Unidade II. Direito Comercial. Profª. Vanessa Brihy

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Unidade II Direito Comercial Profª. Vanessa Brihy

Títulos de Crédito - Origem Teve origem na Idade Média com o intuito de facilitar a circulação da moeda (meio utilizado para a troca de mercadorias em substituição ao escambo). Representa a confiança que o credor deposita no devedor. Ato de fé.

Títulos de Crédito - Conceito Conceito dado pelo art. 887 do Código Civil: O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.

Títulos de Crédito - Características Literalidade considera-se apenas o que nele está escrito, não se pode alegar circunstância não escrita. Cartularidade é sempre um documento, um papel, uma cártula e é necessária sua apresentação. Autonomia desvincula-se a causa do título em relação aos coobrigados. (Ex.: comprador dá como pagamento cheque de terceiro).

Títulos de Crédito - Características Independência extensão da autonomia, representa a desvinculação dos coobrigados reciprocamente. (Ex.: Letra de Câmbio). Abstração mais um aspecto da autonomia, ocorre quando o título de crédito é colocado em circulação na relação entre pessoas que não contrataram entre si. (Ex.: Cheque endossado).

Títulos de Crédito Classificação quanto ao Modelo Títulos de Crédito Livres: não há padrão de confecção estabelecido. (Ex.: Nota Promissória). Títulos de Crédito Vinculados: há padrão específico atribuído por lei. (Ex.: Cheque).

Títulos de Crédito Classificação quanto à Estrutura Promessa de Pagamento: apresenta duas relações jurídicas: o emitente (sacador) e o beneficiário (tomador). (Ex.: Nota Promissória). Ordem de Pagamento: apresenta três Ordem de Pagamento: apresenta três relações jurídicas: o emitente (sacador), o destinatário da ordem (sacado) e o beneficiário (tomador). (Ex.: Cheque).

Títulos de Crédito Classificação quanto à Emissão Títulos de Crédito Não Causais criação independe de uma origem, independe de um negócio jurídico subjacente. (Ex.: Cheque). Títulos de Crédito Causais é obrigatória uma origem para a sua criação, são emitidos em razão de um determinado negócio. (Ex.: Duplicata mercantil).

Títulos de Crédito Classificação quanto ao Modo de Circulação Ao Portador o título de crédito não revela o nome do beneficiário e transmite-se pela tradição, ou seja, por quem legitimamente o detém (posse). Nominativo o título de crédito indica como beneficiário a pessoa cujo nome está expressamente lançado no documento. À Ordem o título de crédito é passível de endosso.

Títulos de Crédito conhecidos no Direito Brasileiro Letra de Câmbio ordem de pagamento, sacado pelo credor em face de seu devedor, em seu favor ou em favor de terceiro. Nota Promissória promessa de pagamento emitida pelo próprio devedor. Duplicata após a emissão da fatura de venda, pode o vendedor sacar uma duplicata correspondente para circular como título de crédito.

Títulos de Crédito conhecidos no Direito Brasileiro. Cheque ordem de pagamento à vista, sacada por uma pessoa contra um banco ou instituição financeira. Debênture título de crédito emitido por sociedade anônima, representa empréstimo público e goza de privilégio em caso de falência.

Interatividade Quanto ao modelo, os títulos de crédito podem ser classificados como: a) Livres e vinculados. b) Promessa de pagamento e ordem de pagamento. c) Causais e não causais. d) Nominativos e à ordem. e) N.D.A.

Falências e Recuperações Insolvência empresarial ocorre quando a dívida acumulada da empresa é maior que a soma dos recursos que ela tem a receber. (antes procedimento préfalencial, estado de fato que representava insuficiência patrimonial da empresa.) Na atividade comercial o que se protege é a circulação de crédito, ou seja, o credor de um é devedor de outro e assim por diante. Com o não pagamento de qualquer obrigação, haverá um corte nesta cadeia de crédito e, provavelmente uma crise, uma desordem com reflexos encadeados.

Falências e Recuperações No sentido e proteger o crédito e as empresas em dificuldade, diferenciandoas daquelas que são prejudiciais à sociedade, criou-se a Lei de Recuperação e Falências LRF (Lei nº11.101 101 de 09/02/2005). Trata-se de legislação específica que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.

Falências e Recuperações Subordinados à lei estão o empresário e a sociedade empresária. (Art. 1º). Identifica-se como empresário, tanto a pessoa física que, em nome próprio, exercita profissionalmente determinada atividade negocial com o fim de lucro, como a pessoa jurídica nas mesmas condições.

Falências e Recuperações Excluídos da incidência da lei estão as empresas públicas e sociedades de economia mista, as instituições financeiras públicas ou privadas, as cooperativas de crédito, os consórcios, as entidades de previdência complementar, as sociedades operadoras de plano de assistência à saúde, as sociedades seguradoras, as sociedades de capitalização e as demais equiparadas às anteriores. (Art. 2º, I e II).

Recuperação Judicial Ação que viabiliza à empresa superar a situação de crise, que promove a continuidade da empresa no mercado, que permite a manutenção dos empregados e seus salários, que satisfaz os interesses dos credores. (Art. 47) Pode ser requerida pelo empresário, pela sociedade empresária e pelo sócio remanescente (Art. 1º e 48, parágrafo único);

Recuperação Judicial A teor dos artigos 1º e 48, parágrafo único da LRF, a recuperação judicial poderá ser requerida pelo empresário, pela sociedade empresária e pelo sócio remanescente, pelo cônjuge sobrevivente, pelos herdeiros do devedor e pelo inventariante.

Recuperação Judicial Os requisitos para o requerimento da recuperação judicial estão elencados no caput e nos incisos I, II, III e IV do artigo 48 da LRF, quais sejam: 1 exercício regular da atividade empresarial há mais de dois anos; 2 não ser falido e, se foi, as responsabilidades decorrentes deverão ser extintas por sentença transitada em julgado; 3 não ter obtido concessão de recuperação judicial há menos de cinco anos;

Recuperação Judicial 4 não ter obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de recuperação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte há menos de oito anos; 5 não ter sido condenado, ou não ter como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos na LRF.

Recuperação Judicial O artigo 50 da LRF (I ao XVI), exemplifica os meios de recuperação que e empresário poderá requerer, observandose sempre, a legislação pertinente a cada caso. O requerimento poderá solicitar concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas, cisão, incorporação, fusão ou transformação da sociedade, alteração do controle societário, a reorganização da administração, a venda parcial dos ativos, a compensação de horários e redução de jornada de trabalho, etc.

Recuperação Judicial Após a distribuição da petição inicial de recuperação judicial, que deverá ser instruída em conformidade com o que versa o artigo 51 da LRF, bem como a publicação da decisão que deferiu seu processamento, o devedor deverá apresentar o Plano de Recuperação Judicial dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, sob pena de convolação em falência.

Recuperação Judicial O Plano de Recuperação Judicial é de extrema importância e deverá conter discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, demonstração de sua viabilidade econômica, laudo econômico-financeiro e de avaliação de bens e ativos, bem como não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou prazo superior a 30 (trinta) dias, para pagamento até o limite de 5 (cinco) salários mínimos por trabalhador.

Recuperação Judicial O deferimento do processamento da recuperação judicial, gera como efeito, a suspensão do prazo prescricional e das ações e execuções movidas em face do devedor, exceto as reclamações trabalhistas, as execuções fiscais e demais previstas em lei.

Interatividade De acordo com a Lei de Recuperações e Falências, quem poderá requerer a Recuperação Judicial? a) O perito e a sociedade falida. b) O juiz e o controlador. c) O administrador e o contador. d) O empresário e a sociedade empresária. e) N.D.A

Falência Falência é uma execução concursal coletiva, movida contra um devedor (empresário ou sociedade empresária), que atinge seu patrimônio para uma venda forçada e posterior partilha proporcional do resultado entre os credores. É concursal, pois há concurso de credores, e é coletiva, pois envolve todos os bens do devedor. O que ocorre de fato é o leilão dos bens do devedor para satisfação do crédito dos credores.

Falência - Características A falência caracteriza-se pelo estado de insolvência do devedor (empresário ou sociedade empresária), ao passo que a insolvência presume-se com a impontualidade do devedor. Impontualidade, revela-se como a atitude do devedor que, sem qualquer relevante razão de direito, não realiza o pagamento, na respectiva data de vencimento, de obrigação acima de 40 (quarenta) salários mínimos.

Falência - Características Artigo 94, I, da Lei de Recuperações e Falências: Será decretada a falência do devedor que: I sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a quarenta salários mínimos na data do pedido de falência.

Falência - Características Ainda que não exista nenhum título, ou pagamento em atraso, a falência da empresa poderá ser requerida também, nos casos de prática dos chamados atos de falência. Os atos de falência estão discriminados nas alíneas a a g, do inciso III, do art. 94 da LRF. Entre eles estão, a transferência de bens a terceiros sem que lhe sobre bens suficientes ao cumprimento de suas obrigações, bi em evidente fraude a credores, e o não cumprimento de obrigação assumida em recuperação judicial.

Recuperação Extrajudicial Recuperação Extrajudicial observados os requisitos impostos pelo artigo 48 da LRF (os mesmos válidos para a recuperação judicial), o devedor poderá propor e negociar diretamente com seus credores, um plano de recuperação extrajudicial. Excetuam-se os credores trabalhistas, tributários, assim como aqueles previstos nos art. 49, 3º e art. 86, II, da LRF. A recuperação extrajudicial está prevista no Capítulo VI, da LRF.

Recuperação Extrajudicial O Plano de Recuperação Extrajudicial, não terá validade se contemplar pagamento antecipado de dívida, nem se der tratamento desfavorável aos credores que a ele não estão sujeitos. Será assinado pelas partes interessadas (devedor e credores) e levado à homologação judicial. Haverá indeferimento do plano de recuperação extrajudicial se estiver pendente pedido de recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial, há menos de dois anos.

Recuperação Extrajudicial O Plano de Recuperação Extrajudicial, não suspende os direitos, ações, ou execuções, nem impede eventuais pedidos de falência por credores não sujeitos ao referido plano. Após a distribuição do pedido, os credores não mais poderão desistir da adesão ao plano.

Interatividade De acordo com a lei, a impontualidade e a prática de atos de falência, demonstram: a) A execução. b) A liquidação. c) A insolvência jurídica. d) O crédito. e) N.D.A.

Sociedades Comerciais Conceito dado pelo art. 981 do Código Civil: Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços para o exercício de atividade econômica e partilham, entre si, os resultados

Sociedades Comerciais Elementos do contrato de sociedade: Pluralidade de pessoas; Soma de esforços e recursos; Fim comum. Os conflitos são regulados pelo contrato. O objetivo não é alcançado pelas pessoas que compõem a sociedade, mas sim pela sociedade.

Sociedades Comerciais - Classificações Quanto à responsabilidade dos sócios - Focaliza os riscos que o sócio assume quando entra na sociedade, pois todo sócio tem uma responsabilidade em relação à sociedade : Sociedade Limitada sócio responde apenas com o capital investido (Ex.: Ltda.); Sociedade Ilimitada sócios respondem de forma solidária e ilimitada pelas dívidas da sociedade (Ex.: Sociedade em nome coletivo); Sociedade Mista conjugação entre as responsabilidades atribuídas aos sócios (Ex.: Sociedade em comandita simples).

Sociedades Comerciais - Classificações Quanto à forma de constituição e dissolução: Sociedades contratuais constituídas, necessariamente, por um contrato social, desconstituídas por causas específicas, enumeradas pela lei. (Ex.: Sociedade Ltda.) Sociedades institucionais dependem de um estatuto social para sua constituição e podem se dissolver pela vontade dos sócios, pela intervenção e pela liquidação extrajudicial. (Ex.: S/A)

Sociedades Comerciais - Classificações Quanto à forma do capital: Capital fixo o capital é determinado e estável, feita no momento da constituição do contrato, determina a contribuição ou participação certa dos sócios e só poderá ser modificado por alteração contratual (Ex.: todas as sociedades comerciais); Capital variável o capital é indeterminado e instável, sem fixação absoluta (Ex.: sociedades cooperativas)

Sociedades Comerciais - Classificações Quanto à estrutura econômica: Sociedade de pessoas constituída em função da qualidade pessoal dos sócios (Ex.: sociedade em nome coletivo); Sociedade de capitais constituídas em atenção ao capital social, o sócio é investidor (Ex.: S/A).

Sociedades Comerciais - Classificações Quanto à personificação: Não personificadas não têm seus atos constitutivos registrados nos órgãos competentes (Ex.: sociedade em comum); Personificadas personalidade é concebida no momento do registro de seus atos constitutivos, podem ser: Sociedades simples devidamente constituídas, que exploram ou não uma atividade econômica de forma organizada não profissionalmente; Sociedades empresárias exploram a empresa (atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços).

Sociedades Comerciais Registro O Registro Público de Empresas Mercantis (RPEM), é o órgão público que cuida dos registros, tanto do nome empresarial, bem como de algumas das sociedades comercias, garantindo à empresa, eficácia perante terceiros e em relação aos sócios. Dependendo da forma da sociedade (personificada, contratual, de capital fixo, etc.), o registro é feito ora num, ora noutro órgão público.

Sociedades Comerciais - Registro O empresário e a sociedade empresária devem registrar seus atos nas Juntas Comerciais dos Estados, e as sociedades simples devem registrar seus atos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas (Art. 1.150150 C.C.) C Qualquer pessoa pode consultar os assentamentos de uma empresa no registro público, obedecendo as disposições legais de publicidade dos atos da empresa.

Sociedades Comerciais - Registro O registro público de empresas mercantis compreende a matrícula e seu cancelamento, o arquivamento e a autenticação dos instrumentos de escrituração. A matrícula e seu arquivamento, referemse aos leiloeiros, tradutores públicos, determinados pela legislação especial aplicável.

Sociedades Comerciais - Registro O arquivamento está ligado aos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção da empresa. Os livros contábeis da empresa (feitos Os livros contábeis da empresa (feitos em idioma e moeda corrente nacionais) devem ser autenticados pelas Juntas Comerciais (Art. 1.183 C.C.). Ex.: Livro Diário.

Interatividade Quanto à estrutura econômica, uma sociedade comercial pode ser: a) sociedade simples e sociedade empresária; b) sociedade contratual e sociedade institucional; c) sociedade limitada e sociedade mista; d) sociedade de pessoas e sociedade de capitais; e) N.D.A.

ATÉ A PRÓXIMA!