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Transcrição:

COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Programa de Recuperação Paralela 3ª Etapa 2012 Disciplina: Língua Portuguesa Professor (a): Cristiane Ano: 9º Turmas: 9.1 e 9.2 Caro aluno, você está recebendo o conteúdo de recuperação. Faça a lista de exercícios com atenção, ela norteará os seus estudos. Utilize o livro didático adotado pela escola como fonte de estudo. Se necessário, procure outras fontes como apoio (livros didáticos, exercícios além dos propostos, etc.). Considere a recuperação como uma nova oportunidade de aprendizado. Leve o seu trabalho a sério e com disciplina. Dessa forma, com certeza obterá sucesso. Qualquer dúvida procure o professor responsável pela disciplina. Conteúdo Unidades de Estudo conceitos e habilidades Leitura e interpretação; Produção textual; Figuras de Linguagem; Estrutura e formação de palavras. Recursos para Estudo / Atividades. Livro da RCE;. Livro de Gramática:. Caderno;. Avaliações da 3ª etapa.

Colégio Nossa Senhora da Piedade Av. Amaro Cavalcanti, 2591 Encantado Rio de Janeiro / RJ CEP: 20735042 Tel: 2594-5043 Fax: 2269-3409 E-mail: cnsp@terra.com.br Home Page: www.cnsp.com.br ENSINO FUNDAMENTALII Área de Conhecimento: Códigos e Linguagens Disciplina: Língua Portuguesa Bloco de estudos Recuperação paralela Etapa: 3ª. Professora: Cristiane Lopes Nome do (a) aluno (a): Ano: 9º Turma: Nº TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES: Texto I Ciência de Valor A frase que sorvete que nada, eu quero é estudar surpreenderia a maioria das pessoas, pois não saiu de um mundo ideal imaginado por adultos. Veio de Amanda Rodrigues, 20. Foi o jeito que a paulista encontrou para apressar os colegas que queriam fazer uma pausa nos preparos da delegação brasileira. O país levou um time de 32 alunos para a Intel Isef, a maior feira de Ciências do mundo, em Los Angeles. É um evento que reuniu 1 500 alunos vindos de 65 países. O grupo apresentou 21 projetos dos quais 11 foram premiados. Um deles recebeu US$ 60 mil em bolsas. A empolgação dos estudantes foi muito elogiada pelos jurados e pelo público. A gaúcha Kaowana Vianna, 18, era das mais animadas. Após o bisavô e a avó da garota terem sofrido amputações por complicações causadas pela diabetes, ela criou uma meia para manter os pés aquecidos. O tecido funciona a partir de nanopartículas de prata que refletem a radiação térmica emitida pelo corpo. Segundo Roseli Lopes, coordenadora da Febrace uma das feiras nacionais que classificam alunos para a Isef a estratégia é disseminar a Ciência entre os jovens de todos os cantos, brincamos que vamos encontrar o próximo Nobel, estamos mexendo na base, diz. (Diogo Bercito, Folha de S.Paulo, 23.05.2011. Adaptado) Texto II A próxima geração será mais envolvida com questão ambiental As pessoas que entrarão no mercado de trabalho a partir da próxima década já nasceram conectadas e se diferenciarão pelo envolvimento com questões ambientais [como reciclagem e economia de papel], destaca Luiz Edmundo Rosa, diretor de educação da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos). A preocupação com a sustentabilidade será exigência básica das organizações e dos líderes do futuro, explica. (Folha de S.Paulo, 02.10.2011. Adaptado)

Texto III O ator Charles Chaplin, no filme Tempos Modernos, apertando parafusos numa fábrica do século passado. (www.materiaincognita.com.br/wp-content/uploads/2011/01charlie-chaplin. Adaptado) Não é dinheiro, estúpido Sou, com frequência, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais. Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio. Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa fábrica do século passado. É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar seu ofício com todo o coração. Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna. Meu segundo conselho: pense no país, porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. (Nizan Guanaes, Folha de S.Paulo. 08.02.2011. Adaptado)

Texto IV QUESTÃO 01: Para Nizan Guanaes (texto III), por que o profissional representado por Charles Chaplin, isto é, aquele que somente aperta parafusos em uma fábrica, não é mais adequado ao atual mercado de trabalho? QUESTÃO 02: O texto IV é uma charge em que se veem formandos eufóricos diante de uma oportunidade de emprego. Nos outros textos apresentados, tem-se um perfil do profissional que o mercado de trabalho espera. Relacionando as informações dadas, RESPONDA se é correto concluir que o valor do salário deve ser mais importante do que a realização profissional, justificando sua resposta. QUESTÃO 03: Interpretando o primeiro parágrafo do texto I, por que o comportamento de Amanda Rodrigues, caracterizado pela frase que sorvete que nada, eu quero é estudar, causaria surpresa para muitas pessoas?

QUESTÃO 04: No texto II, menciona-se o tema da sustentabilidade. Que relação se pode estabelecer entre esse tema e o segundo conselho dado por Nizan Guanaes, presente no último parágrafo do texto III? QUESTÃO 05: O argumento de autoridade é um recurso de linguagem muito usado em textos jornalísticos. Ele ocorre quando o autor do texto cita opiniões de outras pessoas que são consideradas autoridades, isto é, que são especialistas naquela determinada área de conhecimento. Esse recurso é importante, pois confere credibilidade às informações passadas no texto. Com base na afirmação apresentada, INDIQUE um texto da prova em que o argumento de autoridade foi empregado. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Machos e fêmeas Histórias de amores frustrados, relações ruins ou trágicas, fracassos, decepções, dores e rancores se multiplicam. Chega a parecer, algumas vezes, que um amor bom, ao menos razoável, alegre, cúmplice, terno e sensual, que faça crescer, seja um bem tão raro quanto viver lúcido e saudável até os cem anos. Fico pensando nesse dilema, que pode parecer divertido a uma primeira leitura, mas na prática é demais complexo: se não combinamos, por que homens e mulheres nos queremos e nos procuramos? Pensando bem, homens e mulheres pouco têm em comum exceto a preservação da espécie: as almas são diferentes, a biologia é outra, as vontades e os interesses também. Prioridades de um e outro, nada a ver. Como tribos vizinhas mais inimigas: guerrinhas, escaramuças, ou guerra total. Muito é cultural, concordo. Mas cada vez mais acredito que somos imensamente determinados pelo que éramos nas cavernas. Homem saía pra caçar, voltava, fazia filhote, saía pra caçar e pra matar inimigo, voltava... e assim por diante. Mulher ficava na caverna pra ser fecundada, parir, alimentar a família e proteger as crias. Ah, e cuidar do troglodita para que ele estivesse bem nutrido e descansado ao sair em busca de comida para ela e para as crias, e a fecundar de novo... e assim por diante.

Mudou o mundo, os hábitos se transformaram, incrivelmente muita coisa aconteceu mas o homem e a mulher das cavernas ainda nos habitam sob a casca de algum requinte. Foi Tomás de Aquino ou Agostinho quem disse que o ser humano é um anjo montado num porco? Na guerra e às vezes na relação amorosa o animal predomina; na paz e nos momentos ternos funciona o anjo. O bom mesmo é a mistura, no ponto: nem de menos, nem de mais. Só a impenetrável natureza explica que seres tão diversos quanto machos e fêmeas se queiram tanto, se encantem, se façam felizes ou se detestem, se traiam, se atormentem e, quando possível, até se destruam. Ou tudo isso ao mesmo tempo. O que os diferencia das peludas criaturas originais nem é, pois, a paixão, mas o amor: amizade com sensualidade. O que precisa um casal para ser um bom casal, amoroso, alegre, criando pontes sobre as diferenças e resolvendo com bom humor as agruras do convívio cotidiano? Penso que o bom casal é o que SE GOSTA, com tudo o que isso significa: cumplicidade, interesse, sensualidade boa, e o difícil compromisso da lealdade. Dedicação, às vezes até devoção. Para que a gente seja, além de machos e fêmeas, pessoas que se entendem, curtem, confortam, desejam e... tudo aquilo que nas cavernas acontecia. Só que com mais graça, consciência, talvez mais delicadeza. É aí que (re)começam os problemas. Mas macho e fêmea não desistem nem devem. Pois apesar da trabalheira toda bem que a gente gosta! (LUFT, Lya. Pensar é transgredir. 2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.) O idioma oferece vários recursos para a ampliação do vocabulário. No 2º parágrafo do texto I, o leitor depara-se com as palavras cúmplice e sensual. Já no 10º parágrafo, observam-se as palavras cumplicidade e sensualidade. QUESTÃO 06: Como se chama o processo formador dessas palavras em que se incorpora o afixo após o radical? QUESTÃO 07: INDIQUE a classe gramatical de cada par de palavras: cúmplice/sensual:

cumplicidade/sensualidade: QUESTÃO 08: O fragmento do texto: Ou tudo isso ao mesmo tempo (9º parágrafo) remete o leitor a uma fusão de duas sequências que se opõem. Aponta-se, dessa forma, para uma afirmação que pode ser expressa por meio de que figura de linguagem? TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: QUESTÃO 09: Na fala de Calvin, expressa no terceiro quadrinho da tira, percebe-se uma crítica feita por meio da ironia. Que palavra indica essa crítica? TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: - Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? - Deixe-me, senhora. - Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. - Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. - Mas você é orgulhosa.

- Decerto que sou. - Mas por quê? - É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? - Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? - Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... - Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando... - Também os batedores vão adiante do imperador. - Você é imperador? - Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante, vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana - para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: - Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte: continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe: - Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o baile das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a agulha não disse nada: mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: - Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde

me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! Machado de Assis (Para Gostar de Ler - Vol. 9) A expressão "plic - plic - plic - plic" é semelhante a "toc - toc" ou "ping - pong". QUESTÃO 10: Como se chamam essas expressões? QUESTÃO 11: CITE três outras que você conheça. PRODUÇÃO TEXTUAL: CRIE um diálogo entre dois personagens, que apresenta uma visão pessimista e outra otimista das situações que ocorrem na atualidade. FAÇA uso da pontuação que caracteriza este tipo de texto: dois pontos e travessões (não esqueça os parágrafos).