Oportunidades para a cadeia de produção de minerais nucleares Perspectivas para a participação da iniciativa privada na geração núcleo-elétrica no Brasil David A. M. Waltenberg Belo Horizonte, 24 de setembro de 2009
Perspectivas para a participação da iniciativa privada na geração núcleo-elétrica no Brasil Agenda: Plano Nacional de Energia PND 2030 Polêmica constitucional - Competências da União Pareceres pró participação da iniciativa privada na geração nuclear Entendimentos contra a participação da iniciativa privada na geração nuclear Solução de prudência: Emenda Constitucional
Plano Nacional de Energia PND 2030
Polêmica constitucional - Competências da União Art. 21. Compete à União: (...) XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: (...) b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (redação dada pela E.C. nº 49/2006) (...)
Apresentação do Dr. Maury Sérgio, do Pinheiro Neto Advogados Ênfase: Art. 21. Compete à União: (...) XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza (...) Destaques das páginas 7 e 8 da Apresentação: No caso de explorar os serviços e instalações nucleares inexiste o monopólio da Geração de Energia Elétrica, apenas a exploração (operação) da instalação nuclear é de competência da União Federal. Mantida a União Federal na exploração (operação) da instalação nuclear, a Geração e Comercialização de energia elétrica pode ser realizada pelo Particular.
Parecer do Dr. Julião Silveira Coelho Ênfase: Art. 21. (...) XXIII (...) b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (redação dada pela E.C. nº 49/2006) Destaques do item 70 do Parecer: (iii) a utilização da energia nuclear para fins de geração de energia constitui forma de uso industrial de radioisótopos; (iv) em virtude de caracterizar modalidade de uso industrial de radioisótopos, a geração de energia elétrica com base em energia nuclear pode ser explorada por entidades distintas da União, na medida em está compreendida no âmbito de incidência da alínea b do inciso XXIII do art. 21 da Constituição Federal;
Entendimento parlamentar Senador Jorge Bornhausen (DEM-SC) Justificativa da proposta que originou a Emenda Constitucional nº 49, de 2006: A alteração proposta é, assim, técnica e politicamente adequada, além de oportuna, uma vez que exclui do regime monopolista apenas uma pequena parcela dos materiais radioativos, mantém o controle da CNEN sobre a atividade e facilita sua atuação como poder concedente, e permite o desenvolvimento tecnológico nacional na área da saúde, sem prejuízo para a segurança da utilização da energia nuclear, conforme prevê a Constituição Federal (grifamos)
Entendimento doutrinário Marçal Justen Filho Ao comentar a Lei nº 9.074/1995:
Entendimento doutrinário Luiz Gustavo Kaercher Loureiro No plano propriamente setorial, é digno de nota que a exploração de energia nuclear para fins de geração seja tradicionalmente realizada por pessoa jurídica de direito privado de natureza estatal, nada obstante tal atividade não possa ser objeto de delegação, a teor dos arts. 21, inc. XXIII e 177, inc. V da Constituição Federal. Com efeito, pelo Decreto 4.550/02, a Eletronuclear, sociedade anônima subsidiária da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), tem por finalidade específica aquela de explorar, em nome da União, atividades nucleares para fins de geração de energia elétrica (art. 3º). (in Constituição, Energia e Setor Elétrico. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Ed., 2009, pág. 154)
Solução de prudência: Emenda Constitucional PEC nº 122/2007 Deputado Alfredo Kaefer (PSDB/PR): Art. 21 (...) XXIII (...) d) sob regime de concessão, na forma da lei, a construção e operação de reatores nucleares para fins de geração comercial de energia elétrica é permitida a pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras, que tenham sede no País e, pelo menos, setenta por cento do capital total e do capital votante pertencentes, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente sua gestão. e) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; Parágrafo único. A lei a que se refere o inciso XXIII, alínea d, deverá também dispor sobre a estrutura e atribuições do órgão autônomo que exercerá, exclusivamente, a regulação das atividades de que trata o inciso XXIII. Art.177 (...) 5º Os detentores da concessão para construção e operação de reatores nucleares de que trata o art. 21, inciso XXIII, alínea d, poderão adquirir combustível nuclear, exclusivamente para fins de geração de energia elétrica.
A energia nuclear e o meio ambiente
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