Il. mo Sr. Dr. Diretor de Orientação e Educação Tributária da Superintendência de Legislação e Tributação (DOET/SLT)

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Transcrição:

Il. mo Sr. Dr. Diretor de Orientação e Educação Tributária da Superintendência de Legislação e Tributação (DOET/SLT) LBC SISTEMAS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, com endereço na rua Francisco Deslandes, n. 971, sala 602 e 604, Bairro Anchieta, Cidade de Belo Horizonte, MG, CEP 30.310-580, inscrito no CNPJ/MF sob o n 00.442.351/0001-52, não dispondo de inscrição estadual por não se tratar de contribuinte do ICMS, vem, respeitosamente, perante V.S.ª, formular a presente CONSULTA, com fincas no art. 37, caput, do RPTA, nos termos e pelos fundamentos a seguir aduzidos. I. DO CABIMENTO DA CONSULTA. 1 - O RPTA, aprovado pelo Decreto Estadual de n. 44.747/08, através de seu art. 27, faculta, expressamente, a formulação de consultas acerca da correta aplicação da legislação tributária, desde que preenchidos os demais requisitos encartados no predito diploma normativo. 2 - Neste passo, vale ressaltar que os fatos descritos nesta consulta não foram objeto de decisão administrativa ou judicial em processo em que o Consulente tenha sido parte. Também não existem quaisquer ações fiscais concernentes às dúvidas ora expostas, estando, pois, satisfeitos os pressupostos dos artigos 37, parágrafo único e 43, inciso IV, ambos do RPTA. 3 - Finalmente, esclarece, também, em atendimento a exigência contida também no parágrafo único do art. 37, não se submete ao recolhimento do ICMS por se tratar de empresa desenvolvedora de softwares voltados à gestão fiscal e administrativa de

Postos Revendedores de Combustíveis, estando, outrossim, submetida ao imposto municipal incidente sobre a prestação de serviços, acobertando, nesta hipótese, as suas operações através de nota fiscal autorizada pelo Município de Belo Horizonte. 4 - Atendidos os pressupostos legais, passa-se à descrição do fato consultado. II. EXPOSIÇÃO DOS FATOS E DO DIREITO SOBRE O QUAL SE FUNDA A CONSULTA. 5 - Conforme esclarecido no tópico anterior, o consulente desenvolve a atividade de desenvolvimento de softwares para computadores, notadamente, e inclusive, para empresas revendedoras de combustíveis, incluindo-se programas gerenciais e o Programa Aplicativo Fiscal instalado em ECF PAF/ECF. 6 - Neste passo, e para esta atividade específica, a Portaria 68/08, em seu art. 62, exige de empresas do segmento da consulente, o seu cadastramento junto a esta D. Secretaria de Estado da Fazenda, sendo que o aludido cadastramento é feito de forma individualizada por versão do programa aplicativo fiscal desenvolvido pela empresa: Art. 62. A empresa desenvolvedora de programa aplicativo fiscal deverá cadastrar-se na Secretaria de Estado de Fazenda, nos termos do art. 2º do Anexo VI do RICMS, mediante requerimento, individualizado por versão de programa aplicativo, formulado por meio do SIARE. 8 - De acordo com a alínea j do art. 63 do referido diploma normativo, para que a empresa tenha o cadastramento deferido (ou o tenha suspenso ou mesmo cancelado), é necessária a apresentação de cópia Despacho da Secretaria Executiva do CONFAZ que comprova o registro do Laudo de Análise Funcional de Programa Aplicativo Fiscal, emitido por órgão técnico credenciado pela COTEPE/ICMS, o qual atesta a regularidade do PAF-ECF desenvolvido pela consulente e o atendimento deste aos requisitos apostos no Ato COTEPE de 06/08.

9 - No caso concreto, depreende-se dos documentos ora anexados que o programa desenvolvido e fornecido a Postos Revendedores de todo o Brasil (e portanto, não só de Minas Gerais) atende aos requisitos anotados no, referido, Ato COTEPE de n 06/08. 10 - O problema é que, sabe-se, os sistemas de automação de bombas, não obstante existirem já há algum tempo, vêm apresentando, sistematicamente, defeitos técnicos de funcionamento e de transmissão de dados, notadamente após a criação de novos requisitos e funcionalidades concernentes ao PAF, fazendo surgir situações concretas e fáticas que têm gerado dúvidas, principalmente, quanto a algumas funcionalidades do programa aplicativo fiscal que serviriam para oferecer soluções contingenciais quando da a ocorrência destas ditas falhas técnicas. 11 - O objeto desta consulta, pois, restringe-se às estas situações fáticas e às soluções contidas no PAF-ECF. Assim, o consulente passa a individualizá-las por tópicos para expor as dúvidas concernentes à aplicação da legislação de regência sobre os casos concretos e a correção, ou não, do entendimento e dos procedimentos adotados pelo consulente. II.1 PRIMEIRA SITUAÇÃO FÁTICA. UTILIZAÇÃO DE BOMBAS MECÂNICAS QUE SE UTILIZAM DE HARDWARE DE AUTOMAÇÃO QUE, POR VÍCIO TÉCNICOS, NÃO PERMITEM A IMPORTAÇÃO DE DADOS DOS ENCERRANTES PELO ECF REQUISITOS XXXV E XXXVI DO ANEXO I DO ATO COTEPE DE N 06/08. 12 - Conforme se extrai do Laudo de Análise Funcional (n POL5662010) expedido pela empresa Polimig (credenciada pelo CONFAZ), para a concretização e confecção do mesmo, utiliza-se, como referência, o ROTEIRO DE ANÁLISE FUNCIONAL DE PROGRAMA APLICATIVO FISCAL - EMISSOR DE CUPOM FISCAL - Versão 1.4 - Junho/2010, tendo aplicada a ER-PAF-ECF versão 01.06 aprovado pelo COTEPE no ano de 2010.

13 - O predito roteiro se destina a verificação da conformidade do programa, como já dito, às disposições constantes do Ato COTEPE 06/08, permitindo, pois, a checagem, item por item, dos requisitos definidos no anexo I do aludido ato normativo. Tal qual verificado e já afirmado, o predito laudo não apontou qualquer desconformidade no PAF/ECF desenvolvido pela consulente; isto é, o PAF/ECF apresentado à POLIMIG e por ela homologado atende, no que importa à presente consulta, aos requisitos XXXV, item 1 e XXXVI do anexo I do Ato COTEPE de n 06/08, a saber: REQUISITOS GERAIS REQ. ITEM DESCRIÇÃO XXXV 1 XXXVI 1 O PAF-ECF deve funcionar integrado com o sistema de bombas abastecedoras interligadas a computador, devendo ainda: a) armazenar os dados capturados das bombas mantendo banco de dados destas informações conforme Requisito XXXII e atribuindo a cada registro de abastecimento capturado os seguintes status : a1) PENDENTE: status inicial do registro no momento da captura que deve ser mantido até que ocorra uma das situações previstas nas alíneas a2, a3 ou a4 deste item; a2) EMITIDO CF: status que deve ser assumido quando ocorrer a emissão do Cupom Fiscal relativo ao respectivo abastecimento; a3) EMITIDA NF: status que deve ser assumido quando ocorrer a emissão relativa ao respectivo abastecimento de Nota Fiscal manualmente ou por PED, no caso previsto nos itens 1b e 1c do Requisito XVII; (...) O PAF-ECF deve imprimir no Cupom Fiscal o número de identificação do tanque de combustível, da bomba abastecedora e do bico abastecedor e o valor do encerrante anterior e posterior ao abastecimento capturado da bomba, da seguinte forma, conforme o modelo de ECF: a) no campo "informações suplementares", a partir do primeiro caracter ou a partir do caracter imediatamente seguinte aos registros do PV N ou do DAV N, quando for o caso, com o seguinte formato: Tanque N, onde N representa o número do tanque de combustível; Bomba "X", onde "X" representa o número da bomba; Bico "Y", onde "Y" representa o número do bico; EI "nnnnnn", onde "nnnnnn" representa o valor do encerrante capturado da bomba ao iniciar o abastecimento; EF "nnnnnn", onde "nnnnnn" representa o valor do encerrante capturado da bomba ao finalizar o abastecimento. b) no campo "mensagens promocionais", a partir do primeiro caracter seguinte à identificação prevista no requisito IX ou a partir do caracter imediatamente seguinte aos registros do PV N ou do DAV N, quando for o caso, com o seguinte formato: Tanque N, onde N representa o número do tanque de combustível; Bomba "X", onde "X" representa o número da bomba; Bico "Y", onde "Y" representa o número do bico; EI "nnnnnn", onde "nnnnnn" representa o valor do encerrante capturado da bomba ao iniciar o abastecimento; EF "nnnnnn", onde "nnnnnn" representa o valor do encerrante capturado da bomba ao finalizar o abastecimento.

14 - Os requisitos acima, obrigatórios, apenas, aos programas fornecidos a revendedores varejistas de combustíveis, impõe, grosso modo, a interligação das bombas ao ECF, de sorte que nenhum abastecimento seja realizado sem que os seus dados (volumes vendidos, volumes dos encerrantes por bicos, etc.) sejam, automaticamente transmitidos ao equipamento emissor de cupom fiscal e impressos no próprio cupom e nos documentos mencionados na Portaria 68/08 (redução Z e relatório gerencial arts. 106 e 130, IV), dentre outras informações. 15 - O problema é que no caso de bombas mecânicas, o sistema de automação tem que ser complementado por um hardware a ser instalado na bomba para interpretar os pulsos de abastecimento e simular um encerrante eletrônico, em especial, para atender ao pressuposto (requisito) descrito na alínea a do item I do requisito XXXVI (encerrantes inicial e final). Em algumas situações o PAF/SEF não recebe da placa de automação os encerrantes finais dos bicos de abastecimento referentes as vendas de combustível, obtendo informações, exclusivamente, concernentes ao valor unitário e volume consumido. Nestes casos, devido a falta desta informação, o PAF gera, nos cupons fiscais, volumes zerados seja quanto ao encerrante inicial, seja quanto ao encerrante e final dos abastecimentos. 16 - Como este valor não pode ser corrigido manualmente, ou seja, mediante manipulação do banco de dados do ECF, tanto a redução Z, como o relatório gerencial a que faz referência o item I do requisito XXXIII do Anexo I do Ato COTEPE de n 06/08, também informam valores zerados nos encerrantes. 17 - E aqui surge a dúvida do consulente: a) no caso da revenda de combustíveis, ante as disposições constantes do requisito XXXV, o PAF/ECF deve permitir o uso do equipamento emissor de cupom fiscal, mesmo na hipótese em que a placa concentradora gere valores zerados quanto as informações descritas no item I do requisito XXXVI, aliena a (encerrantes inicial ou final)?

b) ou por outro lado, deve o PAF impedir o uso do ECF até que seja possível importar os dados concernentes aos preditos encerrantes, aplicando-se à espécie os preceitos do requisito XVII, item 1, do anexo I, do Ato COTEPE de n 06/68, permitindose, inclusive, o registro manual das informações relativas ao aludido abastecimento (inclusive aquelas constantes da predita Nota Fiscal modelo 2)? 18 - O entendimento assumido pelo consulente é de que a rede de comunicação (automação) está operando e funcionando, de sorte que o abastecimento porventura realizado será lançado no ECF e a proibição de utilização deste na hipótese ora discutida resultará na inviabilização, por meio transverso, no âmbito do Estado de Minas Gerais, do uso de bombas mecânicas (porquanto as divergências entre o encerrante mecânico e o encerrante simulado gerado pelo equipamento mencionado acima são constantes) 19 - Em resumo, o consulente entende que seu Programa Aplicativo Fiscal pode permitir o uso do ECF, mesmo na hipótese de mau funcionamento da placa que simula o encerrante eletrônico instalada em bombas mecânicas, sem que tal permissão represente afronta aos requisito XXXIII e XXXV e, por conseguinte, tipifique a infração descrita no art. 54, inciso XXIII, da Lei Estadual de n 6.763/75. II.2 SEGUNDA SITUAÇÃO FÁTICA. IMPRESSÃO DE DOCUMENTO DESTINADO AO CONTROLE DE VENDAS REALIZADA A PRAZO PARA COBRANÇA FUTURA. REQUISITOS XIV, 4, C E XXXI-A DO ANEXO I DO ATO COTEPE 06/08 19 - Atualmente, o PAF/ECF desenvolvido pelo consulente permite a geração de um relatório de venda que aponta a realização da operação, os valores da compra, a descrição por extenso dos itens comprados e o número do cupom fiscal que teria acobertado a predita compra, com uma guia para assinatura do comprador, dando-lhe ciência do negócio e fixando o prazo para o pagamento correspondente.

20 - Neste documento é aposto, em letras negritadas, a informação de que não se trata de documento fiscal ou operação sujeita ao uso de cartão de crédito ou débito, destinando-se, somente, ao registro e a viabilidade da cobrança dos valores concernentes à compra a prazo. 21 - Anexo a esta consulta, o consulente apresenta o layout do referido documento. 22 - O consulente entende que o Ato COTEPE de n 06/08 não traz qualquer impedimento à impressão e uso deste documento, não se aplicando, nem mesmo, as disposições constantes dos requisitos XIV, 4, c e XXXI-A: REQUISITOS GERAIS REQ. ITEM DESCRIÇÃO XIV 4 XXXI-A 1 observar que: a) o valor a ser informado à empresa administradora de cartão de crédito ou débito deve ser o mesmo valor registrado para o respectivo meio de pagamento no Cupom Fiscal; b) não poderá ser emitido Comprovante de Crédito ou Débito em quantidade superior ao número de parcelas informado à empresa administradora de cartão de crédito ou débito, quando for necessária a impressão de um comprovante de pagamento para cada parcela autorizada pela empresa administradora; c) o Comprovante de Crédito ou Débito deve ser emitido exclusivamente para comprovação de pagamento efetuado com cartão de crédito ou de débito, sendo vedada sua utilização para outras finalidades. O PAF-ECF não deve possibilitar a emissão de Relatório Gerencial que contenha registro de itens que se assemelhe ao impresso em Cupom Fiscal, exceto para: a) DAV emitido nos termos do item 4 do Requisito IV e utilizado para orçamento ou pedido, desde que observados o Requisito VI; b) Transferências entre Mesas; emitido nos termos da alínea a do item 5 do Requisito XXXVIII; c) Mesas Abertas, emitido nos termos da alínea b do item 5 do Requisito XXXVIII; d) Conferência de Mesa, emitido nos termos da alínea c do item 5 do Requisito XXXVIII; e) pedido emitido nos termos do Requisito XXXIX, quando impresso por ECF em Relatório Gerencial; f) Controle de Encerrantes emitido nos termos do Requisito XXXIII; g) Abastecimentos Pendentes, emitido nos termos da alínea d do item 1 do Requisito XXXV; h) Manifesto Fiscal de Viagem, emitido nos termos da alínea a do item 1 do Requisito XLII. 23 - No caso é preciso esclarecer que as vedações constantes dos preceitos acima destinam-se, exclusivamente, a impedir a confusão que possa ser causada,

notadamente, quanto a natureza das operações praticas, revelando-se, outrossim, numa proteção destinada ao próprio consumidor. 24 - Da forma como está definido o layout do documento discutido neste tópico, está claro que o mesmo não veicula informações que possam confundi-lo com o próprio cupom fiscal (já que, ali, a forma de descrição dos itens adquiridos pelo consumidor e acobertados pelo respectivo cupom fiscal difere, sobremaneira, da forma através da qual os preditos itens são descritos no mencionado cupom), nem mesmo com o comprovante de crédito ou débito descrito no item XXXI-A, 1, inclusive por força da expressão aposta no predito documento atestando não se tratar, justamente, de comprovante de compra com cartão de crédito ou débito. 25 - Enfim, o consulente entende que seu Programa Aplicativo Fiscal pode gerar o documento referido neste tópico, sem que tal funcionalidade represente afronta aos requisitos XIV, item 4, alínea c e XXXI-A e, por conseguinte, tipifique a infração descrita no art. 54, inciso XXIII, da Lei Estadual de n 6.763/75. III. CONCLUSÃO. DO OBJETO DA CONSULTA. 15 - Diante de todo o exposto, o consulente apresenta esta Consulta perante esta D. Secretaria objetivando esclarecer a correta interpretação das questões em análise no sentido de confirmar os entendimentos expostos nos tópicos II.1 e II.2 saber: a) no caso da revenda de combustíveis, ante as disposições constantes do requisito XXXV, de que o PAF/ECF deveria permitir o uso do equipamento emissor de cupom fiscal, de forma autônoma e independente, como determina o requisito III, a despeito da placa concentradora gerar valores zerados quanto as informações descritas nos itens I do requisito XXXIII e do requisito VI, aliena a (encerrantes inicial ou final); c) de que seria possível, ao Programa desenvolvido pelo Consulente, gerar um documento destinado a viabilizar a cobrança dos valores concernentes à venda a

prazo, cujo layout segue em anexo, contendo as expressões Não é documento fiscal e nem comprovante de crédito ou débito, consignando, outrossim, e informações concernentes à data da operação, valores, descrição por extenso dos itens adquiridos, data para pagamento e o número do cupom fiscal correspondente à operação a que o documento faria referência. P. deferimento. Belo Horizonte, 29 de abril de 2011. Gustavo Guimarães da Fonseca OAB/MG 84.945