ABNT/CEE-Informática em Saúde RUTE/SIG de Padrões

Documentos relacionados
ABNT/CEE Informática em Saúde RUTE/SIG de Padrões

Procedimento de Criação de SIGs (Special Interest Group, Grupo Especial de Interesse) nas Especialidades da Saúde

Padrões para Informática em Saúde e Telemedicina

ABNT/CEE-Informática em Saúde

Registro Eletrônico de Saúde

Lançamento da Pesquisa TIC Saúde 2016

Projetos e-saúde e RES. 30 de outubro de 2015

1. CEE-78 IS 2. DESCRIÇÃO. ABNT/CEE-78 Informática em Saúde Área de Atuação Crença Missão

Planejamento Estratégico de TI para Organizações de Saúde P E T I S PETIS

PROCESSO SELETIVO Nº 16/2018, DE 05 DE SETEMBRO DE 2018 REFERENTE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

TIC Saúde 2015 Apresentação dos principais resultados CBIS 2016

Humberto Oliveira Serra

BENEFÍCIOS QUE GERAM NEGÓCIOS

Edital 4 ( ) SEI / / pg. 1

ABERTURA DE PROCESSO SELETIVO Nº 001/2016

Núcleo de Telessaúde Técnico-Científico do Rio Grande do Sul Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Programa de Pós-Graduação em

EDITAL N o 5/2018/PROEX EDITAL DA ESCOLA DE EXTENSÃO PARA CURSOS EM INGLÊS

Prioridades e ações estratégicas para a BVS Brasil

COMITÊ DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE CLOER VESCIA ALVES, MD

Prioridades e ações estratégicas para a BVS Brasil (maio/2014)

Indicadores da Internet no Brasil

ISO/TC 215 & CEN/TC 251 Health Informatics

Ações do PROINFRA Ações do PROINFRA Projetos R$ Milhões Total

Ferramentas colaborativas para profissionais da saúde

PADRÃO TISS. Cléia Delfino do Nascimento Representante da SBPC/ML no COPISS

REGISTRO ELETRÔNICO DE SAÚDE CONECTIVIDADE E INFORMAÇÃO ON-LINE NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

Seminário P&D Instrumentalização dos Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica

TRANSFORMAR PARA AVANÇAR

Núcleo de Apoio ao Conasems Informação em Saúde

REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA

REGIMENTO INTERNO REDE SIBRATEC DE SERVIÇOS TECNOLÓGICOS PARA PRODUTOS PARA A SAÚDE. Capítulo I DA DENOMINAÇÃO

EDITAL DAC N 02/2018 PROJETO SEGURANÇA CIDADÃ BOLSAS DE PESQUISA PARA ATUAÇÃO NA SEGUNDA COLETA DE DADOS na UnB

Procedimento de Criação de SIGs (Special Interest Group, Grupo Especial de Interesse) nas Especialidades da Saúde

Programa de Grupos de Trabalho da RNP

CRIAÇÃO DO INSTITUTO DE INFORMÁTICA BIOMÉDICA

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Faculdade de Medicina (FM)

Suporte de redes para EAD. Liane Margarida Rockrnbach Tarouco Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação UFRGS

TERMO DE REFERÊNCIA CONSULTORIA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO DA INICIATIVA DIÁLOGO EMPRESAS E POVOS INDIGENAS

PORTARIA NORMATIVA Nº 02, DE 02 DE MAIO DE CONSIDERANDO a Instrução Normativa nº 04, de 11 de setembro de 2014;

CASE DE TELEMEDICINA NO SETOR PÚBLICO: A REDE DE NÚCLEOS DE TELESAÚDE DE PERNAMBUCO

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE MONITORIA EDITAL 2019/01

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO SECRETARIA GERAL DOS CONSELHOS DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR CONSELHO UNIVERSITÁRIO

A representatividade dos provedores junto a sociedade, governo e órgãos reguladores. IX Fórum Regional Aracaju - SE

ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

Segurança da Internet no Brasil: Estudos e Iniciativas

Política de Governança Digital Brasileira: em pauta a participação social e a transparência ativa

Cidade Digital Como trazer o futuro ao seu município

EDITAL N.º 10/2017 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA INGRESSO NO CURSO DE EXTENSÃO SUPORTE E MANUTENÇÃO DE COMPUTADORES

Impacto que a documentação clínica pode trazer ao paciente

EDITAL N 001/2019/UNA-SUS/UFSC PROCESSO SELETIVO DE TUTORES PARA O CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA

EDITAL N 002/2017/SPB/UFSC PROCESSO SELETIVO DE COMPLEMENTAÇÃO DE VAGAS NO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM ATENÇÃO DOMICILIAR

Novas Tecnologias para os serviços e para o ensino em Odontologia. Telessaúde/Teleodontologia como realidade e possibilidade

PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA (PNBL)

Seminário Para Elas Por elas, por eles, por nós. Projeto: Atenção Integral à Saúde da Mulher em Situação de Violência

Manual - Teleconsultoria

Ações da CBIC e do Governo Federal para fomentar a adoção do BIM Raquel Sad Seiberlich Ribeiro CBIC

REMESSA Rede Metropolitana de Salvador

Integrando as bases do SUS e aproximando novos parceiros. Ministério da Saúde Governo Federal Brasília-DF 2015

Computação e Sociedade Governo ao Alcance de Todos PROFESSORA CINTIA CAETANO

TISS PADRÃO DE TROCA DE INFORMAÇÕES NA SAÚDE SUPLEMENTAR. Regras de negocio. JORNADA NACIONAL de SAÚDE SUPLEMENTAR para HOSPITAIS E OPERADORAS

Estratégia de Governança Digital Ações e Desafios

I SEMINARIO INTERNACIONAL DE ATUALIDADES EM ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO

OBJETIVO. Teleconsultoria Telediagnóstico Teleeducação. Legislação. Portaria 2546/2011 Portaria 2554/2011

Plano de franquia WebMais. Mais rapido, Mais seguro, Mais completo.

Padrões em Informática Biomédica

II SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA EM ENGENHARIA Educação Empreendedora e Formação em Engenharia: Construindo Conexões e Pontes"

RNP. Eventos RNP. Sobre a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)

III Jornada de Ação em Política Industrial e Regulação para Produtos em Saúde. Hospitalar São Paulo 22/05/2012

MEC - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

Colaboração. A seguir, vamos apresentar um resumo dos principais conceitos associados à colaboração que são abordados no setor de TI.

PRIORIDADES ESTRATÉGICAS DE UMA POLÍTICA MULTISSETORIAL DE TIC

Criando Conhecimento e Desenvolvendo Competências ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Ministério da Saúde Agência Nacional de Saúde Suplementar Padrão TISS Troca de Informações em Saúde Suplementar

IV CONGRESSO BRASILEIRO DE TELEMEDICINA E TELESSAÚDE. II Workshop do Laboratório de Excelência e Inovação em Telessaúde

AOS NOSSOS PARCEIROS

Eventos RNP. participação dos ministérios da Educação (MEC), Saúde (MS), Cultura (MinC) e Defesa (MD).

SELEÇÃO DE MODELOS DE NEGÓCIO PARA O PROCESSO DE INCUBAÇÃO DA INCUBADORA DE BASES TECNOLÓGICAS DA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE FERNANDÓPOLIS - INCUBATEC

PEP: Prontuário Eletrônico do Paciente

DECRETO Nº 9.149, DE 28 DE AGOSTO DE 2017

Plano de Desenvolvimento Institucional

PROJETO DE LEI Nº, DE 2016 (Do Sr. VICENTINHO JÚNIOR) O Congresso Nacional decreta:

1. Preâmbulo. 2. Requisitos básicos para o cargo

INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 047/2018 DIRETORIA DA UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO

A representatividade dos provedores junto a sociedade, governo e órgãos reguladores. IX Fórum Regional Fortaleza - CE

Contribuição do GEPI sobre eixo de TRANSPARÊNCIA - Consulta Pública CGI.br

OFICINA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE. Marizélia Leão Moreira

Computação e Sociedade Internet, Governança da Internet e Novas Tecnologias PROFESSORA CINTIA CAETANO

Chamada de Apoio a Eventos Científicos em Saúde

Secretaria Municipal de Governo e Relações Político Sociais

EDITAL GAB/DAC N 01/2017 PROJETO SEGURANÇA CIDADÃ BOLSAS DE PESQUISA PARA ATUAÇÃO EM COLETA DE DADOS na UnB

Embrapa e Gestão de Dados de Pesquisa

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PROCESSO SELETIVO ESPECIALIZAÇÃO MÉDICA PARA CANDIDATOS ESTRANGEIROS EDITAL Nº 010/2017

Conferência Construção 4.0 O IPQ como dinamizador da normalização na indústria 4.0 e o caso da Construção

Aldo von Wangenheim Harley Miguel Wagner

(Tele)Comunicações 2015 Contribuições para o Aperfeiçoamento do Modelo

.:Conectividade:. Panorama e Integração da Rede Acadêmica Nacional com a Rede Catarinense

EDITAL N 07/PPGBTC/2017

ESTRATÉGIA DE E- SAÚDE NO BRASIL: SITUAÇÃO ATUAL E DESAFIOS

Transcrição:

Normas e Padrões para Informática em Saúde e Telemedicina: ABNT/CEE-Informática em Saúde RUTE/SIG de Padrões Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago - HU

Publicado por: Núcleo de Telessaúde/SC HU/UFSC Cyclops - Lab Processamento de Imagens e Computação Gráfica CTC & Cyclops - Lab. de Telemedicina HU CEP 88040-900 - Campus Universitário Cx.P. 476 - Florianópolis S.C. http://telessaude.sc.gov.br Pg. 1

INTRODUÇÃO Este documento visa contextualizar sobre a constituição e funcionamento da Comissão Especial de Estudos de Informática em Saúde ABNT/CEE-Informática em Saúde, bem como convidar novas instituições a fazerem parte desta rede nacional. Neste sentido, o documento que segue estrutura-se em 6 tópicos: 1. Comissão Especial de Estudos de Informática em Saúde; 2. Resumo Histórico; 3. Special Interest Groups SIG / RUTE; 4. SIG de Padrões; 5. Funcionamento da SIG de Padrões; 6. Inclusão de Novas Instituições na SIG de Padrões. Ressalta-se que este documento e as atividades relatadas são fruto do esforço coletivo e voluntário de profissionais e das instituições membro da ABNT/CEE- Informática em Saúde. COMISSÃO DE ESTUDOS ESPECIAIS DE INFORMÁTICA EM SAÚDE A Comissão Especial de Estudos de Informática em Saúde (COMISSÃO) foi criada com o objetivo de estabelecer um conjunto de normas técnicas para informática em saúde e seus desdobramentos para a telemedicina. De maneira resumida, a COMISSÃO aborda a normalização no campo das tecnologias de informação e comunicação em saúde para adquirir compatibilidade e interação operacional entre sistemas independentes. Os métodos utilizados pela ABNT são semelhantes aos utilizados pela ISO. Mais do que isso, é requisito da ABNT que as normas desenvolvidas sejam internacionais, de maneira que, adicionalmente à convergência das iniciativas nacionais já existentes, há a tendências de adoção das normas da ISO, no caso a TC 215. Desta forma, assim como os Work Groups da ISO/TC215, a COMISSÃO se organiza em 9 http://telessaude.sc.gov.br Pg. 2

Grupos de Trabalho (GT) que concentram processos de normalização de características semelhantes. Organização dos WG (Working Groups) da ISO / TC 215 A seguir, a disposição atual dos GTs da ABNT/CEE- Informática em Saúde e seus respectivos relatores: GT1/9: Conceitos e Modelos - Beatriz Leão GT2/5/7: Interoperabilidade e Dispositivos - Paulo Lopes e Cleidson Cavalcante GT3/6: Vocabulários - Jussara Rötzsch GT4: Segurança - Luiz Gustavo Kiatake GT9: Harmonização - Lincoln A Moura Jr http://telessaude.sc.gov.br Pg. 3

A adoção de normas internacionais, neste caso normas ISO/TC215, obedece ao seguinte processo: 1. A COMISSÃO estuda as Normas ISO existentes e escolhe as de relevância para o País; 2. Cada GT traduz as Normas sob sua responsabilidade; 3. A tradução é submetida à consulta pública interna, por 30 dias; 4. Uma vez aprovada pela Reunião Plenária da COMISSÃO, a Norma é submetida à consulta pública nacional, por 30 dias; 5. Após avaliação da consulta pública a Norma é publicada e passa a ser uma NBR/ISO. Processo semelhante ocorre para a constituição e ou adoção de normas de origem nacional. A forma de constituição de normas pela ABNT ocorre por consenso e é aprovada por um grupo reconhecido, com o objetivo de organizar atividades em contextos específicos para o benefício de todos. É uma atividade voluntária, pública, e de participação livre para todos os interessados. Portanto, uma relação de representatividade pública, aberta a todos os setores sociais interessados a partir de condição paritária. Após 30 meses da sua criação, com a participação de colaboradores empresariais, acadêmicos, governamentais e de organizações profissionais, a COMISSÃO chega a 30 normas internacionais em estudo: http://abnt.iso.org/livelink/livelink?func=ll&objid=4728629&objaction=browse&sort=name &viewtype=1 http://telessaude.sc.gov.br Pg. 4

RESUMO HISTÓRICO A necessidade de padronização da informação em saúde deve-se a vários fatores: a diversidade de fontes e termos (existem mais de 150.000 conceitos médicos); os sistemas estão em diferentes plataformas de software e hardware, necessitando de uma linguagem comum (padrão) para que esses possam intercambiar informações; facilitar a busca e a comunicação de informações; e devido a pontos importantes para a área da saúde como estatística, epidemiologia, prestação de contas (faturamento), indexação de documentos e pesquisa clínica. Um exemplo de sucesso foi o avanço registrado com a definição e adoção do padrão DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine), que permitiu que equipamentos de imagens médicas de fabricantes diferentes pudessem interoperar, formando redes, locais ou remotas, de armazenamento e processamento destas imagens médicas. Recentemente, em período anterior a disseminação deste padrão, as imagens eram geradas em diversos formatos, em sua maioria de conhecimento restrito aos fabricantes de cada marca de equipamento médico, obrigando os hospitais a despenderem considerável volume de recursos humanos e financeiros para operarem seus serviços de diagnóstico por imagem e, ainda assim, sem que se atingisse integração plena do fluxo de dados dos exames. Apesar dos flagrantes benefícios, ainda é baixo o percentual de padronização da atividade hospitalar, assim como dos seus fluxos de informação. Mesmo em hospitais e demais estabelecimentos associados à área da saúde com sistemas de informações clínicas extensivos, os dados estão espalhados por numerosos sistemas usando diferentes tecnologias e padrões de terminologia. A fragmentação ocorre ainda na fase de constituição dos padrões quando as próprias organizações produtoras seguem linhas distintas de proposição de padrões. Este foi o caso da Classificação Internacional de Saúde (CID), estabelecido pela OMS Organização Mundial de Saúde e também o caso dos padrões H.32X, da União Internacional de Telecomunicações, utilizados nos sistemas de videoconferências, mas que ainda é incompleto, pois não considera requisitos específicos para a área da saúde. http://telessaude.sc.gov.br Pg. 5

Historicamente, o Brasil cursou uma trajetória semelhante, destacando-se o comitê de Padronização de Registros Clínicos (PRC) que aprovou, através de um processo aberto, tal como se trabalha nas principais organizações de padronização do mundo, um conjunto mínimo de dados que um PEP deve ter. Além disso, foi elaborado a Document Type Definition (DTD) correspondente à estrutura de dados proposta pelo PRC para troca de dados via XML. O Ministério da Saúde, através do Cartão Nacional de Saúde, que visa identificar univocamente o cidadão brasileiro no Sistema Nacional de Saúde, lançou um conjunto de DTDs, com a padronização para troca de informações com os sistemas do Cartão Nacional de Saúde. Outro exemplo de padronização é o chamado Padrão ABRAMGE, utilizado para a troca de faturamento entre prestadores de serviços médicos e as operadoras de planos de saúde; foi desenvolvido e divulgado por instituições como a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (ABRAMGE), Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Associação Brasileira dos Serviços de Assistências de Saúde Próprios de Empresas (ABRASPE), Comitê de Integração de Entidades Fechadas de Assistência a Saúde (CIEFAS), Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (FENASEG) e a Confederação das Misericórdias do Brasil. Mais recentemente, o Ministério da Saúde e a ANS Agência Nacional de Saúde Suplementar têm estabelecido normas para Troca de Informação em Saúde Suplementar TISS, para registro e intercâmbio de dados entre operadoras de planos privados de assistência à saúde e prestadores de serviços de saúde. Há também iniciativas de sociedades científicas como a SBIS Sociedade Brasileira de Informática em Saúde e organizações profissionais ou de classe, como o CFM Conselho Federal de Medicina, que têm proposto padrões para a certificação de sistemas, com graus variados de aceitação. Existe, atualmente, um movimento mundial de harmonização de padrões para a Informação de Saúde. A ISO, a CEN e o HL7 trabalham para criar métodos que possibilitem a união dos esforços destas organizações, o que deverão representar maior rapidez e abrangência na produção e atualização de padrões. O Brasil está em consonância com este movimento. Ao final do ano de 2005, em decorrência da expansão da Rede Catarinense de Telemedicina e, portanto, crescente número de tele-diagnósticos intermunicipais e interestaduais em larga escala, o Grupo Cyclops da Universidade Federal de Santa Catarina submeteu a proposta de criação de http://telessaude.sc.gov.br Pg. 6

uma Comissão Especial de Estudos sobre Informática em Saúde e Telemedicina junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Com a missão de constituir normas para informática em saúde e telemedicina, bem como oferecer um ambiente comum de convergência e harmonização para padrões já existentes, em 12 de setembro de 2006, foi criada a Comissão de Estudos Especiais de Informática em Saúde. Dentre os principais desafios da COMISSÃO estão as avaliação das normas nacionais e internacionais estrategicamente pertinentes e o processo de adoção dessas normas serem analisados, traduzidos e adequados ao contexto brasileiro. Em um cenário mais amplo, a capacidade de convergência da COMISSÃO já apresenta desdobramentos significativos: no plano internacional, o Brasil tornou-se membro "P" (participant) da ISO TC 215. Por um lado isso significa uma conquista para o Brasil que passa a ter a possibilidade de protagonizar a construção das futuras normas ISO TC 215, por outro, acrescenta mais um desafio operacional e de articulação político-tecnológica. No contexto nacional, a COMISSÃO está sendo pioneira ao realizar as Reuniões Plenárias de maneira geograficamente distribuída: São Paulo (UNIFESP), Florianópolis (UFSC), Rio de Janeiro (DATASUS), Brasília (DATASUS), Belo Horizonte (UFMG) e Recife (UFPE). Esta conquista foi possível graças à parceria com a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) RNP/MCT que confere aos trabalhos da COMISSÃO capilaridade e integração multisetorial por meio de uma rede colaborativa direcionada para tecnologias e processos de informática em saúde e telemedicina. http://www.telemedicina.ufsc.br/telessaude/abnt http://telessaude.sc.gov.br Pg. 7

SPECIAL INTERST GROUPS SIG / RUTE Special Interest Groups (SIGs) é a denominação para constituição de redes de interesse específico dentro da RUTE e que tem a propriedade de congregar profissionais em atividades de ensino, pesquisa e assistência em saúde remotamente. A partir da formação de uma SIG, é definida uma agenda trabalho por videoconferências ou outra forma de interação remota para tratar de um assunto específico. Desta forma, profissionais de saúde e de TIC de diferentes pontos do Brasil e do mundo podem estar em contato, discutindo questões pertinentes as suas áreas e trocando experiências, contribuindo para a integração e o avanço da telemedicina/ telessaúde. http://rute.rnp.br/noticias/?noticia=86 http://www.telemedicina.ufsc.br/telessaude/abnt SIG DE PADRÕES O objetivo principal da criação da SIG de Padrões é o de apoiar as atividades da Comissão Especial de Estudos de Informática em Saúde nas áreas de telemedicina/telessaúde e informática em saúde. Bem como outras iniciativas que se proponham a contribuir com a constituição de normas para as respectivas áreas. http://www.telemedicina.ufsc.br/telessaude/abnt Objetivos Específicos: Através da infra-estrutura física e de internet da RUTE, pretende-se ampliar a capacidade operacional de participação remota dos profissionais e instituições correlatos ao processo de normalização instituído pela ABNT/CEE-Informática em Saúde. Desta forma, instituições de todo o Brasil poderão participar das reuniões de trabalho dos GTs e das Reuniões Plenárias a partir de suas bases locais sem a necessidade de se deslocar a São Paulo ou outros Estados; http://telessaude.sc.gov.br Pg. 8

Fomentar a interação e articulação com o público alvo de forma a contribuir com a qualidade e futura adesão das normas elaboradas. Bem como promover a constituição de redes de apoio para regulamentação, certificação e acreditação; Oferecer maior rapidez e abrangência na harmonização dos padrões já existentes e na geração de novas normas e padrões nacionais e internacionais; Promover a capacitação de profissionais quanto à construção de normas e sua utilização. http://telessaude.sc.gov.br Pg. 9

FUNCIONAMENTO DA SIG DE PADRÕES A partir da infra-estrutura física das bases remotas da RUTE e com o apoio da conectividade de alta velocidade da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, organização coordenadora da RUTE e responsável pela internet acadêmica no Brasil), a SIG de Padrões suporta a operacionalização de quatro categorias de atividades: Cursos focais em normas e padrões Como mecanismo de agregação de novos interessados, disseminação do conceito e até mesmo de adesão; Reuniões Setoriais Para contribuir com as orientações da ABNT, que determina que haja representação equilibrada dos setores interessados, serão realizadas reuniões setoriais (governo, academia, empresas, representantes de classe) presenciais e remotas; Reunião operacional dos Grupos de Trabalho (GTs) - Reuniões operacionais de trabalho para encaminhamentos e constituição dos documentos. Tais reuniões permitirão o ingresso de mais pontos geográficos (bases remotas); Reunião Plenária - Reuniões principais, nas quais os representantes das instituições interessadas constituem e deliberam sobre o desenvolvimento e adoção de normas técnicas em Informática em Saúde e Telemedicina. Cronograma mensal das Reuniões Plenárias da ABNT/CEE-IS ocorridas em 2008: 15/01- Realizada 12/02- Realizada 18/03- Realizada 15/04- Realizada 20/05- Realizada 17/06- Realizada 15/07- Cancelada 19/08- Realizada 16/09- Realizada 21/10- Cancelada 18/11- Realizada 16/12- Realizada http://telessaude.sc.gov.br Pg. 10

Agenda completa: http://abnt.iso.org/livelink/livelink?func=ll&objid=4728629&objaction=browse&sort=name &viewtype=1 INCLUSÃO DE NOVAS INSTITUIÇÕES NA SIG DE PADRÕES Conforme já mencionado anteriormente, o processo de obtenção de padrões da ABNT fundamenta-se em uma representação paritária da sociedade. Desta forma, qualquer pessoa ou instituição interessada pode participar do processo de normalização a partir das sessões plenárias presenciais (em São Paulo) ou a partir das demais bases remotas conectas por vídeo conferência com o apoio da RUTE/RNP. Atualmente, a SIG de Padrões testou e homologou este processo com as localidades de SC, RJ, DF, MG e PE). Para o ingresso de novas localidades remotas nesta rede SIG de Padrões é necessário que a instituição candidata atenda a critérios técnicos mínimos de infraestrutura. Estes critérios mínimos serão avaliados a partir de um processo de homologação: Largura de banda que permitam conexões IP de 512 Kbps ou superior, com qualidade (mínimo de pacotes perdidos e jitter); Taxa de quadros visuais: 20-30 fps; Qualidade de áudio/vídeo (verificados a partir de simulação de sessão); Ambiente permanente de videoconferência preparado acusticamente e com iluminação adequada para sessões de vídeo conferência; A presença de um técnico para os equipamentos que possa auxiliar na preparação das sessões e na solução de possíveis problemas ocorridos durante a mesma; A presença nas reuniões de um responsável pela atividade da SIG de padrões no local ou seu representante legal. http://telessaude.sc.gov.br Pg. 11

Além destes critérios técnicos mínimos para solicitação de inclusão, serão ainda avaliados os resultados de conexão em dois momentos: 1. Teste para homologação técnica da instituição remota: será realizada uma simulação de serviço de videoconferência para avaliar as condições de conexão e qualidade de ambientação. Estando os quatro critérios em condições minimamente satisfatórias, a instituição é homologada a fazer parte da rede da SIG de Padrões na condição de uma localidade remota; 2. Teste de conexão prévio: de dois a três dias antes de cada Reunião Plenária da ABNT/CEE-IS, é realizado um teste de conexão com todas as instituições para assegurar as condições de serviço da videoconferência e, principalmente, da legibilidade do material multimídia a ser apresentado (apresentação e PowerPoint, por exemplo). Observa-se que esta é uma rotina padrão para qualquer serviço de interação remota por videoconferência. Uma vez aceita a nova base remota, sua permanência de participação estará condicionada ao encaminhamento da lista de presença. Em função de uma necessidade de registro documental das decisões tomadas em cada Plenária, a ABNT determina que exista uma lista de presença registrando as pessoas que participaram da reunião e suas respectivas assinaturas. Assim, obrigatoriamente, cada base remota terá que enviar a referida lista por e-mail e por correio para o escritório da ABNT, em São Paulo, que deverá dar entrada no protocolo da ABNT até no máximo 5 dias após a realização da reunião Plenária. Caso esta obrigatoriedade não seja cumprida: a. A participação e os votos da instituição/base remota serão invalidados; b. A localidade remota deixará de fazer parte da SIG de Padrões. A operacionalização do processo de Homologação Técnica, testes e execução das sessões de videoconferência serão realizados pelo Núcleo de Telessaúde / RUTE da UFSC e pelo Laboratório de Telemedicina do Departamento de Informática em Saúde da UNIFESP. Para participar, basta enviar uma solicitação por e-mail para o endereço: padrões@telemedicina.ufsc.br http://telessaude.sc.gov.br Pg. 12

CONTATO Cleidson Cavalcante Coordenador da SIG de Padrões Telemedicina e Informática em Saúde Relator - ABNT/CEE-Informática em Saúde / Grupo de Trabalho 7: DISPOSITIVOS Vice-coordenador - Núcleo de Telessaúde /RUTE/Santa Catarina Gestor Estratégico de C&T& Inovação / Grupo Cyclops E-Mail.:cleidson@telemedicina.ufsc.br / cleidsoncavalcante@gmail.com Tel.: 55 48 9131-4713 / 372-19516 LAPIX INE CTC UFSC Campus Universitário - Bairro da Trindade Florianópolis S.C - CEP 88040-900 Brasil Http://telessaude.sc.gov.br http://www.telemedicina.ufsc.br/telessaude/abnt http://telessaude.sc.gov.br Pg. 13