PERFIL DOS IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM CAMPINA GRANDE

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PERFIL DE IDOSOS HOSPITALIZADOS EM UMA UNIDADE DE CLÍNICA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Transcrição:

PERFIL DOS IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM CAMPINA GRANDE Autora: Kézia Naiana de Oliveira Gomes (1); Co-autora e Orientadora: Gerlane Ângela da Costa Moreira Vieira (2). Universidade Federal de Campina Grande, keziangomes@hotmail.com (1); Universidade Federal de Campina Grande, gerlaneufcg@hotmail.com (2). INTRODUÇÃO O perfil demográfico da população vem passando por um processo de transformação à medida que a população idosa vai crescendo ano após ano, em razão do aumento da expectativa de vida, melhoria das condições de vida, acompanhado da redução da taxa de natalidade e fecundidade, bem como a diminuição da taxa de mortalidade 1,2. Com o avançar da idade, os idosos tendem a apresentar e vivenciar situações de fragilidade, tornando-se sujeitos a condições patológicas as quais, geralmente, são crônicas, podendo levar à perda da autonomia e à consequente incapacidade funcional caso não sejam tratadas ou controladas de maneira adequada 3. Diante desse contexto, surgiu o interesse de buscar conhecer o perfil dos idosos internados em hospital universitário a fim de se conhecer melhor esses pacientes idosos para que com isso se possa planejar a assistência de enfermagem com base na realidade de cada pessoa idosa. METODOLOGIA Esse estudo trata-se de um recorte de uma pesquisa do tipo transversal, exploratório com abordagem quantitativa que teve o intuito de avaliar a sobrecarga de estresse nos cuidadores de idosos internados em um hospital universitário, onde também se buscou conhecer o perfil dos idosos assistidos por esses cuidadores. A pesquisa ocorreu no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), no período de outubro a dezembro do ano de 2014. A população foi composta por todos os idosos internados nas alas do referido hospital universitário. E a amostra foi definida de forma aleatória e probabilística, totalizando 50 idosos participantes. Enquadraram-se nessa pesquisa todos os idosos internados que possuíam função cognitiva preservada e que aceitaram participar desta e assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido. Foi utilizado um formulário de coleta de dados, contendo questões referentes à caracterização dos idosos. Inicialmente, foi solicitada a autorização do Hospital Universitário Alcides Carneiro para a realização da pesquisa. Em seguida, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa do referido hospital universitário. Depois de sua aprovação, foi realizado o levantamento de todos idosos internados, na sequência a pesquisadora participante apresentou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE para leitura e a assinatura e em seguida foi aplicado o formulário de coleta de dados. Os dados foram analisados por meio do Programa Microsoft Office Excel 2007, onde foram calculadas as freqüências absolutas e relativas, em seguida os resultados foram dispostos em tabelas e discutidos de acordo com a literatura pertinente. A pesquisa respeitou os preceitos éticos preconizados pela Resolução nº466/12 Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, que regulamenta pesquisas científicas envolvendo seres humanos 4, tendo sido aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Alcides Carneiro sob o parecer nº 853.927. RESULTADOS E DISCUSSÃO A população idosa foi conhecida sob os aspectos da idade, sexo, estado civil e escolaridade, como podem ser vislumbrados na Tabela 01. Desse modo, os dados apontaram que a faixa etária mais prevalente entre os idosos foi acima dos 80 anos (14/28%), seguido de (12/24%) com idade entre 71 a 75 anos, (10/20%) entre 60 e 65 anos, (10/20%) de 76 a 80 anos e (04/08%) com 66 a 70 anos, com uma média de 74,46 anos. Nesse aspecto, vale ressaltar que a expectativa de vida da população idosa passou de 74,1 anos em 2011 para 74,6 anos em 2012, o que foi verificado também nesse estudo visto que a média entre os participantes foi de 74,46 anos 1. Tabela 01: Distribuição dos idosos internados em um hospital universitário quanto ao sexo, estado civil e escolaridade, Campina Grande, 2015. nº % Faixa Etária 60-65 10 20 66-70 04 08 71-75 12 24 76-80 10 20 >80 14 28 Sexo Feminino 27 54

Masculino 23 46 Estado Civil Casado (a) 26 52 Viúvo (a) 16 32 Solteiro (a) 06 12 Separado (a) 01 02 Divorciado (a) 01 02 Outros - - Nível de Escolaridade Analfabeto 23 46 Fundamental Incompleto 20 40 Fundamental Completo 01 02 Médio Incompleto 02 04 Médio Completo 02 04 Superior Incompleto 01 02 Superior Completo 01 02 Pós-graduação - - Fonte: Dados da pesquisa. No tocante ao sexo dos idosos, resultados mostraram que mais de 27 (54%) eram do sexo feminino e 23 (46%) eram do sexo masculino, esses resultados corroboram com outro estudo em que se verificou também a prevalência do sexo feminino (55,8%) e da faixa etária de 80 anos ou mais (51,9%) entre os idosos 5. No que se refere à prevalência de mulheres idosas internadas, pode estar relacionado ao fato de que estas, podem perceber o evento da dor com maior seriedade, seja por questões sociais e culturais em que permitem à mulher a expressão ou manifestação de dor enquanto que encorajam os homens a desconsiderá-la, ou até mesmo em decorrência do papel que estas exercem como administradoras do lar, considerando, assim, a dor ameaçadora. Fazendo, então, com que procurem mais os serviços de saúde e descubram o surgimento de patologias 6. Quanto ao estado civil, 26 (52%) idosos eram casado,16 (32%) viúvo, 06 (12%) solteiro, 01 (02%) separado e 01 (02%) divorciado. Corroborando com o que foi comprovado em outro estudo com idosos hospitalizados em Petrópolis RJ, onde também houve predomínio de viúvos (as) e casados (as) entre a população idosa 7. Em relação à escolaridade, boa parte dos idosos era analfabeto, 23 (46%), seguido dos que possuía ensino fundamental incompleto com 20 (40%) participantes, ensino médio incompleto eram 02 (04%), ensino médio completo, 02 (04%), ensino fundamental completo, 01 (02%), superior incompleto, 01 (02%) e superior completo, 01 (02%).

Analisando esse ponto, o baixo grau de escolaridade dos idosos tende a influenciar na renda familiar deste, o que gera a necessidade de um suporte financeiro, seja na compra de uma medicação ou até mesmo do sustento básico, como alimentação 5. Logo, fazendo-se conhecido dados como prevalência de idade, sexo, estado civil e escolaridade entre os idosos hospitalizados e a convergência desses dados com outros estudos, verificamos a necessidade de que estratégias relacionadas à assistência de enfermagem sejam traçadas visando atender essa camada da população. CONCLUSÕES Considerando o crescimento da população idosa e as consequentes situações que os envolvem como alterações dos processos naturais orgânicos, acometimento patológico, estes passam a vivenciar situações de fragilidade e a ocorrência de dependência, por vezes, de outrem que os auxiliem no desempenho diário de suas atividades. Desse modo, esse estudo pode verificar que os idosos internados no hospital universitário têm um perfil de pessoas com mais de 70 anos, casados e com baixo grau de escolaridade o que se infere que são indivíduos mais vulneráveis ao desenvolvimento de outros agravos prevalentes nessa idade, como também ao surgimento de limitações físicas devido às alterações fisiológicas do próprio processo de envelhecimento. Contudo, esses idosos possuem um fator que contribui positivamente nesse processo, a existência de um parceiro, ou melhor, de um suporte familiar para ajudar nesse processo. Sendo assim, pode-se concluir que com essas informações o enfermeiro terá mais elementos para subsidiar o planejamento de suas ações e com isso contribuir efetivamente com a assistência a esses idosos internados. REFERÊNCIAS 1. Agência Brasil. Expectativa de vida do brasileiro sobe para 74,6 anos, aponta IBGE. Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, 2013. [acesso em 2014 Mai. 13]. Disponível em: http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?codnoticia=36630. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Estatuto do Idoso. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2003. 3. Brasil. Portaria nº 2.528, de outubro de 2006. Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. 2006. [acesso em 2015 Mar. 17]. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/portarias/port2006/gm/gm-2528.htm.

4. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Censo 2010: escolaridade e rendimento aumentam e cai mortalidade infantil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2012. [acesso em 2015 Fev. 25]. Disponível em: http://cod.ibge.gov.br/1xtec. 5. Loureiro LSN, Fernandes MGM, Marques S, Nóbrega MML, Rodrigues RAP. Burden in family caregivers of the elderly: prevalence and association with characteristics of the elderly and the caregivers. Rev. esc. enferm. USP [online]; 2013 [acesso em 2014 Abr. 22]; 47(5): 1129-1136. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0080-623420130000500017. 6. Santos FAA, Souza JB, Antes DL, D'orsi E. Prevalência de dor crônica e sua associação com a situação sociodemográfica e atividade física no lazer em idosos de Florianópolis, Santa Catarina: estudo de base populacional. Rev. bras. epidemiol. [online]; 2015 [acesso em 2015 Fev. 26]; 18(1): 234-247. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201500010018. 7. Motta CCR, Hansel CG, Silva J. Perfil de internações de pessoas idosas em um hospital público. Rev. Eletr. Enf. [Internet]; 2010 [acesso em 2015 Fev. 17]; 12(3): 471-7. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v12i3.6865.