RELATÓRIO VERSUS VERÃO 2016

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Transcrição:

RELATÓRIO VERSUS VERÃO 2016 Viviane Correia da Silva Enfermeira/Discente de Educação Física pela UFPE/CAV Facilitadora do NB 5 Vivência realizada na cidade de Vitória de Santo Antão no espaço do Centro Acadêmico de Vitória. Meu primeiro contato com o Ver SUS foi no ano de 2014 quando fui selecionada para ser vivente, desde então a vontade de ser facilitadora foi constante no meu coração. Nossa vivência iniciou-se no dia 21/01 numa quinta-feira onde fizemos o eixo do dia: ACONHIMENTO, foi mostrado ao viventes o local de alojamento e plenária onde lá foram passadas algumas informações à respeito das vivências como também a divisão dos NBs (núcleo de base) e a confecção dos cartazes que caracterizasse cada NB. Fui responsável pelo NB 5 que foi formado por 5 estudantes: 1 de biomedicina, 2 de enfermagem, 1 de saúde coletiva e 1 ACS que acabara de terminar o curso de enfermagem. Infelizmente uma integrante do NB 5 nos deixo no meio da vivência por motivos pessoais. Para finalizar o dia foi realizada a dinâmica de impressões do SUS parte 1, com objetivo de despertar nos viventes uma revisão de suas impressões do SUS como um todo. Nosso segundo dia abordou o eixo SOCIEDADE cujo objetivo deste segundo dia foi de discutir o modelo de sociedade capitalista, compreendendo suas contradições, opressões e desigualdades produzidas por esse modelo societário e refletir sobre seus impactos na saúde. Iniciamos com uma mística, onde foi lido o poema Elegia de Carlos Drummond de Andrade e em seguida foi passado o filme A história das coisas onde houve no final uma roda de discussão com os viventes sobre o filme onde ratificamos o real sentido da seta dourada que o filme engloba tanto. Logo após foi assistido o vídeo Se os tubarões fossem homens, utilizado como meio para provocar a discussão sobre os papéis desenvolvidos por nós, por vezes opressores e por vezes oprimidos. A grande maioria do grupo se mostrou bastante atenta e participativa, a discussão transcorreu e foi desenvolvida com a contribuição de falas e reflexões de grande parte de viventes e facilitadores. A partir dele foi

produzido o origami no formato de peixe posteriormente todos finalizarem as tarefas cada participante apresentou o seu peixe explicando as questões subjetivas que os levaram a caracterizar os mesmo conforme se apresentavam. Na parte da tarde houve a dinâmica da Fábrica de Sapatos para trabalhar o conceito de Mais-Valia e evidenciar como o sistema capitalista explora os homens e sustenta a reprodução da concentração da riqueza socialmente construída. Posteriormente foi trabalhado o texto Sobre o papel de trabalho na transformação do macaco em homem de Frederich Engels, foi dividido em NB s para elaborar um produto sobre o texto. Logo em seguida assistimos o filme Tempos modernos, com o objetivo de mostrar a mecanização do trabalho e discussão pós-filme. Nosso terceiro dia abordou o eixo OPRESSÃO, foi um dos dias mais emocionante em minha opinião. Contamos com a presença da nossa querida Renata Maia, assistente social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ela possui uma deficiência motora, foi vivente do VERSUS edição 2013. Com o objetivo de trazer as opressões que passam despercebidos pela grande maioria das pessoas. Foi feito um momento com imagens espalhadas no chão para incentivar o debate sobre opressões em todos os espações sociais. No momento seguinte, teve a primeira visita, fomos ao terreiro de Candomblé, quem nos recebeu foi Pai Àlábíyí, que falou sobre sua religião, as opressões que ele e sua família sofre. A atividade da noite infelizmente não pôde participar por um motivo pessoal. Nosso quarto dia abordou o eixo DETERMINANTE SOCIAIS DA SAÚDE ao qual foi passado o documentário Ilha das Flores com o objetivo de mostrar como a economia provoca relações desiguais entre a população. Para finalizar reunirmos nos NB s e logo após no grupão visando ampliar a discussão sobre a saúde da população do campo a partir dos pontos elencando pelos NB s, articulando com a análise conjuntural e política e elencando as principais dificuldades e potencialidades encontradas no trabalho no campo. Algo que me chamou bastante atenção foi o envolvimento dos viventes nesse dia, realmente foi um dia muito produtivo. Nosso quinto dia foi abordado o eixo PROMOÇÃO DA SAÚDE E ATENÇÃO BÁSICA, o dia começou às 5 da manhã com a ida dos viventes para a Academia da Cidade. Nesse dia o objetivo das vivencias de discussões foi de identificar a relação das condições de vida da população e a promoção à Saúde. Logo após o café foi dividido em Grupos de Vivências (GV). Meu GV e eu fomos para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), lá fomos

recebidos pela gerente do local Elizabeth onde a mesma nos apresentou a unidade e conversamos um pouco a respeito do serviço, da demanda e profissionais do local. Em seguida fizemos uma roda no grupão onde todos puderem expor suas impressões e dizer suas experiências sobre os serviços visitados, afim de fomentar o debate acerca da importâncias do Programa e das contradições que o alimentam. A socialização das experiências obtidas por cada grupo é um momento muito singular e bastante profícuo, pois todos têm a oportunidade de expor suas impressões e opiniões. Nosso sexto e lindo dia com o eixo MAIS MÉDICOS. No início da manhã foi passado o filme PernamCubanos - o Caribe que nos une- de Nilton Pereira. Em seguida oi feito um debate à respeito do filme na tentativa de elencar a relação entre Pernambuco e Cuba. Em seguida assistimos Gritaram-me Negra, onde é um vídeo que retrata a realidade da população negra, o racismo que a população sofre. Após o filme os viventes ficaram bastantes inquietos e incomodados com todas as situações de racismo vistas. No período da tarde houve um lindo encontro com a galera das vivências de Bezerros e Recife no nosso Centro. Foi feito uma grande discussão sobre o Programa Mais Médicos do Ministério da Saúde, contamos com a presença do ilustre professor do CAV e médico Paulo Santana, três médicos cubanos que trabalham na cidade de Vitória e um médico brasileiro juntamente com os viventes e facilitadores. Considero esse dia como um dia muito importante pois ouvir os médicos cubanos falando sobre sua forma de trabalho foi algo muito emocionante para todos e onde também foi desconstruídos muitos pensamentos negativos à respeito do programa. Nosso sétimo dia com o eixo SAÚDE PÚBLICA X PRIVADA para estimular o lado crítico dos viventes, colocamos o documentário Sicko SOS Saúde onde mostra o sistema de saúde de alguns países, principalmente no EUA. Mostrando as dificuldades, onde as maiorias das pessoas pensam que por ser um país rico, tudo é perfeito, porém várias histórias são contatadas que em muitas vezes o paciente veio a óbito por falta de atendimento de qualidade. Em seguida recebemos a professora do CAV-UFPE Pietra Duarte, que abordou e esclareceu alguns conceitos, como EBSERH, OS, Entidades Filantrópicas, OCIPS. A professora passou um texto para cada NB e eles teriam que relatar o que entenderam sobre o mesmo. O debate foi bastante rico, mostrando a importância de se trabalhar com políticas. No momento seguinte foi apresentado o filme Políticas de Saúde no Brasil com o objetivo de introduzir a reflexão de como e de quais formas o capital privado se apropria do bem público para sucumbilo e como essas ações podem ser determinantes para a perda do controle social, direito garantido na constituição. Seguido de um

debate e reflexão sobre o filme e o momento atual do SUS facilitado pó mim e por Gustavo ao quais os viventes relataram suas experiências com o nosso sistema de saúde, elencaram também os principais problemas e tentamos encontrar as melhores soluções para os problemas abordados. O oitavo dia com o eixo INTEGRALIDADE/SAÚDE MENTAL, nosso dia começou com a ida do NB5 e 4 para o Centro de Psicologia e Psiquiatria de Vitória de Santo Antão. Lá fomos recebidos pela psicóloga do local onde os viventes fizeram perguntas à respeito do serviço lá ofertado. No momento seguinte quem mediou o espaço foi Waldemberg, resgatando a história da loucura, nascimento da psiquiatria, reforma psiquiátrica, novos paradigmas em saúde mental e os principais desafios da política. Com o objetivo de esclarecer para os viventes a temática para a vida do profissional e pessoal também. Foi dividido em NB s e a partir de um texto eles teriam que produzir um produto sobre o mesmo. Onde podemos perceber que nem tudo que a gente acha certo é o certo, ou o que é errado é errado. A discussão foi bastante proveitosa. Em seguida recebemos a enfermeira Alecxia onde discutiu a politica de Álcool e outras drogas, a fim de problematizar o uso de drogas e políticas públicas relacionadas ao tema. Em seguida houve a dinâmica Dizem-me louco por quê? onde o objetivo era estimular o lado singular de cada pessoa. No momento seguinte, houve o corredor do cuidado, com o objetivo de que cada um deveria cuidar e se cuidado de alguma maneira, a luz estava apagada, onde não poderia reconhecer a pessoa que você estava cuidando. Esse momento foi indescritível, no final muita gente estava chorando, onde se pode entender a importância do cuidado, do carinho, do amor com o próximo sem saber quem era. Nosso nono dia de eixo MOVIMENTOS SOCIAIS um dos mais esperados por conta da ida dos viventes ao Movimento Sem Terra (MST). De manhã recebemos o convidado William que é enfermeiro formado pela Universidade de Pernambuco (UPE), onde debateu sobre movimentos sociais, apresentando alguns movimentos sociais existentes no Brasil (MST, feminista, movimento negro, LGBT e etc.) No final da discussão cada NB produziu uma apresentação sobre um movimento social, trazendo para a temática da saúde e experiências pessoais. No momento seguinte, fomos visitar o Assentamento do MST Che Guevara, situado na cidade de Moreno. No primeiro momento, fomos recebidos pelo companheiro Isaias, que introduziu sobre o assentamento. Faltou energia, pois estava chovendo muito, fizemos uma roda de conversa a luz de vela. Mesmo com tantas dificuldades, fomos recebidos com muito amor por todos os companheiros do MST. Em seguida o companheiro Axé, sua esposa e outros companheiros fizeram uma roda de conversa onde falaram do

assentamento, toda sua história e o que eles defendem, o objetivo deste eixo foi de promover um resgate histórico sobre a questão agrária no Brasil, discutindo a Reforma Agrária como questão estruturante para a transformação da sociedade capitalista brasileira. No dia seguinte pela manhã pudemos conhecer as instalações físicas da agroindústria e a forma de funcionamento da mesma, além de conhecer a história de organização e construção da mesma. Sem dúvidas uma vivência ímpar, diante das provas de organização e do forte construção do companheirismo e de confiança entre os associados à agroindústria. Voltando para o CAV, debatemos sobre o direito a terra, direito a cidade, vivência no MST, com o objetivo de discutir as percepções da vivência no MST. Os viventes estavam muitos cansados e felizes pela experiência que passaram nos últimos dias. Vários conceitos foram desconstruídos com a vivência no MST. No momento seguinte foi produzido o envelope das cartas de cada vivente e facilitador, a fim de fortalecer a convivência durante e pós-versus entre todos. Nosso décimo e quase final dia de vivência com eixo PAPEL SOCIAL DOS GRADUANDOS, o dia começou com uma visita pela comunidade do Alto do Reservatório que é o local da nossa Universidade, como é uma área pequena a visita foi bem rápida, porém fizemos uma pequena parada no asilo de idosos que lá tem, confesso que estou no CAV desde o ano de 2011 e nunca tinha conhecido esse asilo e de certa forma foi angustiante para mim, pois vivi tanto tempo ali e nunca tinha ido ou nem sabia da existência daquele local. Lá os viventes começaram a fazer amizades com os idosos de lá, alguns mais comunicativos, outros mais tímidos porém todos demonstraram amor àquelas pessoas. Na parte da tarde, recebemos o Professor Itamar Lajes, uma pessoa extraordinária que nos emocionou muito. No primeiro momento passou um vídeo sobre a construção de um Robô chamado Kara, que no final da sua construção, ela fala em sentimentos, e a partir daí a máquina começa a descontruir Kara, que implora para não se destruída o vídeo encerra com Kara dizendo que aceita ser governada pelo sistema, mas ela só queria viver, mesmo sendo manipulada pelo sistema. A partir daí o professor começou sua incrível palestra, ou melhor, sua inenarrável conversa. Após a discussão podemos perceber que muitos ficaram com uma pulga atrás da orelha, pois não podemos e não devemos ser manipulados por nada, nem por ninguém. O objetivo desse dia foi fortalecer a participação social junto aos usuários, demais trabalhadores com os quais cruzarem nos campos de prática, além de pontuarmos a relevância da participação social para a construção do SUS e para a manutenção do mesmo. No momento seguinte foi construída a bandeira do VERSUS Vitória de Santo Antão, o mais incrível foi as mãos de todos na

bandeira, mais que estão unidas para defender e lutar por um SUS gratuito, de qualidade com equidade, seguindo todos os princípios. Nosso décimo primeiro dia e último de eixo AVALIAÇÂO, ah como despedidas são ruins, onze dias que parecem onze anos. Como é possível você criar um amor dentro desses dias por pessoas que nunca tinha visto na sua vida? Fizemos uma dinâmica final com os tópicos QUE BOM, QUE TAL E QUE PENA com o objetivo de facilitar as nossas emoções na hora de comentar o que significou o Ver SUS. QUE BOM.. que Deus me deu a oportunidade de ser facilitadora e que pude conhecer pessoas tão linda e maravilhosas QUE TAL... que o Ver SUS nunca acabe e que mais e mais pessoas possam ser desconstruídas e construídas para juntos lutarmos pelo SUS que sonhamos. QUE PENA... que existe o último dia e que temos que nos separar, que pena que alguns não conseguem levar o que aprenderam em diante. Facilitadores do Ver SUS verão 2016 PE

Encontro MAIS MÉDICOS