PERGUNTAS SEMINÁRIO REFIS IV E DEMAIS ALTERAÇÕES LEI / Serão necessárias novas garantias para adesão aos parcelamentos?

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Assunto: Alterações no regulamento do Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) no âmbito da Receita Federal do Brasil

Transcrição:

PERGUNTAS SEMINÁRIO REFIS IV E DEMAIS ALTERAÇÕES LEI 11.941/09 1- Serão necessárias novas garantias para adesão aos parcelamentos? Conforme dispõe o inciso I do artigo 11 da Lei n 11.941/2009 e o inciso I do 11 do artigo 12 da Portaria Conjunta n 6, de 22 de julho de 2009, os parcelamentos requeridos não dependem de apresentação de garantia ou de arrolamentos de bens, mantidos aqueles já formalizados antes da adesão aos parcelamentos e a penhora em execução fiscal ajuizada. A nosso ver, é ilegal a manutenção dos arrolamentos de bens e das garantias ofertadas para adesão a outros parcelamentos estabelecida pela Portaria Conjunta n. 6/2009, haja vista que a Lei n. 11.941/2009 não faz tal restrição. Cabe ao contribuinte interpor medida judicial, visando à defesa de seus interesses. 2- Como ficam as garantias e arrolamento efetuados no âmbito do REFIS ou em parcelamentos ordinários? E os débitos judiciais? Conforme dispõe o inciso I do artigo 11 da Lei n 11.941/2009 e o inciso I do 11 do artigo 12 da Portaria Conjunta n 6, de 22 de julho de 2009, os parcelamentos requeridos não dependem de apresentação de garantia ou de arrolamentos de bens, mantidos aqueles já formalizados antes da adesão aos parcelamentos e a penhora em execução fiscal ajuizada. A nosso ver, é ilegal a manutenção dos arrolamentos de bens e das garantias ofertadas para adesão a outros parcelamentos estabelecida pela Portaria Conjunta n. 6/2009, haja vista que a Lei n. 11.941/2009 não faz tal restrição. Cabe ao contribuinte interpor medida judicial, visando à defesa de seus interesses. Os processo relativos aos débitos cobrados pela Procuradoria da Fazenda Nacional perante a Justiça ficarão suspensos durante o pagamento das prestações dos parcelamentos. 3- Quais as vantagens e as desvantagens dos parcelamentos? As vantagens e desvantagens são inúmeras, por exemplo: Vantagens a) Inclusão de débitos de acordo com o interesse do contribuinte: b)tributos cuja cobrança esteja pendente de entendimento do STF; c)tributos sub judice; d)tributos ainda não confessados não precisam ser prontamente declarados e) Compensação de multas e juros com créditos decorrentes de prejuízos fiscais

f) Contribuintes com risco de exclusão ou já excluídos do REFIS/PAES/PAEX em face da existência de débitos de impostos e contribuições podem aderir g) Manutenção do direito à compensação de prejuízos fiscais utilizados no cálculo do REFIS h) Permanência do REFIS simultaneamente aos parcelamentos da Lei n. 11.941/2009 i) Permanência do PAES simultaneamente aos parcelamentos da Lei n. 11.941/2009 j) Redução do encargo legal k) Redução do valor mínimo das prestações do PAES e do PAEX i) Possibilidade de parcelar débitos incluídos nos parcelamentos ordinários realizados até 27/05/2009, migrando-os em seguida para o REFIS IV. Desvantagens Contribuintes optantes pelo REFIS/PAES/PAEX 130 MESES: substituição da TJLP pela SELIC? Aumento das multas isoladas incluídas no PAEX Aumento das multas isoladas incluídas no PAES Compensação das bases de cálculo de CSLL para as instituições financeiras Em suma, a avaliação das vantagens e desvantagens dependerá da análise individual de cada empresa e de cada débito. 4- Como será feita a nova consolidação dos débitos que estavam parcelados no REFIS, PAES e PAEX? Dispõe o artigo 3 da Lei n 11.941/2009: Art. 3 o No caso de débitos que tenham sido objeto do Programa de Recuperação Fiscal - REFIS, de que trata a Lei n o 9.964, de 10 de abril de 2000, do Parcelamento Especial - PAES, de que trata a Lei n o 10.684, de 30 de maio de 2003, do Parcelamento Excepcional - PAEX, de que trata a Medida Provisória n o 303, de 29 de junho de 2006, do parcelamento previsto no art. 38 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, e do parcelamento previsto no art. 10 da Lei n o 10.522, de 19 de julho de 2002, observar-se-á o seguinte: I - serão restabelecidos à data da solicitação do novo parcelamento os valores correspondentes ao crédito originalmente confessado e seus respectivos acréscimos legais, de acordo com a legislação aplicável em cada caso, consolidado à época do parcelamento anterior;

II - computadas as parcelas pagas, atualizadas pelos critérios aplicados aos débitos, até a data da solicitação do novo parcelamento, o pagamento ou parcelamento do saldo que houver poderá ser liquidado pelo contribuinte na forma e condições previstas neste artigo; e III - a opção pelo pagamento ou parcelamento de que trata este artigo importará desistência compulsória e definitiva do REFIS, do PAES, do PAEX e dos parcelamentos previstos no art. 38 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, e no art. 10 da Lei n o 10.522, de 19 de julho de 2002. O artigo 16 da Portaria Conjunta n 6, de 23 de julho de 2009 dispõe ainda que a consolidação dos débitos terá por base o mês em que for efetuado o pagamento à vista ou o requerimento de adesão ao parcelamento e resultará da soma: I do principal; II das multas; III dos juros de mora; IV de encargos quando de tratar débitos inscritos em Dívida Ativa da União V honorários devidos nas execuções fiscais dos débitos previdenciários Para fins de consolidação dos débitos deverão ser aplicados os percentuais de redução previstos na Lei nº 11.941/2009 e de acordo com a escolha por parte do contribuinte em relação ao número de parcelas. Embora a Portaria Conjunta nº 6/2009 não tenha sido clara o suficiente para eliminar as dúvidas pertinentes à consolidação, é nosso entendimento que os pagamentos efetuados no âmbito do PAES e do REFIS serão apropriados de acordo com as regras eventualmente estabelecidas para aqueles programas, sendo os montantes pagos alocados proporcionalmente ao principal, às multas, aos juros e ao encargo legal, nos termos do artigo 16 da referida Portaria. Em relação ao REFIS I, a alocação dos pagamentos será feita na forma disciplinada no artigo 17 do Decreto nº 3.431/2000: Art. 17. Os pagamentos efetuados no âmbito do REFIS serão alocados proporcionalmente, para fins de amortização do débito consolidado, tendo por base a relação existente, na database da consolidação, entre o valor consolidado de cada tributo e contribuição incluído no Programa e o valor total parcelado. Parágrafo único. A amortização do débito consolidado dar-se-á na forma do caput, observadas as destinações e vinculações legais. 5- Quais os percentuais de redução dos débitos para dívidas incluídas no REFIS, PAES e PAEX? Conforme disposto no 2 do artigo 3 da Lei n 11.941/2009 e no artigo 8 da Portaria Conjunta n 6, de 22 de julho de 2009 serão observadas as seguintes reduções para os débitos que tenham sido objeto do Programa de Recuperação Fiscal - REFIS, de que trata a Lei n o

9.964, de 10 de abril de 2000, do Parcelamento Especial - PAES, de que trata a Lei n o 10.684, de 30 de maio de 2003, do Parcelamento Excepcional - PAEX, de que trata a Medida Provisória n o 303, de 29 de junho de 2006, do parcelamento previsto no art. 38 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, e do parcelamento previsto no art. 10 da Lei n o 10.522, de 19 de julho de 2002: I - os débitos anteriormente incluídos no Refis terão redução de 40% (quarenta por cento) das multas de mora e de ofício, de 40% (quarenta por cento) das isoladas, de 25% (vinte e cinco por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal; II - os débitos anteriormente incluídos no Paes terão redução de 70% (setenta por cento) das multas de mora e de ofício, de 40% (quarenta por cento) das multas isoladas, de 30% (trinta por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal; III - os débitos anteriormente incluídos no Paex terão redução de 80% (oitenta por cento) das multas de mora e de ofício, de 40% (quarenta por cento) das multas isoladas, de 35% (trinta e cinco por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal; e IV - os débitos anteriormente incluídos no parcelamento previsto no art. 38 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, e do parcelamento previsto no art. 10 a 14F da Lei n o 10.522, de 19 de julho de 2002, terão redução de 100% (cem por cento) das multas de mora e de ofício, de 40% (quarenta por cento) das multas isoladas, de 40% (quarenta por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal. 6- É possível parcelar apenas parte de um crédito tributário? A adesão ao parcelamento implica inclusão de todos os débitos da pessoa jurídica? De acordo com os 2º 4 e 11 do artigo 1 da Lei 11.941/2009, o requerimento do parcelamento abrange os débitos incluídos a critério do optante, no âmbito da Receita Federal do Brasil e da Procuradoria da Fazenda Nacional, sendo que a indicação dos débitos a serem parcelados, o número de prestações e os montantes de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL a serem utilizados para liquidação de valores correspondentes a multas, de mora ou de ofício, e a juros moratórios será feita pelo contribuinte. Dessa forma, a adesão ao parcelamento não implica a inclusão de todos os débitos da pessoa jurídica e, embora a Portaria Conjunta nº 6/2009 não autorize, os contribuintes podem, com base na Lei nº 11.941/2009, requerer, judicialmente, o desmembramento de débitos para fins de parcelamento. Destaque-se, porém, que, embora não tenham sido elididas todas as dúvidas acerca deste tema na Portaria Conjunta nº 6/2009, entende-se que os débitos que tenham sido parcelados no âmbito do REFIS, PAES, PAEX ou parcelamentos ordinários deferidos até 27/05/2009 poderão ser parcelados isoladamente.

7- As empresas podem contratar vários parcelamentos com diferentes prazos de pagamento e descontos de multas e juros? O 1 do artigo 12 da Portaria Conjunta n 6, de 22 de julho de 2009, dispõe que os débitos a serem parcelados deverão ser indicados pelo sujeito passivo no momento da consolidação do parcelamento. Dessa forma, há de se entender que, embora a adesão ao parcelamento não implique a inclusão de todos os débitos da pessoa jurídica, poderão ser contratados diversos parcelamentos pelas pessoas jurídicas, salvo no que se refere aos débitos que já tenham sido alvo de REFIS, PAES, PAEX ou de parcelamentos ordinários deferidos até 27/05/2009, quando permanece a dúvida se os débitos re-parcelados serão alvo de um único parcelamento ou poderão ser parcelados de acordo com a vontade do contribuinte. Saliente-se que, de acordo com a Lei nº 10.522/2002, na redação a ela conferida pela Lei nº 11.941/2009, não será possível a contratação de vários parcelamentos de um mesmo tributo. 8- Quais os prejuízos fiscais que poderão ser alvo de compensação com multas e juros? Inicialmente, cabe atentar que, nos termos do 7 do artigo 1 da Lei n 11.941/2009, o prejuízo fiscal e a base negativa da Contribuição Social sobre o Lucro somente poderão ser utilizados para liquidar os valores correspondentes a multa, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, inclusive as relativas a débitos inscritos em dívida ativa. O valor a ser utilizado será determinado mediante a aplicação sobre o montante do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa das alíquotas de 25% (vinte e cinco por cento) e 9% (nove por cento), respectivamente. Chama-se a atenção de que se trata de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa próprios, sendo que somente poderão ser utilizados montantes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL passíveis de compensação relativos aos períodos de apuração encerrados até a publicação da Lei n 11.941/2009, devidamente declarados à Receita Federal do Brasil. Assim, apenas são passíveis de compensação os créditos decorrentes de prejuízos fiscais e de bases de cálculo negativas de CSLL declarados à Receita Federal do Brasil até a data para apresentação das informações, data esta a ser divulgada pela Receita Federal do Brasil, na forma do artigo 15 da Portaria Conjunta nº 6/2009. Deste modo, embora não se afigure ser este o entendimento das autoridades fiscais, entendemos que poderão gerar créditos os prejuízos fiscais apurados até 31/12/2008, na hipótese de apuração anual do lucro real, ou 31/03/2009, na hipótese de apuração trimestral do lucro real, desde que atendido o aludido requisito de declaração ao Fisco. Caso seja necessário, este direito deverá ser pleiteado junto ao Poder Judiciário. É importante ainda a conciliação entre os saldos de prejuízos fiscais e bases de cálculo negativas de CSLL constantes do LALUR e das DIPJ.

Neste aspecto, entendemos ilegal a Portaria Conjunta nº 6/2009, na medida em que a Lei nº 11.941/2009 não limitou o direito à compensação de créditos advindos de prejuízos fiscais e bases negativas de CSLL auferidos até 31/12/007, entendendo-se legítimo o direito dos contribuintes de pleitearem a compensação dos prejuízos registrados até 31/12/2008 ou até mesmo 30/09/2009, dependendo da opção da empresa pela apuração do imposto de renda segundo o lucro real anual ou trimestral. Ratificamos que, para que este direito seja reconhecido, pode ser necessário o ajuizamento de medida judicial. 9- Quais débitos poderão ser parcelados: IRRF e contribuições previdenciárias devidas pelo empregado? Multas impostas por órgãos da Administração Federal, como aquelas lançadas pela fiscalização do Ministério do Trabalho? Tributos devidos na importação de mercadorias? De acordo com o 2 do artigo 1 da Lei n 11.941/2009 poderão ser pagas ou parceladas as dívidas vencidas até 30/11/2008, assim consideradas: I - os débitos inscritos em Dívida Ativa da União, no âmbito da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; II - os débitos relativos ao aproveitamento indevido de crédito de IPI oriundos da aquisição de matérias-primas, material de embalagem e produtos intermediários relacionados na Tabela TIPI, com incidência de alíquota zero ou não-tributados. III - os débitos decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas a (das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviços), b( as dos empregados domésticos) e c (as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-decontribuição) do parágrafo único do art. 11 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e IV - os demais débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Logo, o parcelamento das contribuições previdenciárias está mencionado no inciso III, sejam elas referentes à parcela devida pela empresa ou pelo empregado; o parcelamento do IRRF e dos tributos incidentes na importação constam do inciso IV. Quanto às multas lançadas pela fiscalização do Ministério do Trabalho, se inscritas em Dívida Ativa até 30/11/2008, podem ser parceladas na forma do inciso I acima transcrito. 10- Estão incluídos na redução dos encargos legais os honorários nas execuções fiscais do INSS anteriores à Super Receita?

De acordo com o artigos 12, 11, inciso II e 16 da Portaria Conjunta nº 6/2009, os honorários advocatícios devidos nas execuções fiscais relacionadas aos débitos previdenciários não compõem os encargos legais e, pois, não sofrem redução no momento da consolidação. São, porém, passíveis de parcelamento nos mesmos prazos deferidos para os tributos. 11- Dívidas de INSS e FGTS incidentes sobre litígios trabalhistas acordos e/ou declaradas pela justiça são passíveis de inclusão no REFIS IV? Sendo positiva, como proceder? Retificar SEFIP, GFIP s, etc e após aderir? De acordo com o 2 do artigo 1 da Lei n 11.941/2009 poderão ser pagas ou parceladas as dívidas vencidas até 30/11/2008, assim considerados: I - os débitos inscritos em Dívida Ativa da União, no âmbito da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; II - os débitos relativos ao aproveitamento indevido de crédito de IPI oriundos da aquisição de matérias-primas, material de embalagem e produtos intermediários relacionados na Tabela TIPI, com incidência de alíquota zero ou não-tributados; III - os débitos decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas a (das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviços), b( as dos empregados domésticos) e c (as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-decontribuição) do parágrafo único do art. 11 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e IV - os demais débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. As dívidas com o INSS estão inseridas no inciso III acima e podem ser parceladas. Quanto ao FGTS, só poderá ser parcelado se for alvo de execução fiscal levada a efeito pela Procuradoria da Fazenda Nacional, não havendo previsão para parcelamento nos termos do artigo 1 acima citado. A Portaria Conjunta nº 6/2009 não estabelece a necessidade de retificação das GFIP para fins de inclusão dos débitos no âmbito dos parcelamentos, discriminando, ao reverso, que os mesmos serão informados pelo contribuinte através da internet. 12- Um débito inscrito em dívida ativa onde a PJ aparece como coobrigado pode ser incluído no REFIS IV? O 15 do artigo 1º da Lei nº 11.941/2009 apenas autoriza o parcelamento dos débitos pelo coobrigado pessoa física, não fazendo remissão ao co-obrigado pessoa jurídica.

No entanto, é nosso entendimento que, por força do princípio da isonomia, a vedação ao pagamento pelo co-obrigado constitui tratamento anti-isonônomico, desproporcional e irrazoável, na medida que a intenção do legislador é a quitação dos débitos tributários, pouco importando a condição jurídica do co-obrigado. É, todavia, necessário o ajuizamento de medida judicial para que a pessoa jurídica possa fazer valer este direito. 13- Uma empresa que era Simples e hoje é lucro real pode parcelar os débitos de Simples? Ela pode parcelar parte destes débitos e depois parcelar o restante? O 3 do artigo 1 da Portaria Conjunta n 6, de 23 de julho de 2009, dispõe que o parcelamento disposto na Lei n 11.941/2009 não contempla os débitos apurados na forma do Simples Nacional. A nosso ver, esta restrição não encontra amparo na Lei nº 11.941/2009 e pode ser questionada judicialmente pela pessoa jurídica, principalmente por não ser mais optante pelo programa unificado de recolhimento de tributos federais. Segundo a Lei nº 10.522/2002, na redação lhe conferida pela Lei nº 11.941/2009, uma empresa não pode parcelar um débito que já é alvo de outro parcelamento, como se daria no caso em análise, motivo pelo qual entendemos que não pode se dar o pagamento parcial. 14- Débitos do REFIS 1 que foi utilizado prejuízos próprios e de terceiros serão consolidados pelo líquido destas compensações? OBS: contribuinte excluído do Refis. Dispõe o artigo 5 da Portaria Conjunta PGFN e RFB n 6, de 22 de julho de 2009, que computadas as prestações pagas, o débito que compõem o saldo remanescente do REFIS I serão restabelecidos à data da solicitação do novo parcelamento, com os acréscimos legais devidos na forma da legislação aplicável à época de ocorrência dos respectivos fatos geradores, sendo a dívida consolidada na data do requerimento do novo parcelamento ou do pagamento à vista. A compensação de multas e juros com créditos de prejuízos fiscais, realizada no âmbito do REFIS I, foi definitiva e, por isso, entendemos que, a tais valores, deve se dar o mesmo tratamento das prestações pagas. Neste sentido, confira-se o teor do artigo 6º da IN nº 44/2000: Art. 6 o Poderão ser utilizados prejuízos fiscais e bases de cálculo negativas, próprios da pessoa jurídica, passíveis de compensação na data da opção na forma da legislação vigente, desde que relativos a período de apuração encerrado até 31 de dezembro de 1999 e devidamente declarados ou informados à Secretaria da Receita Federal - SRF até a data da opção, salvo em relação ao período de apuração correspondente ao ano-calendário de 1999, que deverá ser informado na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica DIPJ correspondente ao exercício financeiro de 2000, no prazo estabelecido para sua apresentação. 1 o Na hipótese de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa, de terceiros:

I somente poderão ser utilizados os valores que, na data da opção, forem passíveis de compensação pela pessoa jurídica cedente, na forma da legislação vigente, e desde que devidamente declarados ou informados à SRF até 31 de outubro de 1999; II - a cessão somente poderá ser efetuada pelo detentor originário do direito à pessoa jurídica optante pelo Refis e será definitiva, ainda que o adquirente seja, por qualquer motivo, excluído do Refis. 15- Créditos de terceiros utilizados no Refis 1. Em caso de migração para o Refis IV qual procedimento deverá ser adotado? Dispõe o artigo 5 da Portaria Conjunta PGFN e RFB n 6, de 22 de julho de 2009, que computadas as prestações pagas, o débito que compõem o saldo remanescente do REFIS I serão restabelecidos à data da solicitação do novo parcelamento, com os acréscimos legais devidos na forma da legislação aplicável à época de ocorrência dos respectivos fatos geradores, sendo a dívida consolidada na data do requerimento do novo parcelamento ou do pagamento à vista. A compensação de multas e juros com créditos de prejuízos fiscais, próprios ou de terceiros, realizada no âmbito do REFIS I, foi definitiva e, por isso, entendemos que, a tais valores, deve se dar o mesmo tratamento das prestações pagas. Neste sentido, confira-se o teor do artigo 6º da IN nº 44/2000: Art. 6 o Poderão ser utilizados prejuízos fiscais e bases de cálculo negativas, próprios da pessoa jurídica, passíveis de compensação na data da opção na forma da legislação vigente, desde que relativos a período de apuração encerrado até 31 de dezembro de 1999 e devidamente declarados ou informados à Secretaria da Receita Federal - SRF até a data da opção, salvo em relação ao período de apuração correspondente ao ano-calendário de 1999, que deverá ser informado na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica DIPJ correspondente ao exercício financeiro de 2000, no prazo estabelecido para sua apresentação. 1 o Na hipótese de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa, de terceiros: I somente poderão ser utilizados os valores que, na data da opção, forem passíveis de compensação pela pessoa jurídica cedente, na forma da legislação vigente, e desde que devidamente declarados ou informados à SRF até 31 de outubro de 1999; II - a cessão somente poderá ser efetuada pelo detentor originário do direito à pessoa jurídica optante pelo Refis e será definitiva, ainda que o adquirente seja, por qualquer motivo, excluído do Refis. 16- Multas por infringência à CLT são de ofício? Tem redução? Quanto? Saldo remanescente REFIS pode ser quitado antes do ingresso Refis IV?

As infrações à lei geram a aplicação de multas chamadas de punitivas, isoladas ou de ofício. O recolhimento intempestivo de tributos, dão origem às multas de mora. No caso de multas aplicadas por infrigência à CLT, são consideradas de ofício ou isoladas, podendo ser parceladas nos termos do REFIS IV desde que estejam inscritas em Dívida Ativa até 30/11/2008. Caso não haja ainda referida inscrição, não poderão ser parceladas no âmbito do REFIS IV, haja vista não se tratar de débitos administrados pela Receita Federal do Brasil nem pela Procuradoria da Fazenda Nacional A redução das multas da CLT seguirá a mesma sistemática de redução das demais multas isoladas, dependendo do prazo para pagamento (à vista ou parcelado). O artigo 6º da Portaria Conjunta nº 6/2009 autoriza a quitação à vista dos débitos parcelados no âmbito do REFIS I, aplicando-se as reduções previstas para os demais débitos pagos da mesma maneira. 17- O que fazer com os débitos pós 30/11/2008? Esses débitos podem ser parcelados através de parcelamento ordinário nos termos da Lei n 10.522/2002, sem as reduções previstas na Lei nº 11.941/2009 18- O parcelamento referente a débito superior a 5 anos pede-se o parcelamento (REFIS IV) e entra com ação para declarar improcedência da cobrança (súmula vinculante 08) débito de 1999? Para não pagar os honorários de sucumbência pede-se a desistência da ação? Os débitos alcançados pela decadência, na forma da Súmula Vinculante STF nº 8, devem ser excluídos do débito consolidado do REFIS IV. É indevida a cobrança de honorários de sucumbência nas ações envolvendo tributos cobrados pela Secretaria da Receita Federal e pela Procuradoria da Fazenda Nacional, salvo se em tratando de contribuições previdenciárias, cujos honorários nas execuções fiscais poderão ser incluídos entre os valores a serem parcelados. 19- Sobre a Súmula Vinculante nº 08, o débito se refere apenas aos tributos previdenciários? A Súmula Vinculante nº 8 alcança as contribuições previdenciárias não se confundindo com as contribuições destinadas a terceiros -, as contribuições ao PIS, COFINS, CPMF e CSLL.

20- Possuímos alguns débitos incluídos de ofício no PAES. Um novo parcelamento com base na Lei 11.941/09 implicaria na inclusão destes débitos no parcelamento ou estes débitos poderiam continuar sendo discutidos? O 11 do artigo 1 da Lei n 11.941/2009 dispõe que a pessoa jurídica optante pelo parcelamento previsto neste artigo deverá indicar pormenorizadamente quais débitos deverão ser nele incluídos. Dessa forma, ao indicar débitos a serem incluídos no parcelamento, a empresa não está obrigada a incluir os valores parcelados no PAES, podendo ainda manter as discussões judiciais que já se encontram em curso, caso não inclua os respectivos débitos na consolidação 21- Pessoa física débito de 2007 autuado este mês com vencimento no final de junho. RFB não está autorizada a aceitar adesão à anistia por ainda não haver regulamentação. Qual a ação recomendada? Não pagar e aguardar regulamentação para aderir? A remissão (perdão) de débitos de que trata a Lei n 11.941/2009 diz respeito aos débitos com a Fazenda Nacional que, em 31/12/2007, estejam vencidos há 5 anos ou mais e cujo valor consolidado, nessa mesma data, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00. Assim sendo, caso se trate de débito cujo fato gerador tenha ocorrido em 2007 não há que se falar em remissão e neste caso, poderá o contribuinte requerer o parcelamento nos termos da citada Lei e da Portaria Conjunta PGFN e RFB n 6, de 22 de julho de 2009. 22- Débitos apurados depois de 30/11/2009 pela RFB com vencimento até 30/11/2008 podem ser incluídos no Refis IV? Se positivo, será de modo automático ou por processo administrativo? Parcelamento em vigor para o Simples Nacional pode migrar para o REFIS IV? Dispõe o 1 do artigo 1 da Lei n 11.941/2009 que o parcelamento aplica-se aos créditos constituídos ou não. Assim, considerando que a RFB não apurou tais débitos até 30/11/2009, para que goze das reduções de multa e juros, deverá o contribuinte aderir ao parcelamento até 30/11/2009. Dessa forma, o parcelamento dos débitos não será automático, devendo ser realizado mediante adesão no site da Receita Federal do Brasil Embora entendamos ilegal, a Portaria Conjunta PGFN e RFB n 6, de 22 de julho de 2009, dispõe em seu artigo 1, 3 que os débitos apurados na forma do Simples Nacional não estão abrangidos pelo REFIS IV. 23- A empresa optante pelo REFIS levantou balanço de abertura em 2000. O lançamento do REFIS gerou um prejuízo fiscal. Posteriormente, a empresa optou pelo lucro presumido. Pergunto: ela poderá compensar este prejuízo?

De acordo com o 3 do artigo 27 da Portaria Conjunta PGFN e RFB n 6, de 22 de julho de 2009, somente poderão ser utilizados montantes de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa da CSLL próprios da pessoa jurídica, passíveis de compensação na forma da legislação vigente e desde que declarados à Receita Federal do Brasil. Caso os prejuízos fiscais tenham sido apurados enquanto a empresa era optante pela apuração do imposto de renda de acordo com o lucro real e declarados à RFB, é possível a compensação dos créditos Em suma, o saldo acumulado de prejuízos registrado na parte B do LALUR e devidamente informado à Secretaria da Receita Federal dá origem a crédito passível de compensação. 24- As empresas no lucro presumido com prejuízo de exercícios anteriores podem compensar estes prejuízos quando forem optantes do PAES? De acordo com o 3 do artigo 27 da Portaria Conjunta PGFN e RFB n 6, de 22 de julho de 2009, somente poderão ser utilizados montantes de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa da CSLL próprios da pessoa jurídica, passíveis de compensação na forma da legislação vigente e desde que declarados à Receita Federal do Brasil. Caso os prejuízos fiscais tenham sido apurados enquanto a empresa era optante pela apuração do imposto de renda de acordo com o lucro real e declarados à RFB, é possível a compensação dos créditos. Em suma, o saldo acumulado de prejuízos registrado na parte B do LALUR e devidamente declarado à Receita Federal do Brasil dá origem a crédito passível de compensação. Na hipótese de se tratar do PAES, destaque-se que não havia previsão para a compensação de multas e juros com créditos advindos de prejuízos fiscais. 25- O débito parcelado em 60 meses adimplente pode migrar para o REFIS IV? De acordo com o artigo 1 da Lei n 11.941/2009, regulamentada pela Portaria Conjunta PGFN e RFB n 6, de 22 de julho de 2009, o Parcelamento do Refis IV abrange, dentre outros, os débitos contidos no parcelamento em até 60 parcelas mensais disposto no artigo 10 da Lei n 10.522/2002. Dessa forma, o débito que foi sido parcelado nos termos da Lei n 10.522/2002 poderão migrar para o REFIS IV. 26- As multas decorrentes de débitos inscritos em dívida ativa podem ser compensadas com prejuízos fiscais e base negativa de CSLL? A responsabilidade do sócio que assume a solidariedade no REFIS IV passa a ser somente do sócio solidário? De acordo com o 7 do artigo 1 da Lei n 11.941/2009, as empresas que optarem pelo pagamento ou parcelamento dos débitos nos termos deste artigo poderão liquidar os valores correspondentes à multa, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, inclusive as relativas a débitos inscritos em dívida ativa, com a utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da contribuição social sobre o lucro líquido próprios. As multas isoladas, entretanto, não poderão ser alvo desta compensação.

O 16 do artigo 1º da Lei nº 11.941/2009 estabelece a solidariedade entre a pessoa física e a pessoa jurídica pela liquidação do parcelamento, sendo ambos responsáveis pela quitação da dívida. 27- É possível migrar ao parcelamento de REFIS IV mesmo estando adimplente a um outro parcelamento? O REFIS IV pessoa física tem alguma diferença do de pessoa jurídica? Conforme o artigo 3 da Lei n 11.941/2009 poderão ser pagos ou parcelados, em até 180 (cento e oitenta) meses, nas condições desta Lei, os débitos que sejam alvo de outros parcelamentos. A diferença que poderá existir entre pessoas físicas e pessoas jurídicas optantes pelo REFIS IV é quanto ao valor das prestações, ou seja, R$ 50,00 para pessoas físicas e R$ 100,00 ou R$2.000,00 para pessoas jurídicas, exceto em relação ao artigo 3 da Lei, o qual determina parcelas mínimas no caso de débitos que tenham sido objeto do Programa de Recuperação Fiscal - REFIS, de que trata a Lei n o 9.964, de 10 de abril de 2000, do Parcelamento Especial - PAES, de que trata a Lei n o 10.684, de 30 de maio de 2003, do Parcelamento Excepcional - PAEX, de que trata a Medida Provisória n o 303, de 29 de junho de 2006, do parcelamento previsto no art. 38 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, e do parcelamento previsto no art. 10 da Lei n o 10.522, de 19 de julho de 2002. 28- Poderá também corrigir o prejuízo fiscal e base negativa CSLL informado no REFIS I para amortizar multa no REFIS IV ou como fica? O prejuízo fiscal e a Base de Cálculo Negativa da CSLL utilizadas para dedução de débitos no REFIS I foram utilizados quando da opção por aquele programa e a compensação foi definitiva No caso do REFIS IV, somente poderão ser utilizados prejuízos fiscais e base de cálculo negativa da CSLL próprios da pessoa jurídica passíveis de compensação, na forma de legislação vigente, relativos aos períodos de apuração encerrados até a data da publicação da Lei n 11.941/2009, devidamente declarados à RFB. Dessa forma, caso ainda a empresa possua saldo de prejuízos fiscais, não utilizados para quitação de multas e juros incluídos no REFIS I, poderá utilizá-los nos termos da legislação do REFIS IV, contudo, sem efetuar qualquer atualização monetária 29- Uma empresa que já possui débitos do Simples Nacional após 11/2008 tem vantagem ao aderir ao Refis IV? Caso venha surgir o REFIS V este não será prejudicado pela adesão ao programa de parcelamento atual? A Portaria Conjunta nº 6/2009 veda o parcelamento de débitos relativos ao Simples Nacional.

30- Em relação à manutenção do direito à compensação de PF utilizado no REFIS, vc entende que o crédito anteriormente utilizado será restabelecido e atualizado pela SELIC? Ou seja, esse crédito passa a ter natureza de crédito financeiro? A compensação de multas e juros com créditos de prejuízos fiscais, próprios ou de terceiros, realizada no âmbito do REFIS I, foi definitiva e, por isso, entendemos que, a tais valores, deve se dar o mesmo tratamento das prestações pagas. Neste sentido, confira-se o teor do artigo 6º da IN nº 44/2000: Art. 6 o Poderão ser utilizados prejuízos fiscais e bases de cálculo negativas, próprios da pessoa jurídica, passíveis de compensação na data da opção na forma da legislação vigente, desde que relativos a período de apuração encerrado até 31 de dezembro de 1999 e devidamente declarados ou informados à Secretaria da Receita Federal - SRF até a data da opção, salvo em relação ao período de apuração correspondente ao ano-calendário de 1999, que deverá ser informado na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica DIPJ correspondente ao exercício financeiro de 2000, no prazo estabelecido para sua apresentação. 1 o Na hipótese de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa, de terceiros: I somente poderão ser utilizados os valores que, na data da opção, forem passíveis de compensação pela pessoa jurídica cedente, na forma da legislação vigente, e desde que devidamente declarados ou informados à SRF até 31 de outubro de 1999; II - a cessão somente poderá ser efetuada pelo detentor originário do direito à pessoa jurídica optante pelo Refis e será definitiva, ainda que o adquirente seja, por qualquer motivo, excluído do Refis. Não há previsão legal para a correção monetária dos saldos de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa de CSLL, nem para aplicação da taxa SELIC sobre eles. 31- Favor explicar com mais detalhes permanência do PAES simultaneamente aos parcelamentos da Lei nº 11.941/09 condições: também permanência no REFIS condições? De acordo com o artigo 4º da Lei nº 11.941/2009, há possibilidade de permanência no REFIS e no PAES e nos parcelamentos previstos na Lei nº 11.941/2009, desde que a adesão a estes parcelamentos não constitua situação excludente daqueles. Assim, por exemplo, uma empresa que seja devedora da COFINS relativa aos meses de janeiro a setembro de 2008 e tenha débitos parcelados no REFIS, apenas poderá parcelar na forma da Lei nº 11.941/2009 os débitos relativos a 5 competências, haja vista que é situação excludente do REFIS a manutenção de débitos em aberto por um período superior a 6 meses. 32- Quais as vantagens que uma empresa de pequeno porte que vem pagando o REFIS 1 terá se quiser quitá-lo à vista?

O artigo 6º da Portaria Conjunta nº 6/2009 autoriza a quitação à vista dos débitos parcelados no âmbito do REFIS I, aplicando-se as reduções previstas para os demais débitos pagos da mesma forma. 33- Gostaria de saber em relação a multa por erro SEFIP em se tratando do código e se tratando também quando vc falou do escritório não regulamentado. Qdo vc falou débito pessoa física gostaria de saber se posso pedir parcelamento débitos 2006 das cotas de IRRF c/ redução dessa multa e juros. Conforme dispõe o 2 do artigo 1 da Lei n 11.941/2009, poderão ser pagas ou parceladas as dívidas vencidas até 30 de novembro de 2008, de pessoas físicas ou jurídicas, consolidadas pelo sujeito passivo, com exigibilidade suspensa ou não, inscritas ou não em dívida ativa, consideradas isoladamente, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada, ou que tenham sido objeto de parcelamento anterior, não integralmente quitado, ainda que cancelado por falta de pagamento, assim considerados: I - os débitos inscritos em Dívida Ativa da União, no âmbito da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; II - os débitos relativos ao aproveitamento indevido de crédito de IPI referido no caput deste artigo; III - os débitos decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e IV - os demais débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Dessa forma, considerando que não há vedação para parcelamento das cotas devidas de Imposto de Renda da Pessoa Física, poderão as mesmas ser parceladas. O inciso IV acima citado dispõe sobre os demais débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Nesse caso, considerando que as multas da SEFIP são provenientes desse órgão há de se entender que também poderão compor o parcelamento desde que constantes de auto de infração lavrado até 30/11/2008. 34- A Lei 11.638 trazia um modelo de plano de contas diferente do modelo do SPED. Com a Lei 11.941, este modelo se unificou? Sim. O último modelo de plano de contas para o ECD (SPED), que veio por meio do Ato Cotepe 20/09, já incorpora os novos grupos contábeis introduzidos na LSA pelas Leis 11.638 e 11.941.

35- Mesmo não havendo previsão na lei será possível, com a regulamentação, a permissão da utilização de prejuízos fiscais e base negativa da CSLL de terceiros? Mesmo não estando explícito na lei haverá possibilidade, com a regulamentação, vincular o pagamento das prestações ao faturamento das empresas? Dispõe o 7 o do artigo 1 da Lei n 11.941/2009 que as empresas que optarem pelo pagamento ou parcelamento dos débitos nos termos deste artigo poderão liquidar os valores correspondentes a multa, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, inclusive as relativas a débitos inscritos em dívida ativa, com a utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da contribuição social sobre o lucro líquido próprios. Na regulamentação, adotou-se o mesmo critério, em obediência ao princípio da legalidade. Da mesma forma, a regulamentação não autorizou o pagamento das prestações dos parcelamentos de acordo com o faturamento das empresas. 36- As diferenças geradas no cálculo da depreciação poderiam ser entendidas como uma novidade trazida pela nova Lei e, portanto, passível de ajuste pelo RTT? Sim, para os contribuintes que optarem pelo RTT, pois a depreciação que impactará a apuração do IRPJ e da CSLL será aquela que estiver dentro dos limites fiscais. Remanesce, porém, o debate jurídico acerca daqueles contribuintes que já adotavam tais regras de depreciação antes do advento da Lei 11.638. Seriam, então, para tais contribuintes, regras novas? 37- Na opinião de vocês existe alguma hipótese em que a não opção pelo RTT poderia trazer alguma vantagem ao contribuinte? Como se aplicariam os efeitos da 11.638/07 e 11.941/09 para as arrendadoras (instituições financeiras), visto a norma do BACEN prever a manutenção no ativo dos bens arrendados na arrendadora? Ativo em 2 balanços? Cada caso é um caso e requer ser avaliado em sua especificidade. Uma hipótese de vantagem pela não opção seria o caso de contribuinte com elevada lucratividade, mas que apresenta perda de impairment (o que é, de certo modo, contraditório). Nesse caso, haveria uma diminuição da base tributável em vista da perda (se esta também for considerada totalmente dedutível); porém, há de se convir que trata-se de efeito intertemporal. Quanto às instituições financeiras, a questão exige uma análise mais detalhada. 38- Onde se aplica o RTT para uma empresa tributada pelo lucro presumido? A contra prestação do leasing passou de despesa para ativo imobilizado?

No reconhecimento das receitas, inclusive daquelas decorrentes de aplicações financeiras. As contraprestações de arrendamento mercantil, de acordo com a Lei nº 11.638, devem ser reconhecidas no ativo das companhias. A presente resposta não constitui resultado de consultoria ou assessoria jurídica, não se prestando como orientação válida para a adoção ou não de quaisquer condutas nem para a tomada de quaisquer procedimentos. Aconselha-se o exame individualizado das situações propostas em cada pergunta, para o que nos colocamos à disposição. Destacamos ainda que, por se tratar de nosso posicionamento sobre a legislação envolvendo os parcelamentos previstos na Lei n. 11.941/2009, o Fisco poderá entender de forma diversa. Gaia, Silva, Gaede e Associados