Concurso Literário. O outro

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Concurso Literário O Concurso Literário Escola Nova 2013 tem como tema "O outro". Uns amigos, alguns colegas, outros só conhecidos, todos com suas diferenças, mas também com suas semelhanças. É muito bom olharmos para o lado, melhor ainda é se olhamos e conseguimos entender o ponto de vista do outro. Equipe de Língua Portuguesa e Coordenação O Concurso englobou atividades de oficina textual durante as aulas de Língua Portuguesa e as aulas de Literatura & Produção Textual no laboratório de informática. Todos os textos foram avaliados de forma continuada pelos professores das disciplinas, levando em conta a abordagem e a adequação do texto. Os contemplados foram: 2 ano: O outro Às vezes as coisas ficam tão confusas que você não percebe que isso também acontece com certas pessoas. Escutar o outro é fundamental para o nosso crescimento. Por isso, se preocupar com os outros faz parte do nosso dia a dia. Egoísmo é uma ação que devemos superar. Quando uma coisa fica complicada, é sempre bom ter um amigo para compartilhar isso. Mas, às vezes, a pessoa nunca escuta o outro, e por isso, não tem amigos. Luis Felipe Araujo de Mattos 2 BM

3 ano: Vamos olhar para os outros Você um dia olhou para alguém para ver se ela estava triste ou feliz? Aqui, nesse mundo alegre, as pessoas não olham para as pessoas do lado. As pessoas tinham que ter mais consideração com as outras pessoas. Vamos olhar uns para os ouros e perceber o que eles estão sentindo. Quando você faz uma coisa boa para uma pessoa, ela te devolve uma coisa boa. Se você faz alguma coisa ruim, a vida te devolve uma coisa ruim. Então, faça coisas boas e você vai se dar bem na vida, assim as pessoas vão gostar de você. Raphael Monteiro Vettiner 3 BT 4ºano Um mundo mais legal Você já parou para pensar como seria um mundo onde todos são iguais? Todos com os mesmos gostos e aparência? Com certeza um mundo muito chato. Nosso mundo é lindo, rico e com pessoas com seus gostos e desgostos. Um mundo com pessoas loiras, morenas e ruivas, e estilos diferentes. Pessoas que gostam mais de esportes, outras que preferem ler livros. Pessoas que são tímidas e outras mais fáceis de se misturar. Mas, no fim, somos iguais e diferentes pois temos todos os mesmos direitos e obrigações. Todos merecem respeito e igualdade. Neste mundo tão grande existem negros, pessoas amareladas como os orientais, brancos... Todos lindos e com seu jeito de ser. O importante mesmo é ser feliz. Isabella Costa Wawruszczak (4º A tarde)

5ºano O outro O bullying e o racismo são inaceitáveis. As diferenças podem ser notáveis; Porém o que deve prevalecer são as amizades; Não inimizades que derrotam as nossas vidas. Por dentro, somos iguais, todos temos coração, Somos todos filhos de Deus, somos todos irmãos, Seja ateu, judeu ou cristão, nós somos irmãos, Diga não para a exclusão! Existem diferentes etnias, Que são citadas em poesias Dizendo que somos iguais. Eu digo que podemos ser diferentes, Porém somos todos filhos de Deus Sejamos judeus, cristãos ou ateus. Por dentro, somos todos os iguais. O que eu quero é paz! Antonio Pedro Cristofaro (5º A tarde)

Sofia Mello (6º C manhã)

7º ANO Quem é o Outro? Diferenças, semelhanças, Existem entre mim e o Outro, Um outro confundido, Em um mundo destruído Pelo outro desconhecido. Um outro vilão, um outro amigo, Não se sabe quem é o outro nesse mundo desconhecido. Todos são outros em uma vida muito simples, Porém o Outro, meu amigo, Não é um simples conhecido. O outro é meu irmão, Como vários outros são. O outro é confundido, Com outro escondido, Nas palavras enunciadas. Mas outros me perguntam: Quem é o Outro? E eu respondo: O Outro é um homem confundido, Entre outros desconhecidos. FRITZ ROBERT STAPFER PAZ (7º A)

8º ANO As memórias de uma amizade Todos os dias acontecem coisas diferentes, mas você não se lembra de todas elas. Em sua maioria, as memórias são boas e tiveram algum tipo de impacto em você; aqueles momentos felizes são normalmente vividos com amigos e, justamente eles, são os que os tornam tão especiais. Muitas pessoas acham que a amizade depende do quanto você gosta de alguém ou o quão bem se dão, mas acho que a verdadeira amizade, aquela que você leva para sua vida inteira, só acontece quando se têm diversas memórias com alguém, tanto boas quanto ruins. Saber que mesmo perdendo contato por anos, a maneira de se tratar será a mesma, com as brincadeiras e bom humor que sempre tiveram. Então, sim, pode-se dizer que os amigos são a família que você escolhe, aqueles com quem você tem inúmeras recordações, e esse número sempre cresce tanto na quantidade quanto na variedade. Assim, você escolhe o quão bom o seu passado e até, talvez, o seu futuro vai ser. BEATRICE SÃO BENTO SOUTO (8º A)

9º ANO Sobrevivência Eu viajava há muito tempo naquela terra de ninguém, em um mundo destruído. Estava exausto de correr... O planeta estava acabado e eu também. Sentindo-me sozinho e exaurido, caminhei pela cidade de Nova York. Antes, aquele local fora um símbolo do sucesso e do mundo capitalista. Agora, resumia-se a cinzas, sangue e perigo. Após vagar aleatoriamente pelas ruas, procurando comida e remédios, notei que cometera um erro terrível: caíra no covil dos habitantes que, sem local para irem após o meteoro, alojaram-se no Central Park. Só de avistá-los ao longe percebi o quão pouco amigáveis eram, pois pareciam despidos de qualquer traço de humanidade. Um barulho em local próximo fez com que as pessoas olhassem na minha direção...pronto: eu havia sido descoberto. Percebi que uma desagradável brincadeira de gato e rato começaria e imediatamente comecei a correr, ouvindo o som de dezenas de pessoas vindo logo atrás de mim. Corri o máximo que podia, mas o inevitável aconteceu; eu fui encurralado em um beco por uma multidão. A minha hora havia chegado. Depois de tantos anos lutando para sobreviver, agora tudo terminaria ali...fechei os olhos aguardando meu fim, mas fui surpreendido pelo barulho de uma explosão. Ao abrir os olhos, vi meus perseguidores correrem para longe, enquanto uma fumaça densa se espalhava pelo local. Procurei meu salvador e, para meu espanto, vi que se tratava de um menino de aproximadamente dez anos de idade. Olhamo-nos e sorrimos de leve um para o outro. Foi então que, pela primeira vez em anos, senti algo que achava ter esquecido: acolhimento. Compreendi que, naquele momento de silêncio compartilhado, a esperança voltara à minha existência, afinal, eu não estava mais sozinho. JOÃO PEDRO BICALHO (9ºA)