A Aposentadoria Especial do Dentista é um direito que a classe deve fazer valer, tendo em vista que sua profissão deve ser mais valorizada. Isso começa com a busca coletiva de direitos para a categoria, mas também a importância dessa busca individual, para que o direito efetivamente se concretize. Aqui mostraremos passo a passo para que cada dentista concretize esse direito.
1º. Para cada tipo de vínculo empregatício existe um conjunto de provas a produzir, sendo que é necessário identificar as formas de filiação na Previdência Social. As filiações podem ser como: d) dentista Empregado de Órgãos Públicos; e) dentista Concursado em Órgãos Públicos a) dentista Autônomo que atende apenas clientes pessoas físicas; b) dentista Empregado de empresa privada, instituição de saúde ou cooperado; c) dentista Autônomo que presta serviço para instituição de saúde;
É importante destacar que, desde 04/2014, não importa mais o tipo de vínculo empregatício ou cargo que exerça, todos os dentistas tem direito à Aposentadoria Especial.
Para todos os dentistas são necessários os seguintes documentos: a) Diplomas da graduação e especialização b) Número de inscrição no CRO e carteirinha com data de inscrição c) Caso contrate advogado desde o início: Procuração e Contrato de Honorários d) Provas do exercício de atividade em condições especiais e não em áreas administrativas, como o LTCAT e o Perfil Profissiográfico (PP ou PPP), ou ainda outros tipos de prova.
Agora segue a lista de documentos para cada tipo de trabalho. Se você tiver dois desses trabalhos, precisará apresentar a documentação de ambos.
Para o dentista Autônomo que atende apenas clientes pessoas físicas; a) Carnês de Recolhimento do INSS b) Provas de que possui consultório (qualquer tipo de prova)
Para o dentista Autônomo que presta serviço para instituição de saúde ou cooperativa; a) Histórico de Valores pagos pelos serviços prestados; b) Relação de Retenções de INSS efetuadas; ou c) Todas as Notas Fiscais de Prestação de Serviços desde 11/1999;
Para o dentista Empregado de empresa privada, instituição de saúde; a) Carteira de Trabalho ou contratos de prestação de serviço;
Para o dentista Concursado em Órgãos Públicos; a) Portarias de Nomeação e Demissão; b) Fichas Financeiras desde 07/1994;
Para o dentista Empregado de Órgãos Públicos; a) Portarias de Nomeação e Demissão; b) Fichas Financeiras desde 07/1994;
Após juntar essa documentação o dentista ligado ao INSS deve ingressar com o agendamento no INSS, através do telefone 135 ou pela internet, e comparecer na agência da previdência na data e horário marcado. Quando o dentista é concursado e tem RPPS, deve ir até o setor de RH do seu órgão público para dar entrada. Eventualmente, o INSS poderá solicitar mais documentos, ingressar com o pedido e deixar pendente até a documentação estar completa.
Tendo sido ingressado o pedido de Aposentadoria Especial, deve se aguardar o prazo de até 90 dias para se obter a resposta. Em geral, o INSS tem a política de indeferir todos os pedidos, apontando qualquer tipo de "defeito" nos documentos, e os servidores são orientados a explicar que as pessoas não têm direito ao benefício, sendo até convincentes para alguns.
Mas não deixe se convencer pelo INSS, pois mais de 80% dos pedidos de Aposentadoria Especial negados pelo INSS são procedentes quando as pessoas se socorrem ao judiciário, sendo de 92% no caso de dentistas.
Caso o benefício seja negado pelo órgão público ou pelo INSS, a via para a obtenção da Aposentadoria Especial é o Judiciário, com ingresso de uma ação muito comum: Ação de Concessão de Aposentadoria Especial. Sendo que os documentos são basicamente os mesmos. porque ele é enviado para uma Junta de dentistas que analisam (ou deveriam analisar) a documentação, e dão parecer pelo reconhecimento do tempo especial ou não. O Processo Administrativo do INSS é para durar até 90 dias (já é mais tempo que os 45 dias normais dos demais processos)
Nossa dica é que seja contratado um advogado que seja especializado no tema, e que tenha profundo conhecimento ou pelo menos busque assessoria de algum escritório especializado, pois a aposentadoria especial é um tema das maiores complexidades do Direito Previdenciário hoje em dia.
Para os dentistas que tenham cargos públicos, essa complexidade é ainda maior, principalmente se possuírem duas matrículas, de filiação a RPPS e mais o INSS, pois deve ser feita uma análise metodológica de quais são as possibilidades de como ele irá pedir a aposentadoria, em qual matrícula e se deve pedir primeiro no INSS ou no RPPS. O processo judicial demorava em torno de 5 anos em média, mas com as novas regras processuais, e implantação de inúmeras tecnologias digitais, os processos estão demorando de 1 a 2 anos, até a sentença, fora os recursos. Mas o importante é que o dentista pode continuar trabalhando normalmente, e receberá os atrasados da aposentadoria desde o dia que agendou o pedido no INSS ou protocolou o pedido no órgão público, tudo acumulado de uma só vez.
Durante o processo judicial, pode ou não ser realizada uma perícia técnica em um dos locais de trabalho indicados, mas não é uma regra, pois pode ser que as provas já sejam suficientes. Em geral é raro que ocorra a marcação de audiência, pois essa questão não exige que o juiz escute testemunhas. É importante sempre cuidar de inúmeros detalhes, como o fato de fazer uma boa argumentação em relação a possibilidade de continuar exercendo a profissão, pois a vedação legal existe, e é preciso competência do advogado para afastar essa vedação legal. O STF estará resolvendo essa questão nos próximos anos, mas como o próprio já se manifestou favorável, a tendência é que seja permitido.
É preciso também que sejam estudadas todas as possibilidades disponíveis na lei, e não se pense apenas na primeira aposentadoria, pois os dentistas em geral conseguem duas ou até mais aposentadorias, quando possuem mais de uma matrícula em RPPS. Um cálculo mal feito e uma opção errada podem trazer imensos prejuízos financeiros.
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