DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CORNÉLIO PROCÓPIO

Documentos relacionados
ÍNDICE. CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO Introdução Pertinência do trabalho Objectivos e Hipóteses de Estudo...

TÍTULO: PROJETO NUTRIR PARA CRESCER: ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA DE PRÉ-ESCOLARES

DIFERENÇAS NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES RESUMO

FATORES ASSOCIADOS À DESISTÊNCIA DE PROGRAMAS MULTIPROFISSIONAIS DE TRATAMENTO DA OBESIDADE EM ADOLESCENTES

PERFIL NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE DOENÇAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA DA UNIFRA 1

QUAL O IMC DOS ALUNOS CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS AO ENSINO MÉDIO NO IFTM CAMPUS UBERLÂNDIA?

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM CRIANÇAS DE UMA CRECHE NA CIDADE DE FORTALEZA UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Avaliação nutricional e percepção corporal em adolescentes de uma escola pública do município de Barbacena, Minas Gerais

PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DOS INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO (HUPAA/UFAL)

Correlação entre Índice de Massa Corporal e Circunferência de Cintura de Adolescentes do Município de Botucatu SP

COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ESCOLARES DA REDE DE ENSINO PÚBLICA E PRIVADA EM UMA CIDADE DA REGIÃO NORTE RESUMO

AUTOR(ES): LUIS FERNANDO ROCHA, ACKTISON WENZEL SOTANA, ANDRÉ LUIS GOMES, CAIO CÉSAR OLIVEIRA DE SOUZA, CLEBER CARLOS SILVA

Proposta de Tabela Antropométrica de Percentil para alunos do sexo masculino matriculados nos cursos de engenharia da UTFPR Campus Cornélio Procópio

RELAÇÃO ENTRE O NOVO ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL COM O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM CRIANÇAS. Ivair Danziger Araújo

Quais os indicadores para diagnóstico nutricional?

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS ESF DO MUNICÍPIO DE SÃO LUDGERO NO ANO DE 2007

PERFIL DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DOS ESCOLARES INGRESSOS NO INSTITUTO FEDERAL DO TOCANTINS Campus Paraíso do Tocantins

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Avaliação do Índice de Massa Corporal em crianças de escola municipal de Barbacena MG, 2016.

PERFIL MOTOR DE ESCOLARES SOBREPESOS E OBESOS DE AMBOS OS SEXOS NA FAIXA ETÁRIA DE 9 E 10 ANOS

PALAVRAS-CHAVE Desenvolvimento motor. Flexibilidade. Resistência abdominal.

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES DE 10 A 14 ANOS DA CIDADE DE JOAÍMA, SITUADA NA ZONA DO MÉDIO JEQUITINHONHA - MINAS GERAIS RESUMO

FIEP BULLETIN - Volume 82 - Special Edition - ARTICLE I (

Guias sobre tratamento da obesidade infantil

PERCEPÇÃO DE APOIO SOCIAL PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM INDIVÍDUOS OBESOS

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE ALUNOS DO PROJETO ESCOLA DA BOLA COM BASE NOS TESTES DA PROESP-BR

ANÁLISE COMPARATIVA DE SOBREPESO E OBESIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA PARTICULAR E UMA ESCOLA PÚBLICA DE FORTALEZA.

Professora adjunta da Faculdade de Nutrição/UFPEL Campus Universitário - UFPEL - Caixa Postal CEP

Apostila de Avaliação Nutricional NUT/UFS 2010 CAPÍTULO 3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ADULTOS

Os escolares das Escolas Municipais de Ensino Fundamental

IMC DOS ALUNOS DO 4º PERÍODO DO CURSO TÉCNICO EM ALIMENTOS DO INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS CAMPI/INHUMAS.

Portugal é caracterizado por uma alta prevalência de excesso de peso e obesidade nas mulheres, sendo que o aumento de peso acontece mais abruptamente

CADERNO DE EXERCÍCIOS

3. Material e Métodos

V CONGRESSO SUDESTE DE CIÊNCIAS DO ESPORTE

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS ATENDIDAS NA USF VIVER BEM DO MUNICIPIO DE JOÃO PESSOA-PB

5º Simposio de Ensino de Graduação CONSUMO ALIMENTAR E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DE ADOLESCENTES NORMOPESO DE UMA ESCOLA PARTICULAR.

CORREÇÃO DAS MEDIDAS DE QUADRIL: ESTUDO DE

5º Simposio de Ensino de Graduação CONSUMO ALIMENTAR E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DE ADOLESCENTES NORMOPESO DE UMA ESCOLA PARTICULAR.

25 a 28 de novembro de 2014 Câmpus de Palmas

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONCEPÇÃO DO USO DE SUPLEMENTOS ESPORTIVOS ENTRE ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA EM NATAL/RN

Aula prática. O roteiro da aula prática. O que se vai calcular no software Anthro/AnthroPlus. Anthro (WHO 2006) Anthro (WHO 2006) Anthro (WHO 2006)

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E RAZÃO CINTURA QUADRIL DOS ALUNOS DO IF SERTÃO PERNAMBUCANO

ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE PÚBLICA DE GUARAPUAVA, PR. PALAVRAS-CHAVE: crianças; diagnóstico nutricional; obesidade; desnutrição.

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: RELAÇÃO ENTRE INATIVIDADE FÍSICA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM CRIANÇAS DA REDE MUNICIPAL DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO PE.

VALORES CRÍTICOS DO IMC PARA A SAÚDE DOS ALUNOS DO 5º ANO DO PIBID/UNICRUZ/EDUCAÇÃO FÍSICA 1

ANTROPOMETRIA, FLEXIBILIDADE E DESEMPENHO MOTOR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE FUTSAL.

25/05/2016. Avaliação antropométrica em crianças. Importância do diagnóstico e tratamento do sobre peso infantil. MODULO VI

Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso

Auna do curso de Educação Física, Bacharelado e Licenciatura da Unijui 3

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO RISCO CARDIOVASCULAR DA CORPORAÇÃO DE BOMBEIROS DE MARINGÁ/PR

PERFIL NUTRICIONAL E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM ESCOLARES DE GOIÂNIA-GO

RELAÇÃO ENTRE CIRCUNFÊRENCIA DE PESCOÇO E OUTRAS MEDIDAS INDICADORAS DE ADIPOSIDADE CORPORAL EM MULHERES COM SOBREPESO E OBESIDADE.

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE CAMBIRA- PR

PALAVRAS-CHAVE: Antropometria, Obesidade, Educação Física, IMC.

INTERAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, COM FLEXIBILIDADE E FLEXÕES ABDOMINAIS EM ALUNOS DO CESUMAR

ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE PRIVADA DE ENSINO, DA CIDADE DE MARINGÁ-PR

Apostila de Avaliação Nutricional NUT/UFS 2010 CAPÍTULO 2 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ADOLESCENTES

Avaliação Nutricional

ESCOLA MUNICIPAL LEITÃO DA CUNHA PROJETO BOM DE PESO

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E A RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL (RCQ ) E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) EM ESTUDANTES

Epidemiologia da Síndrome Metabólica e as Consequências na Obesidade Infantil no T.O.I do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul

COMPOSIÇÃO CORPORAL: análise e comparação entre alunos do ensino fundamental do município de Muzambinho e Guaxupé

AUTO-PERCEPÇÃO DO PESO E DA IMAGEM CORPORAL EM ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TÍTULO: ÍNDICE DE CONICIDADE EM ADULTOS SEDENTÁRIOS DA CIDADE DE CAMPO GRANDE-MS

Professores: Roberto Calmon e Thiago Fernandes

ESTILO DE VIDA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ADOLECENTES DE NÍVEL MÉDIO DE UMA ESCOLA ESTADUAL DA CIDADE DE MARIALVA/PR

APTIDÃO FÍSICA PARA A SAÚDE E PARA O DESEMPENHO ESPORTIVO DE ESCOLARES DO PIBID/UNICRUZ/EDUCAÇÃO FÍSICA 1

I Mostra Científica - XVI Jornada Acadêmica de Nutrição - UNIPAC Barbacena, MG

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS A SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO

RELAÇÃO ENTRE NÍVEIS DE IMC E DESEMPENHO MOTOR DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA DE MARINGÁ

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS POLICIAIS MILITARES DE UM BATALHÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO RIO DE JANEIRO

PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS EM CAMPINA GRANDE-PB

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA ADOLESCENTES: NUTRIÇÃO SEM MODISMO. PALAVRA CHAVE: Perfil nutricional; Alimentação; Adolescentes.

Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2 Maria Grossi Machado3 Milene Peron Rodrigues Losilla4

OBESIDADE NA INFÂNCIA. Dra M aria Fernanda Bádue Pereira

Diagnóstico e Prevenção do Diabetes com os Recursos Tecnológicos da Informática

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DAS ESCOLAS DE CANÁPOLIS/MG E CAMPO ALEGRE DE GOIÁS/GO

Caracterização do perfil nutricional de adolescentes de 11 a 15 anos de uma escola pública de Limoeiro do Norte-CE

Obesidade. O que pesa na sua saúde.

COMPOSIÇÃO CORPORAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Aula 11. Ma. Ana Beatriz Monteiro

INSATISFAÇÃO CORPORAL E COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

PERFIL NUTRICIONAL E CONSUMO DE AÇÚCAR SIMPLES COMO FATOR DE RISCO NO DESENVOLVIMENTO DE OBESIDADE INFANTIL

INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS DE COLABORADORES DE UMA PANIFICADORA

DESCRIÇÃO DA DEMANDA POR ATENDIMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. 1

6º Simposio de Ensino de Graduação

Ana Claudia Soares 2, Pollyanna Maria De Avila 3, Fabiana Ritter Antunes 4

CARACTERÍSTICAS DA DIETA DO ADOLESCENTE D I S C I P L I N A : N U T R I Ç Ã O E D I E T É T I C A II P R O F : S H E Y L A N E A N D R A D E

Qualidade de Vida II - educação nutricional e ambiental no assentamento rural de Promissão - diagnóstico nutricional dos escolares

CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS EM UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO

ANÁLISE DO CRESCIMENTO CORPORAL DE CRIANÇAS DE 0 À 2 ANOS EM CRECHES MUNICIPAIS DE GOIÂNIA

Projecto Obesidade Zero (POZ) Carvalho MA, Ramos C, Breda J, Rito A

Autor: Lucas Nogueira de Alcântara Orientador: Prof. Msc. Rolando José Ventura Dumas Pró-Reitoria de Graduação

O CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL¹

Resumo revisado pelo Coordenador da Ação de Extensão e Cultura Liga Acadêmica de Pediatria código FM-158: Professor Mestre Antônio Rubens Alvarenga.

Estado nutricional e risco de doença cardiovascular de moradores da comunidade do Bixopá, município de Limoeiro do Norte - Ceará

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA SAÚDE Direcção Nacional de Saúde Pública

Transcrição:

DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CORNÉLIO PROCÓPIO Eduardo Silva Pinheiro Neves (PIBIC-Jr/Fundação Araucária), Paulo César Paulino (Orientador), e-mail: espnves@hotmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná/Cornélio Procópio, PR. Ciências da Saúde; saúde coletiva. Palavras-chave: diagnóstico, IMC, obesidade infantil. RESUMO: O estudo da obesidade infantil é relevante, pois constituise em dos graves problemas de saúde pública que o mundo vem enfrentando. O aumento da prevalência da obesidade na infância e na adolescência é um indicador de que, futuramente, a taxa de obesidade entre os adultos será maior, sobrecarregando os sistemas de saúde. O objetivo desse estudo é verificar a prevalência da obesidade infantil entre os alunos do ensino fundamental da Secretaria Municipal de Cornélio Procópio. A amostra do estudo foi composta por 1168 alunos, de 7 a 12 anos sendo 51,8% do sexo masculino e 48,2% do sexo feminino. A coleta de dados antropométricos foi realizada nas escolas e consistiu-se na aferição do peso (kg) e estatura (m) que possibilitaram o cálculo do Índice de Massa Corporal IMC (Kg/m 2 ). Entre os meninos, 78,51% foram classificados como pertencendo à zona saudável e 21,49% à zona de risco, já entre as meninas 76,55% se encontravam na zona saudável. Os resultados obtidos indicam que as médias de IMC por sexo, apresentam-se dentro da faixa recomendável para a boa saúde, contudo verificou-se que alguns alunos apresentam altos índices de IMC em ambos os sexos. Introdução A obesidade infantil é um dos grandes problemas de saúde pública da atualidade. O aumento nos índices de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes de todo o mundo durante as últimas décadas indicam que a obesidade infantil é uma epidemia global e atinge qualquer classe social ou raça. (WHO, 1995) [1]. O estudo da prevalência da obesidade infantil na educação básica é relevante para seu diagnóstico e prevenção, pois pode evitar que a obesidade aumente na idade adulta. 1

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1997 [2] a obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal com potencial prejuízo à saúde, decorrente de vários fatores, sejam esses genéticos ou ambientais, como padrões dietéticos e de atividade física ou ainda fatores individuais de susceptibilidade biológica, entre muitos outros, que interagem na etiologia da patologia. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência da obesidade, entre os alunos do ensino fundamental da Secretaria Municipal de Educação de Cornélio Procópio, por meio do Índice de Massa Corpórea (IMC). IMAGEM 1 - Alunos da amostra Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram um estadiômetro de parede, com escala de 1 (um) cm (Imagem 2) e uma balança com escala de 100 (cem) gramas (Imagem 3). Materiais e métodos A amostra do estudo foi composta por 1168 alunos, de 7 a 12 anos (Tabela 2), sendo 51,8% (605) do sexo masculino e 48,2% (563) do sexo feminino, de 11 escolas municipais de Cornélio Procópio. IMAGEM 2 Estadiômetro de parede. Gráfico 1 - Amostra de Estudo 48,2% 51,8% Rapazes Garotas IMAGEM 3 - Balança de Bioimpedância Elétrica (Tanita UM-80) 2

Os responsáveis pela coleta de dados foram os professores e estagiários da Secretaria Municipal de Ensino, coordenados por um professor da UTFPR-CP. Os dados obtidos foram digitados em planilha eletrônica e na plataforma do Projeto Esporte do Ministério do Esporte [3], que é coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e submetidos à mesma plataforma posteriormente. Os resultados das avaliações emitidos pelo PROESP foram tabulados na planilha Excel versão 2003 11.0; após, foram calculados o IMC, as médias, medianas, desvios padrões, valores mínimos e máximos por sexo (Tabela 1). A elaboração de gráficos e tabelas permitiram as análises dos resultados e observações sobre o perfil antropométrico dos alunos da rede municipal de ensino de Cornélio Procópio na educação fundamental. Tabela 1 Dados descritivos do IMC. MASCULINO FEMININO MÉDIA 17,784 17,211 D. PADRÃO ±3,2794 ±3,5 MEDIANA 16,57 16,39 MODA 15,86 14,98 MÁXIMO 33,06 34,56 MÍNIMO 11,83 11,71 Resultados e Discussão Para a determinação do Índice de Massa Corporal (IMC), foi utilizada a equação IMC = Peso (Kg)/ Estatura (metros) 2, tendo como base a classificação adotada pelo Physical Best AAHPERD, 1988 [4], para uma faixa de IMC recomendável para a zona de boa saúde (Tabela 2). Tabela 2 - Faixa IMC Recomendável para a Zona de Boa Saúde Idade Feminino Masculino 7 14 20 13 20 8 14 20 14 20 9 14 20 14 20 10 14 21 14 21 11 14 21 15 21 12 15 22 15 22 Fonte: Valores estabelecidos pelo Physical Best (AAHPERD 1988). Valores em Kg/m². Entre os meninos, 78,51% (475) foram classificados como pertencendo à zona saudável e 21,49% (130) na zona de risco, já entre as meninas, 76,55% (431) se encontram na zona saudável e 23,45% (132) na zona de risco. Verificou-se que as meninas apresentavam uma maior probabilidade de serem classificadas na zona de peso não saudável (obesidade). A partir dos 11 anos, as meninas apresentavam valores maiores do IMC (aos 11 anos 18,7 kg/m² no feminino e 17,7 kg/m² no masculino e aos 12 anos 19,2 kg/m² no feminino e 18,9 kg/m² no 3

IMC (kg/m²) IMC (kg/m²) masculino), conforme Gráficos 2 e 3. 25 20 15 10 7 8 9 10 11 12 Idade (anos) LSZS Média Rapazes Gráfico 2 Zona Saudável para a Saúde em Rapazes por meio do IMC (LSZS: Limite Superior da Zona Saudável e LIZS: Limite Inferior da Zona Saudável) 25 20 15 10 7 8 9 10 11 12 Idade (anos) LIZS LSZS Média Garotas Gráfico 3 Zona Saudável para a Saúde em Garotas Segundo o IMC (LSZS: Limite Superior da Zona Saudável e LIZS: Limite Inferior da Zona Saudável) Considerações Finais Estudos indicam que as garotas atingem a puberdade antes que os meninos, o que pode justificar o fato de que as meninas no presente estudo, a partir dos 11 anos de idade, apresentam valores maiores de IMC do que os meninos. LIZS Os resultados obtidos demonstraram que as médias de IMC por sexo e faixa etária apresentam-se dentro da faixa recomendável para a saúde, contudo vários alunos de ambos os sexos registraram valores de IMC acima dos recomendados para a saúde. A conscientização de que politicas educacionais podem atuar na prevenção e intervenção do aumento da obesidade infantil é importante para o controle deste distúrbio. Agradecimentos Agradeço à Fundação Araucária pela concessão da bolsa; ao Projeto Esporte Brasil/PROESP, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ao Grupo de Estudos de Bioinformática e Reconhecimento de Padrões da UTFPR-CP e à Secretaria Municipal de Educação de Cornélio Procópio. Referências [1] WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO)., Physical status: the use and interpretation of antropometry. Geneva. 1995 [2] ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Oral Health Surveys. Basic Methods. Geneva, 1997 4

[3] PROJETO ESPORTE BRASIL: Arquivo capturado em 10 de outubro de 2012. Disponível em<http://www.proesp.ufrgs.br>. Acesso em: 09 outubro 2012. [4] AAHPERD. Physical Best. Reston, VA: American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance, 1988. 5