Escola de Educação Profissional SENAI Visconde de Mauá

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Princípio de Funcionamento

Transcrição:

Escola de Educação Profissional SENAI Visconde de Mauá Automação Industrial Porto Alegre, Outubro de 2014 Revisão: C

Conhecer a utilidade de uma IHM e seu funcionamento; Conhecer principais pontos necessários para estabelecer uma rede industrial; Ser capaz de criar telas utilizando os recursos da IHM; Ser capaz de estabelecer comunicação entre equipamentos em uma rede ponto a ponto RS-232;

INTRODUÇÃO

É um equipamento destinado para o controle ou supervisão de determinado processo ou máquina. O significado dessa sigla é Interface Homem Máquina, por dar a possibilidade de comunicação entre homem e máquina onde a máquina pode fornecer dados ao homem e vice-versa.

Display + teclado de Texto Gráfica 2X20 4X20 Diversos Tamanhos Monocromática Colorida Com botões Monocromática Touch Screen Diversos Tamanhos Tons de Azul Sem botões Colorida

Objetos de tela: Displays numéricos e de texto; Sinalizadores que mudam de cor pela mudança de estado; Entrada de dados; Texto Estático; Imagens estáticas; Tamanhos: De 3 a 15 dependendo do fabricante.

Siemens; Rockwell; Schneider Eletric; Beijer;

REDES INDUSTRIAIS

É a interligação de dois ou mais equipamentos industriais, com o objetivo da troca de dados entre os mesmos a fim de centralizar a informação do sistema. Para seu funcionamento, é necessário definir alguns pontos importantes para a comunicação entre os equipamentos, como meio físico, protocolo de comunicação e parâmetros de comunicação.

É por onde os dados de uma conexão em rede irão trafegar. Cada meio físico de comunicação deve ter características mecânicas (comprimento da conexão, tipo de conexão, etc.), elétricas (valores de sinais elétricos, etc.) e sua função, que deve ser transmitir os dados pela rede sem a preocupação do que está sendo transmitido, garantindo apenas que o mesmo sinal que foi emitido pela sua origem, chegue ao seu destino sem interferências.

Simplicidade; Ponto-a-ponto; Dois equipamentos; Comprimento total da rede depende da capacitância do cabo, no entanto, cada fabricante define a distância máxima garantida para seus produtos, o que é recomendável seguir; Conexão normalmente através de conector DB9; Conversor USB/Serial.

Multipontos; Até 32 equipamentos; Comprimento total da rede 1200m; Topologia Mestre e Escravo;

Conversor; Download do programa do usuário; Extinção das portas seriais.

Futuro; Velocidade; 100m de cabo contínuo com possibilidade de aumento pelo acréscimo de roteadores, hubs e switchs; Possibilidade de conexão com a internet através de webgates.

ETHERNET Prof Vander Campos

É uma convenção que controla e possibilita uma conexão, comunicação, transferência de dados entre dois sistemas computacionais. De maneira simples, um protocolo pode ser definido como "as regras que governam" a sintaxe, semântica e sincronização da comunicação. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/protocolo_(ci%c3%aancia_da_computa%c3%a7%c3%a3o)

No âmbito das redes seriais, como 232, 485 e até mesmo o 422, se faz necessário configurar alguns parâmetros de comunicação, sendo eles: Velocidade de transmissão = Baud Rate; Bits de dados = Data Bits; Bits de paragem = Stop Bits; Paridade = Parity.

O Baud Rate é a velocidade em que os dados irão trafegar. A velocidade escolhida em um dos equipamentos deve ser igual a do outro equipamento. A velocidade do tráfego de dados é medida em bps que significa bytes por segundo. A velocidade mais usual é 9600, porém podemos encontrar 2400, 4800, 9600, 19200, 38400, 115200, 256400 entre outras.

A paridade, os bits de dados e os bits de paragem, devem ser igualmente parametrizados em ambos os equipamentos que se quer comunicar. Paridade pode ser: None, Odd ou Even ( Nenhuma, Par ou ímpar). O parâmetro bits de dados ou Data Bits, é a quantidade de bits que se quer utilizar. Assim como nos outros parâmetros, os Data Bits devem ser iguais 7 ou 8. E por último e não menos importante o parâmetro Stop Bits, também deve ser igual em ambos os equipamentos e pode ser definido como 1 ou 2.

DIP SWITCHS

São chaves dispostas atrás da IHM H-K30m que realizam algumas configurações conforme tabela ao lado. Prof Vander Campos

PROGRAMAÇÃO

Antes de iniciar um projeto, deve-se definir a arquitetura desse projeto. No nosso caso, iremos utilizar o S7-200/CPU224, comunicando-se via RS-232 com a IHM H- K30m. Definido o meio físico, escolheremos o protocolo de comunicação que será o SIMATIC S7-200 (via PPI; 1- to -1), protocolo proprietário da SIEMENS.

2 TXD 3 RXD 5 GND Cabo pino a pino DB9M DB9M

A IHM H-K30m, através de drivers, possui a opção de utilização de diversos protocolos de comunicação, utilizaremos o SIMATIC S7-200 (via PPI; 1- to -1) por ser o protocolo do CLP que será utilizado. Isso facilita a utilização dos endereços na IHM, que serão os mesmos utilizados no CLP. Exemplo: I0.0, Q0.0, C1, VW0, MW10...

O H-Designer é o software de programação da IHM Série H da Beijer Electronics, empresa Sueca. Essa IHM é revendida pela Altus que também dá todo o suporte técnico e assistência técnica. O modelo que iremos utilizar é a H-K30, que é uma IHM Monocromática com tela de 3 e com teclado. A partir de agora iremos estudar o H-Designer e a IHM H-K30m.

Esse software é gratuito e pode ser baixado em www.altus.com.br, na aba downloads:

Após instalá-lo, deve ser aberto através do ícone:

Após aberto, deve ser criado um novo projeto em: File/New... Application Name: Nome da aplicação; Panel: Modelo da IHM; Controller: Protocolo de comunicação.

Na aba connection devem ser definidos os parâmetros de comunicação, conforme imagem ao lado.

Na aba connection Tela da IHM: devem ser definidos Onde serão os parâmetros criados objetos de que aparecerão comunicação, na tela. conforme imagem ao lado. Draw: Objetos de desenhos estáticos. Basic Objects: Objetos básicos para animação da tela da IHM.

Obs.: Os objetos de tela apresentados aqui, são os mais importantes para IHMs de teclado. Nas IHMs touch, os objetos chamados botões, como o Goto Screen, o Momentary e o Maintained, são de extrema importância para os projetos desenvolvidos para tal IHM. Multistate Indicator: Indicador de estados. Indica estado de um dado, ex. um bit, através da troca de cores ou até mesmo troca de texto. Numeric Entry: Campo para entrada de valores. Numeric Display: Campo para mostrar valores contidos em uma determinada memória. Como já diz o nome: Display.

Mais funcionalidades sobre o H-Designer podem ser encontradas no site www.altus.com.br na aba Downloads/Tutoriais.

Para atribuir funções às teclas da IHM, deve-se acessar o menu Screen Attributes, clicando com o botão direito do mouse sobre a tela em questão.

Deve-se também selecionar a aba Auxilary Keys. Note que teremos todas as teclas da IHM No function. Note também que isso é uma propriedade da tela sendo necessário configurar a função da tecla para cada tela utilizada.

Clicando no botão Function... Abrirá a tela ao lado onde deverá ser escolhida a função da tecla.

Depois de selecionada a função da tecla, deve ser selecionados os atributos da função, que irão depender da função escolhida.

Após finalizada a aplicação, devemos salvar o projeto, compilar ( na opção Application/Compile ) e depois enviar para a IHM (na opção Download Application).

Vamos fazer nossa aplicação? Para isso, você deverá utilizar os slides aqui passados, os tutoriais da Altus e os ensinamentos da aula expositiva com o software H-Designer... Exercício 6.1 da apostila. Bom trabalho!

vander.campos@live.com REVISÃO: C 01/10/2014