GUIA DE INDICADORES DE GÊNERO E RAÇA PARA A CADEIA DE SUPRIMENTOS DA ELETROBRAS DISTRIBUIÇÃO ALAGOAS 1
Índice Mensagem aos(às) fornecedores(as) Conduta corporativa no relacionamento com fornecedores(as) Relações humanas Equidade de gênero e raça Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça Discriminação O que é racismo? O que é preconceito? Mulher na sociedade Questões de deficiência Combate ao trabalho escravo e análogo a este Fontes 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 3
Conduta corporativa no relacionamento com fornecedores (as) Os compromissos de conduta da Eletrobras Distribuição Alagoas com seus(suas) clientes, fornecedores(as) e prestadores(as) de serviços estão no Código de Ética das Empresas Eletrobras, os quais são: A Eletrobras é uma empresa comprometida em contribuir para o desenvolvimento sustentável nas áreas onde atua. Por esse motivo, recomenda que seus(suas) fornecedores(as) cumpram parâmetros de responsabilidade socioambiental na fabricação de produtos e prestação de serviços. Igualmente importantes são as questões referentes à valorização da diversidade. A Eletrobras Distribuição Alagoas apoia e incentiva a sua cadeia de suprimentos a manter o respeito às diferenças e o comprometimento com a igualdade no que se refere à diversidade de gênero e raça. Cordialidade, oferecendo tratamento equânime a todos eles, evitando qualquer privilégio e discriminação; Preservar e tratar com sigilo os dados cadastrais e informações pertinentes aos clientes, fornecedores(as), prestadores(as) de serviços e parceiros(as) de negócios, obtidos em decorrência do relacionamento empresarial; Oferecer produtos e serviços de qualidade visando à plena satisfação dos seus clientes e consumidores, para a manutenção de relacionamentos duradouros com diálogo transparente e permanente; Não fazer indicações a clientes, ainda que por eles solicitadas, de prestadores(as) de serviços ou fornecedores(as); Prestar informações completas, claras e em tempo hábil, para permitir as melhores decisões do negócio; Estabelecer e manter relacionamento e comunicação com clientes, fornecedores(as), prestadores(as) de serviços e demais parceiros(as) com honestidade e integridade. 4 5
Relações Humanas O sucesso das organizações está diretamente ligado ao investimento nas pessoas, através da identificação, aproveitamento e desenvolvimento do capital humano. A gestão de pessoas consiste em ações aplicadas nos níveis político, estratégico e prático, que visam à administração de comportamentos internos e à potencialização do capital humano nas organizações. Neste sentido, a Eletrobras Distribuição Alagoas viabiliza treinamentos e capacitações, reduz burocracias, efetiva o reconhecimento por mérito e desenvolve ações voltadas à saúde e segurança. No cenário de sua área de concessão, a Companhia ocupa lugar de destaque pelas ações de inclusão profissional, programa de benefícios e ações para melhoria do clima organizacional, objetivando despertar nos colaboradores e colaboradoras o sentimento de pertencimento, para o alcance dos resultados esperados. Equidade de Gênero e Raça A palavra equidade tem sua origem etimológica do latim: Equitas, que significa disposição para se reconhecer imparcialmente o direito de cada um, equivalência ou igualdade. Tem como sinônimo justiça e é o contrário de distinção. Equidade é a adoção de práticas de igualdade entre mulheres e homens, de forma sistemática, como um instrumento de gestão que contribua para o alcance de bons resultados em termos de qualidade do ambiente de trabalho e produtividade. Trata-se de construir a oportunidade para aprofundar a transversalidade e interseccionalidade do enfoque de gênero e raça, mediante a transformação da gestão de pessoas, da cultura organizacional das empresas e da maneira como tratam seus negócios, suas políticas e a força de trabalho. A busca pela igualdade de oportunidades para todas as pessoas, independentemente de raça/etnia, religião ou orientação sexual, é um compromisso assumido pela Empresa. A Eletrobras Distribuição Alagoas acredita que a igualdade na diversidade traz possibilidades de manifestar as diferenças, sabendo que serão respeitadas, além de proporcionar aprendizado no que se refere à convivência sem discriminação. 6 7
Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça Tem por objetivo promover a igualdade de oportunidades e de tratamento entre homens e mulheres e entre pessoas de todas as raças nas organizações (empresas e instituições) públicas e privadas. O programa faz parte do compromisso estabelecido em setembro de 2000 por 189 nações para combater a extrema pobreza e outros males da sociedade. Essa promessa acabou se concretizando nos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Este programa visa atingir o 3º objetivo: promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres. O programa tenta orientar instituições, esclarecendo assuntos como: questões de deficiência, discriminação racial, saúde emocional de seus (suas) colaboradores(as) e assédio moral e sexual. Podem participar do programa organizações e empresas que se preocupam e promovem a igualdade entre mulheres e homens no ambiente de trabalho e que possuam, no mínimo, 150 trabalhadoras e trabalhadores. Discriminação Ato de tratar as pessoas de forma diferenciada e menos favorável a partir de determinadas características pessoais (sexo, raça, cor, origem, classe social, religião, orientação sexual, opiniões políticas, ascendência nacional etc.), que não estão relacionadas aos seus méritos nem às qualificações necessárias ao exercício do trabalho, podendo ser dividida em: Discriminação direta se refere a toda prática, regra ou procedimento que faz da cor, raça e sexo, e não das competências, habilidades e experiências de trabalho, um critério determinante para fins de admissão ao emprego, promoção ou demissão. Discriminação indireta está ligada a atos ou práticas aparentemente neutras, mas que resultam no prejuízo de pessoas com determinadas características ou que podem estar relacionadas, por exemplo, à raça, cor, sexo, religião, inclinações e opções sexuais, caracteres legítimos e ilegítimos do nascimento, antecedentes clínicos, herança celular ou de sangue consideradas atípicas. A prática de discriminação pode gerar, entre outras coisas, desmotivação e insatisfação para os colaboradores e colaboradoras que são vítimas da mesma. Um tratamento igualitário evita estresse e descontentamentos no ambiente de trabalho, o que pode propiciar ganhos de produtividade e uma melhor qualidade de vida entre colegas de trabalho. Assim, todos e todas saem ganhando. A legislação brasileira considera crime o ato discriminatório, como depreende das leis 7.853/89 (pessoa portadora de deficiência), 9.029/95 (origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, idade e sexo) e 7.716/89 (raça ou cor). 8 9
O que é RACISMO? O termo aplicado a grupos humanos pode significar povo ou nação/construção social. Raça/cor tem que estar presente em estudos sobre relações sociais, direitos e privilégios. É uma ideologia e prática que utiliza critérios de raça para discriminar, segregar, humilhar e oprimir. Ideologia que apregoa a existência de uma hierarquia entre grupos raciais. A Eletrobras Distribuição Alagoas reconhece a importância do tema no ambiente de trabalho e na vida de colaboradores, colaboradoras e orienta seus fornecedores e fornecedoras a disseminar ações de combate a essa prática. O que é Preconceito? É um julgamento prévio ou uma posição preconcebida, com um pré-juízo. Significa uma predisposição negativa a uma pessoa ou a um grupo de pessoas. O preconceito é uma atitude que viola três normas básicas: racionalidade, afetividade e justiça. O preconceito pode causar insatisfação e desmotivação no ambiente de trabalho. Daí a importância de desenvolver ações que esclareçam aos colaboradores e colaboradoras sobre o respeito às diferenças. 10 11
Mulher na SOCIEDADE Analisando a história da mulher na humanidade, percebemos que o papel dela passou por várias mudanças ao longo do tempo e sofreu bastante preconceito no que diz respeito à sua vida e escolhas. Se antes eram confinadas às tarefas domésticas, atualmente elas estão presentes nas mais diversas profissões e cargos. Profissões tidas como exclusivamente masculinas, hoje são exercidas e muito bem desempenhadas por mulheres, comprovando, assim, que a competência profissional não está condicionada ao sexo, mas ao comprometimento em fazer bem o trabalho que lhe é atribuído. A discriminação contra a mulher não só viola os princípios da igualdade de direitos e o respeito à dignidade humana, mas constitui um obstáculo ao aumento do bem-estar da sociedade e da família, além de dificultar o pleno desenvolvimento das potencialidades da mulher na prestação de serviço a seu país e à humanidade. Questões de DEFICIÊNCIA No Brasil, desde o dia 24 de outubro de 1989, vigora a Lei nº 7.853 que assegura aos deficientes o exercício de seus direitos individuais e sociais, além de sua integração social. Assim, os valores básicos de igualdade e oportunidade devem ser respeitados como valores de qualquer pessoa. Desta forma, empresas com mais de 100 funcionários devem contratar 2% de pessoas com deficiência; de 201 a 500 funcionários, 3%; de 501 a 1.000, 4%; e de 1.001 funcionários em diante, 5%. A referida lei serve para que a inclusão de trabalhadores com deficiência seja adotada como uma demanda a ser incorporada à cultura organizacional das empresas. 12 13
Combate aotrabalho Escravo Esse tipo de trabalho acontece quando ele é forçado e/ ou degradante. O trabalho é forçado quando o individuo não pode decidir espontaneamente pela aceitação do trabalho ou a sua permanência no mesmo. É considerado degradante todo trabalho que não respeita os direitos mínimos para o resguardo da dignidade do (a) trabalhador (a), assim como a falta de condições mínimas de saúde e segurança. O que diz o Artigo 149 do Código Penal: Redução à condição análoga à de escravo. Reduzir alguém à condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 1º Nas mesmas penas incorre quem: I cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; II mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. 2º A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: I contra criança ou adolescente; II por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. Os fornecedores e fornecedoras de produtos e serviços da Eletrobras Distribuição Alagoas devem assegurar que em seus processos e em sua cadeia de suprimentos seja cumprida a legislação vigente. Já é prática em nossos contratos a cláusula que orienta nossos fornecedores a não permitir o trabalho escravo ou análogo a este, bem como qualquer outra forma de trabalho ilegal. Fontes http://www.portaldotrabalho.ba.gov.br/biblioteca/assunto-1/cartilha_ trabalho_escravo.pdf http://www.copel.com/manual_fornecedor.pdf www.spm.gov.br/programa-pro-equidade-de-genero-e-raca-5aedicao/program-pro-equidade-de-genero-e-raca-5a-edicao http://www.eletrobrasrondonia.com/cartilhas/equidadeegenero.pdf www.eletrobras.com http://servintranet:8081/pr/ape/arquivos/codigo_de_etica_empresas_ Eletrobras1.pdf www.grupoboticario.com.br/ manualdegestaodesustentabilidadeparafornecedores.pdf DI MARTINO, Mayla. Mulheres, elas fazem história: experiências profissionais: práticas empresariais e reflexões sobre a liderança feminina. Curitiba: Posigraf, 2012. Câmara dos Deputados. Reflexões sobre Diversidade e Gênero. Brasília, 2013. DI MARTINO, Mayla. Mulheres executivas: oportunidades iguais exigem escolhas diferentes experiências, práticas empresariais, reflexões sobre carreira e estilo de vida.2.ed. Curitiba: Juruá, 2014. MURARO, Rose Marie. História do masculino e do feminino. Rio de Janeiro: Zit, 2007. COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO. Cartilha de igualdade de gênero e raça no trabalho: direito de todas e todos. Recife, 2012. ELETROBRAS. Princípios de empoderamento das mulheres Igualdade significa negócios. Rio de Janeiro, 2011. SUÁREZ, Mireya; TEIXEIRA, Marlene; CLEAVER, Ana Julieta Teodoro. Gestão local e desigualdades de gênero.v.2. Brasília: Agende, 2002. 14 15