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Transcrição:

1 593 PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro Processo nº: 0117467-74.2013.4.02.5101 Autor: CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA Réu: UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) D E C I S Ã O Cuida-se de Ação Cautelar na qual o Autor apresenta garantias de débitos inscritos em Dívida Ativa da União, cujas respectivas execuções fiscais ainda não foram ajuizadas, com o objetivo de obter Certidão Positiva com Efeito de Negativa de Débitos Fiscais (CPEND). Sustenta o CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA que necessita urgentemente apresentar a certidão de regularidade fiscal à CEF, com quem tem entabulado contrato de patrocínio, cuja assinatura está a depender da CPEND fornecida pela PGFN-RFB (fls.585/587). DECIDO. Verifico que foi juntado aos autos, às fls.436/450, PARECER PGFN/CGD nº1617/2003 que, dentre outros, registra que a proposta de acordo contemplará o pagamento dos créditos tributários que compõem o objeto da ação cautelar nº2013.51.01.117467-9, em curso perante a 26ª Vara da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, na qual o grande devedor pleiteia a emissão de certidão positiva de débitos com efeitos de negativa mediante oferecimento, a título de caução, do depósito judicial dos direitos creditícios decorrentes da execução dos contratos celebrados (...), bem ainda os imóveis situados na Rua Alexandre Ferreira, nº175, e Avenida Epitácio Pessoa, nº8920, ambos no bairro da Lagoa, Rio de Janeiro-RJ.

2 594 Tal parecer e a respectiva autorização de acordo, foi concebido com base no artigo 1º, da Lei nº 9469/1997, verbis: Art. 1 o O Advogado-Geral da União, diretamente ou mediante delegação, e os dirigentes máximos das empresas públicas federais poderão autorizar a realização de acordos ou transações, em juízo, para terminar o litígio, nas causas de valor até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 1 o Quando a causa envolver valores superiores ao limite fixado neste artigo, o acordo ou a transação, sob pena de nulidade, dependerá de prévia e expressa autorização do Advogado-Geral da União e do Ministro de Estado ou do titular da Secretaria da Presidência da República a cuja área de competência estiver afeto o assunto, ou ainda do Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, de Tribunal ou Conselho, ou do Procurador-Geral da República, no caso de interesse dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, ou do Ministério Público da União, excluídas as empresas públicas federais não dependentes, que necessitarão apenas de prévia e expressa autorização de seu dirigente máximo. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) No caso, a proposta de acordo versa sobre o montante de R$87.775.205,40 (oitenta e sete milhões, setecentos e setenta e cindo mil duzentos e cinco reais), conforme item 7 de fls.439. A autorização para que a UNIÃO FEDERAL celebre acordo com o CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA foi dada pelo Sr. Advogado-Geral da União e pelo Sr. Ministro da Fazenda, publicado no Diário Oficial da União Seção 1 de 26 de agosto de 2013 (fls.451/452). Com base nos documentos acima referidos, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) assim se manifestou (fls.584):

3 595 Esse o quadro, algumas ponderações se afiguram pertinentes. Em primeiro lugar, embora no Parecer PGFN conste conteúdo albergado pelo sigilo comercial e da informação pessoal. Artigos 22 e 31, da Lei nº12.527, de 18 de novembro de 2011 o Juízo não reconhece no documento hipótese que justifique o deferimento de sigilo com base nos preceitos mencionados da lei que regula o acesso a informações previsto no artigo 5º, XXXIII, da Constituição de 1988. Isso porque a leitura dos artigos 22 e 31 da Lei nº12.527/2011 deixa claro que não se prestam a proteger eventual acordo celebrado entre a UNIÃO FEDERAL/PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL e o CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA, especialmente quando em jogo créditos fiscais. Leia-se o que estabelecem os preceitos: Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público. Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. 1 o As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem: I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

4 596 2 o Aquele que obtiver acesso às informações de que trata este artigo será responsabilizado por seu uso indevido. 3 o O consentimento referido no inciso II do 1 o não será exigido quando as informações forem necessárias: I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o tratamento médico; II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações se referirem; III - ao cumprimento de ordem judicial; IV - à defesa de direitos humanos; ou V - à proteção do interesse público e geral preponderante. 4 o A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o titular das informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância. 5 o Regulamento disporá sobre os procedimentos para tratamento de informação pessoal. Fica claro que inexistindo nos autos documentos protegidos por sigilo financeiro ou fiscal, tampouco segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público, não incide a regra do artigo 22, acima transcrito. E, com relação ao artigo 31, a leitura do preceito é suficiente para esclarecer que se trata de regra que visa a conferir proteção à pessoa física, não sendo possível sua extensão à pessoa jurídica. Eventual proteção a dados fiscais fica ofuscada por vários outros preceitos de maior envergadura e mais estreitamente relacionados com os princípios norteadores da Administração Pública, com destaque para a transparência, a impessoalidade e a publicidade dos atos administrativos. O próprio artigo 5º, inciso XXXIII, da Constituição, preceitua que todos têm direito à informação de interesse coletivo e geral, de modo que nada justifica o deferimento de segredo de justiça nos presentes autos, razão pela qual o despacho de

5 597 fls.583 não subsiste, haja vista a inexistência de peças que contenham informações sigilosas. Com relação ao pedido do CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA para que, à vista dos documentos anexados (parecer favorável ao acordo e respectivas autorizações), o Juízo determine a expedição de certidão de regularidade fiscal, indefiro-o. Assim o faço porque a manifestação apresentada pela UNIÃO FEDERAL/PGFN (fls.584, acima reproduzida) não é clara o suficiente e não se manifesta sobre a existência de outros débitos que totalizam mais de quinhentos mil (fls.585/587). Embora a UNIÃO FEDERAL tenha afirmado a suficiência das garantias e feito referência a acordo judicial, inexiste qualquer acordo nos autos. Enfatize-se que eventual acordo não será homologado pela julgadora, haja vista que: 1) os imóveis mencionados no Parecer PGFN também foram ofertados como garantia nos presentes autos e não foram aceitos, haja vista que não foram apresentadas as respectivas certidões atualizadas do Registro Geral de Imóveis, embora tenha sido intimado a apresentá-las (fls.283) e, determinada a avaliação judicial nos referido imóveis, a certidão do Oficial de Justiça Avaliador foi negativa (fls.423); 2) com relação aos contratos cujos direitos estão sendo oferecidos em garantia, existe nos autos manifestação da UNIÃO FEDERAL/PGFN no sentido de que são insuficientes, pois os bens e direitos ofertados nos presentes autos já estão penhorados em outras execuções fiscais (fls.272/275). Portanto, em sendo formalizado o acordo entre as partes, o mesmo será recebido pelo Juízo para fins de parcelamento, na lógica do artigo 151, VI, do Código Tributário Nacional, haja vista que, embora as autorizações das Autoridades competentes do Poder Executivo façam referência à quitação dos valores inscritos em Dívida Ativa da União, a rigor o que existe é uma proposta de parcelamento.

6 598 Diante do exposto, INDEFIRO A LIMINAR. Indefiro o pedido de decretação de segredo de justiça. Rio de Janeiro, 3 de setembro 2013. FABÍOLA UTZIG HASELOF Juíza Federal