Sumário Executivo PESQUISA DOMICILIAR COM OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA



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Transcrição:

Sumário Executivo PESQUISA DOMICILIAR COM OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA Pólis Pesquisa Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Brasília, novembro de 2005

Sumário Executivo Pesquisa domiciliar com os beneficiários do Programa Bolsa Família 1. Apresentação A Pesquisa domiciliar com os beneficiários do Programa Bolsa Família foi contratada por via licitatória, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica com a FAO (UTF/BRA/064/ Brasil). A pesquisa foi executada pelo Instituto Pólis Pesquisa, entre março e novembro de 2005, e teve como objetivo central investigar as percepções dos beneficiários do Programa Bolsa Família, com ênfase na mensuração do grau de conhecimento dos beneficiários sobre o programa e sua avaliação sobre a importância da iniciativa na melhoria de suas condições de vida. O Programa Bolsa Família, resultado da unificação de quatro programas de transferência de renda administrados pelo Governo Federal (Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e Vale Gás), é o principal componente da Estratégia Fome Zero. O programa possui dois grandes objetivos: a) combater a fome, a pobreza e as desigualdades por meio da transferência de um benefício financeiro associado à garantia do acesso aos direitos sociais básicos de saúde, educação, assistência social e segurança alimentar; b)promover a inclusão social, contribuindo para a emancipação das famílias beneficiárias, construindo meios e condições para que elas possam sair da situação de vulnerabilidade em que se encontram. Iniciado em outubro de 2003, o Programa Bolsa Família atingiu em 2005 cerca de 4,5 milhões de famílias em mais de 5.400 municípios brasileiros. Até o final de 2006, estima-se chegar a 11,2 milhões de famílias, beneficiando, assim, a todas as unidades domiciliares com renda familiar per capita abaixo de R$ 100,00 (cem reais). O valor médio dos benefícios concedidos em 2005 foi de R$ 70,00 (setenta reais) e o benefício é preferencialmente dirigido às mulheres, como responsáveis pelas famílias. Além dos benefícios monetários, o programa prevê que as famílias beneficiadas cumpram algumas condicionalidades (ou contrapartidas sociais), referentes à saúde e à educação. Diante da relevância do Bolsa Família para o combate à fome e à pobreza no Brasil e da magnitude dos recursos orçamentários envolvidos em sua execução, faz-se necessário entender a avaliação do público beneficiário a respeito do programa. 2

Desta forma, será possível identificar estrangulamentos que possam ser corrigidos, aperfeiçoando a gestão do programa, e dimensionar a percepção dos beneficiários sobre o impacto do programa na melhoria de suas condições de vida. 2. Metodologia A pesquisa foi domiciliar com amostra probabilística, representativa dos beneficiários do Programa Bolsa Família, com abrangência nacional, compreendendo um total de 2.317 domicílios distribuídos por 86 municípios. O questionário, com questões abertas e fechadas, foi aplicado ao responsável legal pelo recebimento do benefício no domicílio. A seleção das unidades amostrais (famílias beneficiárias) se deu em múltiplos estágios. No primeiro estágio, foram selecionados aleatoriamente 86 municípios, estratificados pelas grandes regiões do país e pelo porte, segundo o quantitativo de beneficiários 1. A partir da lista de referência das famílias beneficiárias do programa fornecida pelo MDS, foi feita a seleção aleatória das famílias a serem entrevistadas. A seleção das unidades amostrais considerou listas de substituição para aqueles casos em que a família beneficiária selecionada não fosse localizada no endereço indicado, casos de recusas, morte do beneficiário e outras situações, além de casos em que, após dois retornos ao domicílio em horários diferentes, o responsável legal não fosse encontrado. Para a análise dos dados de todo o país, as informações foram ponderadas por região, com peso proporcional ao número de beneficiários do programa. A margem de erro estimada em nível nacional foi de 2,1 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Para o nível regional, a margem de erro foi de 3,8 pontos percentuais no Nordeste e de 5,0 pontos percentuais para as demais regiões. 3. Resultados A seguir são apresentados os resultados obtidos, separados de acordo com os seguintes temas: percepções sobre o programa, cadastramento, utilização do cartão e saque do benefício, condicionalidades e acesso e frequência à escola. 1 Os municípios foram distribuídos de acordo com os seguintes portes: Porte 1 até 1.000 beneficiários; Porte 2 de 1.001 a 3.000 beneficiários; Porte 3 de 3.000 a 8.000 beneficiários; Porte 4 de 8.000 a 16.000 beneficiários; Porte 5 de 16.000 a 40.000 beneficiários e Porte 6 mais do que 40.000 beneficiários. 3

3.1 Percepções sobre o Programa O Programa Bolsa Família é muito bem avaliado pelos responsáveis legais beneficiários: 85,3% consideram-no ótimo/bom ; 13,7%, regular e menos de 1% avaliam-no como ruim ou péssimo. O programa é considerado muito importante/importante por quase 97% dos responsáveis legais. Apenas 3,2% sustentam ser o programa pouco importante ou sem importância. Em média, os entrevistados declararam receber R$ 64,19, sendo a mediana da distribuição de R$ 65,00. A renda média das famílias é de R$ 367,04, aí incluído o valor do benefício. A mediana da renda é de R$ 375,00. Considerando estes valores, verificou-se que o benefício representa uma variação percentual média da renda familiar de 21,35%. Sem o benefício, os participantes do programa teriam uma renda familiar média de R$ 302,47 e uma renda familiar mediana de R$ 305,00. Em média, as famílias beneficiárias do programa gastam R$ 144,60 com alimentos e produtos para a casa, valor que equivale a cerca de 40% do orçamento familiar. Para 87,8% dos responsáveis legais beneficiários do Bolsa Família, a vida familiar melhorou muito (25,9%) ou melhorou (62%) desde que a família ingressou no programa; 11,9% acreditam que a vida familiar não se alterou ; 0,3% diz que a vida familiar piorou ou piorou muito. O Nordeste é a região em que é maior a percepção de que a vida da família tenha melhorado muito com o programa. Na região Sudeste, é maior a incidência de respostas a vida continuou igual. Apesar da percepção prevalente entre a maioria de que a vida melhorou, para 52,7% dos participantes do programa, o valor do benefício é médio, 8,7% consideram-no alto e 37,2%, baixo. A maioria dos responsáveis legais beneficiários do programa tem expectativa positiva em relação ao futuro. Para 60,6%, a vida da família estará melhor em cinco anos; 36,7% acreditam que estará igual; 2,3% dizem que estará pior. Ainda avaliando as perspectivas futuras, para 37,1%, a família continuará a necessitar do benefício; outros 37,4% dizem esperar que não. Apenas 4,6% dizem que não precisarão do benefício; 20,9% dizem não saber projetar o que acontecerá. Em se tratando do quesito alimentação, os adultos fazem três ou mais refeições por dia em 61,7% dos domicílios; em 29,8%, eles fazem três ou mais refeições quase todos os dias; em 6,8%, isso ocorre poucos dias na semana e, em apenas 1,8% dos domicílios, eles não têm três ou mais refeições por dia em nenhum dia da semana. Em 66% dos domicílios das famílias beneficiárias do programa, as crianças fazem três ou mais refeições todos os dias da semana. Em 21,9%, elas têm acesso a três ou mais refeições quase todos os dias da semana. Em 4,8% dos domicílios, as crianças têm acesso a três ou mais refeições por dia em poucos dias da semana. Em 1,2% dos domicílios, elas nunca têm três ou mais refeições por dia. 4

Para 67,4% das famílias beneficiárias do programa, a qualidade dos alimentos que ingerem é muito boa/boa ; 30,7% consideram-na regular e 1,9% afirmam ser ruim/ muito ruim. Em 82,4% dos domicílios de participantes do programa, os responsáveis legais acreditam que a alimentação da família melhorou depois que começaram a receber o benefício; em 17,4%, eles dizem que a alimentação continuou igual ; e em menos de 1% dos domicílios (0,2%), eles afirmam que a alimentação piorou. 3.2 Cadastramento A escola das crianças foi o meio pelo qual 37,3% das famílias participantes do programa tomaram conhecimento sobre o cadastramento do Bolsa Família; 16,9% dizem ter sido informados por vizinhos, amigos ou parentes ; 13,1%, por propaganda no rádio, jornal ou televisão; 12,3% indicam uma instituição de caridade ou ONG; 8,5% foram informados no posto de saúde; 3,4%, no banco; 2,5%, por carro de som; 1,9%, pela associação de moradores e 1,4%, pela igreja. Em 45,9% dos domicílios, o cadastramento foi feito em uma escola e, em 15% dos casos, nas próprias casas; 11,2% informam ter sido feito em algum órgão da prefeitura; 10,6%, na sede da prefeitura e 7,2%, em um posto de saúde. Em 5,1% dos domicílios, o cadastramento aconteceu na associação dos moradores e, em 3,4%, numa igreja. De acordo com 31,2% dos responsáveis legais, o cadastro da família foi atualizado; ao contrário, 54,5% dizem que não atualizaram suas informações após o cadastramento inicial; 14,3% não souberam responder. Espontaneamente, 40,2% declararam que procurariam a Caixa Econômica Federal se tivessem algum problema com o recebimento do benefício; 24,9% recorreriam à prefeitura municipal ou órgão público regional; 9,7% tentariam resolver no local de recebimento do benefício. Foram ainda citados: Ministério do Desenvolvimento Social (4,2%); Secretaria da Educação (3,1%); comitê ou conselho de controle do benefício (2,1%); escola em que fez o cadastro (0,4%); call center do MDS (0,4%); Ministério da Educação (0,3%) e Secretaria de Bem-Estar Social (0,2%). 3.3 Utilização do cartão e saque do benefício As famílias, em geral, não têm dificuldade para utilizar o cartão: 18,6% dizem ser muito fácil e 77,7% afirmam ser fácil. Apenas 2,9% dizem ser difícil e 7% muito difícil. Em 74,9% dos domicílios, quem saca o benefício é o responsável legal; em 19,9%, quem o faz é o marido/companheiro/esposa/companheira; em 3% dos domicílios, os filhos/filhas realizam o saque; em 1,1%, outra pessoa que não mora em casa. Foram ainda citados por menos de 1%: outra pessoa da família (0,8%) e outro (0,2%). 5

Em 75,6% dos domicílios, quem administra o benefício é o responsável legal; em 22,1%, o marido/esposa/companheiro/companheira; em 1,4% dos domicílios, o filho/ filha. Outras situações representam menos de 1% das respostas. O acesso ao local do saque do benefício é difícil para 76% dos beneficiários do programa e, para 4%, muito difícil. Ao contrário, 6,2% informam ser o acesso muito fácil e 13,7% fácil. Enquanto 64,7% sacam o benefício em casa lotérica, 30% retiram-no no banco e 5,4% fazem o saque em outro lugar. Entre aqueles que sacam no banco, 28,3% utilizam o cartão e apenas 1,7% se vale da guia. O saque do benefício é rápido para 65,2% dos participantes do programa; para 30,9%, ele é demorado. O tempo médio para o saque do benefício é de 21,64 minutos. Junto à metade dos beneficiários que executa a operação mais rapidamente, o tempo máximo que leva é de 15 minutos (mediana). Sobre o calendário de pagamento do benefício, 73,5% dos beneficiários do programa sempre sabem o dia certo de retirar o benefício; 23,5% dizem que às vezes não sabem o dia certo; 2,2% declaram nunca saber o dia certo. 3.4 Programa e condicionalidades Em cada domicílio foram feitas até três citações espontâneas a respeito das condicionalidades do programa e as indicações foram as seguintes: 88,1% dos responsáveis legais indicaram como condicionalidade do programa, em uma das respostas válidas, manter as crianças frequentando a escola ; 24,5% indicaram manter em dia a vacinação das crianças ; 11,6% indicaram as gestantes fazerem pré-natal. Dos entrevistados, 85,6% declararam concordar totalmente com as condicionalidades do programa, 11,7% dizem concordar em parte, 2% discordam em parte e 0,3% diz discordar totalmente. 3.5 Acesso e frequência à escola Dentre todos os beneficiários do programa das famílias entrevistadas, de todas as idades, tem-se: 0,9% em escola privada; 41,6% em escola pública; 47,4% que não estão estudando, embora já tenham frequentado; 10% que nunca frequentaram (inclusive crianças na faixa de 0 a 6 anos). Em geral, 42,5% dos beneficiários do programa estão estudando em diferentes faixas etárias. Entre crianças de até seis anos incompletos ou completos, tem-se na pré-escola: 34,4% das crianças de quatro anos; 72,2% das crianças de cinco anos e 90,5% das crianças de seis anos. 6

Dentre crianças de sete a 15 anos, tem-se: 1,7% estudando na rede privada, 96,2% estudando na rede pública, 1,8% que não está na escola, embora já a tenha frequentado em algum momento e 0,3% que nunca esteve na escola. Nunca frequentaram a escola: 0,4% na faixa de 16 a 24 anos; 5,8% na faixa de 25 a 49 anos; 20,8% na faixa de 50 a 64 anos e 40,2% entre aqueles com mais de 65 anos. Nas informações sobre a frequência escolar na faixa etária de sete a 15 anos, verificou-se que 84,5% dos alunos frequentam a escola todos os dias na semana; 9,5%, quatro dias na semana; 4,3%, três dias na semana; 1,4%, dois dias na semana; 0,3%, um dia na semana e 0,1% não foi às aulas em nenhum dia na semana anterior ao levantamento do campo. 7

Ficha Técnica Execução Pólis Pesquisa Coordenador-Geral Eugênio Eduardo Cunha Gomes Pesquisadores Bertha Jeha Maakaroun Elisete de Assis Ribeiro Unidades Responsáveis Secretário de Avaliação e Gestão da Informação Rômulo Paes de Sousa Diretora de Avaliação e Monitoramento Jeni Vaitsman Coordenador-Geral de Avaliação e Monitoramento de Execução e Impacto Luís Otávio Pires Farias Secretária Nacional de Renda de Cidadania Rosani Evangelista Cunha Edição e diagramação deste sumário Revisão Cristiane dos Santos Pereira Marina Pereira Novo Júnia Valéria Quiroga da Cunha Thaise dos Santos Leandro Diagramação Tarcísio da Silva Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação Esplanada dos Ministérios Bloco A Sala 323 CEP: 70.054-906 Brasília DF Fone: 61 3433-1509 Fax: 3433-1529 www.mds.gov.br/sagi