de menor risco e, por conseguinte, a parcela de recursos dos portfólios globais alocada em ativos mais seguros. Entre os destaques, o ouro segue em trajetória ascendente desde o início de 2017, acumulando valorização de 5,1% no exterior (e 5,22% no Brasil), se aproximando das cotações máximas em quase 8 semanas (lembrando que, neste período, o FED elevou a taxa básica de juros da economia norte-americana). Daqui para frente, acreditamos que os investidores devem continuar a adotar postura de maior cautela, elevando a atratividade da commodity metálica, sobretudo no que se relaciona ao fluxo de notícias nos EUA. A seguir elencamos temas sobre os quais as declarações/ações do novo governo norte-americano poderiam trazer maior volatilidade ao mercado (e, por consequência, a apreciação de ativos defensivos): Comentários em torno da política cambial chinesa; Mudanças na política diplomática, especialmente quanto ao acordo, segundo o qual, desde 1979 os Estados Unidos não reconhecem Taiwan como um país independente, mas como parte de uma China única, governada por Pequim; Apoio para que novos países sigam os passos do Reino Unido e decidam deixar o bloco da União Europeia; Acordos econômicos envolvendo o Reino Unido, potencialmente intensificando a saída deste país do bloco europeu ( hard Brexit ). A título de comparação, o gráfico a seguir evidencia o comportamento do ouro, desde os resultados da eleição americana, quando comparado à renda fixa norte-americana, ativos que historicamente guardam correlação negativa: José Cataldo* Aloísio Lemos Ricardo França Renato Chanes
No gráfico, a área sombreada faz referência às cotações internacionais da commodity metálica, ao passo que a linha contínua representa o comportamento da renda fixa americana (T-note de 10 anos). Apesar da queda acumulada até o dia 14 de dezembro, período no qual houve ajustes a uma possível elevação de juros na economia americana (confirmada na mesma data), o ouro vem claramente auferindo ganhos. Todavia, não apenas as notícias advindas dos EUA devem ficar no foco dos investidores globais. As recentes declarações da Premiê Britânica Thereza May, a título de exemplo, também trouxeram incertezas ao longo das últimas semanas com relação a sustentação do Brexit. Isto posto, acreditamos que, hoje, faz todo sentido manter o ativo ouro como fração de um portfólio diversificado. Não temos o objetivo de projetar preço alvo ou valores nesse texto, buscando somente expor as razões de se possuir tal ativo, neste momento onde as incertezas no cenário global podem seguir justificando uma valorização do metal. Conforme já comentado em relatórios anteriores, olhando para os valores nominais em dólar (para a onçatroy), o ouro parece atualmente longe de valores estressados. Corrigindo-se por qualquer índice de inflação, os picos prévios atingidos na década de 80 (US$850/onça-troy em janeiro de 1980), certamente chegariam a valores bem superiores quando comparados ao preço atual de cerca de US$ 1205/onça-troy. Visão Gráfica Por Maurício Camargo Analista Gráfico CNPI-T OZ1D Gráfico de médio prazo: Após a forte queda iniciada em fevereiro de 2016, o ativo atingiu seu principal suporte na média móvel de 200 semanas (que é respeitada desde 2007) e que passa agora em R$ 117,87. Iniciou uma reação a partir deste nível, subindo para testar a resistência em R$ 129,00 e caso supere este patamar, ficaria livre para uma alta até R$ 134,00 e R$ 144,00 respectivamente.
OZ1D Gráfico de curto prazo: No curto prazo, o ativo vai vencendo a resistência em R$ 122,86 e na continuidade do movimento de reação, atingiria a principal resistência, o teto do canal de baixa que passa em R$ 129,00.
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