CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DO EXAME CITOPATOLÓGICO NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO DAS MULHERES USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

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Transcrição:

CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DO EXAME CITOPATOLÓGICO NA DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO DAS MULHERES USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE GARCIA, Thaynara Soares 1 ; MAGALHÃES, Juliana Cristina; AMARAL, Rita Goreti 2 orientação. Palavras-chave: câncer do colo do útero; exame citopatológico; prevenção; Introdução Sem considerar os tumores da pele não melanoma, o câncer do colo do útero (CCU) é o mais incidente na região Norte (24/100mil). Nas regiões Centro Oeste (28/100 mil), e Nordeste (18/100 mil) ocupa a segunda posição mais frequente, na região Sudeste (15/100 mil), a terceira, e na região Sul (14/100 mil), a quarta posição (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012a). Segundo o Ministério da Saúde (2012a), os dados de registro de câncer de base populacional mostram que os casos novos de CCU para o ano de 2012, serão de 12750 casos novos de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 17 casos para cada 100 mil mulheres. As lesões precursoras do CCU podem regredir espontaneamente, permanecer estáveis por tempo desconhecido e pode progredir até tornar-se carcinoma invasor. Se diagnosticada nessa fase de evolução, é tratável a nível ambulatorial, em cerca de 80%, e chega próximo de 100% de cura (CANTOR et al., 2005, p. 405-15; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002b). No Brasil, atualmente, a faixa etária priorizada pelo Ministério da Saúde/Instituto Nacional do Câncer é de 25 a 64 anos uma vez por ano e, após dois exames negativos consecutivos, deve ser realizado a cada três anos, de acordo com as Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer de colo do útero. Essas diretrizes apoiam-se na observação da história natural do câncer do colo do útero, Resumo revisado por: Rita Goreti Amaral. Conhecimento, atitude e prática do exame citopatológico na prevenção do câncer do colo do útero das mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde. FF 50. 1 Faculdade de Farmácia - e-mail: thaynarasg@live.com 2 Universidade Federal de Goiás- e-mail: ritagoreti26@gmail.com

que permite detecção precoce de lesões pré-malignas ou malignas, e o seu tratamento oportuno, graças à lenta progressão para estágios mais graves que esta lesão apresenta (MINITÉRIO DA SAÚDE, 2011c). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para que haja impacto nos indicadores de morbimortalidade a cobertura mínima necessária pelo exame de rastreamento é de 80% da população alvo (BRASIL, 2010). O estudo teve como objetivo orientar as mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de Goiânia, Goiás e identificar as principais causas que prejudicam o acesso das mesmas na realização do exame de prevenção. Metodologia Participaram deste estudo mulheres usuárias do SUS, atendidas pela Estratégia da Saúde da Família, no período de agosto de 2011 a março 2012. Foram incluídas aquelas maiores de 18 anos que aceitaram participar do estudo e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Do total, 700 mulheres que responderam o questionário, 71 foram excluídas, por não atenderem aos critérios de inclusão. Até o momento, 629 mulheres foram incluídas no estudo. Foi utilizado para coleta de dados um questionário contendo informações sobre a mulher (escolaridade, estado civil, se é usuária de anticoncepcional, se está na menopausa, se faz tratamento de reposição hormonal, se já fez o exame de prevenção alguma vez, entre outras), além de dados relativos ao conhecimento atitude e prática frente ao exame de prevenção do câncer do colo do útero. O questionário foi aplicado pelos Agentes Comunitários de Saúde, devidamente treinados, durante a visita domiciliar da mulher. Utilizou-se o programa Epi Info TM Versão 3.3.2 para o armazenamento e análise dos resultados. Resultados e discussão Observou-se que, em relação ao perfil das mulheres a maioria apresentou idade entre 25 e 64 anos (53,9%), possuem segundo grau completo (26,6%) e são casadas (44,7%) (Tabela1).

Tabela 1- perfil das mulheres usuárias do SUS, atendidas pela ESF. PERFIL DAS MULHERES n % IDADE < 25 anos 233 37,0 25 a 64 anos 339 53,9 >65anos 57 9,1 ESCOLARIDADE Analfabeta 18 2,9 1º grau incompleto 1 0,2 1º grau completo 44 7,0 2º grau incompleto 63 10,0 2º grau completo 167 26,6 Ensino Superior 49 7,9 Não informou 1 0,2 ESTADO CIVIL Solteira 166 26,4 Casada 281 44,7 Amasiada 83 13,2 Viúva 54 8,6 Desquitada 44 7,0 Em relação ao conhecimento, atitude e prática observou-se que a grande maioria das mulheres (98,1%) ouviram falar do exame citopatológico, sendo que o meio principal de divulgação foi pelo posto de saúde (69,2%) e 93,2% disseram que o objetivo do exame era para a prevenção do câncer, porém apenas 61,4% julgaram muito necessário a sua realização (Tabela 2). A maioria das mulheres (91,3%) já fizeram o exame, e 59,1% realizaram-no anualmente. Dentre as que nunca se submeteram ao procedimento, 2,7% alegaram sentir vergonha do médico, por isso a não realização do mesmo (Tabela 2). Tabela 2- conhecimento, atitude e prática das mulheres usuárias do SUS, atendidas pela ESF. CONHECIMENTO n % JÁ OUVIU FALAR EM EXAME CITOPATOLÓGICO Sim 617 98,1 Não 6 1,0 Não informou 6 1,0 ONDE OUVIU FALAR DO EXAME DO COLO UTERINO Posto de Saúde 435 69,2 Rádio/ TV 342 54,4 Trabalho 57 9,1 Vizinhos/amigos 122 19,4 Igrejas e afins 41 6,5 Palestras 179 28,5 Agentes Comunitários 326 51,8 Outros 45 7,2 PARA QUE SERVE O EXAME DE Evitar o câncer do colo do útero 586 93,2 Não sabe 23 3,7 Outros 48 7,6

QUAL A OPINIÃO EM RELAÇÃO AO EXAME DE Muito necessário 386 61,4 Necessário 222 35,3 Mais ou menos necessário 5 0,8 Desnecessário 1 0,2 Não sabe 1 0,2 Não informou 14 2,2 ATITUDE n % TEMPO QUE ACHA NECESSÁRIO REALIZAR O EXAME PREVENTIVO 6/6 meses 212 33,7 1 ano 387 61,5 3/3 meses 4 0,6 Não informou 7 1,1 PRÁTICA n % VOCÊ JÁ FEZ O EXAME DE Sim 574 91,3 Não 50 7,9 Não informou 5 0,8 COM QUE FREQUÊNCIA VOCÊ FAZ O EXAME DE 6/6 meses 87 13,8 1/1 ano 372 59,1 3/3 anos 61 9,7 PORQUE VOCÊ NUNCA FEZ O EXAME DE Falta de conhecimento 10 1,6 Desmotivação/ despreocupação 14 2,2 Tem vergonha do médico 17 2,7 Não pode deixar as crinaças/ parentes 1 0,2 Não pode faltar ao trabalho 3 0,5 Não tem médico 1 0,2 Não tem vaga 1 0,2 Outros 9 1,4 Não informou 10 1,6 Conclusões Os resultados deste estudo mostraram que a maioria das mulheres possuiam um conhecimento adequado a respeito do exame citopatológico, uma vez que já tinham informação sobre a importância do exame e que mais de 90% delas haviam realizado o exame pelo menos uma vez. Dentre as mulheres que nunca realizaram o procedimento, os principais motivos que impediram essa realização foram: sentir vergonha do médico seguido de desmotivação/despreocupação, mesmo sabendo da importância do exame. Referências Bibliográficas a MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância de Câncer.

Estimativas 2010: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2012. Disponível em: <http://www1.inca.gov.br/estimativa/2012/> Acesso em: 27 mar. 2012. b MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual Técnico. Profissionais de Saúde. Prevenção do Câncer do Colo do Útero. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/manual_profissionaisdesaude.pdf >. Acesso em: 24 abr. 2012. c MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero. Instituto Nacional do Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Rio de Janeiro: INCA, 2011. Disponível em: <http://www1.inca.gov.br/inca/arquivos/diretrizes_rastreamento_cancer_colo_ute ro.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Plano de Ação para redução da Incidência e Mortalidade por Câncer de Colo do Útero: Sumário Executivo. Programa Nacional de Controle do Câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: INCA, 2010. CANTOR, B. S. et al. Natural history of cervical intraepithelial neoplasia: a metaanalysis. Acta Cytol, Texas, v. 49, n. 4, p. 405-15, 2005.