Conjuntura Macroeconômica Semanal

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Transcrição:

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Conjuntura Macroeconômica Semanal 06 de janeiro de 2017 Esperamos cortes mais agressivos da Selic em 2017 Equipe As últimas semanas trouxeram mais elementos positivos para o balanço de riscos das projeções de inflação para 2017 e para 2018, motivando uma revisão em nossa trajetória futura da taxa de juros. Esperamos agora que o Banco Central (BC) realize cortes mais agressivos da taxa Selic a partir de fevereiro, levando-a para 9,5% ao fim de 2017 e para 8,5% ao fim de 2018. Nosso cenário anterior contemplava taxas de 10,25% e 9,25% nesses períodos, respectivamente. Entendemos que os fundamentos para um corte mais agressivo em janeiro, de 75 pontos, já estão presentes. Contudo, a comunicação recente do BC nos sugere que o ritmo mais provável de queda na primeira reunião do ano será de 50 pontos. Nossa avaliação sobre o que o BC vai fazer no curtíssimo prazo leva em consideração esse aspecto e a estratégia gradualista empreendida até aqui pela autoridade monetária. CONJUNTURA MACROECONÔMICA SEMANAL Entendemos que a combinação dos vetores dentro do modelo de inflação não sugere um ritmo de cortes de 50 pontos ao longo de 2017. O ritmo de 50 pontos por reunião parecia fazer mais sentido em um cenário de (i) câmbio mais depreciado, seja por riscos internos ou externos; (ii) atividade já mostrando recuperação ou (iii) forte resiliência inflacionária. Ainda que sempre haja riscos para o cenário base, avaliamos que nenhum dos vetores mencionados está presente neste momento na economia, de modo que o ritmo de cortes de 50 pontos, contemplado em nosso cenário anterior, muito provavelmente levaria a uma inflação abaixo da meta em 2017 e em 2018. Preços de mercado sinalizam ganhos setoriais heterogêneos e volta mais rápida da inflação à meta do Fed sob Trump Estevão Augusto Oller Scripilliti Mesmo com a disseminada percepção de incerteza, é possível encontrar nos preços de mercado a direção inicial esperada pelos agentes para os primeiros passos do novo governo dos EUA. Os preços de mercado estão longe de serem previsores perfeitos do futuro, mas são bons sinalizadores momentâneos das probabilidades e dos riscos percebidos pelos agentes para a ocorrência de cada evento. Se analisarmos por exemplo os ativos de renda fixa, fica evidente que a eleição de Trump reposicionou o balanço de riscos para cima tanto para a atividade como para a inflação. Desde a vitória do republicano, os juros dos títulos de 2 anos subiram 36 bps, de 0,85 para 1,21, em grande medida em função do aumento da expectativa de inflação para o mesmo período, que subiu de 1,58 para 2,37. A bolsa americana sinaliza uma leitura positiva sobre a economia, ainda que heterogênea setorialmente. O setor financeiro, por exemplo, é o maior destaque positivo da bolsa, e pode ser beneficiado por uma revisão das normas mais rigorosas aplicadas pela Dodd-Frank na regulação das empresas do setor a partir da crise de 2008. O setor de energia pode ser beneficiado por uma revisão regulatória que reverta parte das restrições ambientais impostas pelo governo Obama, o qual seguia a diretriz da gradual alteração da matriz energética em favor de fontes renováveis. O desempenho positivo das ações de empresas pertencentes a setores industriais parece responder mais às políticas mais protecionistas que o novo governo pode vir a implementar. Mesmo antes da posse, o presidente eleito tem sinalizado que empreenderá esforços para manter e construir novas unidades fabris no país. Portanto, a visão inicial do que se desenha para a nova política econômica americana contempla menos regulação, maior protecionismo a setores industriais, estímulo fiscal, crescimento de curto prazo mais elevado, mais inflação no curto prazo e o Fed atuando de maneira mais tempestiva na normalização dos juros. As incertezas continuarão presentes, mas são estes os sinais que os preços de mercado nos dão com o conjunto de informações disponível atualmente. 1

Esperamos cortes mais agressivos da Selic em 2017 Equipe As últimas semanas trouxeram mais elementos positivos para o balanço de riscos das projeções de inflação para 2017 e 2018, motivando uma revisão em nossa trajetória futura da taxa de juros. Esperamos agora que o Banco Central (BC) realize cortes mais agressivos da taxa Selic a partir de fevereiro, levando-a para 9,5% ao fim de 2017 e para 8,5% ao fim de 2018. Nosso cenário anterior contemplava taxas de 10,25% e 9,25% nesses períodos, respectivamente. Entendemos que os fundamentos para um corte mais agressivo em janeiro, de 75 pontos, já estão presentes. Contudo, a comunicação recente do BC nos sugere que o ritmo mais provável de queda na primeira reunião do ano será de 50 pontos. Nossa avaliação sobre o que o BC vai fazer no curtíssimo prazo leva em consideração esse aspecto e a estratégia gradualista empreendida até aqui pela autoridade monetária. Antevemos que novas decepções com os dados de atividade deverão levar a uma reavaliação do ritmo de cortes posteriormente, de tal sorte que esperamos três cortes de 75 pontos nas reuniões de fevereiro, abril e maio. Como o próprio BC tem enfatizado, em um regime de boa ancoragem de expectativas, permite-se que a autoridade monetária leve mais em conta os custos da desinflação adicional. Acreditamos que este custo se tornará mais elevado conforme fique claro que o PIB será mais fraco em 2017, o que produziria a reavaliação dos ritmos de queda a partir de fevereiro. Nesse sentido, a atividade econômica continua surpreendendo negativamente. As projeções para o PIB corrente ainda estão se deteriorando: revisamos a projeção do PIB do quarto trimestre do ano passado de -0,7% para -0,9%; já a projeção do PIB do primeiro trimestre deste ano, que estava em 0,4%, foi revisada para 0,1%. Por ora, não alteramos nossa projeção para 2017, que se situa em 0,3%, mas reconhecemos que há certo viés baixista, mesmo levando em consideração a nova trajetória de queda de juros. As surpresas com a atividade estão se traduzindo em um processo desinflacionário mais disseminado e persistente. De fato, o balanço de riscos para a projeção de inflação tem se tornado mais benigno, com destaque para os grupos de serviços e de alimentação no domicílio. A intensidade da recessão, a velocidade esperada muito moderada para a recuperação da economia, e a perspectiva positiva com a safra agrícola devem continuar sendo vetores de pressão baixista para os preços dos grupos mencionados. No caso dos serviços, vale destacar que notamos certa resistência para uma desaceleração a um nível inferior a 5,0% em 2017, exclusivamente por questões metodológicas: pouco mais de 15,0% dos preços do grupo terão variação próxima a 7,0%, o aumento do salário mínimo. De todo modo, os dados de curto prazo indicam uma surpresa baixista mais disseminada do IPCA. Cenário Doméstico set-16 out-16 nov-16 dez-16 Surpresa total IPCA -0,27% -0,09% -0,23% -0,16% -0,75% Alimentação -0,20% -0,01% -0,07% -0,05% -0,32% Administrados -0,04% 0,03% -0,13% -0,03% -0,17% Exclusão 0,02% -0,04% -0,02% -0,08% -0,12% Serviços -0,05% -0,11% -0,06% -0,10% -0,31% Surpresa inflacionária recente (IPCA efetivo menos projetado com um mês de antecedência) Fonte: BRADESCO 2

No setor externo, a manutenção dos termos de troca em patamar favorável e o menor dinamismo da atividade econômica, que inibe importações, devem continuar gerando menor pressão no fluxo de curto prazo. Esperamos saldo comercial de US$ 50 bilhões em 2017 e déficit externo em -1,1% do PIB. A necessidade de financiamento externo será muito provavelmente negativa, pois estimamos que o Investimento Direto no País (IDP) atinja US$ 70 bilhões (implicando em uma folga de US$ 50 bilhões no Balanço de Pagamentos), razão pela qual não conseguimos vislumbrar a perspectiva de uma taxa de câmbio demasiadamente depreciada no cenário base. Em suma, entendemos que a combinação dos vetores dentro do modelo de inflação não sugere um ritmo de cortes de 50 pontos ao longo de 2017. O ritmo de 50 pontos por reunião parecia fazer mais sentido em um cenário de (i) câmbio mais depreciado, seja por riscos internos ou externos; (ii) atividade já mostrando recuperação ou (iii) forte resiliência inflacionária. Ainda que sempre haja riscos para o cenário base, avaliamos que nenhum dos vetores mencionados está presente neste momento na economia, de modo que o ritmo de cortes de 50 pontos, contemplado em nosso cenário anterior, muito provavelmente levaria a uma inflação abaixo da meta em 2017 e em 2018. 2016 2017 2018 Selic 1 13,75 9,5 8,5 IPCA 6,3 4,5 4,5 PIB -3,6 0,3 2,5 Taxa de desemprego 1 12,6 13,4 12,8 Câmbio (R$/US$) 3 3 4 Conta-Corrente (US$ bi) -19-23 -40 Balança Comercial - MDIC (US$ bi) 47,7 50,7 43,0 Dívida Bruta (% PIB) 71 80 84 Resumo das projeções (1) fim de período Fonte: BRADESCO Cenário Doméstico 3

Preços de mercado sinalizam ganhos setoriais heterogêneos e volta mais rápida da inflação à meta do Fed sob Trump Estevão Augusto Oller Scripilliti Ao longo das últimas semanas, temos ouvido seguidamente que existe elevado grau de imprevisibilidade em relação às políticas que o novo governo dos EUA pode implantar. Esse quase consenso se formou a partir das grandes oscilações nos discursos de Donald Trump ao longo da campanha e, de certa forma, após a confirmação da sua eleição. Um fator adicional que contribui para essa sensação de incerteza advém do fato do futuro presidente ser um político que foge do estereótipo tradicional, com pautas difusas e, ao menos em um primeiro momento, com trânsito mais limitado entre os congressistas e seus grupos políticos. Mesmo com a disseminada percepção de incerteza, é possível encontrar nos preços de mercado a direção esperada pelos agentes para os primeiros passos do novo governo. Os preços de mercado estão longe de serem previsores perfeitos do futuro, mas são bons sinalizadores momentâneos das probabilidades e dos riscos percebidos pelos agentes para a ocorrência de cada evento. Se analisarmos por exemplo os ativos de renda fixa, fica evidente que a eleição de Trump reposicionou o balanço de riscos para cima tanto para a atividade como para a inflação. Desde a vitória do republicano, os juros dos títulos de 2 anos subiram 36 bps, de 0,85 para 1,21, em grande medida em função do aumento da expectativa de inflação para o mesmo período, que subiu de 1,58 para 2,37, conforme ilustrado no gráfico que segue. 2,6% 2,4% 2,2% 10 anos 2 anos 2,24% 2,56% 2,45% 2,37% Taxas de inflação implícita de 2 e 10 anos (% a.a.) 2,0% 1,85% 1,8% 1,94% 1,71% 1,84% 1,68% 1,96% 1,84% 1,92% 1,6% 1,46% 1,4% 1,2% 1,0% 1,16% 1,45% 1,39% 1,51% 1,28% 1,11% 1,58% 08/01/16 05/02/16 04/03/16 01/04/16 29/04/16 27/05/16 24/06/16 22/07/16 19/08/16 16/09/16 14/10/16 11/11/16 09/12/16 06/01/17 Fonte: Bloomberg Cenário Externo Vale ressaltar que não são apenas os preços de mercado que vão nesta direção, pois o próprio Federal Reserve (Fed) alterou sua avaliação sobre as perspectivas da economia em sua última reunião. Na ata divulgada nesta semana, vários membros do FOMC apontaram que os riscos para a atividade econômica se moveram para o campo positivo, tanto pela melhora cíclica que já vinha ocorrendo no mercado de trabalho e nos dados de investimentos, quanto pela perspectiva de que estímulos fiscais sejam implementados. Apesar de reconhecerem o grande grau de incerteza sobre a forma, a intensidade e o tempo para a implementação desses estímulos fiscais, a maioria dos membros concorda que os efeitos seriam positivos para o crescimento no curto prazo. 4

Do ponto de vista da dinâmica da inflação implícita nos títulos do governo, apesar da direção ser bastante clara em favor da inflação mais elevada, existem diferenças em relação aos efeitos de curto e de médio prazo. Enquanto a inflação implícita de 2 anos subiu de maneira quase ininterrupta desde a eleição de Trump, com alta substancial de 36 bps no período, a inflação para prazos mais longos se estabilizou ao redor da meta do FOMC (2,0%), com alta mais modesta. Parte desta distinção deriva do fato do FOMC se mostrar mais disposto a reagir com um aperto tempestivo da política monetária às eventuais altas da atividade e inflação em 2017 do que aparentava alguns meses atrás. À época, havia a discussão, até mesmo verbalizada por Janet Yellen e Stanley Fischer, de que seria desejável ter uma economia sobreaquecida por algum período para garantir que as expectativas de inflação voltassem para padrões mais próximos da meta do FOMC e, dessa forma, aumentar a chance de que os agentes percebessem a economia como mais saudável. Nossa avaliação sobre a comunicação recente do FOMC é de que a propensão em ficar voluntariamente atrás da curva diminuiu substancialmente e a velocidade de normalização dos juros deve ser mais alinhada com a eventual melhora dos dados de atividade e inflação. Em linha com os movimentos no mercado de renda fixa, os preços de ações e do câmbio também sinalizam uma leitura liquidamente positiva sobre a economia americana, com apreciação do USD frente às moedas do G-10 e alta da bolsa americana desde a eleição de novembro. Entretanto, existe grande heterogeneidade do desempenho entre os setores, o que serve como indicativo da percepção que se tem das políticas setoriais e comerciais do governo americano. O setor financeiro, por exemplo, é o maior destaque positivo da bolsa, e pode ser beneficiado por uma revisão das normas mais rigorosas aplicadas pela Dodd-Frank na regulação das empresas do setor a partir da crise de 2008. As propostas incluem desde uma revisão ampla de todo o aperto regulatório empreendido, o que parece pouco provável dadas as posições contrárias dos próprios reguladores (Fed) e de membros do congresso, até uma proposta de revisão parcial das normas, que flexibilizaria a atuação dos bancos regionais (importantes financiadores das atividades produtivas locais) e reduziria o peso da burocracia que resultou da nova regulação. Financeiro Energia Industrial 7,9% 9,4% 17,4% Variação acumulada dos ETFs desde a eleição de Trump até 06-jan Materias 7,0% Cosumo discricionário 5,2% Saúde Tecnologia 3,5% 3,4% Imobiliário 2,3% Utilidade pública Bens de consumo -1,0% -1,2% -3,0% 0,0% 3,0% 6,0% 9,0% 12,0% 15,0% 18,0% Fonte: Bloomberg Cenário Externo Dois outros setores também se destacam no campo positivo: setor de energia e setor industrial. O setor de energia pode ser beneficiado por uma revisão regulatória que reverta parte das restrições ambientais impostas pelo governo Obama, o qual seguia a diretriz da gradual alteração da matriz energética em favor de fontes renováveis. A indicação de pessoas associadas ao setor de petróleo e gás, contrárias às medidas ambientais de Obama, para compor a equipe de governo de Trump, é um sinal de que as políticas para este setor poderão sofrer alterações. Além disso, é possível que sejam repensadas as normas para concessão e exploração de novos campos de gás e petróleo para se adequar às práticas mais exitosas realizadas em outros países. Nesse sentido, muitos especialistas apontam que o arcabouço implantado no México após a reforma do setor de energia do país é bem mais moderno do que o atual arcabouço americano. O desempenho positivo das ações de empresas pertencentes a setores industriais parece responder às políticas mais protecionistas que o novo governo pode vir a implementar. Mesmo antes da posse, o presidente 5

eleito tem sinalizado que empreenderá esforços para manter e construir novas unidades fabris no país. Nos últimos dias, houve o anúncio de que empresas de automóveis e de telecomunicações decidiram produzir nos Estados Unidos. Além disso, permanecem as manifestações contrárias aos parceiros comerciais que são vistos como concorrentes e que substituíram parte da produção americana ao longo das últimas décadas (China e México em particular). Parece provável que medidas tarifárias e não tarifárias sejam colocadas em prática, objetivando cumprir a promessa de resgatar empregos no setor manufatureiro do país. Apesar desse tipo de medida ser negativo para a economia mundial, ao realocar produção para um país menos competitivo e gerar possíveis retaliações que levem à contração do comércio global, elas poderiam beneficiar um subconjunto de empresas e setores dentro dos Estados Unidos. Do ponto de vista das moedas e commodities, observamos sinais de um efeito líquido positivo para a demanda global. Isso porque os preços de commodities continuam subindo, mesmo com o dólar forte, e as moedas dos países exportadores desses produtos têm tido desempenho favorável. É claro que não podemos atribuir integralmente esta alta aos efeitos positivos de Trump, na medida em que os dados correntes da atividade global se mostram mais firmes, a despeito das novas políticas americanas. Entretanto, a diferenciação entre os preços das commodities metálicas e de outras commodities aponta que existem fatores idiossincráticos que afetam a demanda desse grupo específico em relação às demais. 390 371 CRB CRB metálicas industriais 4.170 4.123 4500 CRB total x CRB metálicas industriais 340 290 294 321 313 4000 3.628 3500 240 267 232 3.186 3000 190 200 2.540 2.618 2.680 213 196 177 194 2500 140 155 2000 17/02/09 18/05/09 16/08/09 14/11/09 12/02/10 13/05/10 11/08/10 09/11/10 07/02/11 08/05/11 06/08/11 04/11/11 02/02/12 02/05/12 31/07/12 29/10/12 27/01/13 27/04/13 26/07/13 24/10/13 22/01/14 22/04/14 21/07/14 19/10/14 17/01/15 17/04/15 16/07/15 14/10/15 12/01/16 11/04/16 10/07/16 08/10/16 06/01/17 Fonte: Bloomberg Cenário Externo Os efeitos negativos claramente identificados até aqui estão circunscritos aos preços de ativos de economias menores e mais suscetíveis às políticas comerciais mais duras vindas dos Estados Unidos. O caso mais emblemático é o do México, que teve sua moeda bastante depreciada desde a concretização da vitória de Trump. Apesar do significativo grau de incerteza em relação às políticas que serão implementadas pelo novo governo americano, alguns aspectos da mesma começam a se delinear mais claramente. A desregulamentação dos setores de energia e bancário deve avançar. Além disso, serão perseguidas políticas que revigorem, de alguma maneira, o setor industrial americano. Outras medidas envolvem a redução de impostos e a elevação de gastos com infraestrutura. Por fim, algumas medidas comerciais protecionistas contra setores e países específicos tendem a ser adotadas. Esse conjunto de políticas, combinado com o fato da economia americana já estar vivendo um bom momento no ciclo econômico, nos fez revisar recentemente nossa expectativa de crescimento para 2017 de 1,8% para 2,0%, e para 2018 de 1,8% para 2,1%. Associado a este crescimento mais elevado, acreditamos que a inflação irá convergir mais rapidamente para a meta de 2,0% do Fed, chegando neste nível já no segundo semestre de 2017. Com isso, o risco de que o processo de normalização da taxa de juros seja mais rápido do que o precificado hoje pelos mercados deve crescer. Atualmente, os títulos embutem alta de 65 bps na taxa básica de juros ao longo de 2017. Nossa previsão é de três altas (75 bps), sendo uma no primeiro e duas no segundo semestre, com crescente probabilidade de que sejam quatro altas, em ritmo trimestral regular. 6

35,0% 28,0% 31,8% 25,3% Fed Funds projetado para dezembro de 2017 21,0% 21,4% 14,0% 11,8% 7,0% 0,0% 5,9% 3,3% 0,5% 75 BPS 100 BPS 125 BPS 150 BPS 175 BPS 200 BPS 225 BPS Fonte: Bloomberg Portanto, a visão inicial do que se desenha para a nova política econômica americana contempla menos regulação, maior protecionismo a setores industriais, estímulo fiscal, crescimento de curto prazo mais elevado, mais inflação no curto prazo e o Fed atuando de maneira mais tempestiva na normalização dos juros. As incertezas continuarão presentes, mas são estes os sinais que os preços de mercado nos dão com o conjunto de informações disponível atualmente. Cenário Externo 7

Quadro de Projeções - PIB real Mundial e países selecionados 2007-2017 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016p 2017p Países Desenvolvidos 2,7 0,1-3,4 3,1 1,7 1,2 1,1 1,8 1,9 1,5 1,5 Estados Unidos 1,8-0,3-2,8 2,5 1,6 2,2 1,5 2,4 2,4 1,5 1,9 Área do Euro 3,0 0,4-4,5 2,1 1,5-0,9-0,4 0,9 1,5 1,5 1,3 Alemanha 3,4 0,8-5,6 4,0 3,7 0,7 0,4 1,6 1,7 1,7 1,0 França 2,4 0,2-2,9 2,0 2,1 0,2 0,3 0,4 1,1 1,3 1,0 Itália 1,5-1,1-5,5 1,7 0,6-2,8-1,9-0,3 0,4 0,8 0,9 Reino Unido 2,6-0,6-4,3 1,9 1,5 1,3 1,9 2,7 2,2 1,4 0,8 Japão 2,2-1,0-5,5 4,7-0,5 1,7 1,5 0,0 0,4 0,5 0,0 Países Emergentes 8,6 5,8 2,9 7,5 6,3 5,3 4,9 4,4 4,0 4,1 4,4 China 14,2 9,6 9,2 10,6 9,5 7,9 7,7 7,4 6,9 6,5 6,2 Coreia 5,5 2,8 0,7 6,5 3,7 2,3 2,8 3,3 2,6 2,0 2,0 Rússia 8,5 5,2-7,8 4,5 4,0 3,5 1,3 0,6-3,7-0,9 0,5 Índia 9,8 3,9 8,5 10,3 6,6 5,6 4,5 5,2 7,6 7,2 6,7 América Latina 5,9 4,0-1,8 6,1 4,6 3,0 3,0 1,2 0,1-0,6 1,4 Brasil 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 3,0 0,5-3,8-3,6 0,3 Argentina -1,0-1,0-1,0-1,0-1,0-1,0 2,4-2,5 2,5-2,2 2,3 Chile 5,2 3,2-1,1 5,7 5,8 5,5 4,0 1,8 2,3 1,6 2,1 Colômbia 6,9 3,5 1,7 4,0 6,6 4,0 4,9 4,4 3,1 2,1 3,1 México 3,1 1,4-4,7 5,1 4,0 4,0 1,4 2,2 2,5 2,3 1,8 Peru 8,5 9,1 1,0 8,5 6,5 6,0 5,8 2,4 3,3 3,8 4,0 Mundo 5,7 3,0-0,1 5,4 4,2 3,5 3,3 3,4 3,2 3,0 3,2 Fonte: FMI Elaboração e (p) projeção: BRADESCO Quadro de Projeções Macroeconômicas Externas 8

Quadro de Projeções Macroeconômicas - Ano base 2007-2017 Quadro de Projeções Macroeconômicas Domésticas 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* 2017* ATIVIDADE, INFLAÇÃO E JUROS PIB (%) 6,1 5,1-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,5-3,8-3,6 0,3 Agropecuária (%) 3,2 5,5-3,8 6,8 5,6-3,1 8,4 2,8 3,6-6,0 6,0 Indústria (%) 6,0 3,9-4,8 10,4 4,1-0,7 2,2-1,5-6,3-3,8 0,5 Serviços (%) 5,8 4,8 1,9 5,8 3,4 2,9 2,8 1,0-2,7-2,7 0,0 Consumo Privado (%) 6,3 6,4 4,2 6,4 4,8 3,5 3,6 2,3-3,9-4,3 0,0 Consumo da Adm. Pública (%) 4,1 2,1 2,9 3,9 2,2 2,3 1,5 0,8-1,1-0,3 0,5 Investimento (FBKF) (%) 12,0 12,7-1,9 17,8 6,6-2,6 5,9-4,2-13,9-10,5 2,5 Exportações Bens e Serviços Não Fatores (%) 6,2 0,4-9,2 11,7 4,8 0,3 2,4-1,1 6,3 1,8 2,0 Importações Bens e Serviços Não Fatores (%) 19,6 17,0-7,6 33,6 9,4 0,7 7,2-1,9-14,1-11,5 4,0 PIB (R$) - bilhões (Preços Correntes) 2.720 3.110 3.333 3.886 4.374 4.806 5.316 5.779 6.000 6.219 6.596 PIB (US$) - bilhões 1.397 1.695 1.669 2.208 2.611 2.460 2.464 2.455 1.801 1.782 1.938 População - milhões 189,5 191,5 193,5 195,5 197,4 199,2 201,0 202,8 204,5 206,1 207,7 PIB per capita - US$ 7.281 8.717 8.469 11.084 13.229 12.345 12.255 12.108 8.808 8.647 9.330 Produção Industrial - IBGE (%) 5,9 3,1-7,1 10,2 0,4-2,3 2,0-3,3-8,3-6,6 1,0 Taxa Média de Desemprego - IBGE (1) 8,9 8,1 8,6 8,3 7,6 7,3 7,2 6,7 8,4 11,3 12,9 Vendas no Comércio Varejista - Restrita (%) 9,7 9,1 5,9 10,9 6,7 8,4 4,3 2,2-4,2-6,5 0,0 IPCA - IBGE (%) 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 6,3 4,5 IPC - FIPE (%) 4,4 6,2 3,7 6,4 5,8 5,1 3,9 5,2 11,1 6,5 4,5 IGP-M - FGV (%) 7,8 9,8-1,7 11,3 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 7,2 4,5 IGP-DI - FGV (%) 7,9 9,1-1,4 11,3 5,0 8,1 5,5 3,8 10,7 7,2 4,5 Taxa Selic (final de período) % 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 13,75 9,50 Taxa Selic nominal (acumulado 12 meses) % 11,85 12,48 9,92 9,78 11,62 8,48 8,21 10,91 13,29 14,03 10,95 Taxa Selic real / IPCA (acumulado 12 meses) % 7,1 6,2 5,4 3,7 4,8 2,5 2,2 4,2 2,4 7,2 6,1 Taxa Selic real / IGP-M (acumulado 12 meses) % 3,8 2,4 11,8-1,4 6,2 0,6 2,6 7,0 2,5 6,4 6,1 EXTERNO, CÂMBIO, RISCO E BOLSA Balança Comercial - BCB (US$ bilhões) 38,5 23,8 25,0 18,5 27,6 17,4 0,4-6,6 17,7 44,8 48,7 Exportações (US$ bilhões) 160,7 198,4 153,6 201,3 255,5 242,3 241,6 224,1 190,1 182,4 195,7 Importações (US$ bilhões) 122,2 174,6 128,7 182,8 227,9 224,9 241,2 230,7 172,4 137,6 147,0 Corrente de Comércio (% PIB) 20,3 22,0 16,9 17,4 18,5 19,0 19,6 18,5 20,1 18,0 17,7 Déficit em serviços e rendas (US$ bilhões) -42,1-58,7-54,6-97,2-107,6-94,5-78,9-100,3-79,3-70,0-74,3 Saldo em conta-corrente (US$ bilhões) 0,4-30,6-26,3-75,8-77,0-74,2-74,8-104,2-58,9-22,4-22,7 Saldo em conta-corrente (% PIB) 0,0-1,8-1,6-3,4-2,9-3,0-3,0-4,2-3,3-1,2-1,1 Investimento Direto no País (US$ bilhões) 44,6 50,7 31,5 88,5 101,2 86,6 69,2 96,9 75,1 70,0 70,0 Taxa de câmbio (final de período) R$ / US$ 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,08 2,35 2,65 3,90 3,26 3,45 Taxa de câmbio (média anual) R$ / US$ 1,95 1,83 2,00 1,76 1,67 1,95 2,16 2,35 3,33 3,49 3,40 Desvalorização nominal ponta (%) -17,15 31,94-25,49-4,09 12,58 10,77 12,90 12,96 47,35-16,51 5,83 Desvalorização nominal média (%) -10,53-5,82 8,98-9,93-4,85 16,66 10,44 9,08 41,54 4,75-2,46 Reservas internacionais (US$ bilhões) - liquidez 180,3 206,8 239,1 288,6 352,0 378,6 375,8 374,1 368,7 378,0 383,2 Dívida Externa Total Médio e Longo Prazo (US$ bilhões) 193,2 198,3 198,2 256,8 297,3 316,7 312,0 348,7 334,7 336,4 343,1 Dívida Externa / Exportações 1,2 1,0 1,3 1,3 1,2 1,3 1,3 1,6 1,8 1,8 1,8 Reservas Internacionais / Importações 1,5 1,2 1,9 1,6 1,5 1,7 1,6 1,6 2,1 2,7 2,6 Rating Soberano Moody's Ba1 Ba1 Baa3 Baa3 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa3 Ba2 - Rating Soberano S&P BB+ BBB- BBB- BBB- BBB BBB BBB BBB- BB+ BB - IBOVESPA - Pontos 63.886 37.550 68.588 69.305 56.754 60.952 51.507 50.007 43.349 60.227 - FISCAL Resultado primário do setor público (R$ bilhões) 88,1 103,6 64,8 101,7 129,0 105,0 91,3-32,5-111,2-169,3-187,3 Resultado primário do setor público (% PIB) 3,2 3,3 1,9 2,6 2,9 2,2 1,7-0,6-1,9-2,7-2,8 Resultado nominal do setor público - sem câmbio (% PIB) -2,7-2,0-3,2-2,4-2,5-2,3-3,0-6,0-10,2-9,5-9,5 Dívida Bruta do Setor Público (R$ bilhões) 1.542,9 1.740,9 1.973,4 2.011,5 2.243,6 2.583,9 2.748,0 3.304,9 3.990,8 4.415,5 5.289,8 Dívida Bruta do Setor Público (% PIB) 56,7 56,0 59,2 51,8 51,3 53,8 51,7 57,2 66,5 71,0 80,2 Dívida Bruta do Setor Público - Reservas Internacionais (% PIB) 45,0 41,4 46,7 39,4 36,2 37,7 35,1 40,0 42,5 51,1 60,9 Dívida Líquida do Setor Público (% PIB) 44,5 37,6 40,9 38,0 34,5 32,3 30,6 33,1 36,2 54,5 56,0 (1): Em 2016, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) foi descontinuada e apenas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua passará a existir. / A série foi retropolada até 2012.. Atualizado com dados até 06/janeiro/2017 (*) Estatísticas referentes ao Balanço de Pagamentos seguem metodologia nova BPM6. Fonte: Dados oficiais para números efetivos Elaboração e (*)projeção: BRADESCO 9

Equipe Técnica Equipe Técnica Fernando Honorato Barbosa Economista Chefe Economistas: Ana Maria Bonomi Barufi / Andréa Bastos Damico / Ariana Stephanie Zerbinatti / Constantin Jancso / Daniela Cunha de Lima / Ellen Regina Steter / Estevão Augusto Oller Scripilliti / Fabiana D Atri / Igor Velecico / Leandro Câmara Negrão / Marcio Aldred Gregory / Myriã Tatiany Neves Bast / Priscila Pacheco Trigo / Regina Helena Couto Silva / Thomas Henrique Schreurs Pires Estagiários: Alexandre Stiubiener Himmestein / Bruno Sanchez Honório / Christian Frederico M. Moraes / Fabio Rafael Otheguy Fernandes / Mariana Silva de Freitas / Rafael Martins Murrer O BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). 10