Resolução 4327/14 BACEN Responsabilidade Ambiental
Resolução 4327/14: Principais Aspectos Objeto e âmbito de aplicação Finalidade PRSA Prazos Diretrizes para desenvolvimento e implantação de PRSA (política de responsabilidade socioambiental) Instituições financeiras e autorizadas a funcionar pelo BACEN Avaliação de riscos socioambientais Programa de gerenciamento de riscos Governança Corporativa 28 de fevereiro de 2015 (instituições/ conglomerados - ICAAP) 31 de julho 2015 (demais instituições autorizadas)
Resolução 4327/14: Principais Aspectos Estrutura Operacional C o n s e l h o de A d m i n i s t r a ç ã o e/ou D i r e t o r i a : aprovar a PRSA; plano de ação com medidas para sua implementação; avaliar os resultados a cada cinco anos. designação de um diretor responsável pela PRSA. Comitê Partes interessadas comitê especial vinculado ao conselho de administração ou diretoria, com atribuições de monitoramento e avaliação da PRSA. Clientes externos e internos; Usuários Demais pessoas impactadas por suas atividades
Resolução 4327/14: Algumas considerações Expectativas Avaliação de riscos socioambientais para concessão de crédito; Legislação Ambiental em vigor e desenvolvimento sustentável; Governança Corporativa; Padrão de gestão socioambiental dos produtos financeiros; e Procedimento de auditoria que delimite a responsabilidade dos agentes financiadores.
Lei n 6938/1981 e outros precursores: Art 3 - Para os fins previsto nessa lei, entende-se por: IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; Responsabilidade objetiva e solidária recepcionada pela CF, Código Civil e legislação correlata; Responsabilidade objetiva: aquele que lucra com uma atividade deve responder pelos riscos e desvantagens; Princípio do Poluidor Pagador, nos aspectos da prevenção e recuperação do dano ambiental; Teoria do Risco Integral; Protocolo Verde, Protocolo Verde II, Agenda 21 Risco criminal quem de qualquer forma concorre
Responsabilidade Objetiva e seus limites Art 14 -. 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. (...) É firme a jurisprudência do STJ no sentido de que, nos danos ambientais, incide a teoria do risco integral, advindo daí o caráter objetivo da responsabilidade, com expressa previsão constitucional (art. 225, 3º, da CF ) e legal (art. 14, 1º, da Lei n. 6.938 /1981), sendo, por conseguinte, descabida a alegação de excludentes de responsabilidade, bastando, para tanto, a ocorrência de resultado prejudicial ao homem e ao ambiente advinda de uma ação ou omissão do responsável. STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1374342 MG 2012/0179643-6 (STJ) Data de publicação: 25/09/2013
Obrigação de diligência dos financiadores: Lei 6938/1981 "Art. 12. As entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentais condicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios ao licenciamento, na forma desta Lei, e ao cumprimento das normas, dos critérios e dos padrões expedidos pelo Conama". Dec. 99.274/90, que regulamentou a referida lei, repete o mesmo comando legal, estabelecendo que: "Art. 23. As entidades governamentais de financiamento ou gestoras de incentivos, condicionarão a sua concessão à comprovação do licenciamento".
Conceito do financiador de boa-fé : Algumas considerações Abrangência para casos em que o financiador atua como parceiro; Falta de ingerência às atividades dos empreendedores; Padrão de gestão socioambiental dos clientes; Monitoramento das atividades; Procedimento de auditoria que delimite a responsabilidade dos agentes financiadores; e Previsão contratual direito de regresso nexo de causalidade.
Prós e Contras- Resolução 4327: Prós Sistema de avaliação prévia; Critérios de governança; Padrões de auditoria; e Variável socioambiental nas análises de crédito Contra Pouco objetiva; Não prevê penalidades, que dificulta a exequibilidade; e Não elimina risco de co-responsabilidade ambiental, em virtude do conceito da responsabilidade objetiva indireta.
Conclusões: A jurisprudência ainda não definiu exatamente quais os parâmetros para responsabilização ambiental das instituições financeiras; Decisões esparsas muito focadas na teoria do risco integral e poluidor pagador; Conceito da diligência à época da concessão do crédito; Falta de segregação entre Project Finance e outras produtos financeiros e linhas de crédito; e Inevitável Nexo Causal falha na diligência vis a vis concessão de crédito e monitoramento de atividades.
Flavia Marcilio Barbosa flaviamarcilio@ddsa.com.br DDSA De Luca, Derenusson,Schuttoff e Azevedo Advogados M: + 55 11 98266 0675 T: + 55 11 3040 4040 F: + 55 11 3040 4041 Rua Fidêncio Ramos, 195, 10º andar Vila Olímpia São Paulo SP CEP: 04551-010 Brasil www.ddsa.com.br