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Transcrição:

A IMPORTÂNCIA DA EDIÇÃO DE LIVROS TÉCNICO-CIENTÍFICOS PARA O CONTROLE DO CÂNCER FACINA, TF 1 ; CASADO, L 2 1 Instituto Nacional de Câncer (INCA) 2 Instituto Nacional de Câncer (INCA) tfacina@inca.gov.br Introdução O Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o órgão do Ministério da Saúde (MS) responsável por desenvolver e coordenar ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil. O INCA ocupa papel relevante, tanto do ponto de vista normativo e político, quanto em termos da produção do conhecimento e definições técnicas para a Rede de Atenção Oncológica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A base de atuação da Rede é a geração e difusão do conhecimento para a adoção de condutas técnicas, pesquisas tecnológicas e científicas e inovação em saúde, tendo como um de seus instrumentos a publicação de livros técnicos-científicos. Objetivo O principal objetivo deste trabalho é mostrar a importância da produção e disseminação dos livros técnico-científicos como apoio às ações para o controle do câncer no Brasil, por meio da ampliação das bases de conhecimento de gestores de saúde, profissionais, pesquisadores e estudantes. Desenvolvimento O INCA, na sua função de irradiador e divulgador do conhecimento em Oncologia, elabora, edita e distribui uma série de publicações técnicas, científicas, educativas e informativas, para as suas diversas coordenadorias, divisões, programas e projetos. Profissionais de saúde, especializados ou não em Oncologia, estudantes, secretarias de saúde e a população em geral são alvo dessas publicações, que têm como objetivo reduzir, em última instância, a incidência e a mortalidade causada pelo câncer no Brasil. Todas as publicações produzidas no INCA passam por um amplo processo editorial, que tem a responsabilidade de transformar as informações em produtos editoriais de qualidade, com transparência e

amplo acesso, zelando pelo alinhamento da obra às diretrizes do Instituto e à Política Editorial do MS, pelo planejamento dos recursos e prioridades, e respeitando a legislação específica em vigor e os padrões nacionais e internacionais de aceitação. A edição das publicações passa por diversas etapas, entre diferentes equipes de profissionais no Serviço de Edição e Informação Técnico-Científica/Coordenação de Educação, que compreendem: aprovação do Comitê Editorial, edição, preparação de texto/copidescagem, revisão gramatical, revisão das referências, projeto gráfico, diagramação, produção de ficha catalográfica e pedido de ISBN, acompanhamento da produção gráfica, revisão da diagramação, revisão da boneca enviada pela gráfica, distribuição e expedição. Em seus mais de 70 anos de existência, o INCA vem desenvolvendo uma ação destacada, em seus diversos campos de atividade. Sua produção editorial neste período começou muito pontualmente, por meio de publicações internas, desenvolvidas em diferentes setores do instituto. Na década de 1990, há uma ampliação de funções do INCA, a partir da Lei Orgânica da Saúde, que cria o Sistema Único de Saúde (SUS) e institui o INCA como órgão referencial para o estabelecimento de parâmetros e para a avaliação da prestação de serviços ao SUS. No final da década, outros decretos presidenciais ratificam a função do INCA como o órgão governamental responsável por assistir o Ministério da Saúde na formulação da política nacional de prevenção e controle do câncer e como seu respectivo órgão normativo, coordenador e avaliador. Em 2003, com a compreensão do câncer como um problema de saúde pública, o INCA propõe a construção de uma rede, a Rede de Atenção Oncológica, estabelecendo uma agenda comum para as ações de controle do câncer. Assim, essa ferramenta surge como integradora de diversos setores da oncologia, seja da iniciativa pública ou privada, com o intuito de difundir e fomentar a participação mais direta na formulação, execução e acompanhamento das ações.

Dessa forma, cresce também a quantidade de publicações editadas, produzidas a fim de disseminar informações e padronizar ações para toda a Rede, passando de uma média anual de 7 livros na década de 1990 para 49 títulos em 2009. E com este crescimento, surge a necessidade de uma profissionalização do processo editorial, a fim de organizar demanda, fluxo, padrões etc. Assim, em 2007 é criado o setor de Edição do INCA, com a contratação de profissionais especializados e o início do processo de organização e estruturação da gestão editorial. São estabelecidas normas, fluxos e práticas de edição, culminando com a criação, em 2009, do Comitê Editorial do INCA, com a atribuição de analisar e deliberar sobre projetos editoriais propostos pelas unidades do instituto e seu alinhamento com as prioridades institucionais, com a missão e os objetivos estratégicos do Instituto, com a Política Nacional de Atenção Oncológica e com os objetivos do INCA que contribuem para o Programa Mais Saúde, do Governo Federal. Conclusão É essencial que os livros técnico-científicos e/ou educativos do INCA passem por um processo editorial, pois este garante produtos editoriais de qualidade, facilita o amplo acesso à informação e garante que as obras editadas pelo INCA cumpram os requisitos básicos da recuperação da informação em bases de dados, incluindo os produtos no acervo documental da instituição para preservar a memória, estimular a pesquisa e o intercâmbio, por meio de registro, catalogação, depósitos legais e divulgação. Além disso, a gestão editorial diminui desperdícios e evita a má aplicação de recursos, com sobreposição de esforços e tiragens inadequadas; garante a aplicação de normas editorias e preceitos éticos, resultando em publicações com mais qualidade; permite maior visibilidade institucional; cuida para que as prioridades institucionais sejam preservadas; possibilita uma contribuição satisfatória para o conhecimento em oncologia no país e para as atividades nacionais de saúde pública referentes à área do câncer.

Um processo editorial criterioso, profissional e institucionalizado também atua como um suporte para a tomada de decisões e uma eficiente ferramenta para as ações de saúde e o desenvolvimento de um acervo referencial em oncologia. Dessa forma, a divulgação oportuna da informação técnico-científica para a Rede de Atenção Oncológica permite ao INCA exercer plenamente a sua visão estratégica, que é assegurar a implantação das ações de prevenção e controle do câncer em todo o Brasil, e, assim, contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. Palavras-chave: Comunicação, editoração, livros Referências ARAÚJO, Emanuel. A construção do livro: princípios da técnica de editoração. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1986. BRASIL. Fundação Biblioteca Nacional. Agência Brasileira do ISBN. Disponível em: http://www.bn.br. Acesso em: 07 mai. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. A importância da informação. Conselho Editorial do Ministério da Saúde/ Secretaria Técnica. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/editora/coned_pe.htm. Acesso em 15 jun. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Glossário da Saúde/MS. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_ms.pdf. Acesso em 04 mai. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia do autor e do editor. 2ª ed. rev., 2ª reimp. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Política editorial da gestão federal do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=235. Acessado em: junho de 2010. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Rede Câncer. Disponível em: http://www.redecancer.org.br/wps/wcm/connect/entendarede/site/home/historico/. Acessado em: junho de 2010.