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Transcrição:

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Conjuntura Macroeconômica Semanal 11 de novembro de 2016 Impacto da eleição norte-americana nas relações comerciais entre EUA e Brasil pode ser baixo Andréa Bastos Damico Após a vitória do candidato republicano na eleição presidencial norte-americana, que defendeu uma política comercial protecionista durante a campanha, surge a preocupação em relação a seus impactos sobre a economia brasileira. À primeira vista, tendemos a acreditar que o Brasil será pouco afetado do ponto de vista comercial. As exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 22,7 bilhões nos últimos 12 meses terminados em outubro, e as importações provenientes desse país somaram US$ 23,5 bilhões em 12 meses. Com isso, a corrente de comércio do Brasil com os EUA somou US$ 46,2 bilhões nos últimos 12 meses, e o déficit comercial é de cerca de US$ 826 milhões. O primeiro elemento para justificar nossa hipótese de que os impactos reais da eleição norte-americana serão diminutos no Brasil é que nossa balança comercial com os EUA é estruturalmente deficitária. CONJUNTURA MACROECONÔMICA SEMANAL O segundo argumento é que nossas exportações são pouco relevantes na pauta importadora dos EUA, constituindo apenas 1,1% da mesma. À primeira vista, tendemos a acreditar que essa é uma participação pequena o suficiente para não gerar incômodo, ou seja, a pouca relevância das nossas exportações no total importado pelos EUA poderia, teoricamente, nos proteger. Por fim, as empresas americanas no Brasil geram fluxos de dólares para os EUA, e boa parte desses investimentos é voltada para o mercado interno brasileiro e não para sermos plataforma de exportação para os EUA. Nessa lógica, não representamos uma ameaça aos empregos de americanos. Portanto, o Brasil não deveria, teoricamente, ser o foco de medidas protecionistas por parte dos EUA. Porém, caso isso ocorra é importante termos em mente que as exportações de manufaturados poderão ser mais sensibilizadas, dada a concentração da pauta de exportação para os EUA nesses bens. Apesar dos progressos na correção dos desequilíbrios macroeconômicos argentinos, ainda existem importantes desafios Marcio Aldred Gregory Após quase um ano da posse de Mauricio Macri como presidente da Argentina, diversas medidas já foram tomadas em direção à normalização das políticas macroeconômicas, corrigindo os desequilíbrios verificados na economia. O governo removeu as restrições ao mercado de câmbio, acabou com as tarifas sobre as exportações e negociou um acordo com os credores. Esse acordo permitiu a normalização dos pagamentos da dívida e, com isso, reabriu os mercados internacionais ao país. Um dos desafios do país é controlar a inflação, que permanece em níveis elevados, mantendo-se persistentemente acima dos 20% ao ano. Em julho, a depreciação cambial e o corte de subsídios fizeram a inflação chegar perto de 50% ao ano. O Banco Central adotou as taxas de juros de curto prazo como instrumentos de política monetária, em oposição ao antigo regime de controle de agregados monetários e da taxa de câmbio. A partir de 2017, o país deverá seguir um regime de metas de inflação. O objetivo é reduzir a inflação para 5% ao ano ao final de 2019, e para tanto foram estabelecidas metas decrescentes para a mesma. Talvez o principal desafio seja o ajuste das contas públicas em meio a um cenário de contração da atividade econômica, que afeta a arrecadação tributária. Desde a posse, o governo tem demostrado que pretende implementar o ajuste fiscal de forma gradual ao longo dos próximos quatro anos. No entanto, na proposta para o orçamento de 2017, houver uma revisão das metas fiscais, estabelecendo uma consolidação ainda mais gradual das contas públicas. 1

Impacto da eleição norte-americana nas relações comerciais entre EUA e Brasil pode ser baixo Andréa Bastos Damico Após a vitória do candidato republicano na eleição presidencial norte-americana, que defendeu uma política comercial protecionista durante a campanha, surge a preocupação em relação a seus impactos sobre a economia brasileira. É evidente que não temos como antecipar quais medidas protecionistas seu governo adotará. Porém, à primeira vista, tendemos a acreditar que o Brasil será pouco afetado do ponto de vista comercial. A seguir explicitaremos nossos argumentos para essa hipótese. Entretanto, antes disso, é importante analisarmos as relações comerciais entre os dois países, explicitando os principais produtos exportados e importados. 30000 26000 28.335 26.451 27.034 Exportações brasileiras para os EUA em US$ milhões 22000 24.251 22.543 22.689 19.962 18000 15.602 14000 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 Fonte: FUNCEX, MDIC As exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 22,7 bilhões nos últimos 12 meses terminados em outubro, o que representa 12% das exportações totais do Brasil. Os EUA ficam atrás de China e Europa, que possuem participação de cerca de 20% na pauta de exportação brasileira. Porém, diferentemente da China, para a qual os produtos exportados são essencialmente básicos, a pauta exportadora para os EUA é concentrada em manufaturados, que representam 61% do total. Os principais produtos exportados são aviões, aço, produtos químicos, produtos alimentícios, máquinas e equipamentos, petróleo, celulose, produtos de madeira, veículos, materiais elétricos, dentre outros. Cenário Doméstico Metalurgia 3.068 Aviões 2.943 Outros 1.528 Produtos Químicos 1.443 Produtos Alimentícios 1.427 Máquinas e Equipamentos 1.217 Agricultura e Pecuária 1.170 Petróleo e Gás Natural 1.101 Celulose e Papel 1.018 Produtos de Madeira 906 Produtos de Minerais Não-Metálicos 904 Veículos Automotores 836 Coque e Derivados de Petróleo 761 Máquinas e Materiais Elétricos 481 Couros e Artefatos de Couro 474 Borracha e Material Plástico 423 Produtos de Metal 397 Informática e Eletrônicos 359-800 1.600 2.400 3.200 Pauta exportadora dos produtos brasileiros para EUA (CNAE 2.0) em US$ milhões 12 meses Fonte: FUNCEX, MDIC 2

Em suma, trata-se de uma pauta bastante representativa do ponto de vista dos bens manufaturados. Inclusive, apesar dos EUA receberem 12% das exportações totais brasileiras, para alguns setores específicos a participação desse país nas exportações é bem maior. Por exemplo, no aço a participação dos EUA como destino é de 40%, em madeira serrada é de 52%, em MDF é de 30%, e em máquinas e equipamentos é de 18%. madeira serrada de pinus 52% semi-acabados 49% produtos siderúrgicos (total) 40% MDF 30% madeira; sendo 30% aços planos 30% petróleo 28% aços longos 20% máquinas e equipamentos 18% celulose 17% Autopeças 16% químicos 14% papel 11% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Participação das exportações para os EUA em relação as exportações de cada setor (relevância dos EUA para cada setor) Fonte: ASSOCIAÇÕES Já as importações provenientes dos EUA somaram US$ 23,5 bilhões em 12 meses, o que representa 17% da pauta de importação brasileira. Os principais produtos importados dos EUA são: químicos, derivados de petróleo, outros equipamentos de transportes, máquinas e equipamentos, eletrônicos, farmacêuticos e veículos. Produtos Químicos Coque e Derivados Do Petróleo 3.700 Outros Equipamentos de Transporte 3.132 Máquinas e Equipamentos 2.399 Equipamentos e Produtos Eletrônicos 1.838 Outros 1.195 Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos 1.165 Veículos Automotores 761 Máquinas e Materiais Elétricos 675 Produtos de Borracha e de Material Plástico 609 Produtos Diversos 571 Carvão Mineral 470 Produtos de Metal 418 Metalurgia 326 Produtos Alimentícios 301 0 1100 2200 3300 4400 5500 5.952 Pauta importadora dos produtos provenientes dos EUA para o Brasil (CNAE 2.0) em US$ milhões 12 meses Fonte: FUNCEX, MDIC Cenário Doméstico Com isso, a corrente de comércio do Brasil com os EUA somou US$ 46,2 bilhões nos últimos 12 meses, e possuímos déficit comercial de cerca de US$ 826 milhões. Esse último aspecto é na verdade nosso primeiro argumento para justificar nossa visão inicial de que o Brasil tende a ser pouco afetado do ponto de vista comercial pela mudança de governo dos EUA. A saber, nossa balança comercial com os EUA é estruturalmente deficitária. Ou seja, liquidamente pagamos dólares para a economia americana e não o contrário (nossas importações são mais elevadas que nossas exportações para EUA). O déficit cedeu muito nos últimos meses, por conta da retração da economia brasileira, e está em quase US$ 1 bilhão (chegou a US$ 11 bilhões no passado), mas poderá voltar a crescer na medida em que a economia brasileira se estabilize e retome o crescimento. Apenas para termos uma referência, nos últimos 12 meses, os EUA são deficitários comercialmente com a China em US$ 350 bilhões, com a União Europeia em US$ 147 bilhões, com o México em US$ 36 bilhões e, por fim, com Canadá em US$ 8 bilhões. 3

3.000 1.795 1.000-1.000-525 -492-826 Saldo comercial Brasil e EUA em 12 meses em US$ milhões -3.000-5.000-3.845-4.680-6.389-7.000-9.000-8.910-11.000-13.000 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13-11.414 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 Fonte: FUNCEX, MDIC O segundo argumento que fortalece nossa hipótese de que os impactos reais da eleição americana serão diminutos no Brasil é que nossas exportações são pouco relevantes na pauta importadora dos EUA, constituindo apenas 1,1% da mesma. À primeira vista, tendemos a acreditar que essa é uma participação pequena o suficiente para não gerar incômodo, ou seja, a pouca relevância das nossas exportações no total importado pelos EUA poderia, teoricamente, nos proteger. Essa situação é bastante distinta da vivida pela China, União Europeia, México e Canadá, que representam, respectivamente, 21,5%, 19,5%, 13,7% e 12,9% das importações americanas. 1,6% 1,5% 1,4% 1,4% 1,3% 1,2% 1,1% 1,2% 1,3% 1,3% 1,5% 1,5% 1,2% 1,3% Participação das exportações brasileiras nas importações americanas 1,1% 1,1% 1,1% 1,0% 0,9% 1,0% 1,0% 0,8% 0,9% dez/93 jul/94 fev/95 set/95 abr/96 nov/96 jun/97 jan/98 ago/98 mar/99 out/99 mai/00 dez/00 jul/01 fev/02 set/02 abr/03 nov/03 jun/04 jan/05 ago/05 mar/06 out/06 mai/07 dez/07 jul/08 fev/09 set/09 abr/10 nov/10 jun/11 jan/12 ago/12 mar/13 out/13 mai/14 dez/14 jul/15 fev/16 set/16 Fonte: FUNCEX, Bloomberg Cenário Doméstico O terceiro argumento é que as empresas americanas no Brasil geram fluxos de dólares para os EUA. O estoque de investimento direto americano no país é de US$ 134 bilhões de dólares (informação referente ao último censo de capitais estrangeiros de 2015). Isso representa 20% do total do investimento direto no país, a maior participação de um país individual nesse quesito. Já o estoque de investimento brasileiros nos EUA é de apenas US$ 12 bilhões, o que implica que as remessas de lucros serão favoráveis aos EUA pelo diferencial de estoque. Até aí, não existem grandes diferenças em relação a outros países, porque empresas americanas estão presentes em todo o mundo. Porém, um fator a nosso favor é que boa parte desses investimentos no Brasil é voltada para o mercado interno brasileiro e não para sermos plataforma de exportação para os EUA. Ou seja, nessa lógica também levamos alguma vantagem em relação à China e ao México, uma vez que não representamos uma ameaça aos empregos de americanos. 4

160.000 120.000 Estoque Total Participação no Capital(US$ milhões) Empréstimo Intercompanhia(US$ milhões) 140.552 124.208 109.698 130.068 114.539 124.464 130.390 133.762 112.872 111.715 Estoque total de IED dos EUA em US$ milhões (participação de capital e intercompany) 80.000 40.000 14.510 15.529 16.088 17.518 22.048 0 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: BCB Enfim, por esses argumentos acreditamos que o Brasil não deveria, teoricamente, ser o foco de medidas protecionistas por parte dos EUA. Porém, caso isso ocorra é importante termos em mente que as exportações de manufaturados poderão ser mais sensibilizadas, dada a concentração da pauta de exportação para os EUA nesses bens. Porém, a eleição de Trump tem um outro efeito, que no momento, até nos preocupa mais. Ao prometer adotar uma política fiscal mais expansionista, o mercado está lendo que os EUA poderão ter mais inflação e portanto, mais juros. Com isso os juros longos nos EUA subiram fortemente após o resultado das eleições e isso tem sim impactos relevantes nas moedas de emergentes, uma vez que a liquidez global se reduz. Cenário Doméstico 5

Apesar dos progressos na correção dos desequilíbrios macroeconômicos argentinos, ainda existem importantes desafios Marcio Aldred Gregory Após quase um ano da posse de Mauricio Macri como presidente da Argentina, diversas medidas já foram tomadas em direção à normalização das políticas macroeconômicas, corrigindo parte dos desequilíbrios verificados na economia. Entretanto, ainda restam importantes desafios, tais como o combate à inflação e o relevante déficit das contas públicas. Dentre as medidas adotadas, logo nos primeiros dias do novo governo foram retiradas as restrições ao mercado de câmbio, o que levou a uma considerável depreciação do Peso argentino, com o fim do mercado de câmbio paralelo. Nesse processo, as tarifas sobre exportações de commodities foram eliminadas, com exceção da tarifa sobre as exportações de soja, que deverá ser reduzidaa de maneira gradual. 16,0 14,0 13,87 15,84 15,30 15,37 15,17 13,75 Taxa de Cambio (peso argentino/dólar) 12,0 10,0 8,0 8,02 9,80 6,0 5,65 4,28 4,0 nov/11 fev/12 mai/12 4,67 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14 nov/14 fev/15 mai/15 ago/15 nov/15 fev/16 mai/16 ago/16 nov/16 Fonte: Bloomberg Cenário Externo Uma segunda medida permitiu a reinserção do país no mercado internacional de dívidas, retirando-o da situação de default da dívida pública. Nesse contexto, os credores que não tinham aderido ao processo de reestruturação da dívida nos anos 2000 haviam conseguido uma ordem judicial nos Estados Unidos que impedia o país de pagar os demais compromissos. O governo de Macri negociou então um acordo com esses credores que permitiu ao pais normalizar os pagamentos da dívida. Tais pagamentos foram efetuados por meio da emissão em abril de US$ 16,5 bilhões em títulos da dívida pública, reabrindo por consequência o acesso do país aos mercados internacionais. No mês passado, o governo emitiu novamente com sucesso 2,5 bilhões em títulos, demostrando a confiança dos investidores na Argentina. O acesso aos mercados internacionais é importante, pois permite que o governo se financie de forma não inflacionária e, além disso, também possibilita às empresas argentinas acessarem os mercados de capitais. Outro importante ato do novo governo foi a reformulação do Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC). Dentre outras ações, na primeira metade deste ano o INDEC criou um novo índice de inflação e revisou os dados do crescimento do PIB. Tais avanços foram ao menos em parte responsáveis pelo fato de que pela primeira vez em dez anos o FMI enviou uma missão ao país e reconheceu os esforços e os progressos na melhoria das estatísticas e da governança do INDEC, e decidiu remover a censura ao país. Um dos principais desafios do governo argentino é controlar a inflação, que permanece em níveis elevados, mantendo-se persistentemente acima dos 20% ao ano. Em julho, a depreciação cambial e o corte dos subsídios fizeram a taxa chegar perto de 50% ao ano. Desde a posse do novo governo, o Banco Central adotou as taxas de juros de curto prazo como 6

instrumentos de política monetária, em oposição ao antigo regime de controle de agregados monetários e da taxa de câmbio. A partir de 2017, o país deverá seguir para um regime de metas de inflação. O objetivo é reduzir a inflação para 5% ao ano ao final de 2019, e para tanto foram estabelecidas metas decrescentes para a mesma. Nesse caso, a meta para 2017 é de que a inflação se situe entre 12% e 17%. No entanto, as projeções da maioria dos analistas do mercado para o próximo ano se situam acima dessa meta, com a mediana das projeções em 19,7%. Além disso, para este quarto trimestre, o objetivo do Banco Central é que a inflação atinja em média 1,5% ao mês. Adicionalmente, após estabelecer uma taxa de juros de 38% ao ano em março, o Banco Central tem promovido reduções graduais da taxa de referência. Na última reunião, esta taxa foi reduzida para 26,25% ao ano. 50 40 40,3 47,2 44,7 Inflação Meta de Inflação Inflação ao consumidor e metas de inflação (%) 30 24,5 20 23,9 17 10 12 12 8 6,5 3,5 0 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17 mar/18 jun/18 set/18 dez/18 mar/19 jun/19 set/19 dez/19 Fonte: Banco Central da República Argentina 40 Taxa de juros da LEBAC de 35 dias (%) 38 36 36,00 38,00 35,25 34 33,00 33,25 32 30 31,00 30,25 30,25 28,75 Fonte: Bloomberg, Banco Central da República Argentina 28 26 dez/15 dez/15 jan/16 jan/16 fev/16 fev/16 mar/16 mar/16 abr/16 abr/16 mai/16 mai/16 jun/16 jun/16 jul/16 jul/16 ago/16 ago/16 27,25 set/16 set/16 out/16 26,75 out/16 nov/16 26,25 Talvez o principal desafio do governo seja o ajuste das contas públicas. Desde sua posse, tem demostrado que pretende implementar o ajuste fiscal de forma gradual ao longo dos próximos quatro anos. Nesse sentido, uma importante medida já tomada foi a remoção dos subsídios das contas de energia elétrica e de gás, que levaram a grandes aumentos desses preços. Parte desses reajustes está sendo contestada no judiciário e foi suspensa temporariamente, mas acreditamos que o governo conseguirá efetivar tais cortes dos subsídios com sucesso. No entanto, na proposta para o orçamento de 2017, o governo reviu as metas fiscais, estabelecendo uma consolidação ainda mais gradual das contas públicas. A previsão para o déficit primário em 2017 ficou em 4,2% do PIB nessa revisão. Cenário Externo 5 3 1-1 -3-5 -7 66,94 Resultado Primário 4,0 Dívida Pública (eixo da direita) 3,3 1,7 1,8 52,13-0,4-1,1-1,4-1,5-2,4-3,2-5,4 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 70 60 50 40 30 Resultado primário e dívida do setor público (% do PIB) Fonte: FMI 7

Entretanto, os ajustes da política macroeconômica em curso estão afetando o crescimento da economia no curto prazo. A combinação da depreciação cambial e do fim dos subsídios nas tarifas de serviços públicos reduziu a renda disponível, ocasionando uma retração do consumo, ao mesmo tempo em que as ainda elevadas taxas de juros deprimem os investimentos. Adicionalmente, o cenário externo também não é favorável, devido principalmente à contração da economia do Brasil, principal parceiro comercial da Argentina. As exportações para o Brasil caíram 19% nos oito primeiros meses do ano, enquanto as exportações para os demais países cresceram 2,0%. Projetamos uma contração de 1,6% do PIB argentino neste ano e esperamos que o crescimento só volte para o campo positivo no primeiro trimestre de 2017. Esse cenário de contração da atividade econômica afeta a arrecadação tributária e torna ainda mais complicado a processo de redução dos déficits fiscais. Vale destacar que o nível relativamente baixo da dívida pública argentina (52,1% do PIB em 2015) garante ao governo algum tempo para endereçar esse problema. No entanto, caso haja a percepção de que o governo não vá conseguir avançar no ajuste fiscal, podem surgir preocupações com a sustentabilidade da dívida pública. O FMI estima que na ausência de ajuste, a dívida possa atingir 67% do PIB em 2021. Cenário Externo 8

Quadro de Projeções - PIB real Mundial e países selecionados 2007-2017 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016p 2017p Países Desenvolvidos 2,8 0,1-3,6 3,0 1,7 1,2 1,1 1,8 1,9 1,4 1,3 Estados Unidos 1,9-0,3-3,5 2,5 1,6 2,2 1,5 2,4 2,4 1,5 1,7 Área do Euro 3,0 0,4-4,3 1,8 1,5-0,6-0,4 0,9 1,5 1,5 1,3 Alemanha 3,4 0,8-5,1 3,6 3,1 0,9 0,4 1,6 1,7 1,7 1,0 França 2,3-0,1-3,1 1,7 1,7 0,0 0,3 0,4 1,1 1,3 1,0 Itália 1,7-1,2-5,5 1,8 0,4-2,7-1,9-0,3 0,4 1,3 0,9 Reino Unido 3,6-1,0-4,0 1,8 0,9 0,3 1,9 2,7 2,2 1,4 0,4 Japão 2,2-1,0-5,5 4,7-0,5 1,5 1,5 0,0 0,4 0,5 0,0 Países Emergentes 8,6 6,2 2,8 7,4 6,3 5,2 5,0 4,4 4,0 3,8 4,3 China 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,7 7,7 7,4 6,9 6,5 6,2 Coréia 5,1 2,3 0,3 6,3 3,6 2,0 2,8 3,3 2,6 2,0 2,0 Rússia 8,5 5,2-7,8 4,5 4,3 3,4 1,3 0,6-3,7-0,9 0,5 Índia 9,7 8,2 6,4 9,7 7,5 5,1 4,5 5,2 7,6 7,2 6,7 América Latina 5,8 4,3-1,3 6,1 4,9 3,1 2,9 1,4 0,0-0,7 1,8 Brasil 6,0 5,0-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1-3,8-3,4 1,0 Argentina 8,0 3,1 0,1 9,1 8,4 0,8 2,9 0,5 2,1-1,6 3,0 Chile 5,2 3,3-1,1 7,5 4,8 5,5 4,3 1,9 2,1 1,6 2,1 Colômbia 6,9 3,6 5,8 4,0 6,6 4,0 4,9 4,6 3,1 2,6 3,1 México 3,2 1,2-6,2 5,1 4,0 4,0 1,4 2,1 2,5 2,3 2,5 Peru 8,9 10,1 1,1 8,4 6,5 6,0 5,6 2,4 3,3 3,3 4,0 Mundo 5,4 2,9-0,6 5,4 4,2 3,4 3,3 3,4 3,1 2,7 2,8 Fonte: FMI Elaboração e (p) projeção: BRADESCO Quadro de Projeções Macroeconômicas Externas 9

Quadro de Projeções Macroeconômicas - Ano base 2007-2017 Quadro de Projeções Macroeconômicas Domésticas 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* 2017* ATIVIDADE, INFLAÇÃO E JUROS PIB (%) 6,1 5,1-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1-3,8-3,4 1,0 Agropecuária (%) 3,2 5,5-3,8 6,8 5,6-3,1 8,4 0,4 1,8-2,0 4,0 Indústria (%) 6,0 3,9-4,8 10,4 4,1-0,7 2,2-1,2-6,2-3,4 1,0 Serviços (%) 5,8 4,8 1,9 5,8 3,4 2,9 2,8 0,7-2,7-3,0 0,5 Consumo Privado (%) 6,3 6,4 4,2 6,4 4,8 3,5 3,6 0,9-4,0-4,4 0,5 Consumo da Adm. Pública (%) 4,1 2,1 2,9 3,9 2,2 2,3 1,5 1,3-1,0-2,0 0,5 Investimento (FBKF) (%) 12,0 12,7-1,9 17,8 6,6-2,6 5,9-4,4-14,1-8,0 3,0 Exportações Bens e Serviços Não Fatores (%) 6,2 0,4-9,2 11,7 4,8 0,3 2,4-1,1 6,1 4,4 2,5 Importações Bens e Serviços Não Fatores (%) 19,6 17,0-7,6 33,6 9,4 0,7 7,2-1,0-14,3-10,0 4,0 PIB (R$) - bilhões (Preços Correntes) 2.720 3.110 3.333 3.886 4.374 4.806 5.316 5.687 5.904 6.160 6.589 PIB (US$) - bilhões 1.397 1.695 1.669 2.208 2.611 2.459 2.464 2.417 1.772 1.775 2.025 População - milhões 189,5 191,5 193,5 195,5 197,4 199,2 201,0 202,8 204,5 206,1 207,7 PIB per capita - US$ 7.281 8.717 8.469 11.084 13.229 12.344 12.256 11.919 8.668 8.614 9.751 Produção Industrial - IBGE (%) 5,9 3,1-7,1 10,2 0,4-2,3 2,0-3,3-8,3-6,5 2,0 Taxa Média de Desemprego - IBGE (1) 8,9 8,1 8,6 8,3 7,6 7,3 7,2 6,7 8,4 11,2 12,6 Vendas no Comércio Varejista - Restrita (%) 9,7 9,1 5,9 10,9 6,7 8,4 4,3 2,2-4,2-6,5 1,0 IPCA - IBGE (%) 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 6,8 4,7 IPC - FIPE (%) 4,4 6,2 3,7 6,4 5,8 5,1 3,9 5,2 11,1 6,7 4,7 IGP-M - FGV (%) 7,8 9,8-1,7 11,3 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 7,4 4,5 IGP-DI - FGV (%) 7,9 9,1-1,4 11,3 5,0 8,1 5,5 3,8 10,7 7,0 4,5 Taxa Selic (final de período) % 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 13,75 10,25 Taxa Selic nominal (acumulado 12 meses) % 11,85 12,48 9,92 9,78 11,62 8,48 8,21 10,91 13,29 14,03 11,48 Taxa Selic real / IPCA (acumulado 12 meses) % 7,1 6,2 5,4 3,7 4,8 2,5 2,2 4,2 2,4 6,8 6,5 Taxa Selic real / IGP-M (acumulado 12 meses) % 3,8 2,4 11,8-1,4 6,2 0,6 2,6 7,0 2,5 6,1 6,7 EXTERNO, CÂMBIO, RISCO E BOLSA Balança Comercial (US$ bilhões) 40,0 24,8 25,3 20,1 29,8 19,4 2,6-3,9 17,7 47,3 47,8 Exportações (US$ bilhões) 160,6 197,9 153,0 201,9 256,0 242,6 242,2 225,1 190,1 185,2 199,4 Importações (US$ bilhões) 120,6 173,0 127,6 181,6 226,2 223,1 239,6 229,0 172,4 137,9 151,6 Corrente de Comércio (% PIB) 20,1 21,9 16,8 17,4 18,5 18,9 19,6 18,8 20,5 18,2 17,3 Déficit em serviços e rendas (US$ bilhões) -42,5-57,3-52,9-70,3-107,5-94,2-78,8-100,3-79,3-68,5-77,9 Saldo em conta-corrente (US$ bilhões) 1,6-28,2-24,3-47,3-77,0-74,1-74,8-103,6-58,9-18,5-27,2 Saldo em conta-corrente (% PIB) 0,1-1,7-1,6-3,4-2,9-3,0-3,0-4,3-3,3-1,0-1,3 Investimento Direto no País (US$ bilhões) 34,3 45,1 25,9 48,5 66,7 65,3 64,0 96,9 75,1 63,0 68,5 Taxa de câmbio (final de período) R$ / US$ 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,08 2,35 2,65 3,90 3,20 3,30 Taxa de câmbio (média anual) R$ / US$ 1,95 1,83 2,00 1,76 1,67 1,95 2,16 2,35 3,33 3,47 3,25 Desvalorização nominal ponta (%) -17,15 31,94-25,49-4,09 12,58 10,86 12,81 12,96 47,35-18,05 3,12 Desvalorização nominal média (%) -10,53-5,82 8,98-9,93-4,85 16,67 10,43 9,06 41,54 4,17-6,23 Reservas internacionais (US$ bilhões) - liquidez 180,3 206,8 239,1 288,6 352,0 378,6 375,8 374,1 368,7 378,0 383,2 Dívida Externa Total Médio e Longo Prazo (US$ bilhões) 193,2 198,3 198,2 256,8 298,2 312,9 308,6 348,7 334,7 336,4 343,1 Dívida Externa / Exportações 1,2 1,0 1,3 1,3 1,2 1,3 1,3 1,6 1,8 1,8 1,7 Reservas Internacionais / Importações 1,5 1,2 1,9 1,6 1,5 1,7 1,6 1,6 2,1 2,7 2,5 Rating Soberano Moody's Ba1 Ba1 Baa3 Baa3 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa3 - - Rating Soberano S&P BB+ BBB- BBB- BBB- BBB BBB BBB BBB- BB+ - - IBOVESPA - Pontos 63.886 37.550 68.588 69.305 56.754 60.952 51.507 50.007 43.349 - - FISCAL Resultado primário do setor público (R$ bilhões) 88,1 103,6 64,8 101,7 129,0 105,0 91,3-32,5-111,2-164,5-156,7 Resultado primário do setor público (% PIB) 3,2 3,3 1,9 2,6 2,9 2,2 1,7-0,6-1,9-2,7-2,4 Resultado nominal do setor público - sem câmbio (% PIB) -2,7-2,0-3,2-2,4-2,5-2,3-3,0-6,0-10,4-9,5-9,1 Dívida Bruta do Setor Público (R$ bilhões) 1.542,9 1.740,9 1.973,4 2.011,5 2.243,6 2.583,9 2.748,0 3.252,4 3.910,7 4.531,7 5.230,1 Dívida Bruta do Setor Público (% PIB) 56,7 56,0 59,2 51,8 51,3 53,8 51,7 57,2 66,2 73,6 79,4 Dívida Bruta do Setor Público - Reservas Internacionais (% PIB) 45,0 41,4 46,7 39,4 36,2 37,7 35,1 39,7 42,0 54,4 60,9 Dívida Líquida do Setor Público (% PIB) 44,5 37,6 40,9 38,0 34,5 32,3 30,6 33,1 36,0 54,5 56,0 (1): Em 2016, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) foi descontinuada e apenas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua passará a existir. / A série foi retropolada até 2012.. Atualizado com dados até 11/novembro/2016 (*) Estatísticas referentes ao Balanço de Pagamentos seguem metodologia nova BPM6. Fonte: Dados oficiais para números efetivos Elaboração e (*)projeção: BRADESCO 10

Equipe Técnica Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Fernando Honorato Barbosa Superintendente Executivo Economistas: Ana Maria Bonomi Barufi / Andréa Bastos Damico / Ariana Stephanie Zerbinatti / Constantin Jancso / Daniela Cunha de Lima / Ellen Regina Steter / Estevão Augusto Oller Scripilliti / Fabiana D Atri / Igor Velecico / Leandro Câmara Negrão / Marcio Aldred Gregory / Myriã Tatiany Neves Bast / Priscila Pacheco Trigo / Regina Helena Couto Silva / Thomas Henrique Schreurs Pires Estagiários: Bruno Sanchez Honório / Christian Frederico M. Moraes / Fabio Rafael Otheguy Fernandes / Mariana Silva de Freitas / Rafael Martins Murrer O BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). 11