5. Tipos de produtos multimédia Baseados em páginas

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Transcrição:

5. Tipos de produtos multimédia 5.1. Baseados em páginas 1

2 Baseados em páginas Os tipos de produtos multimédia baseados em páginas são desenvolvidos segundo uma estrutura organizacional do tipo espacial Esta é uma organização semelhante à utilizada nos media tradicionais em suporte de papel como revistas, livros e jornais Em alguns produtos multimédia, os utilizadores podem consultar as suas páginas utilizando as hiperligações existentes entre elas

3 Baseados em páginas Neste tipo de produtos, as componentes interactiva e temporal podem estar presentes através da utilização de botões, ícones e scripts Os scripts vão permitir a criação de pequenos programas para a execução de acções em determinadas situações como, por exemplo, a visualização de um vídeo ao fim de um determinado intervalo de tempo ou após um botão ter sido pressionado

5.2. Baseados no tempo 4

5 Baseados no tempo Os tipos de produtos baseados no tempo são desenvolvidos segundo uma estrutura organizacional assente no tempo Esta é uma organização com uma lógica semelhante à utilizada na criação de um filme ou animação Durante o desenvolvimento deste tipo de produtos multimédia os conteúdos podem ser sincronizados, permitindo, desta forma, definir o momento em que dois ou mais deles estão visíveis

6 Baseados no tempo A interactividade neste tipo de produtos é adicionada através da utilização de scripts A componente da organização espacial é também, neste caso, utilizada durante a fase de desenvolvimento deste tipo de produtos Em ambos os tipos de produtos multimédia (baseados em páginas ou no tempo) as componentes espaço e tempo coexistem, distinguindo-se na estrutura organizacional utilizada como ponto de partida para a disposição dos conteúdos

6. Tecnologias multimédia 6.1. Representação digital 7

8 Representação digital Através da representação digital é possível a utilização de programas para armazenar, modificar, combinar e apresentar todos os tipos de media É também possível realizar a transmissão dos dados por meio de redes informáticas ou armazená-los em suportes, tais como CD e DVD

9 Representação digital Numa representação digital, os dados assumem um conjunto de valores discretos, ou descontínuos, processados em intervalos de tempo discretos A figura 2.1. mostra o exemplo de um sinal que assume uma gama de valores contínuos no tempo Este tipo de sinal é designado por sinal analógico, enquanto que os sinais que um computador processa são designados por sinais digitais

10 Representação digital Os sinais digitais que circulam nos circuitos electrónicos de um computador são constituídos apenas por dois níveis de tensão eléctrica Ao nível mais baixo é associado o valor lógico zero (0) e ao nível mais alto o valor lógico um (1) Baseado no sistema de numeração binária, isto é, que utiliza apenas dois dígitos (0 e 1), é possível conceber todo o funcionamento dos circuitos digitais Nestes circuitos, o bit é a unidade mínima de informação de um sinal, podendo assumir o valor 0 ou 1

11 Representação digital Se os sinais que circulam num computador ou os gerados por um teclado são digitais, o sinal que um microfone produz é analógico Assim, para obter este sinal no computador há necessidade de digitalizá-lo, ou seja, convertê-lo para uma sequência de bits A digitalização de um sinal analógico é composta pelas fases de amostragem, quantização e codificação

Representação digital 12

6.1.1. Amostragem 13

14 Amostragem A amostragem é o processo que permite a retenção de um conjunto finito de valores discretos dos sinais analógicos Como um sinal analógico é contínuo no tempo e em amplitude, contém um número infinito de valores, dificultando o seu processamento pelo computador Assim, há necessidade de inicialmente amostrar o sinal analógico

15 Amostragem Na prática, para se amostrar um sinal analógico (figura 2.1) multiplica-se (electronicamente) este por um impulso eléctrico (figura 2.2) em intervalos de tempo iguais Desta forma, no instante do impulso é obtido o valor correspondente da amostra do sinal analógico Por exemplo, no instante de tempo zero tem-se: 12 (figura 2.1) x 1 (figura 2.2) = 12 (figura 2.3) Nota: o sinal amostrado da figura 2.3 é um sinal obtido por uma modelação designada modulação PAM (Pulse-Amplitude Modulation)

Amostragem 16

6.1.2. Quantização 17

18 Quantização Depois de amostrado o sinal analógico, sob a forma de amostras ou impulsos PAM, é preciso quantizar ou quantificar a infinidade de valores que a amplitude do sinal apresenta (figura 2.3) O circuito electrónico que efectua esta conversão designa-se por conversor analógico-digital (A/D ou do inglês ADC) Quantizar um sinal PAM significa atribuir-lhe um determinado valor na gama de níveis que o conversor A/D apresenta Assim, por exemplo, um sinal com uma amplitude de 8,3 volts poderia ser quantizado para um valor inteiro acima ou abaixo dele Devido a este arredondamento, origina-se um erro de quantização resultante da diferença de amplitude entre o sinal quantizado e o sinal real

6.1.3. Codificação 19

20 Codificação Os valores das amplitudes dos impulsos PAM, depois de quantizados, precisam de ser codificados para poderem ser representados por uma sequência de bits com valor 0 ou 1 Uma das formas de codificar o sinal é através da modulação PCM (Pulse-Code Modulation), utilizando um impulso de amplitude fixa, duração constante e valores lógicos 0 ou 1

21 Codificação O quadro 1 apresenta os valores da quantização e da codificação do sinal analógico obtido do exemplo simples representado nas figuras 2.1, 2.2 e 2.3 Nesta caso para a codificação dos valores quantizados foram utilizados apenas quatro bits

6.2. Recursos necessários 22

23 Recursos necessários Para o desenvolvimento e a execução de conteúdos e aplicações multimédia, existe um conjunto de recursos de hardware, software e suportes de armazenamento de informação que podem contribuir, de acordo com as suas características e capacidades, para um acréscimo da sua qualidade De seguida, são apresentados os principais recursos de hardware e suportes de armazenamento de informação A apresentação dos principais recursos relacionados com o software será dada na unidade 3

6.2.1. Hardware 24

25 Hardware Dispositivos de entrada Os dispositivos de entrada permitem a comunicação no sentido do utilizador para o computador No quadro 2, são apresentados os principais dispositivos de entrada através dos quais o utilizador pode controlar ou mesmo interagir com a execução de aplicações multimédia

26 Hardware Dispositivos de entrada (continuação) Designação Teclados Descrição Os teclados são dispositivos que permitem digitar dados ou instruções para o computador Existem vários tipos de teclados com mais ou menos funções e com teclas multimédia, permitindo o acesso mais fácil às aplicações Imagem

27 Hardware Dispositivos de entrada (continuação) Designação Dispositivos de apontar Ratos Descrição Os ratos são dispositivos muito importantes pelas suas potencialidades de utilização nos sistemas operativos gráficos Permitem deslocar no ecrã o ponteiro e realizar a introdução de ordens para o computador, através da emissão de sinais eléctricos Existem vários tipos de ratos com diferentes formas e botões associados a diversas funcionalidades, inclusive relacionadas com a utilização de aplicações multimédia Imagem

Hardware Dispositivos de entrada (continuação) Designação Dispositivos de apontar (cont.) Touchpads Joysticks Descrição Os touchpads são dispositivos que substituem os ratos nos computadores portáteis A maioria dos touchpads actuais têm quase todas as funções que podem ser desempenhadas pelos ratos Os joysticks são dispositivos utilizados essencialmente para jogar Podem assumir uma grande variedade de formas e funcionalidades, no entanto, podem ser utilizados para controlar uma aplicação multimédia Imagem 28

Hardware Dispositivos de entrada (continuação) Designação Descrição Imagem Dispositivos de apontar (cont.) Trackballs Os trackballs são dispositivos que substituem os ratos e podem assumir uma grande variedade de formas, permitindo economizar espaço 29

Hardware Dispositivos de entrada (continuação) Designação Scanners Câmaras digitais Descrição Os scanners ou digitalizadores são dispositivos que permitem capturar e digitalizar, através de processos ópticos, documentos impressos Existem diferentes tipos de scanners e em diferentes formatos As câmaras digitais, fotográficas ou de vídeo, são dispositivos que captam imagens do exterior, através de uma objectiva, à semelhança das câmaras tradicionais As webcams são câmaras digitais mais simples e de baixa resolução que capturam imagens dinâmicas ou estáticas directamente para o computador Imagem 30

Hardware Dispositivos de entrada (continuação) Designação Descrição Imagem Dispositivos de apontar (cont.) Microfones Os microfones são dispositivos que podem assumir uma grande variedade de formas Quando ligados a uma placa de som de um computador, permitem capturar os sons do meio ambiente As câmaras digitais têm normalmente um microfone acoplado, para permitir capturar, em simultâneo, sons e imagens 31