BOLETIM CLIMÁTICO PRIMAVERA Início: 22/09/2016 às 11h21min - Término: 21/12/2016 às 07h44min

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Transcrição:

BOLETIM CLIMÁTICO PRIMAVERA 2016 Início: 22/09/2016 às 11h21min - Término: 21/12/2016 às 07h44min Tipicamente, a primavera no Paraná é marcada pelo gradativo aumento das temperaturas e da ocorrência de pancadas das chuvas, que ficam mais frequentes entre os períodos da tarde e da noite. Com o aumento gradual das temperaturas, elevam-se também as ocorrências de tempestades com raios. Nos meses de primavera surgem os primeiros sistemas convectivos, núcleos de nuvens organizados ou não, que têm a sua frequência aumentada no decorrer da estação. Por vezes organizam-se tempestades severas numa área que se estende entre o sul do Mato Grosso do Sul, Paraguai, oeste de São Paulo e o norte da Argentina, as quais acabam contribuindo significativamente para o aumento das precipitações no Paraná. As massas de ar frio ainda podem incursionar sobre os estados do Sul no primeiro mês, entretanto, não ficam persistentes, são bastante passageiras e bem menos intensas. Resumo das chuvas e de alguns eventos meteorológicos significativos registrados em julho-agosto e setembro JULHO O mês de julho foi marcado por diferentes sistemas meteorológicos que provocaram desde chuvas regulares, passando por granizos e chuvas localizadas até geadas. As chuvas basicamente foram provocadas por três frentes frias. A primeira atingiu o Paraná no dia 06 e se deslocou rapidamente: no dia 07 já estava sobre o sudeste do país. A segunda frente fria atingiu o Paraná nos dias 15 e 16 e a terceira e última frente fria passou rapidamente no dia 26. Sistemas de menor escala, porém bem mais destrutivos foram registrados no dia 12, onde do Paraguai e do norte da Argentina pequenas áreas de instabilidade se organizaram durante a madrugada e se deslocaram de oeste para leste produzindo grandes danos à população. Granizos e ventos fortes atingiram o Estado de oeste a leste. Segundo a Defesa Civil Estadual do Paraná, neste evento foram 3.976 pessoas atingidas em sete cidades. Em Ponta Grossa a queda de um barracão deixou duas pessoas feridas. Granizos causaram danos significativos nas áreas rural e urbana. O frio e as geadas também foram marcantes, especialmente considerando os dias consecutivos de temperaturas baixas. A primeira massa de ar frio atingiu o Estado no dia 17, após o deslocamento da frente fria já citada. Nesse dia a temperatura mínima registrada na estação meteorológica de São Mateus do Sul foi de -1,0 ºC. No dia 18, as geadas foram amplas no Paraná. Em Londrina a temperatura mínima foi de 3,6 ºC e em São Mateus do Sul chegou aos -2,8 ºC. No dia 19 houve uma breve interrupção do frio com a incursão de áreas de instabilidade que

ingressaram do Paraguai em direção ao oeste do PR. O frio retornou com força no dia 20 e a atmosfera se manteve resfriada até o dia 25. Após o deslocamento da terceira frente fria, houve o retorno do frio intenso que se prolongou até o dia 31. Nas Fig. 1 a e Fig. 1 b, estão indicados respectivamente a precipitação total mensal acumulada e o desvio em relação à média do mês de julho. Na grande maioria das regiões a média não foi superada. Fig.1 a Precipitação acumulada Fig.1 b Desvio em relação à média AGOSTO O mês de agosto apresentou temperaturas mínimas inferiores às do ano passado, ou seja, as massas de ar frio que passaram pelo Paraná foram mais intensas. Também choveu acima da média em algumas regiões. A seguir listamos os principais eventos meteorológicos que caracterizaram este mês. A primeira frente fria atingiu o Paraná no dia 02; deslocou-se rapidamente e causou chuvas moderadas no sul. A massa de ar frio que veio à retaguarda não chegou a atingir o Estado com intensidade. A segunda frente fria permaneceu presente por mais tempo, causando chuvas generalizadas nos dias 07, 08 e 09. Esta segunda frente fria antecedeu uma massa de ar frio de forte intensidade que atuou entre os dias 10, 11, 12 e 13. No dia 12 as geadas foram generalizadas: na RMC a temperatura mínima chegou a 0,3 ºC. Nos dias 14, 15 e 16 o frio novamente deu uma trégua e áreas de instabilidade causaram chuvas significativas. Destaque para o registro das chuvas no dia 16 onde os valores acumulados em 12 horas ultrapassaram os 50 mm no oeste e na região central. A terceira frente fria manteve a instabilidade presente por quatro dias: 17, 18, 19 e 20, causando chuvas generalizadas. No dia 21 à noite, uma nova onda de frio atingiu o Paraná. Este evento atuou por um período mais prolongado. O frio se estendeu de 21 até o dia 28. No dia 22 as geadas atingiram a grande maioria das regiões paranaenses. A quarta e última frente fria permaneceu no Estado por dois dias, 29 e 30 causando chuvas leves a moderadas. No dia 31 nova onda de ar frio e novamente registros de temperaturas negativas no centro e no sul. Na madrugada desse dia, as

estações de Palmas e General Carneiro registraram temperaturas de 2,3 ºC. Nesse mês a distribuição das chuvas foi inversa à do mês anterior (Fig. 2 a e Fig. 2 b) as chuvas foram mais abundantes e superaram os valores médios em todo o Estado. Fig. 2 a Precipitação acumulada Fig. 2 b Desvio em relação à média SETEMBRO O mês de setembro iniciou com predomínio de tempo seco, sem chuvas e frio no Paraná. Esta condição de tempo estável durou apenas os dois primeiros dias. Nos dias 03 e 04 as temperaturas e a umidade relativa do ar voltaram a aumentar. Entre a RMC e as praias, as chuvas foram bastante significativas. Entre a noite do dia 02 e a tarde do dia 04 os valores acumulados de chuva em postos da Serra do Mar ultrapassaram os 100 mm. No dia 05 o eixo de uma frente fria passou rapidamente pelo Paraná e causou chuvas sobre todas as regiões. Nova onda rápida de frio entre os dias 06 e 07 com geadas no centro, sul e na RMC. A atmosfera se manteve estável até o dia 13 quando uma nova frente fria invadiu a Região Sul do país. Esta frente fria esteve associada a um intenso ciclone formado no Oceano Atlântico, na altura do litoral sul do Uruguai. À tarde do dia 13, à dianteira da frente fria, as estações meteorológicas automáticas do Simepar registraram rajadas de ventos moderadas a fortes sobre a maioria das regiões do Paraná. No dia 14 essa frente fria já havia se deslocado em direção ao sudeste do país. O ar frio que veio à retaguarda dessa frente fria causou declínio mais acentuado das temperaturas entre o centro e o sul do Paraná nas manhãs dos dias 15, 16 e 17. No dia 15 houve registro de geadas fracas nos vales serranos do Planalto Central. Embora até o fechamento deste boletim os dados analisados da precipitação acumulada vão até o dia 19, vemos que a média histórica mensal ainda não foi alcançada em todas as regiões, Fig. 3 a e Fig. 3 b.

Fig. 3 a Precipitação acumulada Fig. 3 b Desvio em relação à média As temperaturas ao longo deste inverno Em geral o Paraná registrou um inverno mais rigoroso em relação a diversas comparações. Para melhor descrever o comportamento médio deste inverno, dividimos o Estado em seis regiões. Fizemos comparações das temperaturas médias mensais deste ano com as do ano passado, do ano mais frio, da média de nossas estações meteorológicas automáticas e da média dos últimos cinco anos. Capital e Região Metropolitana de Curitiba O inverno apresentou temperaturas médias inferiores a todas as comparações. As massas de ar frio, além de mais intensas, permaneceram por mais dias consecutivos presentes, exceto, naturalmente, nestes 18 dias do mês de setembro quando é natural a diminuição da intensidade das massas de ar frio assim como sua trajetória não ingressa até latitudes menores. A Fig. 4 mostra a distribuição desta variação. Fig. 4 - Temperaturas médias mensais

Região Central Na região Central, o mês de julho de 2000 apresentou valores de temperaturas médias inferiores aos deste ano (Fig. 5). Em agosto e até os primeiros 18 dias de setembro, os valores se mantiveram abaixo das demais curvas médias. Fig. 5 - Temperaturas médias mensais Região do Litoral Para o leste (Fig. 6) o inverno também se manteve abaixo das médias para diferentes períodos e justamente sobre uma região onde existe, devido à massa d água do Oceano Atlântico, um regulador natural às variações de temperaturas. Os 18 dias de setembro distribuíram as temperaturas médias muito semelhantes às dos últimos cinco anos. Fig. 6 - Temperaturas médias mensais

Região Noroeste O frio deste ano também atingiu o noroeste (Fig. 7). Nem tanto em julho que não superou o frio do ano 2000, mas em agosto e até estes primeiros dias de setembro. As massas de ar frio conseguiram evoluir até os setores climatologicamente mais quentes do Estado. Fig. 7 - Temperaturas médias mensais Região Norte Para o norte (Fig. 8) junho ainda se manteve com temperaturas médias bem abaixo do que os demais valores considerados, mas em julho e agosto os registros ficaram bem próximos ao ano mais frio dos registrados pela estação meteorológica automática do Simepar, que foi 2010. Os primeiros 18 dias de setembro ainda estão bem abaixo da média dos últimos anos. Fig. 8 - Temperaturas médias mensais

Região Oeste No oeste o mês de julho deste ano (Fig. 9) apresentou comportamento médio semelhante aos demais anos exceto em relação ao ano mais frio, que foi 2005. Os primeiros 18 dias deste setembro ainda não superaram inferiormente as médias de 2005. Fig. 9 - Temperaturas médias mensais Monitoramento do El Niño Introdução A conexão entre os oceanos e a atmosfera traz impactos diretos sobre o tempo e o clima em diferentes pontos do planeta. O El Niño Oscilação Sul, ENOS, é a projeção do conjunto El Niño ou La Niña a partir das Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) observadas ao longo do Oceano Pacífico Equatorial. O ENSO fornece então umidade em determinados setores ao mesmo tempo em que diminui a quantidade em outras. Ou seja: o que acontece num determinado setor do Oceano Pacífico Equatorial pode afetar o tempo ou clima em diferentes partes do planeta. El Niño / La Niña O International Research Institute for Climate and Society IRI divulgou as últimas atualizações sobre as várias projeções de modelos numéricos, dinâmicos e estatísticos para diferentes trimestres para a região do Niño 3.4 (Fig. 10).

Fig. 10 Áreas de monitoramento do El Niño Entre junho e julho, a anomalia de TSM do Oceano Pacífico Equatorial passou para o período negativo, indicando um Niño neutro-negativo. Até agosto, a linha preta contínua nas figuras 11 e 12 mostrava uma tendência de resfriamento embora com uma taxa de decaimento menos acentuada em agosto. Na Fig. 11 são indicadas as plumas de dispersão em que cada curva indica o resultado das projeções das temperaturas médias da camada superficial na área do Oceano Pacífico Equatorial, mostrada na Fig. 10 tanto sob o ponto de vista dinâmico (modelos determinísticos) quanto sob o ponto de vista probabilístico. Destaca-se uma curva única que procura agrupar uma tendência entre todas as projeções, chamada de média consensual. Primeiramente focamos nossa atenção à curva da média consensual. Apesar da dispersão considerável é possível concluir que, a partir do trimestre agosto-setembrooutubro, a tendência de diminuição das temperaturas (condição de La Niña) cessa. Mantém-se mais ou menos constante na primavera até o próximo ano quando as simulações indicam a volta do aquecimento (neutralidade para El Niño).

Fig. 11 Dispersão para os diferentes modelos climáticos Na Fig. 12 estão as projeções para oito modelos determinísticos. Esses modelos indicam - na linha pontilhada correspondendo à média deste conjunto de oito - que efetivamente a condição predominante para a área El Niño 3-4 é de levemente negativa à normalidade.

Fig. 12 Projeções mensais da TSM, até abril de 2017 Previsão para o trimestre outubro-novembro-dezembro de 2016 A previsão probabilística divulgada em www.inmet.gov.br e atualizada em setembro/2016 para o trimestre outubro-novembro-dezembro indica uma variabilidade espacial no Paraná. No noroeste e em parte do norte paranaense, o total do trimestre deve se concentrar ligeiramente abaixo dos totais médios enquanto que no leste e em parte do sudeste deve ficar ligeiramente acima do normal. Esta variabilidade espacial deve-se às características dos principais sistemas meteorológicos que provocam chuvas.

Fig. 13 - Previsão probabilística para o trimestre outubro, novembro e dezembro