Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com grande prazer e satisfação que mais uma vez entro em contato com você 1 com o objetivo de dedicar esse tempo para juntos estudarmos a Palavra de Deus. Desejo que o estudo de hoje sirva para a sua edificação e traga, além dos desafios do texto, as mais preciosas bênçãos divinas para a sua vida em todas as áreas: em sua vida devocional, familiar, em sua vida ministerial, na sua vida profissional e nos relacionamentos que você desenvolve diariamente. Você que tem nos acompanhado sabe que logo no início do programa registramos as correspondências que vocês nos enviam. Chamo sua atenção para esse momento, e registro o e-mail que o José Lindomar nos enviou de São Luis, capital do estado do Maranhão. Foi essa a sua mensagem 1270 Graça e paz, da parte de Deus, nosso pai, e do senhor Jesus Cristo a todos da RTM e a todos da equipe do programa Através da Bíblia. Querido amigo pastor Itamir Neves, acompanho o seu programa às 5:30 da manhã durante o meu trabalho aqui na Ceasa de São Luis/Ma. Outro dia ouvindo o seu programa o senhor falou que os cinco anos de estudos já estavam chegando ao fim. Fiquei triste com a notícia, pois esses estudos já fazem parte da minha vida, gostaria de saber se quando terminar esses atuais estudos da Bíblia vai haver reapresentação ou se vai começar outros novos estudos de Gênesis a Apocalipse JOSÉ LINDOMAR BARROS DUARTE - SÃO LUIS MA email. Querido irmão somos gratos por suas palavras. Agradecemos as suas orações em nosso favor. Louvamos a Deus pelo seu interesse em estudar a Palavra. Deus te abençoe e que você seja uma bênção entre os seus familiares e amigos nos mais
diversos contextos. Como lhe respondi, depois que concluirmos o estudo de Apocalipse, como muitos ouvintes têm pedido, reiniciaremos as nossas 2 apresentações, desde Gênesis indo novamente até o Apocalipse, dando oportunidade a todos de estudarem os livros que não tiveram oportunidade de acompanhar. Agora, preparando-nos para mais um estudo e reflexão neste livro de revelações, no Apocalipse, convido-o e, a todos que nos sintonizam nesse momento a buscar ao Senhor através desta palavra de oração: "Pai querido, obrigado pela tua preciosa graça. Diante da tua misericórdia penetramos na tua presença pelo precioso sangue de Cristo para buscar tua graça para esta ocasião. Pai te pedimos que a tua companhia seja experimentada por todos nós, em todos os momentos. Também te pedimos que nos ilumine nesse momento de estudo. Que a Tua palavra molde o nosso caráter. Pedimos a tua bênção na finalização desses estudos. Oramos em nome de Jesus. Amém!". Querido amigo hoje temos como propósito estudarmos o capítulo cinco de Apocalipse, onde João relata mais um detalhe da visão que teve da glória celeste. Vamos estudar Ap 5.1-14. Nesse capítulo encontramos a descrição da visão que João teve e nesse novo vislumbre o apostolo percebeu que o centro das atenções, que a adoração era dirigida ao redentor. Como no capítulo quatro as atenções estavam voltadas para o Deus Criador, agora neste capítulo, Jesus Cristo, o nosso resgatador recebe o louvor, a adoração e o reconhecimento de todos. Diante da pergunta aguda que deixou a todos em suspense, Jesus foi declarado o único ser digno de abrir o livro.
Em todo o universo não foi encontrado ninguém apto para essa tarefa. Ninguém foi considerado digno para abrir os selos e executar, realizar o conteúdo do livro. 3 Somente Jesus, que é sem pecado (Jo 8.7), venceu o mundo (Jo 16.33) e que venceu o diabo (1Jo 3.8), só ele, o Senhor dos Senhores, o Rei dos Reis é o Deus homem capaz de abrir o livro de Deus. A razão pela qual Jesus foi considerado apto e digno para essa tarefa se encontra nas palavras do verso 9. Aquelas palavras explicam e nos fazem entender a razão de Jesus ser digno de abrir o livro de Deus. Jesus nos resgatou! Este ato de Jesus em nos comprar, nos leva ao Antigo Testamento à lei do resgatador (conf. Lv 25.25; Rt 3.6-13 ss). Após pagar o preço devido, o resgatador tinha o direito de tomar posse do que comprou (conf. Jr 32.7-15). Deus dera ao homem o domínio sobre a criação, mas por causa do pecado, a raça humana perdeu esse domínio. Somente através de Jesus, o Deus homem, que viveu sem pecado, a humanidade poderia pagar o preço do resgate. Jesus foi o nosso resgatador. Jesus comprou-nos por um preço incrivelmente alto. Ele comprou-nos dando a sua vida justa e sem pecado por nós injustos e pecadores. Por ter agido assim, pelo seu grande amor, Jesus tem o direito de abrir os selos, tem o direito de reivindicar a possessão da herança e, certamente ele o fará no tempo certo (conf. Ef. 1.7, 14) para que possamos estar para sempre com ele conforme o seu desejo (Jo 17.24). Sim! Por todo esse ato maravilhoso de amor e resgate ele é digno de abrir os selos e receber toda a adoração. Nesta visão, João viu Jesus de duas maneiras: Jesus foi mostrado como leão e como cordeiro nessa simbologia maravilhosa que
ele compartilhou conosco. Só Jesus reúne em si mesmo a majestade do leão que indica o seu poder para julgar e a humildade do cordeiro que indica o seu amor 4 para salvar. Diante desse ser único em todo o Universo, João testemunhou o reconhecimento, as honras e as homenagens que Jesus recebeu. Cânticos de louvor e de adoração foram e serão elevados para glorificar o Senhor Jesus Cristo Por isso, ao estudarmos este capítulo, vamos refletir sobre ele tendo como título a seguinte expressão: A dignidade do Senhor Jesus Cristo Ap 5.1-14 Introdução Somente o Senhor Jesus Cristo, por sua obra salvífica é digno de abrir o livro dos planos de Deus. Neste texto encontramos três razões pelas quais somente o Senhor Jesus Cristo é digno de abrir o livro dos planos de Deus. A 1ª razão pela qual somente Jesus Cristo pode abrir o livro dos planos de Deus é que só ele foi encontrado digno dessa tarefa, v. 1-5 5.1 Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos. 5.2 Vi, também, um anjo forte, que proclamava em grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos? 5.3 Ora, nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele; 5.4 e eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele. 5.5 Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores;
eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos. 5 Três observações: 1. A visão do livro e a pergunta que deixou a todos em suspense, v.1-2 O livro mencionado aqui é em forma de rolo, como os pergaminhos antigos. Mas, que livro é esse? É um livro que está escrito dos dois lados, por dentro e por fora, indicando que está completo. Nada mais lhe pode ser acrescentado. Pode ser entendido como o livro dos propósitos providenciais de Deus para que seus planos se executem da maneira e no tempo que ele mesmo predeterminou. Segundo a maioria dos comentaristas conservadores, a interpretação encontra-se Ezequiel 2.1-10, pois nele estavam escritas as lamentações, suspiros e ais. Esse livro contém as profecias dos acontecimentos finais, incluindo a salvação do povo de Deus de todos os tempos e o julgamento dos maus. Nesse livro constam os juízos de Deus, tudo aquilo que ele derramará sobre a toda a terra. Seria esse livro aquele que o anjo pediu para Daniel fechasse (conf. Dn 12.4-9) e que agora deveria ser aberto? É provável que sim. O fato do livro estar selado indica que só ele conhece os seus misteriosos planos. Esse livro estava com Deus, indicando o seu controle sobre a história. No livro estão descritas a sua vontade e os seus planos eternos (conf. Jr 29.11) 2. Ninguém é digno de abrir o livro dos planos de Deus, v. 3-4 Diante da pergunta que ecoou nos céus, na terra e no inferno, por todos os cantos o universo e diante da falta de alguém que fosse achado capaz e digno para abrir o livro, o apóstolo não se conteve e chorou muitíssimo. Certamente foi uma cena
impactante para os olhos humanos de João. A qualificação dos santos e dos anjos não era bastante para lhes conferir o direito de abrir o livro. Só havia um com essa 6 qualificação, não apenas por ser Filho de Deus, o próprio Deus encarnado, mas principalmente porque se tornou homem completo e viveu sem pecado. Só esse Deus homem viveu em total sintonia com a vontade do Pai, só ele obedeceu a intenção da lei e não apenas a letra da lei. O único ser em condições, capaz e digno para abrir o livro é Jesus Cristo. 3. O leão da tribo de Judá é o vencedor e pode abrir o livro, v. 5 Nessa visão Jesus é visto como Leão da tribo de Judá, uma expressão vinda de Gn 49.9-10, figura do Messias. Esse Leão vem com poder e autoridade para executar o juízo divino sobre todos os que lhe foram rebeldes, não o aceitando e não lhe sendo obedientes. Jesus é descrito também como a raiz de Davi, seu criador e seu progenitor (conf. Is 11.1, 10), confirmando sua linhagem real e seu direito como soberano. Ele é o vencedor, pois o Pai lhe deu toda a autoridade para dar vida e para julgar (conf. Jo 5.22-27). Só Jesus é digno, merece, e tem o direito de abrir o livro e seus sete selos. A 2ª razão pela qual somente Jesus Cristo pode abrir o livro dos planos de Deus é que ele, por sua vida doada conquistou esse direito, v. 6-10 5.6 Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra. 5.7 Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono; 5.8 e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os
vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos 7 santos, 5.9 e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação 5.10 e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra. Três observações: 1. O cordeiro de Deus é onipotente, onisciente e onipresente, v. 6-7 Jesus, como Cordeiro de Deus é o plano divino que tirou os pecados do mundo, como anunciou o Batista (Jo. 1.29). A frase como tendo sido morto significa que, tendo sido morto, ainda assim está vivo, o que aponta para a Sua ressurreição. Os sete chifres indicam a sua onipotência, o seu poder perfeito e completo, anjos e autoridades e poderes tendo sido sujeitados a Ele. Os sete olhos indicam sua onisciência, representam visão perfeita e completa, ele conhece tudo e todos não só na aparência, mas o secreto de cada coração. Os sete Espíritos de Deus significam a onipresença, nos lembra que Jesus recebeu a medida plena do Espírito Santo na realização do seu ministério (Jo 3.34). O perfeito e completo Espírito Santo foi enviado pelo Filho e pelo Pai por toda a terra (João 15:26). 2. O cordeiro de Deus é digno de receber toda a reverência, v. 8 Assim que o Cordeiro de Deus tomou o livro das mãos do Pai, uma vez que foi manifestada e admitida a dignidade do Cordeiro, os seres viventes e os anciãos prestaram-lhe reverência e o culto devido. O fato de oferecerem as orações dos santos, indica que eram as orações dos mártires clamando a Deus pelo sangue
que tinham derramado, testemunhando de sua fé. As harpas que cada um dos seres viventes e dos anciãos tinham em suas mãos indica que o louvor era algo 8 que deveriam fazer na mais perfeita maneira. Enquanto as orações são dos cristãos, o louvor é dos seres celestes. 3. O cordeiro de Deus merece ser louvado com novo cântico, v. 9-10 Temos que aprender que o cântico de louvor faz parte integral do culto a Deus. Essa é uma das ocupações alegres e constantes dos seres celestes diante da divindade. Assim também conosco deveria ocorrer. Não cantamos só por cantar. Mas, cantamos para adorar e honrar ao Cordeiro e ao Deus Pai. O conteúdo desse cântico destaca a redenção e por isso é sempre novo, pois a cada vez recordamos que fomos alvo do seu amor. O conteúdo do cântico destaca: a) a dignidade para abrir o livro; b) a sua morte sacrificial; c) o resgate que ele fez; d) a constituição dos salvos num reino de sacerdotes para Deus, o Pai; e) o seu compartilhamento de poder com todos os salvos. A 3ª razão pela qual somente Jesus Cristo pode abrir o livro dos planos de Deus é que é a ele que todos se prostram e adoram, v. 11-14 5.11 Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, 5.12 proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. 5.13 Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a
glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. 5.14 E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos prostraram-se e adoraram. 9 Três observações: 1. Jesus Cristo é adorado pelos muitos anjos, pelos quatro seres viventes e pelos vinte e quatro anciãos, v. 11-12 Os anjos formavam o circulo externo e os seres viventes com os anciãos, que representam toda a multidão dos salvos, formavam o circulo interno, mais perto do trono, porque eles tinham sido o objeto da redenção 2. Jesus Cristo é adorado porque foi morte e por isso merece: Conforme MacDonald (2008, p, 1003): a) poder; sobre a minha vida, a igreja, o mundo, o universo; b) riqueza; todo o meu ouro e prata, tudo o que tenho de valioso; c) sabedoria; toda a minha capacidade intelectual; d) força; minha força física, minha saúde, tudo colocado ao seu dispor; e) honra; meu desejo puro e único e engrandecê-lo e exaltá-lo na minha vida; f) glória; toda minha vida, em todas as circunstâncias serve para glorificá-lo; e g) louvor; todo o meu louvor só pode ser prestado a ele. Esse é o coral de toda a criação. Essa deve ser a nossa atitude já agora. Um dia, no céu, participaremos desse grande e magnífico coral. 3. Jesus Cristo é adorado junto com o Pai e eles merecem: Assim como Jesus agiu em nossa redenção, o Pai é quem a planejou e por isso, ambos, merecem receber a) louvor; b) honra; c) glória; d) domínio; e) por toda a eternidade.
Esse louvor e adoração invade todo o universo e toda a criatura adora e glorifica esse grande e maravilhoso Deus trino que providenciou a salvação. 10 Conclusão Querido amigo diante desse quadro tão especial e recordando o grande amor divino para conosco, só podemos nos unir com esse coro celestial e louvar a Deus com nossas vozes, com nossas vidas, com nosso interior. Peço a Deus que você se uma a nós nesse grande coral. Um abraço. Deus te abençoe. Até o próximo programa. 2700