DISTRIBUIÇÃO DA HEPATITE B NA PARAÍBA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS PELO SINAN

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Transcrição:

DISTRIBUIÇÃO DA HEPATITE B NA PARAÍBA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS PELO SINAN Luan Caio Andrade de Morais*; Universidade Federal da Paraíba; luancaio_7@hotmail.com Maira Ludna Duarte; Universidade Federal da Paraíba; mairaludna@gmail.com Rayana Cruz de Souza; Universidade Federal da Paraíba; rayana_souza@hotmail.com Abrahão Alves de Oliveira Filho; Universidade Federal da Paraíba; abrahao.farm@gmail.com INTRODUÇÃO As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, de distribuição universal, que têm em comum o hepatotropismo. Possuem semelhanças clínica-laboratorial, mas apresentam importantes diferenças epidemiológicas e evolutivas. A importância das hepatites não se limita ao enorme número de pessoas infectadas, estende-se às complicações das formas agudas e crônicas, diante da ampla variedade de apresentações clínicas, de portador assintomático até cirrose e carcinoma hepatocelular (FERREIRAet al., 2004). A Hepatite B é definida como uma inflamação do fígado causada por uma infecção pelo vírus da Hepatite B (HBV), um vírus DNA, da família Hepadnaviridae. É considerada um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, por afetar milhares de pessoas sendo que, em sua maioria, os portadores desconhecem o diagnóstico (FIOCRUZ, 2006). A transmissão do HBV pode ser promovida através de lesões na pele e mucosa, relações sexuais, exposição percutânea a agulhas ou outros instrumentos contaminados,uso de drogas injetáveis,transfusão de sangue e seus derivados fora da recomendação técnica, procedimentos odontológicos, cirúrgicos e de hemodiálise que desrespeitem as normas universais de biossegurança (CHÁVEZ et al., 2003). A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo já tiveram contato com o VHB, e que 325 milhões tornaram-se portadores

crônicos. Em termos mundiais, as taxas de prevalência da hepatite B variam de 0,1% -30%. Considerando que muitos indivíduos infectados são assintomáticos e que as infecções sintomáticas são insuficientementenotificadas, a freqüência da hepatite B certamente ainda é subestimada (CDC, 1991). O Ministério da Saúde estima que, no Brasil, pelo menos 15%da população já esteve em contato com ovírus da hepatite B e que 1% da populaçãoapresenta doença crônica relacionada a estevírus (BRASIL, 2002). No entanto, os estudos epidemiológicos sobrehepatite B no Brasil são escassos e, em geral,ocuparam-se de grupos populacionais específicos. Baseado nesta afirmação esta pesquisa teve como objetivo realizar uma análise epidemiológica dos casos de hepatite B notificados no estado da Paraíba. METODOLOGIA O estado da Paraíba possui uma população estimada em 3.766.528 habitantes, divididos em 223 municípios que totalizam uma área territorial de 56.469,466 km². A densidade demográfica paraibana é de 66,7 hab/km², sendo a capital, João Pessoa, a mais populosa de suas cidades (IBGE, 2012). A presente pesquisa trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, que segundo Pereira (1995), tem por objetivo informar, em termos quantitativos, a distribuição de um evento na população, sendo ao mesmo tempo, de incidência e prevalência, baseado em dados obtidos através de órgãos como o SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), responsável pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam na lista nacional de doenças de notificação compulsória. Foram analisados os dados referentes aos casos notificados de 2009 a 2012, agrupando-os de acordo com alguns aspectos, tais como:gênero, zona de residência, faixa etária, forma de infecção e resultado dos exames de sorologia. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos anos de 2009 a 2012, foram notificados 744 casos de hepatite viral do tipo B no estado da Paraíba.Este alto valor de casos apresenta-se de acordo com os estudos de Chávez et al. (2003), que avaliou o número de notificações desta doença no Brasil e no estado de Santa Catarina durante o período de 1996 e 2002. Ao analisar os casos notificados de acordo com o gênero do paciente, podese observar que os homens foram os mais acometidos pela doença (52%). Apesar desta prevalência no gênero masculino, não há evidências que comprovem uma maior suscetibilidade desse gênero à infecção viral; tal resultado se deve, provavelmente, a fatores comportamentais ( CHÁVEZet al., 2003). Esse predomínio no gênero masculino foi observado em Portugal (COSTA, 1999), porém, nos estudos de Souto et al. (2001), em uma população rural do Brasil central, não houveram diferenças significativas entre os sexos. De acordo com a faixa etária da população acometida por esta virose, observou-se uma alta taxa de infecção nas pessoas com idade entre 20 e 39 anos, correspondendo a 56% dos casos notificados (Figura 1).A incidência maior de casos de hepatite B a partir dos 15 anos possivelmente está relacionada ao estilo de vida e a comportamentos que oferecem maior risco, como o uso de drogas injetáveis e relações sexuais sem uso de preservativos (DUARTEet al., 1996;COSTA, 1999). 3% 2% 2% 1% 4% 5% <14 27% 56% 15-19 20-39 40-59 60-64 65-69 70-79 80 e + Figura 1 Casos notificados de hepatite B no estado da Paraíba de acordo com a faixa etária do paciente. Outra variável analisada durante esta pesquisa foi a zona de residência dos pacientes infectados pelo vírus causador da hepatite B, ondea maior parte dos casos notificados (94%) pertenciam a zona urbana. Estes dados podem ser justificados

pelo fato que na cidade é mais fácil o contato com as formas de transmissão da doença. Além disso, de acordo com a forma de transmissão do vírus, notou-se 65% dos pacientes notificados adquiriu a doença por meio transfusional(figura 2). Estes dados revelam a escassez de cuidados adequados durante o manuseio de seringas e agulhas com sangue de outros indivíduos, visto que a transfusão de sangue e seus derivados fora da recomendação técnica, os procedimentos odontológicos, cirúrgicos e de hemodiálise que desrespeitam as normas universais de biossegurança podem promover a transmissão do vírus (CHÁVEZet al., 2003). 65% 1% 27% 7% Ign/Branco Sexual Transfusional Outros Figura 2 Casos notificados de hepatite B no estado da Paraíba de acordo com a forma de transmissão da doença. Outro parâmetro analisado durante a pesquisa foi a realização do exame sorológico com o sangue do paciente, para a confirmação da infecção pelo vírus causador da hepatite B. Observou-se que a maior parte dos casos notificados (59%) apresentaram-se reagentes ao teste sorológico para o antígeno HBsAg. Este é um importante teste, pois no que se refere à vigilância de hepatopatias crônicas, o marcador AgHBs positivo é de grande valor. Pode ser identificado, virtualmente, em todos os casos de hepatite crônica, facilitando o encaminhamento para centros de referência de diagnóstico e tratamento e, ainda, possibilitar a imunização de contactantes. A especificidade do AgHBs é alta quando utilizado para avaliar pessoas com sinais e/ou sintomas de hepatopatia (FERREIRA et al., 2004). CONCLUSÃO Portanto, por meio da análise dos resultados obtidos nesta pesquisa pode-se perceber que é alto o índice de infecção pelo vírus da Hepatite B na população do estado da Paraíba. Desta forma, torna-se necessário o investimento de medidas de saúde pública para minimizar esta realidade no nordeste brasileiro.

REFERÊNCIAS Agência Fiocruz de Notícias. Hepatite. Rio de Janeiro, 2006. Informações em publicação sobre o inquérito. Disponível em: http://www.fiocruz.br. Acesso em 11de fevereiro de 2013. CDC. Hepatitis B virus: a comprehensive strategy for eliminanting transmission in the United States through universal childhood vaccination (ACIP) Management. MorbidityandMortalityWeeklyReport 1991; 40: (nºrr-13) 1-25. CHÁVEZ, J. H.; Campana, S. G.; Hass, P.Panorama da hepatite B no Brasil e no Estado de Santa Catarina. Pan American JournalPublic Health, v.14(2): 91-95, 2003. COSTA, M. C. F. Hepatite B e Hepatite C: estudo de incidência 1995 1997. Revista Portuguesa de Saúde Pública; v.17(2):47 54, 1999. DUARTE, G. et al. Freqüência de gestantes portadoras do HbsAg em uma comunidade brasileira. Boletín de la Oficina SanitariaPanamericana; v.120(3):189 195, 1996. FERREIRA, C. T.; SILVEIRA, T. R. Hepatites virais: aspectos da epidemiologia e da prevenção. Revista Brasileira de Epidemiologia. v.7(4):473-87, 2004. Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). Paraíba. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=pb#>. Acesso em 01 de junho de 2012. MINISTÉRIO DA SAÚDE - Programa Nacional de Hepatites Virais. Avaliação da Assistência às Hepatites Virais no Brasil. Brasília, 1-61, 2002. PEREIRA, M. G. Epidemiologia: Teoria e Prática. Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1995. SOUTO, F.J.D. et al.prevalência e fatores associados a marcadores do vírus da hepatite B em população rural do Brasil central. Pan AmericanJournalPublic Health; v.10(6):388 393, 2001.