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Transcrição:

Estratégia conservadora e aumento de PDD explica resultado de 2014 O Pine registrou no 4T14 um lucro liquido recorrente de R$ 8 milhões, 78% abaixo dos R$ 37 milhões do 4T13, equivalente a um ROAE recorrente de 2,5%, acumulando em 2014 um lucro recorrente de R$ 97 milhões, 40% abaixo de 2013, com queda de 5,4pp no ROAE, de 13,0% para 7,6%. Uma estratégia conservadora, com queda de 1% na carteira de crédito em 12 meses e aumento de provisões, explica o menor resultado bruto de intermediação. Este resultado, aliado a menor atividade do mercado de capitais e redução das tarifas, com impacto direto na queda de 21% das receitas de serviços, também explicam a queda de lucro no ano. As despesas operacionais mantiveram-se praticamente estáveis (+0,2% em 12 meses) reflexo do forte controle de custos, e abaixo do piso do guidance, entre 3% e 5%. A margem financeira antes da PDD atingiu 4,3% em 2014, abaixo dos 4,8% do ano anterior, mas dentro da meta, entre 4% e 5%, explicado principalmente pelo mix de carteira, incremento de 16% do caixa médio e aumento da aversão ao risco na Mesa de Clientes e Tesouraria. Com base no cenário macroeconômico com novas premissas de PIB, taxa de juros, revisão de crescimento das operações de crédito, e ROAE, aliado as informações obtidas na teleconferência de resultados, estamos reduzindo nosso preço justo de R$ 9,90/ação (bastante antigo) para R$ 6,40/ação. A despeito do bom potencial de alta, mas considerando a probabilidade de um aumento de volatilidade, e uma atividade econômica fraca para 2015, estamos mantendo nossa recomendação de MANUTENÇÃO para os papéis do banco. PINE - principais indicadores 4T13 3T14 4T14 var trim var 12m 2013 2014 var R$ milhões (%) (%) (%) Receita de Intermediação Financeira 310 433 392-9,5 26,5 1.182 1.350 14,2 Result. Bruto Interm. Fin. antes PDD 90 92 83-9,8-7,8 390 380-2,6 PDD 24-22 54 n/a 125,0 101 58-42,6 Resultado Bruto Interm. Financeira 66 114 29-74,6-56,1 289 322 11,4 Receita de Serviços/tarifas 25 26 23-11,5-8,0 118 93-20,9 Desp. de Pessoal/Administrativas 50 46 49 6,5-2,0 187 187 0,2 Lucro Líquido 37 19 5-73,7-86,5 162 94-42,0 Lucro Líquido recorrente 37 21 8-61,9-78,4 162 97-40,0 ROAE recorrente 12,2 6,9 2,5-4,4 pp -9,7 pp 13,0 7,6-5,4 pp Margem Financ. recorr. antes da PDD 4,4 4,5 4,2-0,3 pp -0,2 pp 4,8 4,3-0,5 pp Inadimplência >90d 0,1 0,3 1,1 0,8 pp 1,0 pp 0,1 1,1 1,0 pp Índice de Eficiência 46,6 35,4 42,2 6,8 pp -4,4 pp 38,4 38,7 0,3 pp Basiléia 14,1 13,8 13,9 0,1 pp -0,2 pp 14,1 13,9-0,2 pp Ativos Totais 10.545 10.885 10.447-4,0-0,9 10.545 10.447-0,9 Carteira de Crédito Expandida 9.930 9.800 9.826 0,3-1,0 9.930 9.826-1,0 Patrimônio Líquido 1.272 1.273 1.256-1,3-1,3 1.272 1.256-1,3 Fonte: Banco Pine/Planner Corretora. Código Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI* vmartins@plannercorretora.com.br +55 11 2172-2565 Disclosure e certificação do analista estão localizados na última página deste relatório. PINE4 Recomendação COMPRA Cotação atual (R$) R$ /ação 4,55 Preço justo R$ /ação 6,40 Potencial % 40,7 Var. 52 sem. (Min/Max) Dados da Ação R$ /ação Total de ações milhões 118,8 Ações Ordinárias % 53,8 Free Float % 23,9 Vol. Méd, diário (1 mês) R$ milhões 0,3 Valor de Mercado R$ milhões 541 Desempenho da Ação Dia Ano 52 Sem. PINE4 0,0% -28,0% -39,1% Ibovespa 1,2% -1,2% 2,7% Cotação de 9/2/2015 Principais Múltiplos 2013 2014 2015E P/L (x) 7,6 7,7 4,9 ROE (%) 13,0 7,6 8,6 Lucro Líq. recorr. (R$ mm) 162 97 110 Payout (%) 81,8 84,5 65,0 Retorno Dividendo (%) 10,1 10,9 13,2 Cotação/VPA (x) 1,3 0,6 0,4 Fonte: Economática. Projeções: Planner Corretora. Figura 1: Desempenho da ação em 12M 135 125 115 105 95 85 75 65 55 45 3,63-8,2 Destaques da teleconferência e do resultado 4º trimestre de 2014. O lucro líquido recorrente somou de R$ 8 milhões no 4T14, abaixo do trimestre anterior e queda de 78% frente os R$ 37 milhões do 4T13, explicado (i) pela queda de 56% do Resultado Bruto de Intermediação Financeira, impactado pelo aumento de 125% da PDD para R$ 54 milhões; (ii) pela queda de 8% nas Receitas de Fonte: Economatica. PINE4 IBOV Página 1

Serviços para R$ 23 milhões, função da menor atividade do mercado de capitais; e (iii) redução de 2% nas despesas operacionais para R$ 49 milhões. A margem financeira caiu de 4,4% para 4,2%, na mesma base de comparação, explicada principalmente pelo menor fluxo de negócios na mesa para clientes, por um caixa médio 7,5% superior ao do 3T14, e pela marcação a mercado dos títulos privados da carteira de crédito expandida. O ROAE caiu de 12,2% no 4T13 para 2,5% neste trimestre, ainda abaixo dos 6,9% do trimestre anterior. Maior conservadorismo no oferecimento de crédito, reforço de provisões e a menor atividade do segmento de mercado de capitais, que resultou no sacrifício de rentabilidade no curto prazo, explicam a forte queda dos resultados. Destaques de 2014. O lucro líquido recorrente caiu 40%, de R$ 162 milhões em 2013 para R$ 97 milhões em 2015, basicamente explicado (i) pela menor evolução do Resultado Bruto de Intermediação, impactado pela contribuição diversificada de todas as linhas de negócios (74% de crédito Corporativo, 20% da mesa par Clientes, 3% da Tesouraria e 3% da Pine Investimentos), mesmo com a queda de 43% da PDD para R$ 58 milhões; (ii) pela queda de 21% nas Receitas de Serviços para R$ 93 milhões, função da menor atividade do mercado de capitais; e (iii) manutenção das despesas operacionais em R$ 187 milhões. O ROAE caiu proporcionalmente, de 13,0% em 2013 para 7,6% em 2014, reflexo do maior conservadorismo no oferecimento de crédito, privilegiando os índices de cobertura e liquidez, e a capitalização do banco. Ressalte-se que, com a maior aversão ao risco nas operações de tesouraria e mesa de clientes, e um mercado menos favorável para as atividades do Banco de Investimentos, resultaram num incremento de participação relativa das receitas de crédito, que passaram de 63% das receitas totais em 2013 para 74% em 2014. Este maior conservadorismo, refletiu no caixa de R$ 1,6 bilhão, equivalente a 48% dos depósitos a prazo, ao final de dezembro de 2014, e consequente ampliação do gap positivo de liquidez, sendo de 12 meses para o Crédito e 16 meses para a Captação. Destaque para a redução de 3,6pp do CDI no custo médio de captação ao longo dos últimos 12 meses. A inadimplência cresceu proporcionalmente, com os créditos em atraso acima de 90 dias em 1,1% frente 0,1% do ano anterior. Em linha com este crescimento, o índice de cobertura voltou para o patamar de 2,9% de dezembro de 2013. A Basileia terminou o 4T14 em 13,9%, sendo 12,5% de Nível I (+0,5pp em 12 meses), repercutindo a estabilidade do crescimento das operações de crédito (em base trimestral), em linha com uma estratégia conservadora e menos agressiva do banco na concessão. Destacamse as iniciativas na busca de melhor eficiência no curto prazo, e a preparação do banco para um cenário de maior volatilidade e menor crescimento em 2015. Página 2

Índice de Eficiência registra manutenção em 12 meses. O índice de eficiência em 38,7% em 2014 manteve-se em linha com os 38,4% de 2013, lembrando que este indicador foi afetado por algumas iniciativas que trarão benefícios ao longo deste ano, dado que o banco estima uma redução entre 10% e 5% das despesas de pessoal/administrativas em 2015. A depender do crescimento das receitas, e caso o banco entregue o guidance de despesas, é possível uma melhora de eficiência em 2015. Queda de 1,0% das operações de crédito em 2014, abaixo do piso do guidance (entre 0% e 5%), pelo maior conservadorismo na concessão de crédito. A Carteira de Crédito Expandida terminou 2014, com um saldo de R$ 9,83 bilhões, após retração de 1,0% frente dezembro de 2013, com queda de 6,3% nas operações de Capital de Giro representativas de 48% do total; crescimento de 2,1% nas operações de Fianças com participação de 30% do total da carteira; seguida das operações de Repasses com participação de 13% e incremento de 21,9% em 12 meses; sendo que as operações de Trade Finance caíram 8,5% representando cerca de 9% da carteira total. A qualidade da carteira continua elevada, com 95,0% das operações classificadas entre AA e C. Ao final de 2014, considerando as duas carteiras, o índice foi de 97,9%. Segundo o banco, a carteira dos 20 maiores clientes apresentou mudança na sua composição acima de 25% ao longo dos últimos 12 meses, demonstrando a liquidez e a flexibilidade no gerenciamento do balanço. A proporção dos 20 maiores clientes sobre a carteira reduziu-se para próximo de 25%, em linha com pares. Na abertura por setores, Açúcar e Álcool representava 14% da carteira, seguida pelo setor de Construção Civil com 12%, Agricultura com 10%, Energia com 10%, Infraestrutura com 8%, Transporte e Logística com 6% e Outros com os restantes 40%. Adicionalmente, o Pine possui forte colaterização da sua carteira, submetido a uma rigorosa avaliação, por modelo próprio e por terceiros. No caso de imóveis, por exemplo, o banco considera o valor de venda forçada, e não o valor de mercado. Estas garantias encontram-se em sua grande maioria, sob a forma de Alienação Fiduciária, o que garante ao banco a propriedade do bem, além de maior agilidade na eventual execução destes ativos. Ainda conforme amplamente divulgado, o banco possui apenas cerca de 3% da carteira de crédito, classificados no setor de Infraestrutura, relacionados de alguma forma com as investigações em curso (operação Lava Jato). Guidance. Com base nos resultados do ano passado, o banco disponibilizou suas principais metas para 2015, norteado pela expectativa de uma menor atividade econômica este ano, com retração do PIB entre -0,5% e -0,3% frente provável estabilidade em 2014. No ano passado o banco não cumpriu as metas de crescimento da carteira de crédito, que ficou abaixo do piso do guidance, e de retorno sobre o patrimônio líquido médio. Para 2015 as principais metas seguem na tabela abaixo, com destaque para a redução das despesas operacionais, entre 10% e 5%, com manutenção das expectativas para o desempenho da margem financeira, estimada entre 4% e 5%. A Página 3

carteira de crédito deve permanecer, mais uma vez, perto da estabilidade, dado que o conservadorismo da administração na oferta de crédito permanece. Na média, o ROAE deve registrar incremento. Guidance 2014 2014 2015* % de crescimento esperado realizado esperado Carteira de Crédito Expandida (%) 0 a 5-1,0-5 a 5 Despesas de Pessoal e Administrativas (%) 3 a 5 0,2-10 a -5 Margem Financeira (%) 4 a 5 4,3 4 a 5 ROAE (%) 10 a 13 7,6 7 a 10 Fonte: Banco Pine/Planner Corretora; 2015*: considera retração do PIB entre -0,5% e -0,3%. Ratings Moody s rebaixa nota de crédito e alerta para novo rebaixamento. Conforme divulgado, a Moody's Investors Service cortou as notas de crédito do Pine, reduzindo o perfil de risco de crédito individual (BCA) de ba1 para ba2, e rebaixando o rating de força financeira (BFSR) de D+ para D. A agência cortou ainda os ratings de depósito de longo prazo em escala global, moeda local e estrangeira, e a classificação da dívida sênior de longo prazo em moeda estrangeira, de Ba1 para Ba2, de Ba1, assim como o rating de dívida subordinada de longo prazo em moeda estrangeira de Ba2 para Ba3. O rating de depósito de longo prazo na escala nacional foi rebaixado de Aa2.br para A1.br. Em adição, a Moody's colocou as notas do Pine em revisão para possível rebaixamento. A Moody s manteve inalterados os ratings de depósito de curto prazo em escala global, moedas local e estrangeira e o rating de depósito de curto prazo na escala nacional de BR-1. Basicamente o rebaixamento se deu em função da elevada exposição da carteira de crédito a setores da economia brasileira que enfrentam condições operacionais adversas, como açúcar e álcool, energia renovável e construção civil. A Moody's destaca que um aumento no nível de inadimplência nesses segmentos poderia consumir rapidamente o colchão de reservas do banco. Para a agência, ainda que o Pine tenha adotado medidas para aumentar as provisões e reduzir exposições de crédito, o ritmo de redução de carteira e provisionamento têm sido limitados por uma queda nos lucros, resultante de volumes de negócios mais baixos e de spreads mais estreitos. Proventos e recompra de ações. Desde 2008 o Pine distribui dividendo e juros sobre o capital próprio (JCP) em base trimestral. Esta política será mantida, junto com o Programa de recompra de ações de modo a trazer um adequado retorno aos seus acionistas. Para 2015, trabalhamos de forma conservadora, com um payout estimado de 65% na forma de juros, o que traz um retorno estimado de 13,2% bruto (líquido de 11,2%). Portanto, um papel a ser considerado para aqueles investidores que privilegiam a percepção de proventos. Atenção para a reduzida liquidez das ações que negociam em média, R$ 336 mil por dia. O banco renovou seu programa de recompra, com a aquisição de até 391.521 ações preferenciais em circulação para permanência em tesouraria e posterior alienação, a vigorar até 31/dezembro de 2016. Página 4

Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI* mmariante@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@plannercorretora.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 5